Eu: O Folgado dormiu lá!
João: Vocês..
Eu: Ah João pelo amor de Deus né? Ele foi lá saber como eu tava, me pediu desculpas, falei um monte de coisas e ele também e por fim quando vi ele dormia na minha cama, foi isso! Feliz?
João: Desculpa, eu pensei merda vai!
Eu: Tu pensou que eu tivesse dado pra ele? Vai tomar no cu João! - me levantei da cadeira.
João: Não, claro que não é que.
Eu: É o que João?
João: Esquece isso vai - ele veio até mim.
João: Desculpa vai?
Eu: Esquece João! Vai trabalhar hoje não?
João: Daqui a pouco tô indo nessa!
Eu: Deixa eu voltar pro meu relatório, lava a louça!
Passei por ele que deu um tapa na minha bunda e riu. Assim que entrei no quarto, bati a porta com força e ele se assustou.
Eu: Pode rasgar que aqui não é hotel não!
Daniel: Porra cara, quase morro - disse ele com a voz roca.
Eu: Não teria essa sorte! O João já voltou, já pode ir embora.
Me sentei e voltei ao trabalho, foi quando me assustei com ele passando a cabeça dele pelo meu ombro apoiando as mãos na mesa e ficou olhando o que eu fazia, me espantei com aquilo.
Eu: Que porra é essa?
Ele virou o rosto que ficou muito perto do meu, na hora sentir frio na barriga. Olhei pra boca dele que era tão bonita, ele sorriu e mordeu os lábios.
Daniel: Fica tranquilo que eu nunca vou te beijar! - ele riu logo depois, foi um riso debochado.
Eu: Sai do meu quarto agora Daniel!
Ele se afastou de mim e foi em direção da porta, abriu ela e quando foi sair olhou pra mim.
Daniel: Relaxa, eu volto!
Saio e fechou a porta.
Eu: Filho da puta! - gritei com raiva.
Que cara babaca, quem ele pensa que é? Tava muito bem arranjado com aquele cara. Conseguir terminar o relatório, enviei pro meu chefe. Naquele mesmo dia a noite, eu tinha acabado de chegar do Mestrado, tomei um banho e fui pra sala, abrir a porta e fiquei estudando um pouco. Ouvir alguém batendo na porta e quando olhei vi o Dan
Dan: Oi!
Ele vestia uma bermuda preta com uma camisa verde. Tava ferrado, toda vez que eu via ele eu me controlava pra não ficar excitado.
Eu: Opa! - me levantei do sofá.
Eu: Entra ai cara.
Ele entrou em casa e foi inevitável não olhar de cima a baixo pra ele.
Dan: Porra cara, eu tava sem fazer nada em casa e vi que a porta tava aberta. Tô atrapalhando? - ele olhou pro not que eu usava.
Eu: não, não! Tava só vendo uns emails do trabalho.
Claro que era mentira, mas pra ficar perto dele valia a pena.
Eu: Senta ai, quer beber algo?
Dan: se tiver um cervejinha eu aceito!
Sorrir e fui até a cozinha, peguei um pra ele e outra pra mim. Sendo que eu usava só uma short curto e velho, que eu costumava usar em casa. Quando voltei pra sala vi que ele olhavas umas fotos minhas com os meus pais. Ele me viu e perguntou se era meu pais.
Eu: São sim! - entreguei a cerveja pra ele.
Dan: Brigado, eles?
Sentir que ele ia perguntar se eles tinham morrido.
Eu: Não! Eles não morreram. Eles moram no Rio, devido a profissão.
Dan: Ah sim, eles são o que?
Eu: Médicos - me senti no sofá.
Ele veio e sentou do meu lado, sentir o perfume dele.
Eu: Mas me diz, tu faz o que da vida?
Dan: Advinha, eu tenho cara de que faço o que?
Olhei pra ele e fiquei imaginando como seria beijar ele e acabei rindo, ele riu junto.
Eu: Advogado?
Dan: Quase, mais uma chance!
Eu: Hum.. deixa eu pensar.. -Olhei pra ele e rir.
Eu: Médico?
Dan: Resposta errada! Eu sou policial!
Eu: Fala sério!
Dan: To falando, policial federal!
Eu: Caralho, agora que tu falou isso tu tem jeito pra policial mesmo!
Nós ficamos conversando. Isso já era a segunda latinha de cerveja.
Eu: Quantos anos tu acha que eu tenho?
Ele passou a mão na barba e riu.
Dan: 22 certeza!
Eu: Certeza?
Dan: Absoluta! - ele bebeu a cerveja.
Eu: 19!
Dan: Ah fala sério? - ele riu alto.
