O Orfão. 08

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1770 palavras
Data: 11/02/2016 17:37:23
Última revisão: 11/02/2016 17:52:13

Alberto – então. Tem ou não passagem pela policia? (perguntou o Sr Alberto, levantando a voz)

O que esta acontecendo aqui? – perguntou o Guilherme saindo de sua mesa.

Eu não sabia o que responder, nem a quem responder. Meu rosto abaixou e do nada as lagrimas começaram a rolar.

Alberto - boatos de que este garoto é ex presidiário. Quero saber da boca dele se é verdade.

Felipe - eu posso explicar senhor. (ja começava a soluçar)

É só brincadeira, Alberto - (dizia o cliente) - Eu confundi os rostos, nunca havia visto esse cara antes.

Alberto - agora eu fico mais aliviado. nao posso admitir um ex presidiário trabalhando na empresa.

Felipe - eu não sou presidiário. Mas ele nao se enganou, era eu mesmo, fui preso no mesmo dia que ele.

Alberto - como é que é rapaz? e por que você nao falou nada antes? quem contratou você?

Felipe - Foi o Gustavo. Mas eu não falei nada porque nao era importante, eu posso explicar como isso aconteceu.

Alberto- va direto ao rh.

Felipe - pra que rh?

Alberto - acertar sua diária, e depois vá pra sua casa.

Felipe- eu vou receber por diária?

Alberto - Não. você ira receber sua diária de hoje e a partir de amanhã nao trabalhara mais conosco.

Felipe - o sr esta me dispensando sem nem me ouvir?

Alberto - nao carece. e por favor acerte seu pagamento e se retire.

Eu posso falar com você, Alberto? em particular. - perguntou Guilherme.

Alberto - claro que pode meu amigo. Vamos ate minha sala.

Alberto saiu na frente.

Guilherme - nao saia daqui, Felipe.

Felipe - vou la pra fora.

Guilherme - tudo bem, mas nao vá pra casa sem antes falar comigo.

Que casa? - pensou eu.

Cliente - hey cara, dei mancada neh!?

Felipe - por que tu fez isso cara? tu ferrou com minha vida!

- Vou falar com ele. hoje eu tou sem condição, mas amanha eu converso com ele, tenho certeza que ele vai deixar tu ficar.

Eu apenas acenei a cabeça que sim e subi ate o rh. A Manuela fez uma notinha pra mim e disse para eu pegar o valor no caixa.

Felipe - obrigado.

Manuela - Mas o que aconteceu que você nao vai continuar?

Felipe - eu nao fiz o perfil da empresa.

Manuela- então eu desejo boa sorte a você. (disse ela apertando em minha mão)

Saí do rh e fui ate o caixa, peguei meu pagamento e em seguida fui me despedir de Marina e Vinicius.

Marina - eu vi tudo, não era pra você ter atendido perto dele.

Felipe - Pois é. agora já foi.

Marina - gostei tanto de te conhecer.(disse Marina me abracando)

Felipe - eu também.

Marina - e agora você vai voltar à engraxar?

Felipe - por enquanto sim, mas vou continuar tentando conseguir algo melhor.

Marina - se eu puder ajudar em alguma coisa, pode contar comigo ta!?

Felipe - ta bom.

Em seguida falei com Vinicius, peguei minha mochila e sai da lanchonete.

xXX

-Hey. espera ae. ( O mesmo cliente que tinha me entregado estava vindo em minha direção, cambaleando)

Felipe - o que tu quer cara?

-Falar contigo - (disse o cliente se aproximando de mim)

Felipe - fala...

-Esqueci de pegar teu número. Amanhã eu vou falar com o Alberto e te ligo. (falou ele colando uma mão na cintura e a outra no meu ombro)

Felipe - precisa não. Meu amigo ja esta conversando com ele, mas acho muito difícil ele mudar de ideia.

-Tudo por culpa minha neh!?

Felipe - esquece isso, foi feito e não da pra voltar atras.

- Mas da pra refazer de outra forma, me passa ae teu número que vamos dar um jeito nisso.

Felipe -nao tenho telefone cara.

- E como faremos?

Felipe - precisa fazer nada não. Deixa como ta.

- tem um pedaço de papel ae?

Felipe -não. Pra que?

- Espera aqui, eu vou pegar um papel e uma caneta.

O rapaz saiu e voltou me entregando um lenço com alguma coisa escrita.

