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oooooooOOOoooooooooo
Ele me olhou admirado e me beijou eternamente.
Guilherme> Tá vendo como você é generoso... daí depois daquele dia... eu o encontrei em sua casa... na tarde em questão... nossa Biel... quando cantou pra mim... (ele voltou a me abraçar) me senti o homem mais feliz do mundo... foi quando decidi de ver que eu queria entender o que sentia, sinto, por ti... mas peço que me espere... tenho que entender... e me perdoa se te magoar... mas acho que vou... só saiba que não quero!
Gabriel> O que você quer de mim?
Guilherme> Não sei... eu não sei... estou perdido... eu não sou gay... mas não me sinto gay contigo... na minha cabeça tenho que procurar uma mulher... sei lá (senti uma dor aguda no peito), mas eu não tenho vontade de ter ninguém... só penso em ti... por isso quero entender. Quero que a gente continue amigos... (Eu olhei pra ele confuso)
Gabriel> Mas você me beijou... pensei... (Ele me silenciou com o dedo)
Guilherme> Eu quero você Gabriel, mas não estou pronto... então... quero que me espere...
Olhei pra ele não acreditando no que eu estava pensando, mas eu tinha que perguntar...
Gabriel> E enquanto eu espero, o que vai fazer... testes pra se convencer que me quer ou não me quer... tipo, ficar com todas as meninas que puder?
Engraçado a forma como ele me olhou... desconfiado, não como se eu o tivesse pego desprevenido, mas como estivesse desconfiado da ideia que eu fazia dele, e o que ele me falou em seguida correspondia a isso...
Guilherme> Pelo que me toma? Que pensa que eu sou?
Gabriel> Desculpa, desculpa... é que não estou compreendendo até onde quer chegar...
Guilherme> Eu apenas quero que não fique com ninguém... eu não pretendo ficar com ninguém... quero que a gente se conheça melhor... fique amigos... sei lá... até eu compreender esse sentimento... mas fique sabendo de uma coisa... já considero você meu... minha propriedade...
Gabriel> Como assim? Como uma coisa... não gosto disso não...
Guilherme> Gabriel você é meu e pronto... só meu... MEU! Não tem escolha... mesmo que você não me queira... não tem escolha... eu já decidi... sou seu homem e pronto! Seu dono. Estamos entendidos (embora dissesse o que disse, falava com o sorriso na boca)
Gabriel> Posso ficar calado?
Ele riu alto, e então falou sério...
Guilherme> Vai ser difícil pra você... mas tente me compreender por favor... aguenta firme? (balancei a cabeça positivamente) vai vir chumbo grosso viu... aguenta?
E surpreendi ele...
Gabriel> Só quero ver quem vai ter que aguentar mais... não esquece que um uma via há duas mãos...
Foi quando escutamos batida na porta de fora da academia. Levantei assustado tentando me recompor. O Guilherme se ergueu lentamente, como que não estivesse preocupado com algum flagrante... era muito corajoso aquele homem. Ele andou devagar pelo escritório. Pegou-me no braço e me deu um beijo demorado... sentindo sua língua ávida procurando a minha e me beijando com força e voracidade... eu sentindo sua excitação tocar meu corpo e sua mão descendo pelas minhas costas, até minha bunda... ele gemeu quando pegou ali... e dando mais um beijo intenso me soltou. Caminhou ate a porta, abriu e saiu pra ver quem era... o segui atordoado, quando a porta da academia foi aberta... vi a Flávia estava do outro lado em pé, com as mãos na cintura e atrás dela, dentro de um corsa vermelho estava uma moça de cabelos negros...
Flávia> Marcela... (apontando pra ela no carro) O que você fez com tua namorada?
Foi um choque terrível... olhei pra ele e me afastei. Namorada! Então pude entender que naquela rodovia de mão dupla, eu estava na contramão...
Como assim... namorad? E tudo o que ele havia me dito a pouco... e a cobrança com o Paulo... e dizer que não estava afim de ficar com meninas pra puder entender o seu sentimento... e agora uma namorada! Meu estômago doeu muito. Sentia ânsia de vômito... eu estava tonto. A Flavia estava em pé na minha frente olhando para o Guilherme que eu não conseguia ver o rosto... não sei o qual era a expressão dele... também não queria... nunca senti aquilo! Queria sumir... sumir dali... não tinha vontade de nada... só apenas de vomitar tudo. Pedi licença... não sei, e fui pro banheiro... minha visão estava turva... não era de lágrimas... era, acredito uma escuridão estranha que passava pelos meus olhos... senti uma náusea, corri, senão vomitaria ali mesmo! Entrei no banheiro, mas parei na porta... tinha que me acalmar, pelo menos até chegar a cabine sanitária senão eu... náusea.. respirei. Deus me ajude... “o que você fez com tua namorada?” náusea mais forte... andei devagar até a pia... estava muito enjoado... abri a torneira e sorvi um pouco de água, para logo em seguida cuspir... olhei meu semblante no espelho e meus olhos estavam azul marinho, escuros, quase sem vida! Lavei o rosto, precisava coordenar os pensamentos, mas só vinha na mente namorada... namorada... namorada... senti uma ânsia de vômito mais intenso. Fechei os olhos para me concentrar... não podia vomitar... não podia... ânsia... respirei fundo, muito e abri os olhos... deparei-me com o olhar horrível do Guilherme, seco, duro... profundo!
Guilherme> Não diga Gabriel que você acha que sou esse mostro... diga que não pensou isso de mim...
Não aguentei, corri para o boxe e vomitei tudo!
Guilherme> Abre a porta Gabriel... (eu apenas estava zonzo... ainda com os últimos espasmos de vomito – sua voz começou a abrandar). Biel... por favor, estou preocupado... abre a porta.
Baixei a tampa do sanitário... sentei nele e passei a mão na boca. Respirei fundo e abri a porta. O Guilherme estava com semblante preocupado me olhando seriamente. Eu apenas baixei os olhos e falei...
Gabriel> Ela é mesmo sua namorada... (num fio de voz).
Ele se aproximou... ajoelhou-se aos meus pés e segurou minhas mãos... seus olhos eram sinceros e muito preocupados.
Guilherme> Você está melhor? (balancei a cabeça afirmativamente). Biel ela não é minha namorada... olha eu não quero discutir... fiquei irritado quando você pensou acreditou que eu faria isso contigo... não sou assim... (daí ele parou e me tirou dali) vamos sir daqui...
Eu sai do boxe e me sentei num banco comprido do vestiário... ele continuou...
Guilherme> A Marcela é uma menina que eu fiquei umas três ou quatro vezes, todas em festas que nos encontramos... a última vez faz uns 10 dias... e eu meio que dei a entender que poderia ficar mais sério... pois a gente... a gente... (ele olhou pra mim e disse de vez) a gente transou... (fechei os olhos, nossa! Como doía) daí... lembra da última vez que te deixei em casa à noite e você perguntou se eu queria descer e disse que tinha um compromisso (balancei a cabeça afirmativamente) o meu compromisso era a Marcela... (virei o rosto sentindo outra pontada de náusea – ele segurou meu queixo e olhou profundamente) eu fui para acabar qualquer coisa que ela pensasse que poderia existir entre nós... eu fui na casa dela, e disse que não dava mais pra a gente se vê... (eu o olhei com os olhos arregalados – ele riu) sim seu bobinho... eu acabei o que nunca existiu... por você... (olhei incrédulo – sorriu) tá por mim. Agora quando a Flávia chegou e disse o que eu tinha feito com minha namorada... nossa fiquei puto... quando você saiu a Flávia falou que foi sacanagem minha dispensar a Marcela logo depois de transar com ela... bom é meio verdade isso... mas, eu apenas disse que aquilo não era assunto dela e que nunca prometi nada a Marcela, que a mesma deveria ter ficado na dela... e que ela, a Flávia não tinha nada a ver com isso... então fechei a porta e deixei as duas lá plantadas, pois minha preocupação estava aqui... (e tocou no meu nariz)
Gabriel> Eu sou um completo tolo (bati em meu peito – comicamente em auto-flagelação) bobo, bobo... idiota, imbecil... Ahhhhh Gui! Me... me perdoa... sou muito idiota ter pensando mal de você... (fui interrompido)...
Guilherme> Do que você me chamou Biel? (ele falou com um sorrisão)...
Gabriel> De Guilherme? (ele cruzou os braços e sorrindo fez carinha de bravo) tá.. acho que foi Gui! (baixei a cabeça e olhei pra ele de rabo de olho).
Guilherme> Gostei... só não te dou um beijo agora porque você ta tão sujinho... um sujinho lindo... (rindo de minha cara de vergonha) vermelhinho lindo... rs
Daí percebi meu estado... tinha pingos de vômito em minha camisa... calça... aff, parecia o exorcista... fiquei morto de vergonha...
Guilherme> Acho que tem que ir tomar um banho (e apontou pra o box)
Gabriel> Mas não tenho outra roupa aqui...
