DESCOBRINDO MARCIA-EX-ESPOSA RUIVA E OS NEGROS 03

Um conto erótico de Marjr
Categoria: Heterossexual
Contém 5043 palavras
Data: 17/01/2016 17:33:58

DESCOBRINDO MARCIA – MINHA EX-ESPOSA RUIVA E OS NEGROSContinuação:-

- No caminho de casa, nada daquilo que presenciei não saia da minha cabeça. Dizia prá mim mesma nos meus pensamentos, que estava muito enojada com a situação, aonde já se viu uma mulher branca, casada, com filho, traindo o marido com um homem coroa, casado, negro e aleijado por aquela aberração pendurada entre as pernas. E o que ouvi, será que tinha entendido bem? O marido dela estava sabendo e gostando dela sair com o patrão negro dela? No ônibus de volta para casa, notei que todos esses pensamentos sobre o que vi e ouvi, também tiveram outra reação além da surpresa e do nojo, estava com a minha buceta toda molhada, molhada de desejo, é, quando me toquei desse fato, me auto repreendi, afinal, esse tipo de coisa não deveria passar pela cabeça de uma mulher direita, religiosa, noiva, prestes a se casar com o homem que era o amor da sua vida, enfim uma mulher de família.

- Naquela noite, quando Lucio chegou em casa eram umas 19:30 hs. Eu estava muito perturbada com tudo que tinha visto naquela tarde. Não falei nada para ele, pois não saberia qual seria a sua reação. Ele poderia pedir para eu definitivamente sair da clínica, interromper meu estágio e por consequência, não conseguiria me formar, o que impediria a minha contratação na clínica que tanto esperava. Procurei me acalmar e tentar me concentrar no que ele estava ansioso para me falar. Lúcio estava radiante, pois enfim, ele havia achado uma forma de fechar o negócio de aquisição do nosso apartamento. Esse apartamento era ideal para um casal jovem, sem filhos, com 02 quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, vaga para garagem, mais ou menos 20 minutos a pé do centro da cidade, já havíamos visto há uns 06 meses. O proprietário nos havia ofertado por um valor até que bem acessível, mas queria o pagamento na íntegra, à vista, na assinatura da escritura. Na época até tínhamos uma reserva, mais ou menos 1/3 do valor, então lhe fizemos a proposta de pagar esse valor como entrada e que nos desse a oportunidade de tentar conseguir um financiamento para lhe pagar o restante na concessão deste, proposta esta que não foi aceita devido a urgência que o pretenso vendedor necessitava do dinheiro da venda. Definitivamente, fiquei muito assustada com o assunto, embora fosse um sonho termos nosso próprio apartamento, pensei como arranjaríamos condições de pagar, mesmo com ambos trabalhando. Isso sem contar com outras despesas que com certeza teríamos! Perguntei a ele como faria esse negócio, que era loucura, que o sensato seria alugarmos um apartamento por enquanto e quando estivéssemos com o restante das nossas dívidas e finanças estabilizadas, poderíamos tratar da compra de um apartamento com mais calma. Lucio, convicto das suas pretensões, disse-me que havia recebido e aceito uma oferta de um trabalho extra para auditar uma grande empresa da cidade, o que lhe proporcionaria 1/3 do valor do apartamento, e, somando o valor que estávamos guardando para esse fim (1/3), restaria apenas outro 1/3, condição está que o proprietário do apartamento já dava por aceito, ou seja, ele receberia como entrada 66% e dispunha a aguardar a liberação de financiamento do restante para fazer a transferência definitiva em nosso nome do imóvel. Caso o financiamento não fosse liberado, ele parcelaria o valor em até 02 anos, já que necessitava pelo menos daqueles 66% com urgência e estava difícil vender o apartamento, o que se comprovava pelo tempo que já havíamos visto o apartamento pela primeira vez. Como Lúcio apenas teria o dinheiro do serviço extra só ao final de 30 dias, já havia imaginado como conseguir com antecedência o valor complementar da entrada. No dia seguinte, se desse tudo certo ele poderia fechar o negócio e assinar o contrato de promessa de compra do apartamento que era nosso sonho e pagaríamos sem sentir no bolso!

