- vai sim, e eu vou ajudar você - ela passou a mao em meu rosto - mas agora chega de tristeza coração, o que você achou do namorado da mamãe ?- perguntou ela.
- bom, se ela esta feliz com ele para mim tudo bem, ele parece ser gente boa, e ela merece ser feliz depois de tudo que ela passou com aquele ser que insiste em dizer que é nosso pai - falei sentando e enxugando as minhas lágrimas.
- nem me fale naquele ser, você sabe que ele esta querendo nos ver né - ela ficava irritada, quando o assunto era nosso pai.
- eu sei - dei de ombros - mas sinto por ele pois no dia eu vou fazer trilha - ela me olhou e começou a rir.
- você? fazendo trilha - ela gargalhava e rolava em cima da cama - ai conta outra Gu, você odeia andar no meio do mato - ela enxugava as lágrimas de tanto que riu.
- eu aprendi a gostar - olhei para o chão.
- a quem foi o gênio que....- ela parou e me olhou triste - desculpa eu..
- tudo bem - virei para a janela para ela não ver meus olhos marejados.
- sério Gu, me perdoa eu, eu, não queria - ela olhou para baixo.
- esta tudo bem Luiza - falei pegando em sua mão - voce não tem culpa, bom ninguém tem culpa do que aconteceu e do que eu estou passando, mas agora temos que pensar neste jantar que a mamãe vai fazer hoje - falei tentando forçar um sorriso convincente, mas minha irmã me conhecia como ninguém.
- não precisa tentar fingir um sorriso, esqueceu que somos irmãos? - ela me olhou.
- ta bem, mas agora vamos temos que ajudar a mamãe na organização do jantar - falei.
- vamos, pena que o Alessandro não vai poder vir, ele esta de trabalho não liberaram ele para sair - ela pareceu triste, fazia um ano que os dois se conheceram, e eram apaixonados não tinha duvidas os dois formavam um casal perfeito, ela sempre brigava com ele, que sempre voltava com flores e chocolate para ela era até engraçado, fomos ajudar a nossa mãe.
ALGUMAS HORAS DEPOIS:
tudo estava pronto, minha mãe estava muito nervosa a todo momento ia a cozinha ver se estava tudo correndo bem, eu estava em meu quarto, não estava com a minima vontade de descer para este jantar, mas pela felicidade da minha mãe eu faria esse sacrificio, fui em direção ao banheiro tomar meu banho, não demorei muito sai só com uma toalha enrolada em minha cintura vou ate o meu armário e escolho uma calça jeans azul escura que ficava um pouco justa, como esta uma noite fria escolhi uma camiseta manga longa preta gola V um pouco folgada, um vans preto e para completar minha corrente com as iniciais GO, ganhei de aniversário de um mes de Otávio, lembro como se fosse ontem.
FLASHBACK DOIS ANOS ATRAS:
estavamos em um café, era uma noite fria como de costume aqui no Sul, eu estava feliz pois fazia um mes que eu e a pessoa que mais amo estamos juntos e só seu irmão e minha irmã estao aqui com nós, estava uma excelente noite.
- ei - Otavio pegou meu rosto com sua mão me fazendo encarar aquele lindos olhos castanhos dele - eu te amo sabia - falou ele dando aquele sorriso que me fazia perder os pensamentos.
- sim, sabia - respondi encarando ele.
- hoje faz um mês que você me fez o menino mais feliz deste mundo, sabia ? - ele riu de sua própria pergunta - não foi facil conquistar esse coraçãozinho aqui - ele colocou a mão em meu peito - mas como não sou de fugir de um bom desafio, não desisti tão fácil assim e hoje eu tenho ele só para mim - ele se inclinou e meu deu um beijo no pescoço, o café estava com poucas pessoas, entao tinhamos um pouco de liberdade - e hoje aqui na frente da Luiza e do João, eu queria te dizer que neste pouco tempo que estamos juntos não teve um dia se quer que eu não pensasse em você, cara eu respiro você vinte quatro horas por dia, sei que temos vários obstáculos para enfrentarmos daqui para frente, mas se enfrentarmos juntos e você aguentar esse marrento, ciumento, brigão, mas que te ama muito e.. - minha irmã o interrompeu.
