14° CAPÍTULO
Querido diário, a vida sempre nos surpreende seja de maneira positiva ou negativa e quando achamos que sabemos as respostas aí é que nós enganamos com as perguntas. E o que viria pela frente eu estava longe de ter a respostaSaímos os dois correndo em direção a praia.
-Corre Pedro... Corre.
Ele foi na frente.
-Me espera. Eu não aguento correr tanto.
Parei colocando as mãos no joelho sem fôlego.
-Vem logo. Ele parou.
-Eu tou cansado.
-Agora não é hora mor a gente precisa vê o que eh.
-Tabom. Vamos logo vê. Apressadinho!
Ele sorriu e eu também.
E quando chegamos nos deparamos com um imenso navio ancorando a uma distância grande. Não era o luxuoso transatlântico do cruzeiro mas esse era grande.
-Marcelo me olhou serio e eu olhei pra ele também. Ficamos sem reação.
-Meu Deus Tupi Guarani (coloquei as mãos na boca).
-Caralho!!!! Tá vendo o que eu estou vendo?
-Eu estou... É um imenso navio e é daqueles grandes, acho que de pesca.
Marcelo colocou as mãos no meu ombro.
-Eh amor parece que estamos salvos.
Eu sorrir e ele abriu um lindo sorriso.
-Aí meu amor estamos salvos...
Nos abraçamos emocionados.
-Mas pera aí....
-Que foi? Perguntei.
-Será que são de bem?
-Aí amor francamente eu acho que sim.
-Você é muito inocente Pedro, nem todo mundo tem boas intenções no mundo. Existe gente muito ruim nesse planeta.
-Eh tem toda razão. Mas tenho certeza que não são uns piratas que colocam seus tripulantes pra andar na prancha em alto mar... (rindo).
-Para Pedro é serio isso. Nós não sabemos quem são esses caras e o que estão vindo fazer aqui.
-Desculpe.
Nos aproximamos mais.
Observamos o grande navio e desciam um pequeno barco numa imensa corda automática, assim que desceram o barco, umas 6 pessoas desceram a escada e o pequeno barco estava vindo em direção a nossa ilha.
-Eh estão vindo em um barco menor, daqueles de motor.
O barco demorou uns 15 minutos pra chegar. E assim que chegou na ilha desceram três homens bem sérios e pra ser sincero eram mal encarados com roupas pesadas e repleto de acessórios. Assim que nos viram eles pararam diante de nós.
-Quem são vocês? Perguntou o mais alto. O cara tinha o cabelo encaracolados e era moreno.
-Eh a gente veio parar aqui graças a uma tempestade. Estavamos num cruzeiro.
-Se afastem... Saem da frente, saem da frente.
Os caras obedeceram.
Surgiu um rapaz do barco e mais dois homens. Ele era alto, forte, moreno cor de Jambo, cabelos negros e olhos esverdeados era lindo.
Ele me encarou assim que me viu me deixando sem graça.
-Ora o que temos aqui náufragos!! Exibiu um sorriso.
-Não somos bem naufrágos cara, caímos no mar de um cruzeiro numa tempestade e paramos aqui a própria sorte.
-Interessante! Bom eu me chamo Ariel sou filho do capitão Bigode o dono daquele imenso navio. Como se chamam?
-Eu sou Marcelo Azevedo. E ele é o Pedro.
Ele nos cumprimentou.
-Prazer...
Ele me encarou de novo e Marcelo revirou com um olhar de raiva.
-Bom vocês estão aqui a muito tempo? Perguntou olhando pra mim.
-Já sim, fazem algumas semanas já. RespondI.
-Que sorte de vocês a gente aparecer.
-Como acharam essa ilha? Marcelo Perguntou.
-Olha foi uma surpresa e muita sorte, ela não aparece no mapa. A gente ficou sem água e ficamos desesperados com a possibilidade de não encontramos uma ilha e assim que localizamos essa respiramos aliviados. Tem água doce aqui ? Pelo amor de Deus diz que sim?
Eu e Marcelo sorrimos.
-Sim. Marcelo respondeu.