- Preocupada fiquei quieta, deixando ele contente a expor seus planos para nosso casamento. Jantamos, fomos para sala, meus pais, como de costume foram dormir cedo, Lucio só tinha cabeça para o nosso casamento e só falava nisso, esquecendo que uma mulher também precisa de carinho e não só de móveis, casa e bens materiais para se sentir feliz. Enquanto ele falava, nada entrava nos meus ouvidos, apenas aquelas cenas da tarde que não saiam da minha cabeça e, com o desejo que Lúcio fizesse comigo o quê Dr. Joaquim fez com Jaqueline. Interrompi o assunto dele com um forçado e longo beijo, cheio de paixão. Inicialmente ele tentou continuar a contar seus planos, mas não dei trégua, comecei a beijar-lhe o rosto, o pescoço, a desabotoar sua camisa e alisar seu peito por dentro dela. Ele calou-se, apenas recebeu minhas carícias estático, como se não soubesse como reagir àquela minha atitude. Desabotoei toda sua camisa e parti para o seu púbis, massageei seu pênis por cima da sua calça e continuei fazendo isso enquanto descia meus lábios pelo tórax dele, seu abdômen, deixando-me escorregar pelo sofá até ficar de joelhos no piso. De joelhos, comecei a beijar e dar mordicadas no pênis dele ainda sob a calça e ele só gemendo de forma contida. Dava prá sentir que seu membro estava duríssimo. Então, sem dar-lhe tempo de esboçar qualquer ação, soltei seu sinto e abri sua calça de uma vez. Lucio, que estava com a cabeça jogada para trás no encosto do sofá, levando um susto com minha atitude, endireitou-se no móvel ao mesmo tempo que baixei um pouco sua cueca permitindo que parte de seu pau ficasse a descoberto, daí o segurei com uma das mãos e levei meu rosto até sua glande, esfregando-o com carinho e desejo na minha face. Apesar de nunca ter feito isso até então, aquela cena da Jaqueline abocanhando o pau do Dr. Joaquim, me encorajou a matar a curiosidade de como era sentir o gosto de um pênis dentro da boca. A diferença de tamanho entre o pau do Dr. Joaquim e o do Lucio de fato era notória. De onde eu vi, o Pau do Dr. Joaquim era muito grande, Jaqueline o segurava com as duas mãos, uma ao lado da outra e sobrava muito pau até sua cabeça; naquele dia achei que devia ter quase uns 25 cm. Já o pau de Lúcio, mal dava uma mão minha, media apenas 13 cm, uma vez, meio contrariado, já casados, eu consegui medir. Mal comecei a passar minha língua na sua glande, me preparando para engoli-lo, Lúcio, meio que grosseiramente, segura minha testa, se levanta, me perguntando meio que alterado com a voz baixa, o quê eu estava fazendo, quê aquilo não era coisa de uma mulher séria, direita, prestes a se casar. Quê aquilo era coisa de prostitutas, hereges, pecadoras, sem moral e sem religião. Eu, super envergonhada, me levantei e pedi mil desculpas, que não sabia porque agira daquele jeito. Fiz sem sentir e que isso não se repetiria mais, que o amava muito e que sempre o respeitaria dentro dos bons costumes, como sua mulher, digna do seu amor. Ele se acalmou, disse que tudo bem, que me amava muito e que acreditava que eu não agiria mais daquele jeito. Levantou-se, foi até o interruptor da luz, desligou a mesma, deixando apenas a claridade da TV no ambiente, voltou até mim, me beijou e caímos sentados no sofá, dessa vez ele me fazia carinhos, me beijava a boca, as faces, o pescoço, desabotou minha camisa, acariciava meu ventre, meus seios sobre o sutiã, mas não os tocava diretamente. Eu já tinha me refeito do susto causado pela reação dele à minha tentativa de sentir o gosto do seu pau na minha boca, já estava me deixando levar pela fantasia dele realmente satisfazer meus instintos, minhas curiosidades, mas ledo engano, tal como em outras oportunidades, as preliminares dele eram tão somente me beijar, passar suas mãos no meu