Guilherme> Eu tenho no carro roupa de malhar, te empresto... anda vamos que eu vou te dar o banho... (foi quando escutamos uma batida – ou era impressão?)
O Guilherme fez sinal de silencio pra mim, se levantou e foi averiguar... voltou uns dois minutos em seguida e disse que apenas era um alteres que havia caído... mas por segurança, havia fechado a porta. Eu fiquei assustado... e se fosse alguém... o Guilherme falou:
Guilherme> Não era ninguém não Biel... não daria tempo de ir embora se fosse... mas vamos deixar de conversa mole e vamos pro banho... vou te deixar novinho...
Fiquei com medo daquilo... meu Deus o Guilherme me dando um banho! Não... de forma nenhuma...
Gabriel> Guilherme, deixa, precisa não... eu tomo banho sozinho... não precisa se preocupar...
Guilherme> E perder esta oportunidade? Nunca bebê!
Gabriel> Mas... (fui interrompido – ele pegou meu rosto com as mãos e falou brandamente – ele adorava fazer isso, rs)
Guilherme> Eu não vou fazer nada contigo Biel... por mais que eu queira! Eu não tou pronto... quando disse que seriamos amigo... somos amigos... por enquanto... (e falando risonho sentenciou) mas você é meu viu rapazinho... te mete a besta e fica de papo com outros carinhas aí pra ver se eu não te mato! (aff – volta pra luz Guilherme do bem – rs).
Sem hesitar ele tirou minha calça e minha camisa, quando senti seu corpo enrijecer totalmente e se afastar de forma assustada... ele me olhou nos olhos com um semblante de desespero... era desespero o que ele sentia... sua boca estava entreaberta como se o queixo tivesse caído e os olhos estavam abertos numa expressão de total desilusão... nossa eu era tão feio assim! Ele se aproximou e me abraçou forte ternamente girando-me e eu pude ver-me de costas... era o maior e mais negro hematoma que eu já havia visto na vida... bem ali nas minhas costas, com um filete de sangue fininho seco descendo até minha bunda... a região ao redor era um misto de vermelho e verde com o centro negro contrastando com minha pele alva... levantei a vista e vi o seu rosto pelo espelho... e de repente eu o vi chorar.
Ele me abraçava e apenas as lágrimas caiam... sem som algum... seus dedos tocavam o local dos hematomas como que quisesse apagá-los... era gentil o toque... como poderia
ser tão gentil aquele toque num homem de estrutura tão rude? O nó de sua garganta subia e descia velozmente. Ele se distanciou um pouquinho me forçando a voltar o rosto em sua direção e olhar pra ele... pude ver seus desespero. Ele segurou ternamente meu rosto mais uma vez e falou com voz grave, muito grave... rouca:
Guilherme> Me perdoa (respirou com dificuldade) por tudo na vida... me perdoa Biel.
Gabriel> Não foi nada...
Guilherme> Eu sou um completo imbecil... idiota... idiota mesmo! Me perdoa... nossa não tenho palavras... (e começou a dar chutes em tudo que via... chutou a lata de lixo... que amassou... deu um soco na porta do armário que esta quebrou e se abriu imediatamente) idiota eu sou um imbecil... (ele estava descontrolado – sentou e pos as mãos na cabeça escondendo o choro)
Eu me aproximei dele, tentei tirar as mãos do rosto dele mas não consegui... ou homem forte...
Gabriel> Pô Gui, colabora... (tentando tirar as mãos do rosto dele) deixa eu te fazer carinho no rosto... se não afrouxar vou ficar frustrado... rs (ele cedeu e eu toquei a face dele igual ao modo como ele fazia comigo) passou... passou Gui (ele me olhava com os olhos muito tristes – ele não sabia lidar com aquela situação) passou... não se preocupe... estou bem... mas eu preciso de você!
Guilherme> Como precisa de mim? Só te machuco... (num sussurro)
Gabriel> Gui, cuida de mim... (falei simplesmente)
Ele se levantou, me abraçou forte depositando um beijo terno em minha cabeça...
Guilherme> Nunca mais vou te machucar... eu prometo (e ainda abraçado falou) obrigado...
Gabriel> Pelo que... nem disse que te perdoo (ele olhou-me desesperado – ri) tou brincado, te perdoo seu bobo... (Suspirou e voltou a abraçar)
Guilhereme> Obrigado, você está me mudando... quero ser uma pessoa melhor, por você... (e respirando fundo – limpado o rosto com as costas da mão de forma desajeitada falou) vamos tomar banho mocinho?
Xi! Ferrou! O Guilherme sentiu meu corpo retesado e sorriu alto. Falou...
Guilherme> Tira cueca Sr Gabriel, por favor...
Gabriel> Não! Obrigado, estou bem assim... (ele tirou a própria camisa... Jesus tenha misericórdia! Que peito era aquele... que braços... nossa... Sorrindo)
Guilherme> Vamos Biel... por favor... juro que não faço nada além de te dar um banho... por favor... tira ou eu tiro! (sua voz estava rouca... vocês não tem noção do que é a voz grossa dele quando está rouco)
Procurei forças... estava vermelho de vergonha... ele me olhava insistentemente. Fechei os olhos quando senti suas mãos em minha cueca. Lentamente ele baixou-a... eu, involuntariamente pus as mãos na frente, tentando esconder o pau. Ele já estava a meia bomba... que vergonha, que vergonha... eu não tinha coragem de abrir os olhos...
Guilherme> Delicioso ver você excitado por mim... (sussurrou no meu ouvido) preocupa não... isso só me deixa mais feliz!
Eu abri os olhos e ele estava de cuecas... quando vi estava completamente excitado... o que era aquilo... meu Deus... alguém na face da terra poderia imaginar que existia um homem daquele... era perfeito... muito, mas muito grande... eu nunca havia visto aquilo – só em filmes pornográficos e acho que ele ainda ganhava - francamente não vou dizer o tamanho correto - acho desnecessário, essas coisas de centímetros... mas era absurdo... meu pulso era sua grossura... pelo menos pela cueca né... ele me fitou e falou...
Guilherme> Não estou totalmente pronto... por isso não posso hoje fazer o que o meu e o teu desejo querem viu... (respirou fundo – tomou minha mão tirando-a do meu pau que tava em riste – riu e disse) vamos, vou te dar o melhor banho de sua vida...
O Guilherme mesmo naturalmente sendo desajeitado, naquele momento era de uma delicadeza tocante. Entramos no ultimo boxe... os chuveiros não eram separados na realidade era um atrás do outro, mas tinha uma paredinha de blindex entre eles, baixa, na altura do peito... o que dava uma razoável privacidade..
Gabriel> Você vai tomar banho? (perguntei na altura de minha vergonha)
Guilherme> Nãaaao! Só vou dar banho no meu bebê... (rio sem jeito) nem penso em ousar tirar minha cueca pois não sei se seria capaz me segurar... e deixa de conversa mole... entra e liga esse chuveiro (deu um tapa na minha bunda que ficou vermelha na hora...) nossa! (ele ficou olhando admirado – respirou fundo e me olhou) como pode ser tão grande assim? Nuca vi na vida algo tão delicioso (segurou o pau apertando-o mas depois o soltou e balançou a cabeça querendo desfazer algum pensamento) ok... vamos nos concentrar (mais um suspiro) quente ou frio?
Gabriel> Eu só tomo banho frio... me deixa relaxado, pois acho extremamente agradável a água fria em minha pele... fico quase em transe... (olhamos um para o outro com cara pensativa e em uníssono!)
Guilherme + Gabriel> Quente!
O Guilherme passou por mim pretendendo abrir o chuveiro... olhei para ele novamente... na realidade pra sua cueca... era branca, boxer... tinha um mancha enorme ali... estava ensopada... gente, ensopada... e ele ainda não tinha ligado o chuveiro... pensei... ou ele
teve um orgasmo ou simplesmente era o cara que mais líquido emitia em preliminares... era assustador aquele membro gigantesco estourando na cueca totalmente ensopada... ele ligou o chuveiro e eu tive que contar até 10 pra não atacá-lo... Um, Dois... o Guilherme pegou minha mão e me levou pra baixo da água... aiiii... QUENTE! Não gosto muito mas serve para segurar minha onda... eu estava, embora num banho quente, tremendo. A água começou a aquecer minha pele deixando-se mais rosada... coloquei o olho debaixo do chuveiro e abria boca... sentia o Guilherme ali do lado me observando... ele alisava minhas costas... eu sentia um rio de água escorrer por ela até chegar a minha bunda, se perdendo na curva que se inicia ali... senti uma mordida na bunda e assustado me virei... era o Guilherme...
Guilherme> Desculpe, não resisti... é linda demais... grande demais... nossa (respirou fundo) vou me controlar, prometo... vem que eu que vou te dar o banho...
Ele pegou o sabonete que trouxe consigo e passou em suas próprias mãos fazendo uma espuma... nesta hora eu vi seu pau dar pequenos saltinhos na cueca! Seu olhar era de puro desejo...