-Pela barba azul do meu avô, graças a Deus.
-Tem um lago Azul aqui. É perfeito.
-Você falou Lagoa Azul meu chapa?
-Exatamente. Completei.
-Que ótimo. Podem nos levar até lá?
-claro que sim...Eu vou acompanhar.
-Homens por gentileza tragam os mantimentos necessários, vocês tem fome amigos?
-Ah cara muita fome eu não aguento mais comer bananas e peixe e coco.
Ele sorriu do modo que falei.
-Achou graça foi.
-Você tem um jeito de falar engraçado.
-Tá... Vou encarar como um elogio.
Os homens carregaram vários barris e Marcelo foi a frente enquanto Ariel vinha comigo atrás.
-Então vocês vem com a gente?
-Claro que sim. A gente quer sair daqui. Apesar de...Das coisas irem bem.
-Como assim bem? Vai me dizer que ta feliz aqui nesse fim de mundo? (Rindo).
-Francamente eu tive os melhores dias da minha vida nessa ilha.
Ele ficou sério.
-Posso te fazer uma pergunta Pedro?
-Claro. Vai em frente.
-Eu queria saber se...
-Chefe... Chefe...
-Mas o que eh Cláudiano?
-A gente que saber se podemos tomar banho no lago?
-Mas é claro que não, viemos aqui pra pegar mantimentos com água e não se refrescar.
-Mas os caras se jogaram tudo no lago.
Ele me olhou serio.
-Trabalhar com idiotas e a pior coisa desse mundo.
Ele saiu na frente irritado.
-EI cambada... (gritando) cambada...
Ele parou assim que viu o lago.
-Putz!!
-Perfeito né? (Sorrindo)
-Ta de brincadeira isso aqui é melhor que esmeraldas (risos).
Eu sorri.
-Viu só chefe? A gente não resistiu (sorrindo).
-Vou banhar também...
-É impossível resistir esse encanto natural. Marcelo falou.
O Ariel foi tirando a roupa e era impossível negar a beleza do corpo dele. Marcelo se aproximou de mim serio.
-Por quê tá olhando assim pra esse cara em? (Sério).
-Eu olhei... Não vejo nada de errado nisso
-Não vê nada né? Mas eu vejo. E eu não gostei e eu já percebi a forma que ele fica olhando pra você.
Eu me aproximei dele. Marcelo tava fofo com ciúmes e eu me sentir muito feliz e comecei a sorrir.
-Tá rindo de mim eh?
-Aí amor eh que você ficou fofo com ciúmes, seu bobo eu só amo você e mesmo que olhe pra outro cara que mal tem? Se meu coração já é só teu?
Ele me abraçou.
-Desculpa minha grosseria amor e que percebir a forma como ele te olha.
-Isso não quer dizer nada. Eu nunca trocaria você por ninguém meu Mar.
Ele sorriu e me deu um selinho.
-Vocês são namorados ?
O Ariel ficou parado olhando pra gente.
-Sim somos sim. Marcelo afirmou. O Pedro é meu namorado e a gente se ama. Algum problema com isso?
O cara ficou mudo.
-Ariel??
-Não de forma alguma. Toda forma de amor é livre. Ele sorriu sem graça.
Assim que o banho terminou eles carregaram a água com nossa ajuda para o barco.
-Bom meninos agora vocês estão salvos.
Nos abraçamos felizes.
-Bora?
Marcelo olhou pra mim sorrindo e eu sorrir também.
-Vamos sim...
Eu olhei a ilha... Por mais dias difíceis que passei, sentiria falta da forma como eu e Marcelo iniciamos nosso amor é sem dúvidas guardaria pra sempre esses momentos.
Sentir uma mão no meu ombro.
-Vem amor... O que foi?
Eu toquei em suas mãos.
-Vou guardar pra sempre os nossos momentos aqui nessa ilha.
-Eh eu também, foram os momentos mais perfeitos da minha vida.
-O que vai ser da gente agora? Perguntei.
-Uma nova vida vai iniciar e estamos juntos agora nessa.
