Acordo cedo e fico o observando, lindo, como pode alguém pode ser tão lindo a essa hora da manha? Isso deveria ser considerado crime contra nós, pobre mortais.
Ontem a noite fomos jantar fora e na volta ele pediu pra que eu dormisse na casa dele.
Me levanto de sua cama bem devagar, fazendo o máximo possível para não acordá-lo e vou na ponta dos pés até seu banheiro. Lavo meu rosto, dou uma arrumada de leve no cabelo e ponho um pouco de creme dental na boca. Não me julguem, era só pra melhorar o mal hálito matinal, ainda vou escovar os dentes.
Faço o trajeto de volta a sua cama, na ponta dos pés, e volto a me deitar ao seu lado, como se nunca tivesse saído.
Começo a me mexer, pra tentar acordá-lo. Logo ele começa a se mexer também.
Xande – Hmmm... Como você consegue ser tão lindo assim quando acorda?
Ele diz se espreguiçando.
Eu – Não sei...
Cínico nada.
Ele me abraça.
Xande – São que horas?
Eu – Infelizmente, hora de levantar.
Xande – Afff... Não quero levantar agora. Quero fica mais tempo aqui contigo. Gosto muito de dormir ao teu lado.
Eu – Também gosto amor, mas agora temos que ir pra aula.
Xande – Ta bom, ta bom...
Eu – Vou indo pra casa me arrumar.
Xande – Ok, já te alcanço.
...
O resto da manhã foi a mesma rotina de sempre.
Já na saída da faculdade Junior vem falar comigo rapidamente.
Junior – Ei Luc, já falei com o pessoal sobre a viagem e eles toparam. Você vai né?
Eu – Ainda não sei Junior.
Junior – Claro que você vai. Nem que eu tenha que te arrastar a força.
Xande – Arrastar pra onde?
Junior – Viagem, no carnaval, a gente faz todo ano, coisa nossa.
Xande – Mas isso...
Junior – Enfim!
Ele diz cortando Xande.
Junior - Depois te ligo ou passo na tua casa pra gente combinar direito. Ate mais.
Xande fecha a cara e nós vamos embora.
Estávamos na casa dele almoçando quando resolvo quebrar o silencio.
Eu – Que foi Xande? Que cara emburrada é essa?
Xande- Nada...
Eu – Bora, diz logo o que é! É por causa do Junior?
Xande – Claro que é por causa daquele Visconde. Ele fica fazendo planos contigo e me cortando da conversa de vocês. As vezes tenho vontade de te beijar na frente dele pra ver se ele se toca e deixa a gente em paz.
Eu – Ele faz isso pra te irritar amor. É só não ligar.
Xande – E que viagem é essa, posso saber?
Eu – No carnaval ele quer ir pra casa do tio dele, que fica perto daquela praia onde esbarrei em ti da primeira vez.
Xande – Huuum.
Eu – Todo carnaval ele e os amigos dele viajam pra casa dos tios dele e ele sempre me arrasta junto.
Xande – Entendi. E você vai esse ano?
Eu – Não sei.
Xande – Mas você quer ir?
Eu – Xande, você sabe que eu não sou muito de sair de casa. Prefiro ficar em casa, tranqüilo, comendo e assistindo alguma coisa, do que ficar farreando por ai.
Xande – E no carnaval passado, você ficou dentro de casa o tempo todo?
Eu – Ehhh... Não. Foi assim, no primeiro dia nós fomos uma festa, todo mundo se arranjou por lá, eu inclusive. Conheci um cara muito bacana, Anderson o nome dele, daí nós ficamos, depois fomos pra casa dele, não era “a casa dele”, era a casa que ele e os amigos tinham alugado, enfim fomos pra casa dele e...
Xande – Pode pular os detalhes, eu prefiro.
Eu sorrio.
Eu – Nós ficamos junto durante todos os dias.
Xande – E o Junior e seus amigos, não desconfiaram de nada, de vocês?
Eu – Não. Nós não ficávamos nos agarramos em publico. Junior ate conheceu ele.
Xande – Você nunca mais falou com ele?
Eu – Não. Nunca mais. Como eu troco de numero muitas vezes, acabei perdendo o numero dele.
Xande – Huuum, que bom... Quero dizer, entendi.
Eu – E você, algum plano?
Xande – Já que namorado vai viajar com o amigo babaca dele e me deixar sozinho... Não sei o que farei...
Ele diz fazendo drama.
Eu sorrio.
Eu – Cabeção! Claro que se eu for pra algum canto, você vai comigo! E até parece que você deixaria eu viajar com o Junior sem ir também.
Xande – Claro que não, provavelmente eu iria escondido dentro de uma das suas malas.
Ele diz sorrindo.
Eu – Mas e ai? Você quer ir?
Xande – Não sei amor... Quem é que vai?
Eu – Eu vou! Não é suficiente?
Xande – Não, tenho que saber o resto das minhas opções...
Ele diz brincando.
Eu – A outra opção é eu te dar um surra e te deixar trancado no quarto até quarta feira de cinzas, enquanto eu saio pegando geral.
Xande – Não gostei dessa opção. Mas sério, quem é que vai?
Eu – Sei lá, o pessoal da faculdade. O Junior é bem popular, conhece muita gente, não faço idéia de quem ele pode ter chamado, mas com certeza os meninos que andam com ele vão.
Xande – Huuum... Você sabe que meu avô tem uma casa por lá também.
Eu – É? Não sabia.
Xande – Sim. Estava por lá naqueles dias.
Eu – Com quem?
Xande – Com meus primos. Enfim, nós poderíamos ir, só nós dois, sem ninguém da facul, sem ninguém do sitio do pica-pau amarelo...
Eu – Para de implicar com o rapaz.
Xande – Você que diz que ele me chama de Tropeço.
Eu rio.
Eu – Chama mesmo.
Xande- Então vou chamar ele de Visconde o quanto quiser.
Eu – Pode ser, mas eu queria que nessa viagem vocês conversassem um pouco, se tornarem amigos, quem sabe?
Xande – Amor, ele não vai com a minha cara e o sentimento é recíproco, acredite.
Eu – Xande, ele é meu melhor amigo, realmente queria que vocês se dessem bem.
Ele suspira.
Xande – Tá bom, tá bom. Acho que posso tentar. TENTAR, por você.
Eu – Obrigado. Tentar já é o suficiente, se não der certo, não vou mais insistir.
...
Continua.
Esta aí galera, mais uma parte. Amanha ou terça posto mais um, dependendo da minha coragem.
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