- da logo o presente antes que me faça chorar - falou ela com os olhos marejados assim como o irmão dele que sorria vendo nós dois, no começou João Vitor não aceitou, várias vezes me ameaçou mas Otavio sempre me defendia, uma vez os dois até brigaram, mas isso são águas passadas e agora ele entende o nosso relacionamento.
- ohh ta estragando o clima aqui - respondeu ele olhando feio para minha irmã que deu de ombros.
- será que eu posso continuar aqui - Otavio olhou repreendendo os dois por atrapalha lo - bom continuando antes dos dois me interremper, quero te dizer que eu quero passar o resto de minha vida com você, é cedo para dizer isso? sim é, mas eu sei que é isso que eu quero, não preciso de mais nada, com você ao meu lado - ele tirou uma caixinha do bolso de sua jaqueta - eu queria te dar uma pequena representação do meu amor - ele abriu a caixinha e nela tinha uma corrente de prata com dois pingentes das iniciais do nosso nome de ouro, não consegui segurar as lágrimas - você aceita ser meu para semrpe ? -perguntou ele sorrindo deixando uma lágrima cair em seu rosto.
- você ja sabe que eu sou só seu, assim como você é só meu - respondi passando a mão em seu rosto não me importando com a presença das outras pessoas, e dando um selinho nele -claro que eu aceito - respondi dando o meu melhor sorriso, seus olhos brilhavam aquele momento era unico, eu virei de costas para ele, para poder colocar a corrente, depois que ele colocou a corrente em meu pescoço me olhou dentro de meus olhos e me beijou não se importando com as pessoas ao nosso redor, uma de suas mãos segurava minha cintura e a outra minha nuca.
FIM FLASHBACK:
mas como diz aquele ditado tudo que é bom dura pouco, e pensar que um ano depois daquela declaração, ele iria conhecer o que causaria a sua morte me deixando sozinho e não cumprindo sua promessa de ficarmos juntos para sempre, mas agora tenho que ser forte e seguir a vida em frente, vai ser difícil mas tenho que tentar, olhei meu reflexo no espelho estava do jeito que eu queria passei um perfume e sai em direção ao andar de baixo quando estava descendo as escadas.
LONGE DALI:
HORAS ANTES:
NARRADO POR ALAN:
quando cheguei em meu quarto meu irmão estava, tomando whisky que ele tinha guardado em nosso quarto ele estava tomando diretamente da garrafa.
- o que você esta fazendo ?- perguntei bravo com a cena que eu estava vendo, não gritei devido ao meu pai que estava em casa.
- qualé mano relaxa, esperimenta também sei que você esta doidinho para tomar um gole toma ai -ele sorria descontroladamente.
- mas que porra é essa que você esta fazendo com a sua vida cara, olha para você eu não estou te reconhecendo - falei olhando para ele que riu da minha cara.
- qualé deixa de ser careta e prova de uma vez isso caralho - ele veio para meu lado com o restante do liquido.
- sai dai mano eu ja disse que não quero isso - dei um tapa em sua mão fazendo ele derrubar o restante que continha na garrafa, ele me olhou bravo.
- POR QUE FEZ ISSO PORRA - seus olhos estavam mais vermelhos que antes.
- eu ja dise não quero mais isso para mim - retornei a dizer, ele gargalhou.
- vai querer bancar o babaca né? o certinho, mas esqueceu que eu te conheço, mais cedo mais ou tarde você vai querer beber e ai? não vai ter mais por que você acaba de jogar o resto fora seu manézão - falou ele.
- não eu não vou querer beber, e sabe porque? por que eu quero sair dessa vida, você acha que a mamãe esta orgulhosa do nós estamos fazendo, ela deve estar chorando muito onde quer que ela esteja e... - fui interrompido com um soco.
- NUNCA MAIS DIGA ISSO VOCÊ NÃO SABE DE NADA - gritou ele com os olhos marejados, eu cai na cama com o impacto e coloquei a mão no canto da minha boca que havia um corte e sangrava, acho que neste momento ele voltou a si e me olhou assustado.