- Oh, esse é o endereço da minha oficina. Amanha la pelas 16 h você pode ir la?

Felipe - posso, mas pra fazer o que?

- Se o Alberto nao te readmitir eu me comprometo a conseguir algo pra você.

Felipe - Isso é serio? (falei voltando a sorrir)

- Claro, responsabilidade minha neh!? (rs)

Felipe - Então ta. Amanha as 16 h eu vou ta la.

- Blza. e agora quer tomar umas com agente não, pra dar uma relaxada? (perguntou ele apontando para a lanchonete)

Felipe - Melhor não cara, tenho nem cara de entrar ae agora, deve todo mundo ta pensando coisas de mim.

- Que se foda o que os outros estão pensando. Eu mesmo já fui preso varias vezes, e não estou nem ae, quem paga minhas dívidas sou eu e não os outros.

Felipe - Mas hoje eu tou sem cabeça pra voltar ae, quero deixar as coisas esfriarem.

- Ta ok, te espero amanha. E qual teu nome mesmo?

- Felipe. (respondi) e o teu?

- Diogo. (disse ele)

Felipe - blza, Diogo. Amanha te procuro nesse endereço aqui. (falei olhando para o papel)

Diogo - flw, ate amanha.

Diogo virou as costas para voltar a lanchonete, mas foi interceptado pelo Guilherme.

Guilherme - ei seu muleque filho de uma puta. (O Guilherme apareceu enfurecido, pegando o Diogo pela camisa e lhe acertando um soco)

Diogo - ta louco vei? (resmungou Diogo no chão).

Felipe - Que é isso, Guilherme?

Guilherme - esse escroto, miserável, filho de uma puta, linguarudo.

Diogo - o que eu fiz?

Guilherme - como assim o que tu fez? (guilherme tentou partir para cima do Diogo que ainda estava caído no chão).

Eu entrei na frente.

Felipe - Eu também tou puto,Guilherme, mas já passou, violência não vai resolver em nada.

Guilherme -Ainda nem começou. (Guilherme me deu um empurrão, fazendo eu cair de bunda no chão e partiu literalmente pra cima de Diogo que começou a gritar por socorro enquanto levava uma sequência de socos).

Com aquela confusão toda uma multidão começou a aparecer, inclusive, os amigos do Diogo.

- Que ta acontecendo aqui mano? (perguntou um dos amigos do Diogo).

- Esse otário me atacou do nada. (respondeu Diogo que a esta hora ja estava em pé, apos alguns cliente e funcionários terem apartado a briga).

- Otário é teu pai, seu filho de uma puta. O que é teu ta guardado. (falou Guilherme passando a mão no maxilar).

-O que esta acontecendo na frente do meu estabelecimento? Sera que vou ter que chamar a policia? (falou Alberto, saindo de sua lanchonete juntamente com o filho).

Diogo - Não vai precisar, Alberto. Foi só um equivoco, mas ja tou dando no pé. (respondeu Diogo levantando as mãos e fazendo gestos para que seus amigos o seguissem).

Alberto - pode me explicar o que aconteceu aqui, Guilherme?

Guilherme - como o garoto mesmo disse: apenas um mal entendido. Vamo, Felipe. (falou ele indo em direção ao estacionamento).

Felipe - Vamos sim. (ajuntei minha mochila no chão e saí)

Vini - ei cara, que foi isso aqui? ( Vinicius estava ao lado do sr Alberto)

Felipe - não foi nada mano, não foi nada. (falei dando as costas ao Vinicius e acompanhando Guilherme que ja ia longe).

Guilherme - agiliza, Felipe.

Felipe - tou indo. (acelerei a passada e entrei no carro, junto com Guilherme).

Antes de dar partida, Guilherme, apoiou a testa no volante e passou a mão na boca.

Felipe - machucou foi?

Guilherme - aquele filho de uma puta me acertou em cheio.

Felipe - Mas também cara, por que tu fez aquilo?

Guilherme - tu achou pouco o que ele te fez? deveria eu ter feito pior.

felipe - Pior? o cara saiu todo arrebentado...

Guilherme deu um sorriso.

Guilherme - bem feito, ele mereceu, isso que dar ter a língua maior que a boca.

Eu fui obrigado a rir também.

Felipe - Mais cedo ou mais tarde o Sr Alberto iria descobrir.

