No Capítulo Anterior:
-Peguei minha namorada com outro, por isso minha cabeça ta meio esquisita ainda.
-Ah sinto muito.
-Sem problema, ainda não me apresentei me chamo Marcelo.
-Brendan.
-Nome legal.
-Valeu o seu também.
-E oque acha do meu nome Brendan?
Ver aqueles olhos verdes me fuzilando foi algo que eu não gostei nada.
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Ele ficou encarando o Marcelo como se a qualquer momento fosse voar no pescoço dele.
-Seu amigo Brendan?
-Ah sim, seu nome é...
-Prazer meu nome é Adam, sou o marido dele. –marido? Como assim?
-A entendi, que legal, desejo toda felicidade aos dois. – Marcelo deu um sorriso, porém Adam continuou com a expressão fria.
-Obrigado, pode ter certeza que vou fazer ele muito feliz. –Ele pegou na minha cintura e apertou firme, podia sentir seu corpo tenso.
-Ah bem, eu preciso ir, mas foi ótimo conhecer vocês e desculpa por ter esbarrado em você Brendan.
-Imagina, também foi ótimo conhecê-lo.
Quando fui dar um aperto de mão no Marcelo Adam puxou minha mão e apertou a mão dele no meu lugar.
-Tenha uma boa noite Marcelo. –podia sentir um ódio mortal em sua voz.
-Obrigado, vocês também.
Assim que Marcelo foi embora, sua mão veio em meu queixo e o segurou firme fazendo eu olhar diretamente em seus olhos.
-Posso saber oque foi aquilo?-seu rosto era puro ódio e estava me assustando.
-Você tá me machucando Adam. –eu estava morrendo de medo, mas tentei manter a voz calma e natural.
-De onde você conhece ele? –a cada palavra sua mão apertava mais meu queixo.
-Na verdade não conheço, ele deve ser freguês do meu pai, nunca vi ele na minha vida, por favor me solta Adam. –não pude controlar o medo e minha voz saiu trêmula e uma lágrima escapou.
Assim que ele viu meu medo rapidamente soltou meu queixo e seu rosto voltou ao normal.
-Me perdoa eu fui um pouco grosso com você. –novamente podia ver a ternura e doçura em sua voz.
-Quero voltar. –eu não queria ficar mais ali, queria ficar longe dele, ele é amedrontador quando fica daquela forma.
-Mais acabamos de chegar.
-Por favor, eu só quero ir embora.
Ele me fitou por um tempo, mas pegou seu celular e ligou para o motorista. Ao desligar o celular ele ficou me olhando de uma forma doce, podia ver que ele tinha voltado ao normal, mas eu preferi ficar calado.
Assim que o motorista chegou fui em disparada para dentro, não esperei nem ele abrir a porta, abri eu mesmo e entrei, coloquei o sinto e fiquei olhando a paisagem pela janela. Pude sentir ele entrando depois de alguns segundos e sentando no banco do carro.
-Vai me ignorar? –podia ver o remorso em sua voz.
-Não, só estou cansado.
-Assustei você? –bingo.
-Não, porquê?
-Olha pra mim Brendan.
Não obedeci, continuei olhando os prédios e as pessoas na rua. Abaixei a janela e o vento em meu rosto fez meu corpo suavizar.
Enquanto ia me acalmando pude sentir ele se aproximando de mim e seu braço envolveu minha cintura.
-Você me perdoa?
-Não tem nada que perdoar. –mentira só não queria falar com ele, realmente sua atitude tinha me assustado.
-Posso te beijar?
-Não é uma boa hora. –droga como eu queria não está aqui agora, daria tudo pra está com meu pai agora.
-E qual seria a hora correta para eu te beijar?
-Não sei Adam.
-Me perdoa eu sei que fui bruto, é só que você é tudo para mim. –droga ele fez meu coração disparar, não estou mais com medo depois dessas palavras, todo meu medo se foi.
-Você me assustou. –finalmente admiti.
-Eu sei me perdoa, eu prometo que não vai mais se repetir. –depois dessas palavras meu coração já estava calmo novamente e meu corpo relaxado completamente.
-Tudo bem Adam, tá perdoado.
-Eu te amo. –podia ver a felicidade dele ao dizer essas palavras.
Ele começou a beijar meu pescoço e meu coração foi acelerando, eu queria beijar ele, mas não podia, não agora enquanto não soubesse oque sentia por ele.