corpo, tirar minha roupa (no escuro), me deitar na posição de barriga prá cima, se colocar entre minhas pernas, cuspir nos seus dedos para ajudar a lubrificar minha vagina, baixar sua cueca e me penetrar com seu pau, dar algumas estocas, logo gozar e dizer prá mim que eu era a melhor mulher do mundo, que ele não via a hora de casarmos e que seriamos o casal perfeito. Até aquela tarde em que vi Jaqueline e o Dr. Joaquim protagonizarem aquela cena inesquecível de sexo, aonde não se via tão somente perversão, mas sim, prazer para cada um deles, acreditava na versão que Lúcio me transmitia sobre um casamento completo e feliz. Lúcio tinha sido o primeiro homem com quem de fato tinha relações sexuais, outros namorados me deram uns amassos até mais ousados que ele, mas nunca passaram disso. Minhas amigas, sempre relataram suas aventuras com seus namorados e seus rolos, aguçando minha curiosidade, mas sempre me detia na visão de Lucio sobre o casamento decente. Ainda não sei até hoje como eu e Lucio transamos antes de nos casar, mas isso é outra história. Logo que Lucio gozou, se limpou, ajeitou suas roupas, me deu um beijo e se despediu, me dizendo que no dia seguinte passaria lá na clínica para tratar de uns assuntos com o Dr. Joaquim e que aproveitaria para me dar um beijo e falar se deu certo os planos para adquirir o apartamento. Ele saindo, eu frustrada, apanhei meu roupão e me dirigi até o banheiro sentindo o Leite de Lúcio escorrendo pelas minhas pernas enquanto caminhava. Eu já tomava anticoncepcional para regular minha menstruação, não havendo perigo de engravidar. Durante o banho, as imagens que estavam na minha mente, eram da transa da Jaqueline com o Dr. Joaquim. Em nenhum minuto pensava no que eu e Lucio tínhamos acabado de fazer, mas sim, por breves momentos, pensei que o amor que sentíamos um pelo outro faria com que aprendêssemos juntos a proporcionar um ao outro todo o prazer do mundo, como aquele negro e sua secretária o fizeram naquela tarde. Nesses pensamentos, aos me ensaboar embaixo do chuveiro, o deslizar das minhas mãos sobre o próprio corpo foram aumentando minha excitação e, ao passar os dedos sobre minha buceta xana, senti que a mesma estava muito molhada, mas molhada não pela porra do Lúcio e muito menos pela água que me banhava, mas sim pelo enorme tesão que estava encravado em mim não saciado pelo Lucio. Estava fervendo, necessitava extravasar aquela energia, quando olhei para o lado, sem pensar apanhei uma escova de cabelo, que por sinal, tinha o cabo de cor marrom chocolate, bastante comprido e grosso, passando a esfregá-lo com carinho na minha buceta. Sentei-me no chão do Box, recostando minhas costas na parede, abri minhas pernas e com uma das mãos acariciava meus seios que estavam bem intumescidos e os mamilos rijos, enquanto com a outra mão movimentava a escova acariciando os grandes lábios da minha buceta, as vezes apertando os lábios sobre o cabo da escova até começar a introduzi-lo por inteiro, deixando só as cerdas de fora. Os movimentos de introduzir e retirar a escova da minha buceta foram aumentando, sem parar de pensar no que a Jaqueline havia recebido do Dr. Joaquim, naquela tarde e, querendo eu que Lúcio fizesse o mesmo comigo. Fiquei nessa brincadeira por uns 15 minutos, até quando não aguentei mais e meu corpo explodiu em convulsões sem fim, uma coisa que eu nunca tinha sentido antes e que, muito tempo depois fui descobrir que era um orgasmo. Lucio, nas poucas vezes em que transamos, até então, nunca me proporcionou tal prazer. Depois de apaziguado meu fogo, aquele sentimento de culpa voltou a predominar no meu cérebro e passei a achar que eu tinha cometido um grande pecado e que aquilo jamais poderia se repetir, fiquei muito envergonhada comigo mesma.