Foi um risada gostosa de ouvir.
Dan: Tá tirando uma comigo né?
Eu: Não cara, 19 mesmo.
Dan: Vinícius, tu faz mestrado não tem como tu ter só 19 anos. Teu corpo não é de uma garoto de 19 anos.
Eu: Meu corpo ?
Confesso que pensei besteira com esse comentário dele.
Dan: Com 19 anos eu não tinha um corpo assim!
Eu: Natação, vai por mim! Mas me diz a tua idade?
Dan: Sou coroa já! - disse ele rindo
E que coroa, pensei comigo.
Eu: sério Dan!
Dan: 31
Eu: Não tá nada mal pra um senhor de 31 anos.
Nós dois rimos. A conversa foi fluindo naturalmente, adoro tipos de pessoas que sabem conduzir qualquer tipo de assunto. E ele era assim, sim eu poderia tá achando aquilo por sentir tesão por ele? talvez sim ou talvez não..
Eu: Desculpa perguntar, mas sempre te vejo sozinho é.. Tá morando sozinho?
Dan: Por enquanto sim, minha esposa está na casa dos pais com as crianças. Acho que amanhã ou segunda eles voltam, foi o tempo que eu arrumei as coisas no apartamento.
Eu: Filhos? Qual a idade?
Dan: 6. São gemêos! Bernardo e Bianca.
Eu: Os ratinhos!
Ele riu outra vez alto.
Dan: Exatamente, eu curtia esse desenho ai aproveitei!
Ouvir a porta do elevador se abrindo, olhei pra porta até que o Dani apareceu. Ele sorria mas quando viu o Dan foi ficando sério.
Eu: Dani! - me levantei assim como o Dan.
Dani: Queria falar contigo, te liguei mas pelo visto tá ocupado.
Eu: Que nada chega ai - fui até ele e o abracei.
Eu: Deixa eu te apresentar. Esse aqui e o Dan, nosso vizinho ai da frente.
Dan: Opa, beleza cara? - estendeu a mão
Dani: Tranquilo! - apertou a mão dele.
Dan: Mais um Daniel? - perguntou ele rindo.
Dani: Mais um? - ele olhou pra mim.
Eu: É ! Tem o idiota do Daniel, ele tava aqui quando o Dan também tava.
Dani: Ah claro, o babacão lá. Eu vou lá pro teu quarto, tô com um dor de cabeça.
Ele veio até mim e me abraçou depois dando um beijo no meu rosto.
Dan: Cara vou indo nessa, acho que o moleque ai não foi com a minha cara.
Eu: Não, deve ter acontecido alguma coisa. Ele não é assim!
Dan: Mas mesmo assim, vou
Eu: Tu que sabe, mas a porta sempre vai tá aberta é só aparecer.
Dan: Assim fico mal acostumado!
Ele veio até mim e me deu um abraço, confesso que amei aquele gesto rsrs. Fechei a porta e fui pro meu quarto, onde o Daniel estava só de cueca.
Eu: Opa, sabe que faz muito tempo que não tem nenhum homem assim na minha cama?
Ele riu e bateu na cama.
Dani: Deita aqui vai!
Me deitei e logo depois ele colocou a cabeça na minha coxa e ficou olhando pro teto.
Eu: O que foi Dani?
Passei a mão sobre o cabelo dele. Ele virou o rosto e ficou me olhando.
Dani: Vou dormir aqui hoje!
Toda vez que ele fala isso era pq tinha brigado com o pai. No começo eu estranhava de ele preferir ficar comigo do que com a Maria, mas com o tempo cansei de me fazer tantas perguntas.
Eu: Tudo bem!
Ele acabou passando o sábado todo em casa. No domingo liguei pra Maria avisando que tava passando na casa dela. Peguei minha chaves e sair de casa, assim que estacionei o carro encontrei a mãe dela que estava saindo, ela me viu e veio falar comigo.
Dona Carla: Meu filho quanto tempo - ela veio e me beijou.
Dona: Carla: Nossa, cada dia que passa fica mais bonito.
Eu: Brigado, a Maria ?
Dona Carla: Está no quarto dela vá lá.
Entrei na casa dela e fui subindo a escada, ouvia barulho de música vindo em direção do quarto dela. Assim que cheguei no corredor de cima, percebi que a música vinha do quarto do Guilherme, irmão da Maria ( ah esqueci de dizer que ela tinha um irmão gemeo rsrs). Logo o som parou e ouvir a voz do Guilherme reclamando. Me aproximei mais e ouvir outra voz.
Guilherme: Porra liga isso ai Daniel.
Daniel: Calma viado!