Desligou o chuveiro e veio pra cima de mim, depositou um selinho nos meus lábios e virou-me passando as mãos pelas minhas costas... eu tremia... tremia demais... era tão intenso aquilo. Ele vinha descendo as mãos como uma massagem... eram mãos fortes que deixavam um rastro de fogo... ele respirava intensamente... era duro pra ele também... suas mãos passavam como carícias em mim... baixei os olhos e fiquei desesperado com aquelas sensações... ele pegou meu braço direito e depositou em seu peito... era disparado! Enquanto ensaboava ele senti encostar o pau em mim, na minha coxa... olhei pra baixo e notei a cabeça pra fora... era imensa, com o líquido escorrendo como uma lágrima... extremamente vermelha... nossa... desviei o olhar, embora conseguisse sentir a potência pressionada na minha perna, e o calor que dali emanava... ele acariciava minha axila... gemi alto... era muito bom... tenho pouco pelinhos ali, ralos e loiros e ele achava lindo... me disse... mas eu não conseguia escutar nada... estava febril, excitado... desesperado pra ser possuído... então ele foi me virando lentamente pra pegar meu outro braço, e neste processo sentia o seu pau passando de uma perna, pela minha bunda até a outra perna... esfregando... sentia o cheiro do sabonete com o que exalava de seu pênis... era forte... agressivo... e tentador... e ele fez o mesmo com o outro braço e quando chegou a axila... lambeu-a com a língua, o que me fez tremer... ele riu, mas percebi que ficou mexido... muito até... Ele me virou e passou o sabonete em meus peitos... o pau... pau estava na altura do dele e se encontraram... foi uma corrente elétrica nos dois corpos... desesperados... ele suspirou mais ainda e passou a ensaboar minha barriga e chegou lá... depois olhou-me nos olhos... agora estava com olhar preocupado... sério e eu apenas apreensivo... ele olhou meus olhos e os viu azuis claro... daí sorriu... e tocou no meu pau... percebi que ele crispou os lábios, desfazendo o sorriso... respirou e lavou meu pau... me segurei pra não gozar...
Me segurei muito até que pedi pra parar... e ele parou! Se afastou um pouco e disse pra eu me encostar um pouco na parede e por um perna na coxa dele, ele estava de lado com uma joelho no chão e uma pé no chão fazendo um ângulo de 90º. Eu pus meu pé ali e ele lavou minhas coxas, pernas, panturrilhas e pé... gemi alto quando aproximou as mãos da parte interna das coxas... ele se levantou, foi pro outro lado e repetiu o processo com a outra perna... depois se levantou e falou “ainda tem uma parte que preciso limpar”... olhei pra ele e eu já estava com a boca aberta arquejante... ele me virou. Pegou uma mão e começou a ensaboar minha bunda... primeiro pelas barroquinhas que ficam acima dela... (tenho duas) depois cada lado da bunda, abaixo dela... e por fim ele pôs uma mão entre elas... nossa, eu gemi alto... muito alto... ele tocou lá com um dedo fazendo movimentos circulares... de leve... e ele gemeu também... mas era um grunido... aquilo me levou a loucura e tive um orgasmo sem tocar-me... meu corpo todo tremeu, e os espasmos foram longes me levando a quase cair... ele me amparou... abraçando-me com um braço protetor e o outro de forma acalentadora...
Guilherme> Terminei o banho... e você me deu esse presente lindo... (falou tocando no meu pau suavemente, enquanto ele dava saltinhos no ar)
Guilherme> Agora preciso me afastar... porque já não suporto mais... (respirou muito devagar, puxando e soltando uma grande quantidade de ar) liga o chuveiro tira o sabão e se seca... eu te espero lá fora... não aguento mais te ver assim...
E saiu sem olhar pra trás... Fiquei um tempo debaixo do chuveiro tentando me acalmar... meu corpo todo tremia ainda... eu estava sem forçar e muito excitado ainda... mesmo tendo acabado de gozar meu pau dava saltinhos ainda... eu respirei fundo e fechei a água. Peguei a toalha, me sequei e fui para o vestiário vestir a roupa... estava vazio... para onde tinha ido o Guilherme? Comecei a vestir a roupa que o Guilherme havia deixado ali. A camisa dava dois de mim... a bermuda ficou legal, pois tenho pernas grossas e bundão... rs. guardei minha roupa suja na mochila e fui procurar o Guilherme...
Gabriel> Guilherme? (sem resposta) Guilherme? (repeti)...
Silencio. Comecei a ficar preocupado, onde estava o Guilherme?
Gabriel> Guilherme? (falei mais alto)...
Guilherme> Aqui Biel, no escritório...
Fui até lá, e ele estava olhando pela janela... temi que estivesse novamente chateado, mas ele se virou e sorriu... era tão estranho ele sorrir...
Guilherme> Você tá parecendo uma criança vestindo a roupa do pai... (ria) (Se aproximou de mim e me enlaçou pela cintura)
Guilherme> A criança que tou decidindo se vou cuidar... isso me soa bem sabia?
Gabriel> E quem disse que quero ser cuidado? (Ele mordeu meu nariz. Fiz um ai)
Guilherme> Você não tem mais como resistir Biel... mesmo que não queira eu já tomei você pra mim... mesmo que resista... e não estou brincando viu!
Gabriel> Mas você disse que ia pensar... decidir, entender... (Me abraçou mais forte ainda e falou)
Guilherme> Decidi eu já havia decidido a tempos... pensar eu penso 24 horas em você... agora entender é o que eu quero... porque Biel eu não sou gay... então porque você não sai de minha cabeça... preciso de tempo pra compreender isso...
Apenas assenti e pela primeira vez eu tomei uma iniciativa... fiquei na ponta dos pés e o beijei... beijei levemente... timidamente. Senti naquele momento os lábios dele se abrirem rapidamente, como que pegos de surpresa... e foi de surpresa... tanto que interrompi e ele me olhou nos olhos com uma imensa alegria... feliz...
Guilherme> Foi a primeira vez que VOCÊ me beijou...
E então ele me conduz a te a escrivaninha, me senta em cima dela e começa a me beijar com sofreguidão... com uma mão em min há nuca conduzindo minha cabeça e a outra na minha cintura... num abraço forte... sua língua devorava-me... eu enlacei ele com as pernas e ouvi um gemido... ele beijou mais intensamente, quase me provocando dor... sua mão espalmada em minha nuca e ele me beijando intensamente... descendo seus lábios pelo pescoço com a língua percorrendo minha pele... até que respira profundamente, se afasta de mim e solta o ar... seus lábios estavam entreabertos e seu peito subia e descia rapidamente... ele volta a se aproximar de mim e toca meus lábios com o dedo indicador...
Guilherme> É melhor te levar pra casa... ou eu não vou poder resistir... (eu mordi seu dedo e ele fechou os olhos, para reabri-los com intenso desejo) pare... pare, por favor...
Gabriel> Mas eu quero!
Então ele fechou os olhos, se afastou de mim... passou as mãos no cabelo e respirou mais uma vez profundamente... falou...
Guilherme> Me sinto lisonjeado... mas não será aqui... não será agora... mas será no momento certo... (e virou-se pra mim – pegou minha mão, desceu-me da escrivaninha e falou tocando meu rosto) e com certeza será com este homem aqui.
Gabriel> Estarei pronto.
E beijando-me levemente me conduziu abraçado até o carro... Quando entramos no carro, olhei pra ele... e não resisti.
Gabriel> Essa é uma das poucas vezes que entro neste carro de forma tranquila... sem ser jogado nele... (ri- ele me olhou com cara de culpa que deu dó e falou sem jeito).
Guilherme> Mas você me provocou... alias me provoca!
Gabriel> Provoquei nada! Você que sempre interpretou errado... (Ele olhou de lado e ligou o carro... daí continuei)
Gabriel> A propósito... você deveria dirigir mais devagar... antes que eu desloque o cérebro!
Guilherme> Ei, chega! Tá bom... (falou com a cara brava, mas de brincadeira) achava melhor quando você não falava... ficava calado tímido...
E arrancou com o carro... durante o percurso o Guilherme ligou o som do carro... uma música de pagode começou a tocar... eu olhei pra ele com uma cara de horror e ele trocou de faixa do rádio... ai um forro... trocou... outro forró... pagode... aff, desligou o som. Daí notei que não sei nada sobre ele... o que ele gosta... comida... cinema... música... não conhecia o Guilherme. Aquilo me atingiu como um raio... eu quase me entreguei para um homem que nem conheço direito...
Guilherme> Pra quê rádio se eu tenho você pra cantar pra mim... vai canta uma música ai...
Gabriel> Ah, não... por favor... não tem som... detesto a capela... não por favor... (implorei)
Guilherme> Tá bom... tá bom... vai me dever essa...
Fiquei olhando pra ele, tentando imaginar como seria aquele homem... o que ele gosta... sei que gosta do U2, pelo que aconteceu lá em casa... ele sabia a tradução da letra... a não ser que ele fale inglês... ele fala outra língua? Nossa, quem era o Guilherme...