- No dia seguinte, meia que constrangida pelo que presenciei na clínica, procurei me fazer normal quanto ao tratamento com Jaqueline, a qual, como nos outros dias, me tratou da mesma forma, um sinal que nem desconfiava que eu tinha visto a transa dela com o Dr. Joaquim. Este, chegou era 9:00 hs, cumprimentou Jaqueline e uma paciente que já o esperava. Me cumprimentou com aquela simpatia excessiva de sempre, me segurando uma das mãos, me olhando diretamente nos olhos, sorriso maroto e me chamando de minha querida. Eu como sempre respondia procurando ser cordial, mas sem dúvida um pouco envergonhada, ainda mais depois do que vi do que ele era capaz de fazer com uma mulher, totalmente indecente e imoral. Como eu dependia do emprego e do estágio, resolvi ficar na minha. Dr. Joaquim pediu para a paciente aguardar mais uns minutos, deu algumas ordens para Jaqueline e me pediu para apanhar o prontuário da paciente e acompanhá-lo até seu consultório. Mandou sentar-me à sua frente e me falou:

- Minha querida, antes de atender a Sra. Juliana, quero frisar umas coisas que eu acho fundamental para o bom andamento dos trabalhos do consultório, que servem para a vida pessoal e profissional de pessoas como nós que trabalhamos com a saúde e sentimentos dos outros! Confiança, discrição e sigilo! O quê ocorre nesta Clínica, neste gabinete, comigo, com você, com nossos colegas e, principalmente com nossos pacientes fica aqui, ok?

- Enrubesci, perdi a linha sem saber o quê dizer! Imaginei que ele tinha me visto expiando ele transar com Jaqueline, mas antes que eu dissesse alguma coisa ele continuou:

- Estou te falando isso minha querida, porque a Sra. Juliana a quem vou atender agora, permitiu que você acompanhasse as sessões dela com muito custo, ela é muito reservada e, mesmo sabendo que você é uma estagiária de minha inteira confiança, pediu para eu reforçar a você tais exigências! Estamos conversados?

- Respondi que sim, que ele poderia ficar totalmente tranqüilo quanto a isso, pois sabia que nossa profissão exige tais obrigações morais e éticas! Ele então com um leve sorriso, me deu alguns toques como deveria me portar durante a consulta e me pediu para chamar dona Juliana. Quando estava chegando na porta sala, ele me interpelou:

- Marcinha, mais uma coisa!

- Me voltei prá ele, e o vi com a mão esticada em minha direção dizendo:

- Tome..., seu crachá, estava caído ontem à tarde na entrada da minha sala!

- Me perdi novamente, sem saber o que dizer, como agir e muito vermelha. Ele mesmo, com um olhar sarcástico e um leve sorriso malicioso, me apontou uma saída:

- Você deve ter deixado cair antes de ir ao encontro da Tereza!

- E pediu novamente para eu chamar dona Juliana! Mal conseguia me compenetrar na consulta pensando no que o Dr. Joaquim havia me dito. Será que ele tinha me visto no dia anterior espionando ele e a Jaqueline? Fiquei com essa dúvida por muito tempo.

- Naquele dia à tarde quem apareceu para falar com o Dr. Joaquim foi o Lucio, era época de Imposto de Renda. Lucio, antes de entrar, me falou baixinho sem eu entender o que pretendia:-

- Torça amor que de tudo certo o que vou falar com ele, talvez, amanhã já tenhamos nosso tão sonhado apartamento!