Guilherme: Por falar em viado, como anda a parada lá com o Vinícius?
No mesmo momento eu parei, me encostei quase na porta do quarto dele que estava entre aberta.
Daniel: Porra, tá mais difícil do que pensei. Ele faz jogo duro.
Guilherme: Se quiser desistir ainda tem tempo, mas sabe qual é a condição.
Daniel: Tá maluco? Eu disse que consigo! Mas só preciso de um tempo, daqui a pouco ele vai tá caidinho na minha mão ou melhor entre as minhas pernas me chupando.
Ele riam, então tava explicado todo aquela aproximação dele.
Daniel: O problema é o João cara, não entendo qual o lance dele com o Vinícius.
Guilherme: Deve comer ele, eu não tô recriminando não. Pela cara de puta que o Vinícius tem o João deve ser fazer na bunda dele.
Os dois riram
Daniel: Deixa esse viado pra lá, mas te digo que a aposta ainda tá valendo. Eu vou fazer ele se apaixonar por mim.
Depois disso o som voltou a ser ligado, fiquei encostado do mesmo jeito tentando assimilar aquela informação.
Eu: Ah Daniel, tu não sabe com que se meteu.
Entrei no quarto da Maria que arrumava o cabelo. Ela me olhou e riu.
Maria: pq tá rindo? - perguntou ela arrumando o cabelo.
Eu: Acabei de ouvir a melhor coisa que eu poderia ter ouvido hoje.
Maria: Podemos ir!
Quando saímos do quarto, ela parou e abriu a porta do quarto do irmão.
Maria: Monstro, vou sair com o Vinícius.
Ele me viu e sorriu.
Guilherme: Fala Viní, quanto tempo cara!
Eu: Fala Guilherme!
Daniel: Oi Magre... Vinícius.
Ele e o Guilherme riram. Não respondi.
Maria: É isso, avisa pra mamãe!
Ela fechou a porta que não demorou muito a se aberta pelo Daniel.
Daniel: Vinícius foi mal, tu sabe que é sacanagem! Faço isso só pq te encher mesmo.
Eu: Daniel - ele me interrompeu.
Daniel: Pra mostrar que sou um bom moço, vou lá na tua casa mais tarde pra gente beber algo.
Decidir entrar no jogo dele, queria ver até onde ele iria com aquilo.
Eu: Aparece sim, vou te esperar com todo prazer!
Sorrir e pisquei pra ele que ficou sério. No carro Maria disse que ainda ia dar em namoro, madei ela tomar banho. Nós fomos ao shopping, queria comprar umas roupas e ela aproveitou pra comprar algo pra ela.
Maria: Não acredito nisso!
Eu: Pois é, teu irmão e o Daniel apostaram isso!
Maria: Que filho da puta! E tu pensa em fazer o que?
Eu: Entrar no jogo dele, ver até onde ele é capaz de chegar!
Maria: Então foi por isso que tu convidou ele pra ir pra tua casa hoje?
Eu: Bingo!
Maria: Babado! Isso tá melhor que novela.
Eu: Ah Maria, menos né?
Nós rimos. Deixei ela na casa dela e depois fui pra minha, tomei um banho e fiquei esperando o Daniel. O João me disse que passaria a noite na rua. Por volta das 21: 30 ele apareceu vestindo uma polo azul e uma bermuda branca, tá confesso ele tava lindo.
Eu: Nossa isso tudo é pra mim?
Ele riu e entrou em casa
Daniel: Digamos que sim! -ele piscou.
Eu: Nossa! - aproximei meu rosto do pescoço dele.
Eu: Esse perfume - espirei no pescoço dele.
Eu: Eu amo esse perfume.
Claro que era mentira, o perfume era bom mas nem sabia o nome. Ele me olhou espantado mas logo tratou de rir.
Daniel: Vou usar ele toda vez que eu for vim aqui.
Eu: Menos Daniel, senta ai que vou pegar algo pra gente beber.
Fui em direção a cozinha, enquanto eu pegava os copos ele apareceu por lá.
Daniel: E o João?
Eu: O João disse que não passaria a noite em casa.
Daniel: Comer alguém com certeza!
Acabei colocando Uísque tanto pra ele quanto pra mim. Nós fomos pra sacada, fiquei olhando pra rua.
Daniel: Valeu, por tá me dando essa chance cara.
Olhei pra ele e pensei como alguém poderia ser tão mentiroso como aquele cara?.
Eu: Sou uma boa pessoa mesmo!
Ele sorriu e bebeu o uísque. A noite esfriou e nós entramos, sentei no sofá e ele do meu lado relativamente perto. Tão perto que se eu abrisse um pouco a perna encostava na dele. Olhei pro braço dele e vi a tatuagem.