Guilherme> O que foi? Para de me olhar assim... (ele riu de meu susto – fiquei vermelho) tu fica tão bonitinho vermelho...
Gabriel> Desculpa, é que eu tava distraído pensando...
Guilherme> Em que? (Droga, pra que fui abrir a boca... não sei mentir!)
Gabriel> Pensando no que você gosta... que não te conheço... que tipo de música, cinema...
Guilherme> Gosto de um loirinho de olhos incrivelmente azuis e pele branquinha... que tem um corpo tão delicioso... (riu alto quando virei meu rosto que pegava fogo).
Gabriel> Você não me leva sério...
Guilherme> Claro que levo... (ria)...
Guilherme> Você saberá do que gosto com o tempo... agora que não vou desgrudar de você...
Gabriel> Tá, mas adianta umas coisas ai...
Guilherme> Curioso!
Gabriel> Se me contar eu conto do que gosto também...
Guilherme> Mas sei tudo do que você gosta...
Gabriel> Sabe nada! Eu não te disse nada (interrompido)
Guilherme> Sei que você fica tímido quando fala com estranhos... que tem uma voz linda, forte... é afinado... sei que não mente... sei que gosta do U2, do Elton Jonh e de cinema... deve ter outros cantores, mas vou descobrir... sei que gosta de comer bastante, o que é impressionante já que tem um corpo sem gordura... perfeito! Sei que tem uma grande amiga, a Jú. Sei que seu pai morreu cedo e que a música que cantou ele cantava pra você (arregalei os olhos e ele explicou) – sua mãe falou lá quando você se apresentou. Sei que sabe massagear como um grande profissional e é dedicado e sabe fazer um excepcional plano de massagens para atletas. Sei que você morde o lábio inferior quando está tímido, como tá fazendo agora... (riu) sei que quando fica triste o azul de seis olhos fica escuro, quase marinho... e quando fica feliz parece o mar límpido... azul clarinho... que também é a mesma cor que adquire quando chega ao orgasmo... e que é lindo quando goza... fica com o bico do peito rosadinho e arrepiado, com a boca entreaberta mostrando a língua entre os dentes... sei que tem uma bunda incrível... que não me sai da cabeça... que toquei e senti ser tão quente que me deixa arrepiado e excitado até agora... e sei que se eu desse meia volta e te levasse pra um lugar e consumar o inevitável, você iria, porque você me escolheu... e o que isso me faz sentir, eu realmente não sei dizer... mas um dia saberei recompensar cada instante incrível que você me fez passar desde o dia que eu te conheci... porque sim... eu te conheço Biel. (ele parou o carro) chegamos.
Não consegui falar nada! Estava tão envergonhado que não tinha coragem de olhar pra ele... eu fiquei paralisado tentando tirar o sinto do carro sem sucesso... ele riu muito e tirou o sinto pra mim... agradeci debilmente.
Gabriel> Obrigado... (ele me fitava ainda rindo muito de meu jeito bobo... até que eu falei) quer descer?
Guilherme> Adoraria... mas preciso ir em casa. Além do mais... fui muito torturado hoje à tarde... (entendi! E quando baixei a cabeça ele riu mais ainda) você é demais... demais... é muito divertido te ver envergonhado... mas tenho que ir mesmo... (quando fiz menção de descer ele falou) ei, tinha esquecido! Não quero que você volte a falar com aquele cara que te ligou a pouco... (Tava bom demais pra ser verdade)
Gabriel> Mas Guilherme o Paulo é um amigo... (interrompeu-me)
Guilherme> Amigo! Sei... amigo que não perderia tempo em te... (e parou, mas entendi o te comer) bom, não quero e está avisado... se eu te ver conversando com ele... ah Gabriel, você não vai querer ver isso...
Gabriel> Guilherme isso não tem razão... eu não posso me afastar dos amigos...
Guilherme> Porra Gabriel! Droga... tu conheceu o carinha a pouco e já fala em se afastar de amigos...
Gabriel> Mas eu te conheci no mesmo dia e (me arrependi na mesma hora do que havia dito – ele me olhou com uma raiva enorme) desculpe, desculpe... eu não devia ter dito isso... (tentei segurar o braço dele e ele puxou)...
Guilherme> Desce Gabriel... depois a gente se fala... (Não podia deixar aquele dia lindo terminar daquela forma)
Gabriel> Gui me desculpa, não podia ter dito aquilo (ele estava calado olhando pra frente) não fiz uma comparação não... só queria dizer que você é importante pra mim... e que o Paulo é apenas um amigo (ele rosnou) mas se você quer que eu me afaste, eu me afasto dele... (ele olhou pra mim) mas preciso explicar pra ele, pois marquei conversar...
Guilherme> Você vai conversar com ele embaixo na entrada do teu prédio, ali (apontou) e vai me dizer o dia e a hora... depois só vai ver esse garoto caso se encontrem esporadicamente. Entendido? (balancei a cabeça afirmativamente) diga que vai fazer isso... porque sei que não mente e ai se você prometer vai cumprir. Diga Gabriel... diga!
Gabriel> Prometo Guilherme (falei desanimado) e você... o que vai prometer?
Guilherme> Prometo fazer você cumprir essa promessa...
Desci do carro e bati a porta com força... escutei o riso do Guilherme... que raiva! Quando eu estava procurando uma pedra enorme pra acertar bem no vidro daquele carro escuto ele...
Guilherme> A noite te ligo pra te desejar uma boa noite meu bebê... (piscou o olho)
E dizendo isso arrancou com o carro em disparada... ele só poderia saber o que eu ia fazer porque me desarmou completamente com aquela despedia... me senti tão bem que quando cheguei em casa e vi a Jú sentada no sofá com uma bandeirinha branca na mão sorri e a beijei no rosto... ela olhou pra bandeirinha e falou...
Jú> Colega, vou vender isso e ficar rica!
Só podia ser a Jú... eu tava tão feliz que nem lembrava do que aquela doida tinha feito falando que eu era virgem pro Paulo, levei ela, ainda admirada com a bandeira branca, pra meu quarto fechei a porta e contei a ela tudo o aconteceu... menos a parte do gozo... não queria dividir aquilo com ninguém, mesmo com a Jú... ela ficou chocada!
Jú> Caraca! Coitado do Paulo! Mal chegou e já tá de chifre na história... ei, tu que gosta... o bambi tinha chifres?
Gabriel> Deixa de leseira Juliana...
Jú> Parece que tinha quando cresceu (falou pensativa)
Gabriel> Jú cala essa boca... me ajuda... o que vou fazer?
Jú> Já disse que não gosto do Maguila!
Gabriel> Maguila é seu terceiro peito... (A Jú tocou por baixo da axila e falou brava)
Jú> Ai... jogou baixo... eu não tenho mais um terceiro seio... tirei ele no verão passado! (e com cara de brava falou) mas me conta uma coisa que eu acho de muita importância... o pau dele é grande?
Gabriel> Juliana! (gritei)
Jú> Ah meu fi... tem que ter algo de bom ali... pra você suportar o grosso, pelo menos tem que ter uma compensação... como um prêmio de consolação... (Fiquei calado... ela não tinha jeito!)
Jú> Quem cala consente... ai amigo, tira uma foto... tou curiosa... tu largar o bonitinho do Paulo todo gostosinho derretido por ti pra ficar como propriedade do Maguila que não diz se vai ou se fica... só pode ser a mala dele. Mala não, deve ser um baú...
Gabriel> Será que podemos conversar como pessoas civilizadas? (ele estava com uma régua na mão me mostrando medidas) ah, desisto...
Jú> O que tu vai fazer com o Paulo? Ele vai ficar confuso... pois você não pode falar pra ele que é por causa do Guilherme... pois iria expor ele e, francamente, iria ter que contar que vai trocar o certo pelo duvidoso!
Gabriel> Sei disso? (suspirei) o que eu faço?
Jú> Deixa comigo... (interrompi)
Gabriel> De forma alguma... Juliana prometa! Prometa que não vai falar com ele... prometa que não vai tentar me ajudar dessa forma...
Jú> Mas sou boa...
Gabriel> Prometa! Ou eu não vou lhe dar mais a senha de meu note bock!
Jú> E deixar de ler seu diário.... jamé! Prometo! Palavra de bruxa... (e continuou) mas temos que nos dedicar agora a algo mais importante...
Gabriel> O que?
Jú> Te preparar para o torpedo do US MAGUILA! (Balancei a cabeça negativamente e entrei no banheiro... escutei, infelizmente)
Jú> Ora! Eu tenho ideias... pensei em comprar um consolo pra ti... tipo, você vai usando em casa e folgando as preguinhas todo dia... quando for dar pro seu garanhão... já vai ta folgadinho... que tal?
Gabriel> Porque você não compra um cu e bota nesta tua boca... porque você só fala merda!
Jú> Mentira que a lady Di reencarnada falou cu... e EU NÃO GRAVEI ISSO? Meu Deus, em que mundo estamos... vai começar a 3ª guerra mundial... ou as calotas polares vão derreter de vez hoje... tu falasse mesmo cu? Acho que tou febril!
