Cap.10
TEMA : I WILL BE - AVRIL LAVIGNE
Assim que eu Perguntei aquilo, ele me soltou e se sentou na cama. Extremamente retraído ficou...
- O que foi ? - perguntei.
- Não... É que... - então me pus também sentado e o abraçei.
- Eu não me importo se você for gay OK ? Não sou como o resto da família... - falei, colocando a minha cabeça em seu ombro. Ergui levemente o meu olhar, e vi um sorriso em seu rosto.
- Eu não gosto de falar muito sobre isso... Talvez seja a falta de costume, sei lá... Pouca gente sabe... Mas é verdade Lucas... Eu sou gay... - de repente então ele soltou o ar... Parecia que ele tinha tirado de dentro de si um peso enorme.
- Não foi difícil, não é ? - perguntei, beijando o seu rosto e me deitando novamente na cama para continuar a ler o meu livro.
- Mas... Porquê você perguntou isso ?
- Dizem que... Gays de reconhecem - ele arregalou os olhos.
- Você também ? - apenas acenei com a cabeça concordando - que bom ! - falou, novamente me abraçando - é muito bom saber que eu não sou o único. Que tem mais na família...
- E não é só isso... Um hétero comum não me abraçaria com tanta fervura como você... E não reagiria tanto as minhas tentativas de me separar de você a noite - ele riu.
- Desculpa...
- Não tem problema... Pelo menos eu não sinto frio a noite - falei, bocejando... - enfim... Se precisar de mim para qualquer coisa, depois que viajar, é só avisar que eu estarei aqui para te atender.
- OK... - ele levantou, apagou a luz, voltou para a cama, deitou-se... Eu Fechei os olhos, já esperando que o sono enfim tomasse conta do meu corpo e eu dormisse de vez, como uma pedra. E eu já estava quase lá, quando de repente sinto um lábio encostando no meu, suavemente. Imediatamente abri os olhos, porém no breu escuro eu não consegui ver quem era. Mas senti o perfume, e eu sabia quem era.
- Bruno ! - falei, surpreso com o ato dele.
- Ai, desculpa, é que eu... Eu não resisti , desculpa ! - passados alguns segundos do susto inicial, logo a lembrança daquele selinho voltou a mente. E a vontade de repetir tomou conta de mim.
- Bruno ?
- O que ?
- Continua... - falei... Não se ouviu mais palavras a partir de então. Ele apenas retornou e então me beijou novamente, porém dessa vez foi diferente. Não foi apenas um selinho... Foi um beijo sentimental, cheio de vontade. Parecia que ele queria muito aquilo, tão voraz ele foi. Quando terminou, estávamos ofegantes... E terminou me dando um selinho. Apenas aquilo foi o suficiente para fazer o meu coração acelerar. Com a sua mão direita, entrelaçou a na minha mão esquerda. E como nos outros dias colocou a cabeça no peito ombro, recebendo o meu abraço. Somente passava uma coisa na minha cabeça aquele momento. "O que foi aquilo !?"
NO DIA SEGUINTE
Acordei mais cedo que de acostume aquele dia, pois iria ficar alguns dias na casa da minha outra avó, mãe da minha mãe. Mal acordei e fiquei mais esperto, aquele momento voltou a minha mente. Um namoro as cegas... Eu não pude ver nada... Feição nenhuma... Porém, nem precisava. O que sentíamos era suficiente... Lentamente tirei ele de perto de mim, e ele continuou dormindo no canto da cama. Eu apenas peguei algumas roupas da minha mala, coloquei na minha mochila. Peguei alguns dos meus cosméticos, coloquei tudo na mesma mochila. Antes de sair do quarto, ainda o olhei...
- Se você morasse na mesma cidade que eu...
DIAS DEPOIS
Durante esses dias que fiquei na casa da minha outra avó, não nego, pensei bastante nele e no que houve... Também, como não pensar... Vim descansar, e de repente estou tenso por causa de um primo lindo meu que me beijou. Faltava agora menos de 2 dias para que ele fosse embora. Esses dias longe serviram para eu pensar um pouco, e colocar dentro de mim o pensamento para não me apegar. Afinal, ele era um adulto, eu nem 18 havia feito ainda . E ele morava a mais de dois mil quilômetros da minha casa. Era me apegar e sofrer, de certeza. E foi com esse pensamento que eu entrei no quarto novamente, depois daqueles dias fora. E quando cheguei, me deparei com uma cena engraçada e desesperada. Ele estava com uma feição de dor, com a mão no pescoço.
- Ah, você voltou ! - falou, vendo eu entrar.
- Voltei, só fui passar alguns dias com a minha avó...
- Sim, a Luna me falou... - via ele se mexer, como se estivesse com uma forte dor
- O que houve ?
- Estou com torcicolo...
- Dormiu sem travesseiro, não é ?
- Foi o costume - falou, me fazendo corar.
- Espera, acho que a vovó tem algum gel para isso - sai do quarto, entrei no quarto da vovó e peguei um gel azul que Achei na cômoda dele. Voltei ao quarto. Ele ainda estava como costumava dormir, de short bem curto e cabelo todo arrepiado - vai, fora a mão... - ele tirou. Melei bem os meus dedos com aquele gel e começei a passar no pescoço dele.
- Ai, devagar, está doendo muito !
- Eu estou indo com calma... Tem que massagear senão isso não vai melhorar.
- Tem certeza ?
- Pelo menos minha mae vive dizendo isso... - massageando lentamente o pescoço dele. Enquanto fazia aquilo, como não sou de ferro, o reparei inteiro. Já estava sentindo falta daquele branquelo. Quando cheguei no rosto, imediatamente a lembrança voltou a mente... E eu perguntei... - Bruno... O que foi aquilo ?
Continua
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