No dia seguinte não queria voltar para minha casa depois da aula, mas o que iria dizer ao meu pai e ele também não iria deixar-me dormir outra vez na casa da minha tia que por sinal ficou preocupada ao me ver de olhos inchados de tanto chorar, aleguei que estava sentindo falta da minha mãe e só assim ele parou de fazer perguntas.
Cheguei em casa meu pai já estava lá para meu alivio, dei-lhe um beijo como sempre fazia e fui me trocar, ele me chama já fico assustado pensando que ele tinha descoberto o que Gerson fez comigo.
_ Oi pai.
_ Como foi na sua tia ontem, você não fez bagunça com seu primo né Antônio?
_ Não pai a gente ficou brincando no quintal depois jantamos e fomos dormir.
_ Vou perguntar para ela em.
_ Pode perguntar, não fiz nada de errado na casa da tia.
_ Deixa eu descansar um pouco que já preparo a janta, hoje estou moído Antônio.
_ Tá bom pai ainda não estou com fome vou ler gibi no quarto.
Fui para o quarto e fiquei deitado lembrando o que passei naquela cama no dia passado, levo maior susto quando vejo Gerson na porta me olhando dou um pulo e levando indo para a sala, sento ao lado do meu pai.
_ Não ia ler o gibi moleque, e tá tremendo porque Antônio?
_ Estava lendo pai mas tomei um susto com a janela batendo com o vento.
_ Falei para tu que esses gibis de fantasma lobisomem ia dar nisso.
Abracei ele pela cintura e fiquei com ele vendo jornal, ele passou o braço sobre meu ombro e ficamos assim até o jornal acabar, quando a janta ficou pronta Gerson se juntos a nós calado como sempre ele comeu e se levantou, resolvi ajudar meu pai, enquanto ele lavava eu secava a louça depois que terminamos fomos para a sala ver tv.
Meu pai tinha um abito que acabei herdando dele, quando ele ia ver tv. ele puxava a mezinha da sala para apoiar os pés e hoje faço isso em casa, na hora que ele esticou as pernas eu deitei-me no sofá pondo minha cabeça em suas coxas enquanto ele colocou sua mão na minha cabeça e assim ficamos até ele me acordar para ir dormir no meu quarto.
Fui deitar-me mas não parava de lembrar de Gerson e com isso não consegui dormir, acabei indo bater na porta do quarto do meu pai e pedi para dormir com ele.
_ O que foi moleque, assustado outra vez?
_ Não estou conseguindo dormir.
_ Tá bom deita aqui mas só hoje amanhã trate de jogar fora esses gibis ou dar para alguém se eu chegar e tiver aqui eu mesmo faço isso.
Deite-me com ele e logo cai no sono, de madrugada acordo com meu pai abraçado em mim na posição de conchinha não sei dizer o porque mas aquilo me fez sentir protegido encostei mais meu corpo ao dele e voltei a dormir acordando de manhã com ele me chamando para tomar banho e ir ao colégio, segui a rotina de sempre mas quando deu a hora de voltar para casa meu coração acelerou com medo de Gerson estar lá me esperando, entrei e não tinha ninguém fui ao quarto me troquei rapidamente e fiquei na sala vendo tv. deixei a porta e as janelas bem abertas, lembrei-me dos gibis e fui pega-los quando os pego um papel cai no chão pego para ver era um bilhete escrito por Gerson.
_ Gostei assim que é para ficar calado sem dizer nada, e para te agradecer vou te dar pica outra vez veadinho.
Lembrei que meu pai tinha dito para não ficar em casa só e fui para casa de meu amigo com medo de Gerson chegar não demorou muito meu pai chegou e voltei para casa.
_ Antônio sente aqui um pouco.
_ Oi pai, já levei os gibis.
_ Não é isso que vou falar, sua tia me falou que o dia que tu dormiu lá você chegou de olho inchado de tanto chorar, e que tu disse que era falta de sua mãe.
_ É verdade pai eu juro.
_ Calma não precisa jurar moleque não vou bater e nem brigar com você, só queria ter certeza porque ontem tu estava muito estranho só isso venha cá com seu pai.
Sentei ao lado dele e ganhei um abraço forte colando minha cabeça em seu peito, outra vez me senti como a noite passa mas desta vez algo mais mexeu comigo sem eu saber o que era talvez por ser muito novo, não queria que ele soltasse de mim abracei ele usando toda minha força de moleque que mal tinha para aperta-lo.
_ Filho seu que é difícil para você e para mim, mas conte comigo para qualquer coisa filho, não sou só seu pai sou também seu amigo.
_ Eu sei pai, gosto muito de você de verdade.
_ E eu te amo filho, e seus irmãos também até mesmo Gerson eu amo igual.
Quando escutei aquilo minha vontade foi contar tudo pra ele mas o medo de Gerson matar meu pai falou mais alto então não falei nada, nos separamos e pude ver lagrimas nos olhos de meu pai e com minha mãos pequenas eu limpei seu rosto e por instinto dei-lhe um beijo no rosto dele.
_ Tenho uma surpresa para tu e para sua irmã, sábado vamos para Fortaleza na casa do seu padrinho e para a praia.
Eu comecei pular feito um louco de alegria fazia tempo que não íamos a praia, meu pai no sofá ao mesmo tempo que mandava eu parar dava risada da minha felicidade, fui tomar meu banho para jantar todo feliz, durante o banho veio a imagem de meu pai agarrado em mim na cama e do abraço que demos no sofá e pela primeira vez eu fico de cacete duro sem entender o porque estava acontecendo aquilo, de inicio assuste-me mas comecei alisar meu pequeno pinto e fui sentindo algo que nunca tinha sentido ainda e quanto mais alisava melhor era a sensação que acabou com meu pai batendo na porta reclamando que estava demorando no banho para eu desligar o chuveiro e sair logo para ele tomar banho também.
Continua