Gabriel> Jú, concentra... me diz o que eu faço com o Paulo... mas só me diz... não tenta fazer nada...
Jú> Poderia te dizer milhões de coisas... todas passam pelo lado negro da força... mas, você vai fazer o que sempre faz...
Gabriel + Jú> Falar a verdade!
Gabriel> Tá e o que faço para ter coragem...
Jú> Isso eu arrumo... líquido ou em pó?
Desisto. Fomos pra cozinha e preparar algo pra comer... comemos e fomos estudar. Depois do estudo a Jú foi embora, prometendo pensar no que fazer pra me salvar... o celular tocou e era o Paulo. Respirei fundo e atendi...
Gabriel> Oi Paulo... tudo bem?
Paulo> Tudo... (e já foi dizendo) desculpa logo cedo, acho que tava ocupado e eu estava te enchendo o saco...
Você nem imagina o quanto tive ocupado... e canalhamente lembrei da imagem do bambi... aff a Jú me paga!
Gabriel> Nada que isso... (e falei) vamos nos ver amanhã... pera, amanhã não posso, vou pra academia... pode ser depois de amanhã a tarde?
Paulo> claro, eu realmente preciso falar contigo... me explicar... me desculpar, sei lá... rs... bom quero apenas te dizer que... poderíamos começar de onde paramos... (Gelei)
Gabriel> Paulo, não vamos falar isso por telefone... preciso te contar algo, mas quero fazer isso ao vivo...
Paulo> claro tudo bem, fui precipitado, desculpe... mas blz, vamos sim falar depois de amanhã à tarde... ai no teu apartamento...
Gabriel> sim, sim... quer dizer... quando vier aqui me liga que te espero lá embaixo, ok?
Paulo> Certo... bem vou indo... (hesitou) bjos...
Gabriel> Até logo (e desliguei) (Toc... toc... toc...)
Mãe> Gabriel, cheguei e você tem visita...
Visita? Quase 6 da noite! Abri a porta e fui pra sala, quando vejo sentado no sofá com um sorriso na boca.
Danilo> Olá Gabriel... (se levantou) vim trazer o livro que você deixou cair lá no pátio da escola... (com sorriso sarcástico na boca, e quando mainha foi na cozinha, acrescentou) antes do teu macho te arrastar feito uma mulherzinha! (Então foi ele que viu. Logo ele!)
Mãe> Meninos venham pra cozinha que eu preparei um lanche!
Eu ainda olhava o Danilo com os olhos bem abertos... com cara de assustado... assustado não... com ódio...
Gabriel> Do que você tá falando? (falei baixinho)...
Danilo> Você sabe bem (olhava sarcasticamente pra mim... baixou e subiu o olhar me medindo de cima a baixo) não sei o que o grandalhão viu em ti... mas que tu é a mulherzinha dele ficou claro...
Mãe> Meninos... (gritando da cozinha).
Gabriel> Cala essa boca... tu ta pensando o que cara... olha minha mãe ai... o que ela vai pensar (falando baixo).
Danilo> Vai pensar que tem uma filha, ao invés de um filho... (baixo)
Gabriel> Vai te fuder... (interrompido)
Danilo> Modera a língua garoto... ou te racho a cara viado! (falou entre os dentes)
Ele se aproximou de meu rosto e suas narinas estavam abertas, como um touro pronto pra atacar...
Mae> Meninos... (ele se afastou) venha pra cá... ora... (entrando na sala), vamos lanchar...
Danilo> Precisa não dona Júlia, só vim deixar o livro porque tem prova amanhã e o Gabriel precisa estudar... sou beem amigo dele e pensei nele (irônico)
Mãe> Ahh, mas tem sanduíches ali...
Danilo> Fica pra próxima... não é Gabrielzinho... agora que sei onde mora, virei sempre te visitar... amigo. (será que só eu via a ironia naquelas palavras?)
Mãe> Fique a vontade... o Gabriel não recebe muitas visitas.... que bom que são amigos...
Danilo> Vou lá, me leva a porta... amigo! (e virando-se pra minha mãe) até dona Julia...
Que ódio... levei ele até a porta...
Danilo> amanha agente conversa (e no meu ouvido) não conta nada pro teu macho, senão você vai ver...
Rindo, deu uma tapinha na minha bunda e saiu. Fiquei fervendo de ódio... vergonha... humilhação... medo! Quando ia fechar a porta, tava com tanta raiva que tremia... daí respirei fundo e ao invés de fechar a porta, saí em direção elevador... esta estava se fechando, quando pus a mão e a porta travou, reabrindo... olhei para o Danilo que fazia cara de quem não estava entendendo e eu, com os olhos brilhando falei...
Gabriel> Nunca mais ponha teus pés imundos aqui... (ele tentou falar mas eu não deixava) não fale comigo e não ouse falar com ninguém sobre essa loucura que você acabou de falar... porque senão Danilo, você vai realmente conhecer a mulherzinha vingativa que existe dentro de mim...
A porta do elevador se fechou. Quando a porta fechou, olhei se ele estava realmente descendo... ufa, estava... desabei... literalmente desabei... tremia... como tive coragem de fazer aquilo... não sei! Mas ao mesmo tempo me dava uma alegria contida misturada com um medo tardio... era surreal. Voltei pra o apartamento ofegante... pensei em ligar pra Jú mas desisti. Ela poderia fazer alguma besteira... o que passou pela minha cabeça em fazer algo que talvez não fosse tão prudente, que provavelmente o Danilo iria acabar com minha vida... ele tinha tanta certeza de que havia algo comigo e com o Guilherme... será que ele viu mais que o Gui me arrastando pela escola? Será que aquilo só contribuía para a certeza de que eu e o Gui estávamos tendo algo? Ou ele viu algo mais... GENTE! O Gui escutou um som na academia... quando falava comigo... e se era ele.! Mas o Gui disse que não havia ninguém... meu Deus... será que era ele? Se era eu agi mal! Deveria ter persuadido ao contrário... ou não... ele era o Danilo de sempre e foi melhor deixar que o ódio mortal falasse mais alto... nossa tava confuso!
Passei pela sala, peguei o sanduíche e mainha estava pensativa...
Mãe> Filho não entendi uma coisa... por que o Danilo te trouxe um livro de uma aula que não tem amanhã... (me afundei na cadeira) pois eu sei suas aulas... (me afundei mais ainda) pra vocês estudar pra uma prova que eu sei que você não terá, pois sou a coordenadora da escola e marco todo o quadro de provas de todas as turmas... (eu estava quase debaixo da mesa)
Gabriel> Odeio queijo prato mãe... (e deixando o sanduíche no prato, morrendo de fome, falei) vou pro quarto, beijo (e sai com uma mãe interrogativa na cozinha olhando o sanduíche de presunto).
Tentei fazer o dever de casa... mas não me concentrava... só martelava as palavras do Danilo: “antes do teu macho te arrastar feito uma mulherzinha”. Meu Deus, eu nem imaginava o que o Guilherme diria daquilo tudo... ele iria me matar! Eu estava expondo ele... o menino mais imbecil da escola estava desconfiando que a gente tem um caso... e o que é pior... sou de menor e isso pode sobrar pra o Guilherme! Ele pode ser processado, sei lá... ter que sair da escola... nossa o que vou fazer... estou morrendo de medo... como vou contar pro Gui... tenho que pensar... talvez melhor dar tempo ao tempo... meu Deus estou ferrado! Ou me afastar do Guilherme... NÃO! Aquele pensamento me causou um desconforto tão grande que julguei meus reais sentimentos para o Guilherme... será que... não! Impossível... só é pele... sei lá... química... afastei estes pensamentos e tentei me concentrar nos exercícios... nada! Então o celular toca... olhei, era a Jú... atendi...
Jú> Adivinha quem me ligou? (sem ao menos dizer alô)
Gabriel> A carrocinha! Tava te procurando denovo!
Jú> Não! Isso foi semana passada... desatualizado! (deboche) segunda chance... (Fiquei curioso)
Gabriel> Madonna? Brincadeira... ainda tou na segunda chance...
Jú> Terceira bem... não sou de brincadeira não.
Gabriel> Seeeiiii. Pensei e falei... o Paulo? (desanimado)
Jú> Você acha que o mundo gira em torno si é... pô, também tou viva... e muito... rs... foi o Daniel...
Gabriel> Daniel? O professor? Ai meu Deus, o que ele queria?
Jú> Falar com minha mãe... (um fio de voz)
Gabriel> Ahhh Jú, deixa de ser lesa... e eu pensando que você tava falando de vocês dois...
Jú> Querido, sei que ele me ligou... a desculpa era falar com minha mãe... mas ele queria era ouvir minha voz... mainha foi o pretexto...
Gabriel> Seeei, olha Jú não é pondo água no teu fogo não... mas, melhor tu não se iludir...
Jú> Querido quem és tu pra falar sobre relacionamento... com o cu cheio de pregas, qual a experiência que pode me passa? Hein?!
Gabriel> Francamente! Falar contigo é como ir ao prostíbulo...