Guilherme - Que fosse mais tarde, pelo menos ele ja ia conhecer o bom garoto que você é. (falou Guilherme bagunçando meu cabelo).

Felipe - ele nao vai deixar eu ficar neh!? (falei cabisbaixo)

Guilherme pensou um pouco e falou.

Guilherme - infelizmente não, agora é bola pra frente.(falou Guilherme ligando o carro e deixando o estacionamento)

Não podia esconder minha decepção.

xXX

Quando entramos no apartamento do Guilherme ele ja foi logo tirando a roupa e jogando no chão da sala. Ficou só de cueca box, sentou no sofá e apoiou os pés em uma mesinha que ficava no centro da sala.

Fiquei admirando aquele cara,como ele era bonito, como ele era bacana. Muita coisa estava dando errado, mas Deus estava colocando pessoas certas na minha vida.

Guilherme - Felipe? (guilherme me tirou da viagem que eu me encontrava)

Felipe - fala.

Guilherme - faz um favor pra mim?

Felipe - faço.

Guilherme - pega o controle da tv pra mim? ta ali no bar ao lado das bebidas.

Felipe - pego sim.

Fui ate o bar e trouxe o controle. Ele ligou a tv e começou a passar os canais.

Guilherme - nada que preste nessa porra.

Eu sentei no outro sofá e coloquei minha mochila nas minhas pernas.

Guilherme - Felipe, pega uns cubos de gelo pra mim? la no freezer têm.

Felipe - blza. (me levantei e quando passei pelo sofá do Guilherme ele segurou meu braço).

Guilherme - traz também um pano de prato.

Eu apenas consenti e fui ate a cozinha.

xXX

Felipe - não sabia quantas pedras, então trouxe a geleira toda.

Guilherme - tranquilo. enrola alguns cubos ae no pano de prato e passa aqui no meu queixo.

Felipe - quantos? uns três? quatro?

Guilherme - pode ser quatro.

Felipe - blza.

Peguei quatro pedras de gelo, enrolei meio sem jeito no pano de prato.

Felipe - quer que eu fique segurando? (perguntei, com o gelo próximo ao rosto do Guilherme).

Guilherme - por favor. ( foi a unica coisa que ele respondeu antes de fechar os olhos e se espreguiçar de vez no sofá).

Coloquei o pano de prato no queixo do Guilherme e fiquei segurando.

Felipe - pra que serve isso?

Guilherme - pra não inchar.

Felipe - tendi. Dói?

Guilherme - O gelo não. meu maxilar sim.

Felipe - hum.

Ficamos um tempo em silencio.

Guilherme - Felipe?

Felipe - oi, Guilherme?

Guilherme - Deixa eu deitar a cabeça na tua perna? tou um pouco tonto!

Felipe - ...

Guilherme - deixa?

Eu apenas balancei a cabeça que sim, sentei no sofá e Guilherme deitou apoiando a cabeça nas minhas pernas.

ficamos um tempo nessa posição. O gelo já estava quase derretendo, e o Guilherme dormia feito um anjo, aproveitei e dei uma fiscalizada em seu corpo todo, músculo por músculo, ate meus olhos chegarem a seu pau. Dei uma risada baixa pensando no mau que aquele pau pudesse fazer a alguém. Era notável que aquele pau estava meia bomba e eu fiquei estatua admirando. Meus olhos estavam parecendo duas estrelas de tão encantados com aquela imagem.

Ta olhando o que ae? (perguntou Guilherme abrindo os olhos)

Continua...

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Comentários

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Meio folgado esse Guilherme né haha, espero que as coisas dêem certos pro Lipe. Abracos man...

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Nossa li tds... amei tudo cara demais mesmo... ancioso por mais capítulos... #Razô

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Esse conto...Sinto que ainda vai me trazer grandes emoções.<3

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Guilherme e Felipe team espero que eles deem certo

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Guilherme gosta de mandar AFF em. . . pois é adorando o conto esperando pelo próximo.

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HUMMMMMMMMMMMMM. CACHIMBO NA BOCA E CHINELO NO PÉ. ISSO VAI DAR SAMBA.

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To gostando dessa relação do Felipe e do Guilherme e ate to torcendo que eles fiquem juntos... Como sempre nota 10, você sempre me surpreende para melhor

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Eeeeeita top o capítulo , ai ai será que o Guilherme vai dar uma surra de cipó curto no Felipe? ? Kkkkkk , não demora meu escrito favorito , um grande abraço.

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