- Será que ele iria pedir dinheiro emprestado para o Dr. Joaquim? Pensei. Ele não seria louco. Eles ficaram trancados na sala até o final da tarde e, quando Lúcio saiu já era quase 18:00 hs, me disse que eu fosse prá casa assim que o Dr. Joaquim me liberasse, pois não poderia me esperar para me levar até em casa que teria que passar num lugar.

- A noite Lucio chegou em casa muito contente, me falando que conseguiu o dinheiro para completar a entrada para a compra do apartamento. Preocupada como sempre, perguntei como? Lucio respondeu que tinha feito bons trabalhos para o Dr. Joaquim resolvendo muitos problemas da contabilidade dele e da clínica, recebendo muitos elogios por isso. Que se algum dia Lúcio precisasse de algum favor que estivesse ao alcance dele Dr. Joaquim, ele o prestaria com o maior prazer. Antes que eu perguntasse, Lucio foi adiantando que primeiro pediu o dinheiro emprestado para o médico explicando-lhe os motivos e como lhe pagaria dentro de um mês. Depois de pensar por uns instantes no pedido de Lucio, Dr. Joaquim disse que esse favor era um pouco complicado, porque no seu orçamento que era tudo previamente calculado não dispunha daquele valor para emprestar no momento. Muito menos poderia dispor de valores da clínica, mas, como Lúcio era um excelente profissional e também como pessoa, ele poderia falar com alguns amigos que faziam empréstimos pessoais e que pediria para eles que fizessem a juros irrisórios, pois seria um favor a ele próprio. Lucio disse que ficou meio desapontado, afinal acreditava que o próprio Dr. Joaquim fizesse o empréstimo, mas como a vontade (obsessão) de comprar o apartamento naquele momento era irreversível e também estava botando fé no dinheiro que receberia pelo trabalho extra que havia conseguido, aceitou. Dr. Joaquim ligou no mesmo instante para tais amigos, recebendo resposta positiva, afirmando a Lucio que ele poderia passar naquela mesma hora no escritório das pessoas que fariam o empréstimo. Lucio assim o fez, deixando com os caras um cheque e uma Nota Promissória no valor do mútuo e saiu com o dinheiro em espécie lá para casa. Era muito dinheiro para andar pela rua. Graças a Deus, até aí correu tudo bem. Namoramos um pouco, naquele estilo da noite anterior, ele foi prá casa, deixando o dinheiro comigo, passaria pela manhã para apanhá-lo e me daria uma carona até o estágio.

- Como Lucio demorou me apanhar em casa, ele me deixou primeiro no estágio dizendo que iria procurar o dono do apartamento que já o estava esperando no escritório de um advogado pra formalizar o contrato de compromisso de compra e venda. Na clínica tudo como sempre, o jeito da Jaqueline, os elogios maliciosos e irritantes do Dr. Joaquim, as sessões, os relatórios, as assessorias à dona Tereza, enfim uma rotina a que já estava me acostumando. Em destaque, dentre as conversas com o Dr. Joaquim, foi a menção por parte dele de que estava impressionado com o amor de Lúcio por mim e a ansiedade do meu noivo em casar logo comigo, aproveitando para dizer que ele entendia tudo isso que Lúcio estava sentindo, porque eu realmente era muito linda, com toda a certeza o sonho de todo o homem de bom gosto. Ele falava isso sem nenhuma cerimônia, dono da situação, me causando um constrangimento muito grande, afinal não estava acostumada receber esse tipo de elogio, mesmo assim, envergonhada e por dentro indignada, agradecia a tais ousadias, sob o olhar agudo daquele negro tarado. Outro destaque daquele dia foi o fato de que o Dr. Joaquim, segundo ele, por Jaqueline estar assoberbada de trabalhos, transferir para mim a tarefa exclusiva de organizar sua mesa e sala ao final do expediente, mesmo nos dias que eu fosse fazer algum serviço para dona Tereza, o quê prá mim era indiferente.