Jú> Lá vem o moralista cheio de preguinhas...
Gabriel> Melhor que ser arrombada, estrada, corrimão (e começamos a nos xingar até que vejo uma chamada em espera... GUILHERME) jú tenho que ir o Gui ta me ligando...
Jú> Como assim Gui? Desde quando Gui? (maldição!) GUIII!!!? Gabriel você já deu esse FURICO SEU PORRA! (desliguei o telefone e atendi a chamada do Guilherme. Atendi.)
Gabriel> Alô?
Guilherme> Quem era ao telefone? A chamada tava em espera!
A voz tava um pouco irritada... aff, será que ele era daqueles que desconfiam até da sombra?
Gabriel> Boa noite Guilherme, eu tava falando com a Jú, por quê? (eu tava abusadinho)
Guilherme> Não abusa da sorte muleque... (bravo – e mudando de assunto) o que você ta fazendo?
Gabriel> Estou estudando... aliás fazendo alguns exercícios...
Guilherme> Vejo que ainda está com minha camiseta...
Gelei... como ele me via... olhei no armário... olhei em todo canto do quarto... na varanda... tudo mas não entendia...
Guilherme> Ta esquentando... anda pra direita... (ele ria)
Eu estava assustado... como ele poderia me ver dali... olhei pra janela, tava fechada... fui pra varanda (meu quarto tem uma varanda enorme)...
Guilherme> Esquentou!
Gabriel> Onde você está?
Então, incredulamente vi dois sinais de uma lanterna... e no quarteirão seguinte, do lado do meu prédio vi uma pessoa na varanda, com um binóculo!
Guilherme> Me achou! (rio alto) agora vem o prêmio! Você... (e sorrindo acenou)
Não podia acreditar que ele morava ali, do lado... tão perto! Que coisa de louco! Não consegui entender aquilo!
Gabriel> Há quanto tempo você mora ai? (perguntava debilmente) você me olhou desde quando? O que você fazia... (Rindo muito falou...)
Guilherme> Calma, Biel, calma! Uma pergunta de cada vez... morei aqui dos 9 anos aos 15 anos, depois nos mudamos e agora, há dois anos voltei a morar aqui novamente, sozinho! (Frisou).
Gabriel> Mas toda vez que você vinha me deixar você dava a seguia como se fosse pra mais longe...
Guilherme> Porque é contra mão... te deixo e dou a volta...
Gabriel> Tou bobo... e que binóculo é este... ei... você fica me vendo?
Guilherme> Toda noite... depois que te conheci fico te vendo... claro, paro quando fecha a cortina... alias... te proíbo de fechar a cortina... quero que a partir de hoje nunca mais feche. Ok?!
Gabriel> Mas como vou dormir com a claridade... (interrompido).
Guilherme> Compre uma máscara!
Gabriel> Ah naão!
Guilherme> Ahhh simmmm! Ora! Quem tá dizendo pra você? Sou eu... (e rindo ainda) quando vai tomar banho? Poderia ir agora... tiraria a roupa... (Fiquei vermelho...)
Guilherme> kkkkkk está vermelho, tou vendo!
Gabriel> Para! Para de ser chato... tou vermelho não... e não vou tomar mais banho hoje!
Guilherme> Quer que eu vá ai dar? (Pensei no banho que ele me deu e senti uma pontadinha)
Gabriel> Não... obrigado! Um já basta... (Morrendo de rir)
Guilherme> Olha que o próximo eu tomo junto! (ria) (Tentei mudar de assunto... tava morto de vergonha...)
Gabriel> Bom, amanhã eu vou ter aula até 1:00 da tarde... aí saio pra almoçar na cantina, acho que chego de 1:40 na academia, ta ok?
Me debrucei na varanda... e fiquei olhando ele na dele...
Guilherme> Você vai almoçar comigo! (falou categórico)
Gabriel> Mas Guilherme, não vai dar tempo... e eu não quero ser um estorvo pra ti... ter que gastar muito...
Guilherme> É o seguinte... (respirou fundo) você não é um estorvo pra mim... nunca diga isso! E quanto gastar... te faço engolir as notas que tiver na minha carteira se você repetir isso (que romântico! Pensei, claro!) e amanhã eu te pego pra a gente almoçar...
Gabriel> Mas não dá tempo...
Guilherme> Dá pra fazer uma vez na vida o que mando?
Gabriel> Dá! (seria melhor ele ter dito – o que peço ao invés de mando!)
Guilherme> Ótimo! Agora me conta...
Gabriel> O que... (falei distraído)
Guilherme> Quem era o carinha que chegou com tua mãe hoje à tarde... o que ele queria? (Quase caí da varanda... e agora?)
Guilherme> Hein? Quem era ele?
Gabriel> O Danilo...
Guilherme> Que Danilo?
Gabriel> Estuda comigo e veio devolver um livro que esqueci no colégio...
Guilherme> E por que ele não deixou pra te entregar na sala de aula? Precisava ir em tua casa?
Gabriel> É que ele se enganou, achou que amanhã tinha prova e eu não teria por onde estudar... ele só veio fazer uma gentileza...
Guilherme> Sei... (pausa constrangedora... sentia seus olhos em mim... não ventava nada e eu estava com um calor e um incomodo geral) Gabriel, me responde... só mais uma coisa... (deu uma pausa que pareceu séculos) teve mais algo... mais alguma coisa que ainda não me contou... tipo, eu só estou perguntado porque não mentira pra mim...
Fechei os olhos e sei que ele tava vendo tudo! Olhei para o mar e estava escuro... negro... como meus pensamentos...
Gabriel> Não mentiria pra ninguém Guilherme... mas quero falar isso contigo não aqui pelo telefone...
Guilherme> Quero que me conte agora!
Gabriel> Por favor Guilherme... agora não... amanha...
Guilherme> Se não disser irei até ai Gabriel, e ninguém no mundo irá impedir que suba até o 10º andar!
Gabriel> Por favor eu te imploro! (minha voz era suplicante) eu não fiz nada... nunca faria nada que te desrespeitasse... por favor... eu te conto, mas não é assunto pra telefone... por favor eu te suplico Guilherme não faz assim... eu, eu... (ele respirou fundo – e ficou em silencio um tempo)
Guilherme> Acredito em você... mas amanhã eu quero saber... depois da academia, te levo pra casa... ai você me conta, ok... não quero atrapalhar nosso almoço... chega de tanta indigestão nessa hora! (riu um pouco – notei que ainda tava irritado) olha, quero confiar em você... e como diz que não mente nunca...
Gabriel> Eu não minto Guilherme... foi a única lição que aprendi com meu pai...
Guilherme> Como assim?
Gabriel> Quando tinha 5 anos, ele viu que eu peguei um biscoito antes do jantar... e mainha sempre proibia... tenho vagas lembranças... mas me lembro que eu disse que não peguei... eu tava com a boca toda melada do biscoito... e ele pegou minha mão e deu uma palmada (comecei a chorar) e disse, a palmada doeu? (balancei a cabeça afirmando que sim) pois dói mais quando se descobre uma mentira, do que quando se conta uma verdade... nunca minta, principalmente pra mim... que amo você... (comecei a chorar de verdade ali)
Guilherme> Biel, chora não... eu acredito em você... e me orgulho... cada vez mais... (e com um tempo calado falou) vai para de chorar?
Gabriel> Vai parar de me vigiar? (Ele riu alto)
Gulherme> Só por agora... beijos de boa noite meu bebê... sonha comigo...
Gabriel> Beijos Gui, vou sonhar com a parte boa...
Guilherme> Kkkkkkk, não se pode dar asas a ele!
E despedindo-se desligou. Fui dormir de cortinas abertas. De manhã cedo estava com uma dor de cabeça que parecia ressaca! Porra da iluminação que desde as 4 da madruga teimava em entrar pela varanda aberta... me levantei e olhei o prédio do Guilherme... as cortinas dele estavam fechadas... droga! Amanhã compro uma luneta infravermelho! Não uma com scanner, RAIO-X! Entrei no banheiro e me olhei no espelho... fora o cabelo de Amy Winehouse loira, e as olheiras de panda, tava tudo ok. Tomei um banho e evitei pensar no último... mainha se assustou quando me viu já pronto no café da manhã...
Mãe> Caiu da cama?
Gabriel> Não... (mordi a torrada) mãe...
Mãe> Que foi?
Gabriel> Tou precisando de uma grana!
Mãe> Pra quê meu filho? (odeio quando ela pergunta pra quê)
Gabriel> Pra comprar uma luneta!
Mãe> Luneta!!? O que vai fazer com uma? (e então sem sorver o café que havia levado a boca, o deposita no pires e fala brava) Gabriel! Você está olhando as pessoas nuas nos prédios vizinhos? (Ainda não tinha me passado pela cabeça olhar o Guilherme nu, mas olha que boa ideia)
Gabriel> Mãe, francamente, porque me toma... eu só quero uma luneta... vou olhar as estrelas... ora...
Mãe> Nada de luneta! Não precisa disso meu filho...