-Garotos? Vocês vem ou não? Ariel falou.
-Já estamos indo.
A gente olhou pra trás e sorrimos.
O bote deu partida rumo ao navio. Assim que chegamos perto nos deparamos com um grande navio de pesca.
-Puxa e maior do que aparenta.
-Muito grande Pedro você não faz idéia.
Eu fiquei sem graça.
Ariel subiu a escada de mental e em seguida eu e o Marcelo e os homens vieram logo em seguida.
O navio era de pesca mesmo e possuía muitos homens.
-Garotos sejam bem vindos.
Agradecemos juntos.
-Uma pergunta Ariel?
-A vontade.
-Pra onde vocês estão vindo?
-Havana.
-Nossa é juntamente o primeiro destino do cruzeiro.
-Nos temos uma grande entrega nesse país. Mas quero que conheçam o capitão Bigode. Venham comigo.
Nos o acompanhamos.
-Pai!! Pai!!
-Que gritaria é essa Ariel.
O homem surgiu. Era alto, moreno, barbudo e mal encarado pra ser sincero.
-Olha só... Naufrágos que encontramos na ilha.
-Que sorte de vocês. Sou o Capitão Bigode. Sejam bem vindos...
-Obrigado.
-Pra onde estavam indo?
-Estávamos num cruzeiro com destino ao Caribe e países da América Central.
-Que interessante. Há um transatlântico imenso a nossa frente. Estamos indo pra Havana em Cuba.
-Se der tudo certo a gente chega ao país e alcança o cruzeiro. Marcelo sorriu.
-Com certeza.
- Conseguiu Água Ariel?
-Conseguir sim pai...
-Ótimo. Estão com fome?
-Estamos sim. Com muita fome. Não comemos nada decente.
-Ariel sirva nossos novos tripulantes.
-Ok. Venham comigo.
-E ai mor o que achou?
-Marcelo eu não sei, aparentemente tudo bem, mas tenho a impressão que algo muito errado acontece aqui.
Ele segurou minha mão.
-Vai dar tudo certo agora. Vamos chegar a Havana e se der tudo certo alcançaremos o Cruzeiro. Depois de um bom banquete estávamos com o Ariel na mesa.
-Estou muito satisfeito com esse banquete.
Marcelo alisou a barriga.
-Também pudera você só faltou comer a mesa e as talheres. (Risos).
-Você sabe que sou bem guloso. (Rindo).
-Hamham..
Ariel ficou sem graça.
-Bom Ariel o que vocês pescam?
Ele ficou em silêncio.
-Ariel?? Perguntei novamente. - O que vocês pescam?
-Prefiro nem falar... Me desculpem...Ele se levantou.
-Ariel?? ARIEL?? Me levantei. - Falei algo ?
-Só perguntou. Esse cara é estranho. Por quer ele não quis contar?
-Não sei Mar, sinto que acontece algo errado por aqui.
-Pior que agora eu comecei a sentir isso.
-Venha comigo?
-Pra onde Marcelo?
-Esses navios de pesca sempre tem uma parte inferior onde armazenam suas pescas.
-E o que quer fazer? Entrar sem permissão?
-Anda vem logo...
Aproveitamos o horário de descanso pra ir até lá em baixo e descemos uma imensa escada até alcançar uma porta e ao abrir a refrigeração nos era forte, nos deparamos com uma cena horrível.
-Meu Deus!! Pedro eu não acredito.
-Não pode ser?
Olhei pro Marcelo horrorizado.
-São golfinhos... Marcelo exclamou.
Sobre ganchos possuíam dezenas de golfinhos mortos.
Topei meus olhos em lágrimas ainda não acreditando na crueldade. Marcelo me abraçou enquanto eu chorava.
-Mas quem deixou essa porta aberta?
-Capitão Bigode ??? Marcelo falou serio.
-O que fazem aqui garotos? (Alterado
CONTINUA.
Parece que os nossos meninos embarcaram num navio de criminosos. A pesca de golfinhos e um crime e infelizmente existe isso no mundo.
E aí o que acharam gente???
Beijos e até o próximo episódio.