- Lúcio enfim fechou o negócio do nosso tão sonhado apartamento, admito que mesmo preocupada com a loucura dos gastos, também estava deslumbrada com ele, mil planos de decorá-lo já estavam na minha cabeça. Não via a hora de levar os móveis que já havíamos adquirido e do meu enxoval para lá. Naquela semana prestei exames das matérias do intensivo e também apresentei meu relatório do estágio das atividades ocorridas no mês, que contava na avaliação do meu desempenho, ou seja, valia nota. Foi muito estressante. Fui bem em uma das matérias do intensivo, a outra fui mal e, no estágio, não fui muito bem, levando até um puxão de orelhas por parte do Dr. Joaquim, o qual amenizou o problema, dizendo-me que era justificável minha nota por ser o meu primeiro contato em sessões com pacientes reais, diferente das aulas teóricas, mas, eu teria que ser mais perceptiva com as questões e situações vividas por aqueles. Dr. Joaquim reafirmou que tinha muita confiança no meu potencial e sabia que eu não o decepcionaria. Fiquei super chateada, balançada, afinal, acreditava que tinha feito um bom trabalho na elaboração do meu relatório. Para mim, que sempre fui uma boa aluna, aquela avaliação não refletia o teor do trabalho que eu fiz. Em síntese, não concordei com a nota, mas não tinha como contestar, resolvendo dar o máximo na próxima vez.

- Uns 15 dias depois de termos comprado o apartamento, à noite Lúcio chega na minha casa muito nervoso. A empresa que havia contratado para uma auditoria, sem motivos, dispensou ele do trabalho, não lhe pagando 1/5 do que fora combinado. A preocupação maior era como ele pagaria o empréstimo feito pelos amigos do Dr. Joaquim na data combinada. Como cobriria o cheque e resgataria a Nota Promissória, já que o valor era expressivo? “Naquela tarde, ele recorreu a vários conhecidos e ninguém dispunha de tal quantia em tão pouco tempo. Tentou até negociar o carro, mas este já estava alienado a uma financiadora. Lucio estava muito nervoso me deixando também no mesmo estado. “Falamos com meu pai e por telefone com alguns parentes e nenhuma solução foi encontrada. Resolvemos então que no dia seguinte, Lucio tentaria rescindir o contrato de compra do apartamento para resgatar o valor da entrada e, em último caso, falaria com os amigos do Dr. Joaquim para que eles parcelassem o valor do cheque. No dia seguinte, logo cedo, Lúcio procurou o proprietário do apartamento para ver da possibilidade de desfazer o negócio, não logrando êxito, haja vista que além do contrato constar cláusula de irrevogável, o vendedor já havia empregado todo o dinheiro recebido em outro negócio, umas das razões da urgência na venda do apartamento por ele. Diante disso, Lucio procurou ainda de todo jeito naquele dia conseguir o valor do cheque para pagar o empréstimo, também não tendo êxito. Ele me ligou na clínica, me contando tudo, não restando outra solução a não ser falar com as pessoas que lhe emprestaram o dinheiro para parcelarem seu valor, o que faria depois do seu expediente. Tentei acalmá-lo, lembrando que essas pessoas eram amigas do Dr. Joaquim. Com toda a certeza entenderiam a situação e parcelariam a dívida, desejei a ele boa sorte, pedindo para ele me dar notícias tão logo resolvesse a questão. No meu íntimo, estava preocupada, nunca gostei de ficar devendo nada, muito menos para quem eu não conhecia. Aquele resto de tarde não passava.