Eu: Dói?
Daniel: Essa doeu, até pq pela tamanho e tudo mais.
Eu: Acho ela linda! - Passei o dedo indicador pelo ante braço dele.
Daniel: Mas a primeira doi mais e foi essa.
Era uma circulo preto no outro braço dele.
Eu: Tem quantas?
Daniel: 4. Essas duas uma no bícips.
Ele enrolou a camisa e me mostrou, era uma caveira linda.
Daniel: E outra na virilha. Ele riu.
Daniel: Bem essa eu ainda não posso te mostra!
Ele falou de um jeito tão sexy, que me fez sentir frio na barriga. Olhei pro meu copo e rir, maldito uísque pensei comigo. Olhei pra ele e segurei o olhar, ele fez a mesma coisa. Levantei a mão bem devagar e a levei até o cabelo dele. Ele fechou os olhos e riu.
Eu: Eu não lembro de como era teu cabelo, tu deveria deixar o cabelo crescer.
Que merda eu tava fazendo? Ele riu, eu ainda continuava com a mão no cabelo dele até que ele abriu os olhos e me olhou.
Eu: Até lembro me lembro, mas não sei se tu fica bonito ou não.
Daniel: Eu tenho que manter a pose de mal! - Falou ele e logo depois abriu um sorriso lindo.
Abaixei a mão e continuei a olhar pra ele, que também me olhava. Uma coisa que não poderia negar era a beleza dele, que homem lindo, mesmo não fazendo "meu tipo". O que eu tava pensado ? Era o Daniel, claro que ele não fazia meu tipo.
Daniel: Não me olha com essa cara pq não vai adiantar. Eu nunca vou te beijar!
Olhei o relógio da sala e marcava mais de meia noite. Como assim, foram só 5 copos de uísque, o tempo passo muito rápido.
Eu: Acabou teu tempo cinderela. Hora de ir embora!
Daniel: Qual é? Tu leva tudo a sério mesmo?
Eu: Vaza Daniel! Amanhã tenho que trabalhar, não sou igual a certas pessoas que vivem do dinheiro do papai senador!
Daniel: Pegou pesado, mas é verdade!
Ele riu e deixou o copo sobre a mesinha da sala. Abrir a porta e ele veio rindo.
Daniel: Curtir a nossa noite!
Eu: Tchau, Daniel!
Ele se aproximou e me abraçou, confesso que fiquei surpreso com aquele gesto dele. Sentir mais uma vez o perfume dele que realmente era bom.
Daniel: Gostou mesmo do meu perfume? - perguntou ele sem jeito.
Me afastei dele e vi que ele possuía o rosto vermelho. Aquela foi a primeira vez que eu vi ele daquele jeito.
Eu: Boa noite, Daniel!
Ele passou por mim e foi em direção ao elevador, ele apertou o botão e escorou na porta e ficou me olhando. O Elevador chegou, ele abriu a porta, dei um tchau pra ele com a mão e ele mandou um beijo. Sorrir e fechei a porta. Acordei no outro dia atrasado, me joguei uma água e me arrumei, vestir uma camisa social azul escura que ficava justa a mim, calça jeans escura e o óculos escuro e ela, a dor de cabeça! Assim que assim do quarto e entrei na sala vi o Daniel conversando com o João.
Daniel: Olhos de ressaca, Capitu?
Eu: O teu cu!
Ele riu.
Daniel: Boa dia Viní!
Eu: O que tu faz aqui prega?
João: Bom dia! perdeu a hora hoje?
Eu: E não é! Tchau!
Sair de casa e quando cheguei na garagem meu carro não ligou de jeito nenhum. Liguei pro João pedindo pra ele levar no mecânico. Peguei um táxi e fui pro trabalho, o dia pra dar tudo errado foi aquele. Quando deu meu horário liguei pro João pedindo pra ele me busca. Assim, que sair do escritório não avistei o carro do João, não demorou muito meu celular começou a tocar. O número era desconhecido, pensei em não atender mas poderia ser algum cliente do escritório.
Eu: Alô?
- Na tua direita carro vermelho.
Eu: Que? Quem tá falando?
- Direita, carro vermelho, Vinícius.
Eu: Daniel?
Olhei pra minha direita e vi o carro vermelho, a porta abriu e ele saiu. Até ai tudo bem se ele não tivesse só de bermuda, ele esticou o abraço rindo.
Daniel: Aqui magrelo.
Sim meu amigos, definitivamente eu tava fudido!
É isso, desculpa a demora galera! Abraços e até mais.