O AFRICANO – Parte II
Olá, caros leitores e leitoras. Meu nome é Rita e sou esposa do escritor deste conto. Até agora ele expôs as coisas do jeito dele, porém sou eu que vou continuar a escrever de onde ele parou.
O ferimento do negrão começou a sangrar novamente. Não era para menos. Ele deveria ter ficado de repouso por uns tempos. Porém, confesso que não consegui resistir à visão daquele caralho enorme, quase quatro vezes maior do que o pinto do meu marido. É que eu tenho andado muito carente sabe? Cada vez menos ele consegue prolongar sua ereção, e isso me deixa muito frustrada. Claro que ele se esforça. Me dá chupadas maravilhosas, bate siriricas em mim que me fazem gozar mais de uma vez em seus dedos, mas fica sempre faltando aquele quê, entendem?
Então, percebo que, de uns tempos para cá, estou perdendo o interesse sexual por Sérgio, meu marido. Já pensei em abandoná-lo e ir viver minha própria vida, ter os homens que eu desejar e dar bem muito para eles. Mas não tenho coragem de ir embora. Não vou mentir: eu gosto dele. Ele cuida bem de mim e é muito atencioso comigo. Também não tenho coragem de traí-lo. Além de ser sido criada como uma mulher recatada, tem o problema de os vizinhos virem a saber da minha traição e tornar a nossa vida um inferno. Aí, os gemidos de dor do negrão me tiraram dos meus devaneios. Havíamos limpado os resíduos de esperma do seu enorme caralho e vestido sua cueca. Pedi para o meu marido lhe lavar a calça suja de sangue, mais para me vingar de ele haver fodido meu cuzinho. Que ousadia! Ele sabe muito bem que eu não gosto do sexo anal. Além do ato me incomodar, levando-me à irritação, ainda tem o fato de eu ter hemorroidas, e elas ficam agitadas quando meu ânus é violado. Meu marido, coitado, sempre foi doido por um cu, mas eu adoro castiga-lo já que ele não me contempla com um pau duro todo metido na minha xaninha.
Sacodi a cabeça querendo afastar de mim esses pensamentos e tratei de refazer o curativo no negrão. Retirei a gaze e o esparadrapo e a ferida estava, realmente, aberta. Com o esforço das várias gozadas, os pontos se romperam. Desta vez eu precisaria de anestesia, já que ele estava se acordando, e não a tinha em casa. Pedi, então, que meu marido deixasse o que estava fazendo e fosse à farmácia, com um recado meu ao farmacêutico, que era meu amigo desde a infância. Dei-lhe uma lista de remédios que seriam necessários para o pronto restabelecimento da saúde do desconhecido. Então, o negrão abriu os olhos. Eu ainda desinfetava o ferimento, esperando pela volta do meu marido para refazer o curativo. O sujeito me pegou pelo braço, puxando-me mais para perto de si. Falou num sussurro, pois ainda estava muito debilitado:
- Obrigado pela chupada maravilhosa, dona. Você chupa muito bem.
Eu me assustei. Ele estava o tempo todo consciente? E que história era aquela de falar expressamente o português? Meu marido havia dito que ele não dizia uma só palavra em nosso idioma!
- Você deve ter estado delirando, moço – apressei-me em dizer – Perdeu muito sangue e isso deve tê-lo feito imaginar coisas.
- Não, eu estive acordado o tempo todo. Não sabia se podia confiar em vocês...
- E aguentou eu fazer o curativo a cru, sem reclamar? – Eu estava espantada da sua resistência à dor.
- Sim, tenho uma vasta experiência em ferimentos, principalmente à faca e à bala. Pode ver que meu corpo é cheio de cicatrizes.
- Meu marido disse que o moço não falava a nossa língua...
- Fiz ele acreditar nisso. Sou um agente federal africano e sei falar vários idiomas. Mas estou aqui no Brasil a serviço, então tenho que trabalhar sob disfarce. Portanto, por favor, não conte isso ao seu marido. Quanto menos ele souber de mim, menos estará correndo perigo, ok?
- Não sei se vou conseguir deixar de contar a ele. Não guardamos segredos um do outro.
- Será por pouco tempo. Logo que melhorar, estarei indo embora. Não quero fazer vocês correrem perigo por minha causa.
Então, meu marido voltou com os remédios. O africano voltou a fingir estar desacordado. Eu apliquei-lhe uma anestesia e refiz o curativo. Depois, quando terminei de repor os esparadrapos, injetei-lhe um remédio para que adormecesse, através do soro que ele agora recebia na veia. Fui para a área de serviços, onde meu marido ainda tentava retirar o excesso de sangue da roupa do cara.