- Ainda era 16:00 horas daquela tarde, Dr. Joaquim incumbiu Jaqueline de levar alguns relatórios à Universidade e outros serviços de interesse dele na rua, ficando eu na recepção enquanto ele tinha apenas uma paciente para atender. No período da tarde eu raramente acompanhava as sessões. A paciente que ele atendeu, uma tal de Elisa, era uma mulher casada da alta sociedade, que estava enfrentando problemas na sua relação conjugal. Ela era uma mulher de uns 35 anos de idade, loira, um pouco mais baixa que eu, devia ter 1,60 m, era meio cheinha para sua altura, mas mesmo assim tinha um corpo com curvas bem definidas, enfim era uma bela mulher. As consultas em geral tinham duração de uma hora, raramente duravam mais ou menos que isso. Para determinadas pacientes, já havia percebido que o Dr. Joaquim deixava expressamente determinado que não queria ser interrompido de forma alguma. Somente em casos extremos poderíamos chamá-lo pelo interfone e, dona Elisabete era um desses casos. Atendi a varias ligações, confirmei consultas mas tudo sem ser necessário chamar pelo Dr. Joaquim. Passados uns 20 minutos de consulta, eu estudando para uma nova prova, sentada junto à minha mesa, de repente, vejo que por baixo da porta do consultório do Dr. Joaquim, de tempo em tempo, saiam alguns lampejos de claridade mais fortes, como relâmpagos, surpresa, fiquei tentando imaginar o que seria. Pensei em chamar o Dr. Joaquim pelo interfone, foi aí que caiu a ficha, ele poderia estar mostrando as suas câmeras fotográficas para a paciente num momento de descontração na consulta e voltei aos meus estudos. Aquela consulta foi até as 17:30 horas”. Eu já estava preocupada com a hora, porque seria muito chato eu ter que ficar até depois das 18:00 hs para deixar organizado o consultório do Dr. Joaquim, além de que estava ansiosa para ir para casa esperar pelo Lúcio. Jaqueline iria direto da rua para sua casa, sendo que eu já havia avisado seu esposo Otávio. A paciente ao sair da consulta, se despediu rapidamente de mim, mal me olhou na cara, mas pude perceber que estava sem o batom que estava usando quando chegou, sua roupa estava amassada e sem um de seus brincos. Estava muito disfarçada e com um acentuado rubor na face. Como eu já vi acontecer com Jaqueline, entendi o que acabara de se passar naquela consulta. Aguardo o Dr. Joaquim me chamar no interfone, o que leva uns 10 minutos após a saída da paciente. Entrei no consultório e percebo que há um tripé desses que usam para máquinas fotográficas encostada numa das paredes, mas não me manifestei a respeito.Percebi também que o Dr. Joaquim, havia trocado de camisa. Dr. Joaquim me dava as instruções de como queria que eu deixasse sua mesa, quando tocou o telefone. Ao atender, falei o nome alto da pessoa, para o Dr. Joaquim me fazer um sinal se atenderia ou não. Era um tal de Alberi, companheiro de “pôquer” do Dr. Joaquim. Este, ao ouvir o nome me fez sinal de positivo, atendeu ao telefone e pediu para eu me retirar. Ficou no telefone por mais de 15 minutos. Não pude ouvir a conversa, mas quando o cara falou que era companheiro de “Pôquer” do meu patrão, gelei, de imediato me veio na cabeça que poderia ser uma das pessoas que emprestaram dinheiro para o Lúcio e naquela hora, foram reclamar ou cobrar do Dr. Joaquim o dinheiro que emprestaram para meu noivo por indicação sua. Eu estava tremendo. “Após a ligação, Dr. Joaquim me chamou de novo, retornou às suas orientações quanto a sua mesa e, me disse, que tinha sido chamado para resolver umas coisas muito sérias e não poderia me dar melhores orientações, mas que eu deixasse separadas algumas pastas de alguns pacientes para o dia seguinte. Me chamando de “meu anjo lindo” despediu-se e saiu. Preocupada com Lucio e chateada por ter que ficar por muito mais tempo além das 18:00 hs, me pus a arrumar as coisas e a separar as pastas dos pacientes para o dia seguinte. Encontrei até o brinco da paciente daquela tarde caído junto a um divã, juntei o mesmo e o coloquei sobre a mesa do Dr. Joaquim. Se ele me perguntasse como aquilo foi parar ali, diria que o encontrei junto à cadeira à frente de sua mesa.

