Continuação...
Ao chegar com Felipe na sala onde esperaria por meus pertences, ele me apontou uma cadeira em que eu poderia me sentar. Sentei-me nela e desabei a chorar. Não sabia ao certo o por que, era como se tudo o que estava acontecendo comigo só pesasse agora.
-Ei, o que foi? Por que está chorando? -perguntou Felipe, ajoelhando-se na minha frente e limpando minhas lágrimas com seus dedos.
-Eu... Não... queria que tudo... fosse assim...-respondi chorosa.
-Calma... -Felipe já me abraçava e depois de alguns minutos em silêncio, ele retomou:
-Vc e a Valéria...
Ele não terminou, mas entendi o que ele queria saber e prontamente respondi, envergonhada e vermelha:
-Sim... -abaixei a cabeça.
-Vc pensa em entrar com uma ação judicial contra ela? -Perguntou receoso
-Não...-respondi. -Eu só quero sair logo daqui e esquecer tudo.
-É... Mas, assim que vc poder, eu gostaria que vc me entregasse as minhas roupas. -Ele riu divertido. Corei na hora e respomdi:
-Oh! Essas roupas são suas? Me desculpe, eu...
-Tudo bem Helena, essas roupas eram minhas sim, mas eu não as uso mais, eu trouxe pra doação, estamos arrecadando, mas enfim, pode ficar... -Felipe sorriu e agora pude reparar nele. Aparentava ter uns 28 anos, os cabelos eram loiros escuros em um corte muito másculo, pele bronzeada e olhos negros, era alto, em torno de 1.80 de altura, porte físico bacana e tudo mais. Era bonito e educado.
Ficamos alí conversando coisas banais por alguns minutos até valéria aparecer na porta da sala e nossos olhares se encontrarem. Perdi completamente o rumo da conversa com Felipe e acabei me perdendo naqueles olhos verdes. Notando o clima entre nós, Felipe deu uma desculpa e saiu.
Valéria entrou e fechou a porta.
-Eu vim tirar suas algemas e trazer seus pertences pessoais. -Ela finalmente quebrou o silêncio, com um tom de voz frio. Eu nem me lembrava mais das algemas. Fiquei em pé e dei os pulsos para ela tirar as algemas.
-Me desculpe... -Ouvir ela dizer num sussurro, enquanto puxava seu molho de chaves do bolso
-Pelo que? -Falei inocentemente.
-Por ter te confudindo com a pantera... -falou testando a terceira chave na algema e a abrindo. Logo minhas algemas foram retiradas
-Tudo bem... -Falei tentando parecer natural.
Quando eu menos esperava, Valéria me puxou pelos pulsos, colando nossos corpos, me fazendo arrepiar e sussurrou em meu ouvido:
-Eu não vou pedir desculpas pela transa, por que sei que vc gostou...
Eu gemi baixinho com o comentário e mordi os lábios... Eu a queria...
-Mas, -Ela continuou -Se vc quiser, podemos repetir...
-Eu... Preciso... Ir... Pra casa... -Tentei me esquivar de seu corpo.
-Tudo bem, eu te levo. -Valéria ofereceu.
-Não é preciso eu pego um ônibus. -Respondi de forma gentil, mas na verdade eu não sabia nem pra onde ir... Minha mãe pensava que eu tava na Júlia e Júlia pensava que eu tava em casa... Se eu aparecesse em qualquer um desses lugares, elas estranhariam...
-Ah Helena! -Era a primeira vez que ela me chamava pelo meu nome. -Vc sabe que já ta tarde e não há ônibus nesse horário, vc não precisa ter medo, eu prometo que nao vou te fazer nada, a menos que vc queira. -Ela sorriu de um modo tão cafajeste, mas eu gostei... Porém respondi:
-Melhor não... -Estava relutando.
Valéria me puxou novamente e me beijou... Um beijo longo e delicioso onde sua língua entrava e saía da minha boca... Quando o beijo acabou, ela apertou minha cintura e disse mordendo a minha orelha, percebi a excitação em sua voz:
-Helena... Vamos pro meu apartamento...
Tentei resistir, gemendo com suas carícias:
-Eu não... Ai... posso... amanhã... Hmm... trabalho e...
Fui cortada por Valéria:
-Eu sei que vc ia dormir na sua amiga e ligou pra ela avisando que não ia.... Sua mãe acha que vc está na sua amiga e vc tem uma muda de roupas na sua bolsa... Por favor, durma comigo esta noite -falou entre beijos, lambidas e mordidas em minha orelha, nuca e pescoço...
-Tudo bem... Eu vou... -por fim respondi, me sentindo uma maluca por aceitar essa proposta indecente...
Continua...
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