- Como ele está? – Perguntou-me.
- Vai sobreviver. Logo estará indo embora – eu disse com voz triste, sem me aperceber.
Mas meu marido estava atento e me conhecia muito bem. Inquiriu-me:
- Ficou gostando dele, preciosa? Olha que já estou com ciúmes, viu?
- Como eu já te disse, estava curiosa para ver o tamanho do pau dele. Agora que já vi, perdi o interesse – Menti descaradamente.
- Pois se quiser, posso falar com ele e dizer que você ficou interessada. Você sabe que eu sempre tive a maior vontade de te ver fodendo com outro.
- Não precisa – eu disse isso e saí de perto dele.
Que mania que meu marido tem de escolher homem para mim. Como se eu não fosse capaz de seduzir um homem. Sou ainda jovem, bonita, e tenho um corpo cheinho, mas que ainda chama atenção de homens na rua. Cansei de ouvir assovios por onde passo. Até parece que todos os machos do mundo sabem que não vivo satisfeita no meu casamento. Mas não dou atenção a eles. Só querem minhas carnes, quando eu preciso de alguém que me ame. E me coma, naturalmente. Mas um dia eu mostrarei para meu marido do quanto sou capaz.
Fui para o quarto com aquele pensamento. Eu havia conseguido não dizer para o meu marido que o africano falava português. Isso já era um bom sinal: de que eu consigo guardar algum segredo dele. Mas não consegui tirar da mente a imagem daquele caralho enorme. Eu o desejava em minhas entranhas, nem que depois tivesse de ser socorrida com uma hemorragia. Bateu-me uma vontade repentina de me masturbar. Mas temia que meu marido me flagrasse no sexo solitário e desconfiasse que eu estava mesmo afim do negrão. Por outro lado, naquela noite eu estaria de plantão no hospital onde trabalho. Não me convinha chegar cansada, para trabalhar 24 horas seguidas. Então, adormeci sem me masturbar. Acordei com o meu marido me chamando, pois eu já estava atrasada. Dormi profundamente e não lembro de ter sonhado com o negrão. Comi apenas um sanduíche, tomei um banho rápido, aprontei-me e saí correndo para o trabalho. Nem me lembro de ter beijado meu marido, como costumo fazer quando nos separamos.
Meu turno começou agitado, com várias pessoas sendo socorridas por causa de assaltos ou feridas em brigas domésticas. Um cara teve o pênis amputado pela esposa ciumenta, e eu me empenhei em tentar fazer com que os médicos recuperassem seu falo decepado. O sujeito estava desolado e eu me lembrei logo das minhas noites insones e carentes. Mas não houve mais jeito. O pênis dele, por ter passado muito tempo fora do gelo, estava perdido. Depois foi a vez de um homossexual que teve seu ânus exposto por causa de uma garrafa de cerveja que havia introduzido nele mesmo. O gargalo criou um êmbolo e seu parceiro piorou a situação tentando puxá-la à força. O reto ficou exposto e ele teve que ser socorrido com o objeto ainda dependurado. O procedimento para este foi mais fácil. Bastou-se quebrar com cuidado o vidro. Com a ausência do êmbolo, o ânus foi liberto. Empurraram-no de volta e o jovem foi liberado horas mais tarde. Aí, fui chamada para atender um senhor de uns sessenta anos que havia tomado Viagra em demasia. Por pouco não teve um enfarto. Cuidaram do seu coração, mas eu tinha que cuidar do seu priapismo. O coroa chorava de dor. Seu pau estava duríssimo, por conta da concentração do sangue ali. Quando retirei com cuidado o lençol que cobria seu membro, pensei que estivesse tendo uma miragem. O tamanho do caralho do cara era comparável ao do negro hóspede de minha casa.
- Moça, pelo amor de Deus, faça parar essa dor atroz – choramingou o coroa.
- Estou vendo aqui na papeleta que já lhe aplicaram um relaxante. Não posso ministrar outro, senhor.
- Eu já tentei me masturbar várias vezes, mas não consigo nem tocar no pau, dona. Dói muito. Dê-me, pelo menos, um remédio para me fazer dormir...
- Também não posso fazer isso. O senhor já tomou fortes calmantes para baixar a pressão arterial. Uma dose para dormir pode causar hipotermia. Teremos que tentar uma solução radical, se o senhor permitir...