Não discuti, aff, como iria comprar uma? Teria que economizar o dinheiro do lanche... senti meu estomago roncar... comi mais duas torradas por garantia...
No colégio procurei logo a Jú... precisava de um escudo... sabia que se estivesse com ela o Danilo não iria nem chegar perto de mim, ou se chegasse não contaria nada... pois acredito que iria me chantagear... precisava descobrir uma forma de parar aquele idiota! A Jú tava com as meninas... fui lá... enquanto passava senti uma mão me puxar como garras de aço, pra dentro de arbustos que pareciam uma parede... quando passei por ali, senti que me arranhei no rosto. Ao ultrapassar os arbustos, tropecei e cai no chão. Quando levanto a vista veja a pessoa que menos queria ver ali, sozinho...
Danilo> Que showzinho foi aquele em viadinho? Tá pensando que eu esqueci é... tu vai ta ferrado comigo... ferrado boiola! (E então senti um chute no estomago que me fez dobrar em dois)
Danilo> Não esquece que quem manda nessa merda de escola sou eu! (no meu ouvido) E se você se meter novamente a besta comigo eu te deixo só o pó...
E deixou-me ali, deitado... com uma dor muito maior que a humilhação...
Sai dali ainda dobrado de dor... fui ao banheiro... ouvi meu nome, mas não dei importância... corri até o banheiro... e quando lá cheguei olhei meu rosto... tinha um filete de sangue escorrendo do arranhão! Meu estomago doía... olhei e vi uma mancha roxa... desgraçado! Infeliz! Senti um ódio enorme... queria que ele que se ferrasse! Que raiva! Doía pra caramba... abri a torneira e lavei o rosto... se mainha descobrisse aquele machucado... aliás, os dois, pois tinha um nas costas, o do Gui! Que merda! Não poderia ficar sem camisa na frente dela... senti náusea de vômito e baixei a cabeça pra passar... quando levantei vi os olhas da Jú selvagens pra mim...
Jú> Foi aquele imbecil que fez isso em você não foi?
Gabriel> Foi... (falei num fio de voz)
Jú> Vou avisar agora a maninha... (e começou a sair do banheiro) esse Guilherme não vai mais chegar nem perto dessa escola...
Meu Deus... quando me virei ela não estava mais lá... sai em disparada... Corri com dor no estomago... mas corri atrás da Juliana, ante que ela cometesse outra loucura, além da de nascer!
Gabriel> Júuuuuuu! (Ela corria lá na frente)
Jú> Nem vem Gabriel que eu vou contar pra mainha... não vá proteger esse troglodita seu masoquista!
Ela corria muito, e eu estava com muita dor na barriga, não conseguia correr muito, mas eu precisava tentar...
Gabriel> Para Jú... não tou aguentando mais... (Olhou pra trás e me viu perto... falou)
Jú> Então para e fica quieto, volta quando encontrar mainha... apressou o passo...
Só tinha uma coisa a fazer... e fiz... puxei o cabelo da Juliana, tropeçou e caiu no chão com toda força, e eu por cima dela...
Jú> Seu débil mental... se eu usasse mega ia fazer você engolir ele todo agora...
Tentei esconder minhas mãos cheias do cabelo dela... e sentindo a dor no estomago aumentar falei num fio de voz...
Gabriel> Não foi o Guilherme... (e respirei fundo) foi o Danilo!
Ví a Juliana ficar muda... incrédula... daí contei pra ela o que o Danilo havia feito... que tinha ido lá em casa... tinha visto eu com o Guilherme... as ameaças, o que eu havia lhe dito no elevador e o chute... nossa.
Jú> Precisamos contar pra mainha tudo! Esse menino tem que ser punido!
Gabriel> Não posso! Como contar pra sua mãe...
Jú> Claro que pode! É só ir ali... (apontou pra diretoria)
Gabriel> Jú, se eu contar pra sua mãe que o Danilo me bateu, eu terei que contar o motivou, ou mesmo que não conte o motivo, ele vai aparecer quando o Danilo for se defender... e o único prejudicado será o Guilherme (senti a dor no estomago voltar) ele pode se prejudicar feio... sem ter culpa... sem motivos... (comecei a ficar desesperado)...
Jú> E a gente vai deixar ele impune? (e parou) droga! Que situação... vamos...
Gabriel> Pra onde?
Jú> Pra sala monga... vou pensar no que fazer com o Danilo... mas por enquanto você tem razão... não podemos dedurar o infeliz... que ódio...
E saímos pra sala de aula... tinha um nó no cabelo da jú... por trás, onde peguei... nem me atrevia a dizer... Durante a aula o Danilo ficou o tempo todo me encarando com um sorriso no canto da boca. Fiz de tudo pra não demonstrar a dor que eu tava sentindo... mas de vez em quando fazia uma careta quando dava uma pontada... ele viu uma delas e abriu mais o sorriso... fez um gesto obsceno, com a mão fechada, pôs o dedo indicador dele, simulando uma foda... que nojento! A Jú observava tudo e só bufava... foi legal na hora em que a professora pegou ele voltado pra mim...
Professora> Danilo? O que o Gabriel tem de tão especial que é melhor que a aula de biologia? Poderia me responder... (e fez perguntas sobre a matéria dada e ele se embananou todo... todos da aula riram da cara dele... bem feito!)
Aquela manhã foi horrível... era o tempo todo o Danilo me infernizando... jogava bola de papel molhada... ficava me encarando... teve até um momento que vi ele conversando com uma menina... Paloma (não precisa decorar ela não é importante na trama toda, rs) e anotar algo no celular... segundos depois vejo o meu vibrar... caralho! Xinguei... #tá doendo a barriguinha viadinho... bati pouco... se tivesse batido mais sairia gala de teu macho pelo cu... kkkkkkk# que ódio... apaguei a mensagem... ele notou e a reenviou... 22 vezes... desliguei o celular... a aula acabou e eu sai com a jú...
Jú> Tou pensando aqui... mas preciso de mais tempo... vou pra casa meditar!
Gabriel> Tu ta parecendo a Cher... vai pra caverna por a peruca do pensamento e decidir a próxima produção!
Jú> Esse infeliz não perde por esperar... você vai ver... ele vai se ferrar comigo (nunca a vi com tanto ódio) tou com tanta raiva que vou pro shopping...
Gabriel> Essa é boa... vai pro shopping fazer o que...
Jú> Comprar! Vou comprar roupa querido! Pra guerra... (e me beijando) já vou... quer carona... ah não, tu tens academia hoje né... tai... porque não pensei nisso... vamos contratar o Maguila pra dar um pau nele! (A cara de alegria da Juliana era incrível)...
Gabriel> Não pira Jú... o Guilherme não pode se envolver nisso! Ele é menor como a gente...
Jú> De menor o caramba... ele tem 19 anos... ele ficou duas vezes reprovado... lembra... tai... conselho tutelar no infeliz...
Gabriel> Para Juliana... todos os caminhos implicam em incriminar o Guilherme...
Jú> Então vamos comprar máscaras pra ele... tipo, aquelas máscaras de lutadores mexicanos... ninguém vai sabe...
Guilherme> Saber de que? Posso saber?...
Guilherme! Eu e a Jú nos olhamos... esta era uma arte que eu estava me especializando... me ferrar!
Quando pensei em abrir a boca e me projetar para um futuro sombrio de visitas intimas na cadeia quando o Guilherme estivesse condenado por homicídio, a Jú falou...
Jú> Que o Gabriel quer comprar uma luneta pra ficar espiando o seu banho!
EU-NÃO-ACREDITO-NISSO! O que essa maluca fez... o Guilherme fez uma cara de quem não entendeu, pra depois me olhar interrogativo... a Jú percebeu, finalmente que fez merda e tentou concertar...
Jú> Seu banjo! É banjo! (e sorrindo cinicamente) desde quando toca banjo? É difícil...
Guilherme> Eu nunca toquei banjo! (entre os dentes)
A Juliana me deu um tapa no ombro como se quisesse me punir por ter mentido pra ela dizendo que ele tocava banjo e falou...
Jú> Que coisa Gabi... pesei que tu tinha dito que ele era o melhor banjoista do Recife... (e rindo forçadamente) pois é... é, vou embora... bjos Gabi, tchau Magui-lherme! Guilherme.. re re re re... (repetiu e saiu quase correndo pra deixar-me um pimentão e o Guilherme de braços cruzados me olhando seriamente)..
Eu queria ser abduzido... olhei pro céu... alguém me puxa daí!
Guilherme> Vamos Gabriel, me conta... que história é essa de luneta e banjo?
Gabriel> Ah Guilherme... é loucura da Jú... vamos almoçar... tou com fome (desconversei e fui andando quando sinto uma mão me segurando – tava fácil)...
Guilherme> Agora fala... diz Gabriel, estou esperando...