-Para por favor Adam.
-Claro me desculpa.
-Não se preocupe, só estou um pouco confuso.
-Eu entendo, eu sei esperar meu amor.
-Não parece.
-Como assim?
-Se soubesse esperar não teria me beijado tantas vezes. –droga realmente eu ainda estava irritado com ele.
-Eu sei, é que realmente meu corpo age de forma estranha quando estou perto de você. –droga então não é só o meu.
-Percebi.
-Me perdoa Brendan.
-Já perdoei.
-Não parece.
-Não tenho culpa se você é desconfiado, eu disse que perdoei então perdoei. –continuei olhando a paisagem, não queria encarar ele, não podia deixar seus olhos me fuzilarem.
-Certo vou deixar você em paz.
-Obrigado.
O resto do caminho foi tranquilo, ele ficou calado e me deixou sossegado. Assim que chegamos ele desceu do carro e deu a volta para abrir a porta para mim. Ele pegou minha mão e me levou para dentro, notei um homem atraente vindo em nossa direção e ele deu um abraço no Adam.
-E aí mano como vai você? –irmão dele? Não creio, ele é tão diferente, bom os olhos verdes são iguais mais o cabelo loiro desfiado e a pele bronzeada são totalmente o oposto do Adam.
-Oque faz aqui Leonardo? –que forma fria de tratar o irmão.
-Eu disse que estava na cidade, então resolvi vim passar um tempo com você, minhas coisas já estão lá em cima, então vamos subir?
-Quem disse que você poderia vim para cá?
-Eu disse. –Seus olhos que ainda não tinham me visto focaram diretamente em mim me fazendo gelar. –E quem é você?
-Sou Brendan...é um prazer conhecê-lo. –estendi a mão e ele a segurou firmemente.
-O prazer é meu Brendan. –ele piscou para mim fazendo minha pele corar de vergonha.
-Brendan está morando comigo então acho melhor você ir embora. –podia ver seu corpo tenso, oque está havendo com ele? É apenas seu irmão.
-Morando com você? –pude ver a surpresa em seu rosto, mas logo após seu rosto ficou natural novamente. –Como você atura ele Brendan?
-Certo Leonardo chega, vamos pegar suas coisas vou te levar para algum hotel.
-Claro que não, vou ficar, sou seu irmão lembra.
-Você é um pé no saco sabia.
-Você sabe que eu sou.
Após os dois discutirem muito Adam acabou cedendo e pegamos o elevador. Ao chegarmos, fui diretamente para o quarto pegar minhas roupas para tomar banho, pude escutar a porta fechar atrás de mim e lá estava ele de novo.
-Assustei você?
-Não.
-Desculpa Brendan eu sei que fui bruto, por favor, eu faço qualquer coisa para você me perdoar.
Suspirei e sentei na cama, bati na cama como um sinal para ele sentar, assim que ele sentou do meu lado meu coração acelerou.
-Esquece oque ocorreu tá? Não foi nada, você só me assustou um pouco não se preocupe.
-Eu sei sinto muito.
-Tudo bem, mas por quê não me contou que seu irmão estava na cidade? –droga porquê estou me metendo na vida pessoal dele.
-Eu não sabia, ele me contou quando estávamos no parque pelo celular.
-A entendi.
Alguns minutos de silêncio, o papo tinha acabado e eu estava nervoso.
-Posso te beijar? –droga sempre que ele pergunta isso meu corpo inteiro vibra.
-Isso é um pedido meio constrangedor sabia?
-Eu sei, mas não quero sair beijando você sem sua permissão.
-Entendo.
-Então? Posso?
-Pode.
Ele deu um sorriso torto e juntou nossas testas, logo após beijou meu lábio inferior e logo após o superior.
-Oque tá fazendo?
-Aproveitando o momento. –eu tava começando a ficar excitado, mas não podia admitir isso.
-Apenas faça logo.
-Como quiser meu amor.
Ele começou me beijando lentamente, logo após aumentou a intensidade e sua língua abriu passagem encontrando a minha, abri os olhos por curiosidade, mas ele estava de olhos fechados, estava aproveitando o momento, então fiz o mesmo.
Depois de alguns segundos escutei a porta abrir.
-Mano tava te procurando, mas não esperava ter ver aqui beijando o garoto.
Continua...
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