- Qual seria, minha filha? – Perguntou-me o coroa, esperançoso.
- Temos que tentar a estimulação da próstata. O senhor sabe a que me refiro?
O coroa, a princípio, ficou em dúvida. Mas parecia um homem estudado. Corou, quando achou que havia adivinhado meus pensamentos.
- Quem vai fazer isso comigo... a senhora?
- Se o senhor autorizar, sim. Se preferir, posso chamar um médico.
- Sim, eu darei a autorização até por escrito, minha filha. Pois não aguento mais de tanta dor. Faça você mesma o que tem de ser feito. E o mais depressa possível.
Eu estava com as unhas um tanto crescidas. Aparei-as, calcei uma luva e coloquei o coroa na posição de toque retal. Untei meus dedos protegidos pela luva e espalhei um pouco de vaselina em volta do seu ânus. Ele, de pernas abertas, contraiu-se um pouco. Mas depois relaxou. Então eu enfiei um dedo no seu cu e comecei a movimentá-lo devagar. Ele mordeu meu dedo com suas pregas, mas logo voltou a ficar relaxado. Então fui cadenciando os movimentos, invadindo e retirando meu dedo do buraquinho dele. Ele relaxou mais o ânus. Pouco depois, deu sua primeira gozada. Continuei masturbando-o, aproveitando que seu reto estava mais relaxado. Ele gozou de novo, e de novo. Então, deu um suspiro prolongado e depois ficou arfando. Auferi a sua pressão e estava quase normal. Seu pênis finalmente murchara. Depois que conseguiu recuperar o fôlego, o coroa me agradeceu várias vezes. Pediu-me que eu lhe desse suas roupas e retirou delas um cartão de visitas. Intimou-me a ligar para ele sem falta, pois ele tinha muito ainda a me agradecer.
Guardei seu cartão sem muito entusiasmo. Não gosto de me aproveitar de pessoas doentes. No outro dia, no entanto, quando eu já estava me preparando para largar, a esposa do coroa chegou ao hospital me procurando. Agradeceu também o que eu tinha feito pelo marido dela e insistiu em me dar uma carona até em casa. Declinei da ideia. Não queria que ela visse o negrão baleado lá em casa. Ela, então, me convidou para tomar uns drinques em sua casa e, não sei porque, aceitei. Depois de acomodarmos o marido em sua cama de casal, fomos para a sala e começamos a beber e conversar sobre trivialidades. Aí chegou um filho dela, que viera saber de notícias do pai. Quando fomos apresentados, ele se disse encantado. Não parou de olhar para mim, durante todo o tempo que passei na casa dos pais dele. Então, resolvi-me a ir embora. Disse que estava cansada da longa jornada de trabalho e que a bebida ingerida, um vinho finíssimo, já estava pegando.
Mesmo contra minha vontade, o jovem acabou me convencendo a me levar para casa. Perguntou-me pelo caminho como eu havia resolvido o problema do seu pai. Menti, dizendo que havia lhe injetado um relaxante nevrálgico, pois não queria expor nem constranger o coroa. Aí, para a minha surpresa, o cara me confessou que o pai costumava ser socorrido ao menos uma vez por mês nas mesmas condições. Tomava Viagra e era socorrido na esperança de que uma enfermeira ou médico se compadecesse dele e lhe masturbasse o cu. Também era uma forma de atrair casais à sua casa, pois escolhia enfermeiras casadas, que sempre iam acompanhadas do marido, quando o coroa marcava uma festa qualquer na mansão do casal e convidava o casal da vez. Eu me recusei a acreditar no que o filho do casal estava me dizendo. Ele, então, me mostrou umas fotografias que estavam dentro de um envelope. Paramos na beira da estrada e ele acendeu a luzinha do carro. Eram mais de 30 fotos. Na maioria, a mãe do jovem aparecia fodendo com um cara diferente. Noutras, o coroa dava a bunda para rapazes bem-dotados. Numa outra, o próprio jovem aparecia metendo no rabo da mãe.
Acho que a bebida estava “batizada”, pois a minha cabeça começou a girar quando vi aquela última foto. Devo ter desmaiado, pois acordei amarrada e amordaçada no banco de trás do carro ainda em movimento. O dia já amanhecera, mas eu não conseguia saber onde estava. A paisagem era totalmente desconhecida para mim. Gelei. A situação era simples: eu havia sido sequestrada!
FIM DA SEGUNDA PARTE