Gabriel> Eu pedi uma luneta pra mainha e ela me negou... achei que se você podia me olhar de binóculos eu poderia também te olhar... mas não o banho (acrescentei vermelho) isso é ideia daquela maluca... (Ele se aproximou de mim e falou olhando nos meus olhos)
Guilherme> Quando quiser me ver tomando banho, é só ir lá em casa... qualquer hora, qualquer dia... terei o prazer em tomar banho só pra você me ver... (me arrepiei dos pés a cabeça) vamos... vamos almoçar...
E me conduziu até o estacionamento da academia... ufa, não menti e contornei a situação... pelo menos por enquanto!
Quando me dirigi ao carro, fiquei do lado do carona em pé esperando ele abrir... mas nada... olhei pra trás... cadê ele? Do lado, nada, quando já querendo fazer o caminho de volta, escuto um psiuuu... olho em volta e não vejo nada até que...
Guilherme> Aqui seu bobo... (ele tava na porta da academia)
Foi lá e ele me conduziu pra dentro... quando entrei não acreditei... gente tava tudo apagado e só a luz do ringue de luta acesa... lá estava um piquenique... toalha (não era xadrez, mas valia) caixinhas de comida do Chinatown (ok, não era bolo, nem creme, ne biscoitos... mas era comida CHINESA eu AMOOOOOOO)... tinha dois copos e uma garrafa de suco de uva... achei lindo aquilo... fiquei emocionado... olhei pra ele e disse...
Gabriel> Eu amo comida chinesa...
Guilherme> Bom, com o seu apetite, existe comida que você não ame? (Refleti sobre o assunto, mas cheguei só a uma conclusão)
Gabriel> Queijo, eu odeio queijo... (Ele sorriu me pegou pelo braço e falou)
Guilherme> Então me dá um beijo que diminui o índice em nosso sangue...
Gabriel> Índice? (rindo já sendo abraçado)
Guilherme> Índice de queijo... (e me beijou eternamente)
Senti uma dorzinha na barriga... era de excitação ou era dor mesmo... provocada pelo Danilo? Tentei fugir desse pensamento e curtir o beijo que o Guilherme me dava... e que beijo... parecia que queria acabar com todo o queijo do mundo... ele me lambia, mordia, colocava a língua bem fundo e segurava minha nuca, conduzindo minha cabeça... já havia notado, ele adorava beijar daquela forma, tomando posse de mim, me conduzindo... senti ele excitado e sua mão livre tocar minha bunda... nossa... tínhamos que parar... era perigoso... ele entendeu isso e se afastou um pouco... eu estava em total sofreguidão... então ele começou a delinear meus lábios com sua língua... e no fim mordia meu lábio inferior... era maravilhoso... eu fechei os olhos mas ele me proibiu... mandava eu olhar pra ele... e olhava... ele dizia que adorava ver meus olhos mudarem de cor e que por isso me excitava daquela forma...
Guilherme> O que você tem que me faz descontrolar dessa forma? Queria entender isso... queria muito (e me beijou mais uma vez)... me pede pra parar...
Gabriel> Para não! (Ele riu)
Guilherme> Eu disse pra pedir pra parar... não pra continuar (e me deu outra mordida)
Gabriel> Tá... Para! Não!
Guilherme> Danadinho provocador... (e me beijou tão forte que gemi) mas vamos almoçar... senão o esforço que tive pra a gente almoçar hoje juntos não vai valer de nada e logo dará duas da tarde...
Fomos almoçar...o almoço estava delicioso... amo comida chinesa, já disse isso? Mas quando comecei a comer meu estomago deu uma reviravolta... Olhei pra o Guilherme e este estava comendo de boa seu macarrão... tentei engolir outra garfada, mas a comida parecia um murro na boca do estomago e desceu como uma pedra... que dor... tomei um gole do suco... aiiiiiii meu Deus, parecia ácido! Eu tava com a barriga dolorida... o Guilherme me fitou e estranhando falou...
Guilherme> Que foi Biel? A comida tava ruim?
Senti uma ânsia de vômito... droga, tinha que suportar... tava tudo tão lindo, tudo tão perfeito... o esforço do Guilherme... a comida... agente sentado no ringue... tudo só pra nos dois... tanta gentileza dele em preparar a surpresa, só porque tínhamos poucas horas pro almoço... tinha que suportar a dor e comer pra não deixar ele triste... fora do que, se eu contasse que minha barriga estava doendo tinha que contar o motivo... sorri e resolvi falar a verdade, como sempre!
Gabriel> A comida está maravilhosa... você acertou em cheio... eu acho que até nasci na china e fui extraviado!
Mas quando pus outra vez o garfo na boca e tentei engolir... não aguentei e me dobrei emsegundos foram o tempo que o Guilherme levou de onde estava sentado até onde eu havia me encolhido... ele me levantou e olhou-me preocupado... eu apenas disse...
Gabriel> Acho que vou vomitar! (e me desvencilhei dele e corri o máximo que pude até o sanitário mais próximo!).
Será que toda vez que estou com o Guilherme eu tenho que vomitar? Que coisa! Vomitei uma... duas... no terceiro espasmo senti as mãos do Guilherme em minhas costas... eu olhei pra ele e zonzo disse...
Gabriel> Será que dá pra embalar pra viagem... acho que só poderei comer mais tarde... (e voltei a vomitar)
Quando acabei, o Guilherme me levantou e me levou até a pia pra lavar o rosto...
Guilherme> O que está acontecendo Biel? Não estava se sentindo bem hoje? Deveria ter ido pra casa... ora... vamos tire esta camisa e lave o rosto, vou te deixar em casa... (e refletiu) melhor, vamos pro médico...
Gabriel> Não!
Guilherme> Não o que?
Gabriel> Não pra tudo... não quero ir pra casa ou para o médico e... (acrescentei ainda apavorado) não precisa tirar a camisa...
E sem me dar ouvidos, arrancou minha camisa pela cabeça...
Guilherme> Oooo biel, você não está passando nada no machucado das costas? Deveria ter me dito que eu tenho em casa... (e parou abruptamente) Gabriel... que raios é isso em seu estomago (e me virou olhando seriamente para minha barriga. Fiquei mudo... o que eu poderia dizer?)
Guilherme> Eu conheço o efeito de um soco quando vejo... quem te bateu Gabriel... QUEM? (suas mãos estavam esmagando meus ombros e seus olhos eram pura selvageria)
Eu apenas olhava pra ele assustado! O que diria... foi o Danilo amorzinho, vai ali fora quebrar a cara dele enquanto ligo por advogado que você vai precisar...
Guilherme> Me conte Gabriel. Ou não respondo por mim...
Gabriel> você está me machucando... (reclamei quando as mãos cocaram a apertar mais forte.
Ele me soltou imediatamente... se afastou um pouco e cruzou os braços... acho que era pra não torcer meu pescoço!)
Guilherme> Estou esperando...
Gabriel> Me prometa então que vai ficar aqui e não fazer nada... absolutamente nada... se você me prometer eu conto tudo (fui interrompido)
Guilherme> Vamos... diga de uma vez ou eu juro que vou te dar tantas palmadas que não vai ser só sua barriga que vai doer...
Gabriel> Mesmo eu assim você ainda vai me bater... (incrédulo)
Guilherme> GABRIEL! (Gritou. Ele veio pra cima de mim, e eu tremi um pouco. Fechei os olhos)
Guilherme> Me conte... vamos...
E então contei... Contei quem era o Danilo... que ele havia me visto ser levado (não falei arrastado) por ele até a academia de onde deduziu eu ser sua “mulherzinha”. Foi lá em casa e me ameaçou... contei as ameaças e minha reação... que naquele dia pela manhã, assim que cheguei nas aula ele me puxou pelos arbustos, o que fez arranhar meu rosto... e que, quando estava caído me deu um chute e falou aquilo tudo... a reação do Guilherme eu não gosto nem de lembrar... foi terrível... ele desta vez ele que ficou vermelho... seus olhos pareciam querer saltar da órbita... ele começou a andar de uma lado para o outro... muito nervoso, chutava o que via pela frente até que no momento em que eu falei que havia levado o chute do Danilo... nossa ele meteu um murro no espelho da pia que o mesmo espatifou e vi sua mão sangrando... ele continuou a agressão física a si mesmo... chutando a parede, os baldes de lixo... ele estava processo!
Gabriel> Por favor Guilherme... não faz isso... fica calmo...
Guilherme> Calmo? Calmo, quero ficar tudo menos calmo! (e me olhando enlouquecido se aproximou e me abraçou, apertando-me contra seu peito) eu vou matar esse cara... matar... ele nunca mais vai machucar você eu prometo...
Seu corpo tremia todo... e sua respiração estava entrecortada... alterada...
Guilherme> Onde ele está... vou lá quebrar ele todo... me diz Biel... me diz... (falava entre os dentes – eu apenas olhava assustado – ele baixou os olhos e tocou minha barriga) nada no mundo vai me fazer parar... só paro quando esse desgraçado estiver morto em minhas mãos...
Seus lábios tremiam... e seus olhos eram puro ódio... temi por todos nós... o Danilo, que iria ter o que merece... o Guilherme que iria se complicar comigo e eu que pela primeira vez na vida estava amando um homem desgovernado...