- Em casa, a minha ansiedade só aumentava e nada do Lúcio. Ele só chegou às 21:00 hs e com notícias nada boas. Demonstrava estar muito nervoso, com raiva das pessoas que lhe fizeram o empréstimo, do Dr. Joaquim por não ter sido ele a lhe conceder o empréstimo e por lhe ter sugerido obter a quantia com seus amigos, agora, claramente, agiotas. Com muita paciência, consegui que ele fosse me falando o que aconteceu. Lúcio então disse que ao ligar para o contato das pessoas que lhe arranjaram o dinheiro emprestado, um tal de Alberi (caiu a ficha), pedindo para conversar com ele pessoalmente, este já lhe atendeu de forma estranha, como se adivinhasse o propósito da conversa, mas mesmo assim, disse que o atenderia. Lúcio ficou surpreso e assustado com o tipo de reação do tal de Alberi, quando mal começou a contar o que havia ocorrido, aquele o interrompeu bruscamente, não lhe deixando expor que tinha a intenção de pagar tudo o que lhe fora emprestado, mas de forma parcelada. O tal de Alberi deu um soco na mesa e ficou de pé, já lhe apontando o dedo indicador ameaçando, que muito embora Lúcio lhe tenha sido recomendado por um amigo (Dr. Joaquim), ele não misturava negócios com amizade. Como ele dispôs da quantia para emprestar para Lúcio no momento que este precisou, Lúcio também teria que ter a honradez de cumprir com sua obrigação na data acertada e, caso não o fizesse, ele (Lúcio) sofreria as consequências, dando dois tapinhas na cintura. O tal Alberi não deixou Lúcio expor qualquer tipo de argumento, pedindo para que o mesmo se retirasse, ratificando que no dia marcado iria depositar o cheque e esperava para o bem de Lúcio que tivesse fundos. Lúcio não viu outra forma a não ser se retirar, haja vista que além do Alberi, estavam presentes 03 armários ambulantes com cara de poucos amigos. Naquele momento não era só o Lucio que estava apavorado. Eu fiquei pasma, esmorecida com a situação. Fiquei com muita raiva de Lúcio por se colocar numa situação daquelas. Fiquei com muita raiva de mim por ter me calado e deixado Lúcio viajar na sua sede de gastar e gastar sem ter como. Ele estava nervoso, eu estava nervosa. Naquele momento nenhum dos dois tinha condições de apontar uma solução. Ele passou a noite lá em casa, dormiu no sofá da sala. Escondemos o problema dos meus pais, mas eles perceberam que tinha alguma coisa errada, mas lhe dissemos que não era nada demais, que eram problemas do meu estágio e eu estava com medo de não poder me formar naquele ano e perder o tão sonhado emprego. Passamos à noite inteira acordados tendo as mais absurdas idéias de como conseguir pagar a dívida com os agiotas, mas sempre dava em nada. Tínhamos ainda 15 dias para resolver, então resolvemos que teríamos primeiro que nos acalmar e com toda a certeza encontraríamos uma solução. Nisso tudo, eu não contei para o Lúcio que ao final da tarde daquele dia, um tal de Alberi tinha ligado para o Dr. Joaquim e nem da minha desconfiança que o cara queria cobrar do Dr. Joaquim a divida contraída por ele. Se fosse isso, com certeza, Dr. Joaquim daria um jeito de me demitir, daí sim que a nossa situação se complicaria de vez. Não sei porquê não falei nada disso para Lúcio, talvez para não deixá-lo ainda mais para baixo.

/...Continua:-

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Comentários

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Votado e estrelado!⭐⭐⭐💯um conto desse calibre, digno de um filme, merecia muitas visualizações e muitas estrelas.

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Esta muito bom, adoro contos com tds os detalhes, espero pela continuação,so não faça como certos escritores que começam uma história,e deixam pela metade,deixando os leitores frustrados

Até aqui dou dez nos tres já postados.

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