Querido diário as vezes não devemos nos entristecer por quer as coisas deram errado, mas sim pensar de maneira positiva que elas vão acontecer tudo no seu tempo certo. E Talvez as coisas só estivessem demorando acontecer e do jeito que iam já estavam bem perto.
Marcelo correu tanto, mais tanto que chegou suado com uma carinha muito triste.
-Não me viram...Gritei mas num conseguir chamar atenção deles.
-Sabia que num ia dar certo. Falei entristecido.
-Já tava pensando negativo antes deu correr feito um louco me matando? Gritou ele.
-Hã? ?
-Tá aí falando merda.
-Cara tu achou mesmo que iriam ouvir tu gritando? (Irônico) Até tu atravessar toda essa floresta eles já teriam chegado na África.
-Tá me chamando de lento? (ALTERADO).
-Por mim pensa o que tu quiser.
-Mas tu crítica tudo... Culpa tua, se não tivesse...
Ele não completou.
-Fala? (Alterado) Se eu não tivesse o quê? Caído e me machucado por culpa tua (alterado).
-Minha culpa? (Gritando) Tu só pode ter batido com a cabeça mesmo ou a cobra te picou, eu te salvei...Te salvei ouviu bem (batendo no peito). Tu caiu por quer deu uma de bicha louca!!!
-bicha louca?? (Gritando) Tu pensa que tu eh quem pra falar assim comigo? (Alterado).
-Eu... Eu... Ah me esquece cara.
Ele me deu as costas.
-Eu ainda não terminei Marcelo.
-Eu não quero mais ouvir, me deixa.
-Aqui tu não é ninguém Marcelo é igual a mim, ou vai me dizer que não estamos na mesma situação?
-Igual você? (Risos) Não me faça ri eu não sou nenhum viadinho.
-Tu nem com as dificuldades muda este teu caráter nojento.
Ele se aproximou quase explodindo.
-Tá querendo apanhar né seu engraçadinho? (Serio)
-Tu por acaso virou meu pai pra me bater? Se bem que ele nunca fez isso quando era vivo, imagina um playboy metido e nojento?
-Cala essa tua boca!! (Gritando).
Ele me deu um empurrão que fez eu perder o equilíbrio e cair no chão.
-Covarde!!! (Gritei). So fez isso por quer eu tou machucado.... É um corvade (gritei).
Ele saiu sem dizer uma palavra e eu fiquei gritando descontrolado.
-Covarde!!
Me joguei no chão e comecei a chorar, como tudo aquilo era ruim. Queria minha casa, o colo da minha tia e a da Cleó. Mas não adiantaria chorar como uma bicha boba apaixonada. Me levantei e enxuguei minhas lágrimas e erguir a cabeça.
Se tem uma coisa que aprendir nessa vida é que devemos sorri dos problemas e não chorar diante deles.
MÚSICA: WIDESTE DREAMS - TAYLOR SWIFT
(Só conseguir imaginar essa música).
As horas não
passavam naquela maldita ilha e nem mesmo a beleza do lugar completava aquela solidão que sentia. Doía em mim pensar em Marcelo e nas coisas que ouvir dizer, e doía mais ainda em eu ter absoluta certeza que estava completamente apaixonado por ele.
Ficamos distantes um do outro o resto daquele dia sem nos direcionar uma palavra. Caminhava pela praia sentindo aquela brisa perfeita do mar e as ondas batiam em mim, aquele por do sol era lindo era de encher os olhos.
A noite caiu como a velocidade das ondas e a brisa fria fazia eu tremer de frio, era perturbador e não aguentando mais o frio eu voltei pra gruta e ele não estava lá. Com o estômago vazio eu me deitei, não sentir vontade alguma de comer e assim tentei dormir.
O Barulho das fortes ondas evidenciava uma tempestade e não conseguir dormir pensando em Marcelo, fui pra fora da gruta e era uma das grandes.
-Meu Deus onde ele terá ido?
Entrei pra dentro da gruta preocupado. E me deitei no chão que estava coberto com galhos de árvores que Marcelo havia colocado. Me revirava de um lado e de outro, sentia que deveria ir atrás dele e se não fizesse isso eu não ia conseguir dormir mesmo.
A chuva era forte, mas não como a que nos colocou na ilha... Sair no meio da chuva mesmo com dificuldade de me deslocar e comecei procurara-lo.
-Marcelo??? (Gritando) Marcelo???
Ele não respondia.
E não desistindo continuei procurando, a escuridão e o frio atrapalhava muito a situação mas não desistir. Com todas as forças que eu sentia eu arrisquei minha vida novamente por ele e algo me dizia que ele precisava de mim, sentia um aperto ao pensar nele.
-Marcelo?? (Gritando) Cadê você?
-Pedro??? Era uma voz desesperada.
-Marcelo????
-Pedro me ajuda??? (Gritandi).
Meu coração acelerou e eu fiquei mais nervoso.
-Marcelo onde você tá? ? gritei nervoso.
-Pedro socorro me ajuda???
Com dificuldade acelerei os passos e ele ficou gritando e eu conseguir chegar onde ele estava. Marcelo estava com a perna presa num tronco a beira de um precipício, tava muito escuro.
-Marcelo!!!!
-Pedro me ajuda!!!(gritando).
Aquela cena se repetia, e mais uma vez ele dependia de mim.
-Mas que diabos tu veio fazer pra aí cara?
-Eu descobri uma coisa, mas me ajuda por favor. (Desesperado).
-Calma...Eu vou te ajudar.
-Tou escorregando Pedro....
-O que tem aí do outro lado?
-Agora não é hora. Me tira daqui. Ele falou aquilo muito nervoso.
-Calma eu preciso chegar até você primeiro.
Era necessário eu atravessar o tronco pra salvar ele, e foi o que eu fiz atravessei mesmo com dificuldade e o alcancei.
-Me dá sua mão eu vou te puxar...
Ele era muito pesado e com aquele impulso o tronco começou a ceder e ele gritou desesperado. A chuva dificultava ainda mais a situação.
-Tá quebrando Pedro, ( gritando) sai daqui te salva cara, te salva (gritando)
- Não vou deixar você aqui... (nervoso).
-Você não vai conseguir, me deixa aqui eu não mereço que me salve dessa vez. Por minha culpa você tá nessa ilha.
Ele abaixou a cabeça entristecido.
-Vai em frente, me deixa aqui, eu não mereço sua ajuda.
-Olha pra mim...
Ele não olhou.
-Por favor.
Ele ergueu a cabeça.
-Eu quis te ajudar e demos azar de está aqui, mas estamos juntos nessa e eu não vou te deixar sozinho.
-Eu só queria entender tudo isso...
-A resposta está na sua frente e você não vê.
Ele me olhou serio.
-Está apaixonado por mim? Eh isso?
Só ficou o silêncio da chuva caindo sobre nós.
-Responde Pedro? (Alterado).
Olhei pra ele serio e sem graça e respondi.
-Completamente...
CONTINUA.