Continuação...
Eu estava organizando algumas peças de roupas nas prateleiras, quando alguém chega por trás, sem eu perceber e toca meu ombro, me fazendo virar. Quando eu olho, levo um susto. Vi seu sorriso e só consegui balbuciar:
-Você...
Valéria nada respondeu. Apenas veio pra cima de mim, me agarrando, imobilizou meus braços e tentou me beijar. Eu fiquei excitada com sua presença, mas não queria que ela percebesse. Virei o rosto e ela disse em meu ouvido:
-Eu sei que vc transou com a imbecil da Giovana, ontem a noite... E saiba que eu não gostei nada disso... -Falou enquanto mordia minha orelha e eu lutava pra me soltar.
-Me deixa em paz! -Falei baixo, tentando não chamar a atenção de ninguém, afinal, minha patroa poderia ouvir.
-Hmmm... Eu sei que vc também quer... E sei que sentiu minha falta, enquanto tava lá com a corna da Giovana... Bom... Mas apesar de tudo, eu estou disposta a te perdoar e voltar a sair com vc... Então trate de me esperar pronta. Eu passo pra te pegar na casa da sua amiga as dez. -Falou lambendo meu pescoço em seguida.
-Eu não vou a lugar nenhum com vc. -Falei com raiva.
Valéria me soltou, riu e disse:
-Então veremos. Agora, me diga onde estão as calças sociais. -Perguntou debochada. Eu apenas apontei, com os olhos cheios de lágrimas.
-Até a noite delícia. -Disse dando um tapinha em minha bunda e saindo. E as lágrimas rolaram de meus olhos. Mas felizmente essa batalha eu venci. Iria sair com Giovana.
Antes das oito horas íamos fechar a loja, então liguei pra Júlia que chegou e rapidamente me ajudou a escolher uma roupa. Era um vestido rosa bebê, bem curto, porém solto, tinha um cinto da mesma cor que marcaria minha cintura, era tomara que caia e tinha flores do próprio tecido no vestido e vinha com uma bolsinha pra combinar. Eu também acabei comprando um salto da mesma cor.
nós fomos pra casa de Júlia, eu tomei banho e ela me arrumou rapidamente, fazendo uma maquiagem leve com um batom rosa bebê que combinava com o vestido e uma trança pro lado, deixando meu cabelo levemente desarrumado em cima. Por fim, eu passei um perfume suave que havia comprado e carregava na bolsa, vesti os saltos e Júlia me emprestou brincos, um colar e uma pulseira de pérolas, o que fechou o look e me deixou como a boneca Barbie (haha).
Eu havia falado com Júlia que havia a possibilade de Valéria chagar alí, e Júlia ficou de despachá-la. Nove e meia eu liguei pra Giovana e logo ela estava na frente da casa de Júlia. Eu entrei em seu carro, que exalava o seu perfume masculino... Rapidamente ela deu partida:
-Vc está linda, como sempre. -Falou dando uma olhada discreta pro meu decote.
-Obrigada. Vc também. -Disse olhando pro seu pescoço. Havia um chupão meu ali. Isso me excitou, assim como seu perfume forte.
-Giovana... -Falei baixinho.
-O que foi princesa?
-Pára o carro, por favor... -Falei ainda baixinho.
-Por quê? O que vc tem linda? -Disse preocupada, parando o carro em uma rua de acesso, não muito movimentada.
-Eu preciso fazer uma coisa... -Disse abrindo meu cinto.
-O quê? -Perguntou, mas eu a deixei sem resposta.
Aproveitei que os vidros de seu carro eram escuros, subi em seu colo e cheirei seu pescoço, a fazendo suspirar. Em seguida dei um beijo em sua boca, um beijo intenso e molhado, que me fez arrepiar e ela também.
Ficamos alguns minutos nos beijando, e então eu senti suas mãos descendo de minhas costas para minha bunda e iriam para meu sexo, mas eu parei o beijo e fechei as pernas, estava sem calcinha (Ideia da Júlia), mas não queria que ela soubesse. Não ainda.
Ela me olhou sem entender e perguntou:
-O que foi?
-Nada... Acho melhor nós irmos pro restaurante... -Falei
-Em qual nós vamos? -Perguntou-me.
-Tanto faz... -Disse enquanto retocava meu batom, segurando um espelho de bolsa.
-Bom, eu conheço uma pizzaria ótima que não fica muito longe.
-Tudo bem. -Falei guardando o batom e sorrindo.
Ela ligou o carro e partiu.
Quando chegamos a tal pizzaria, eu me impressionei com a beleza do lugar. O garçom trouxe o cardápio, e cumprimentou Giovana:
-Boa noite senhora Pezzini.
-Boa noite, Georje.
Nós fizemos os pedidos e assim que o garçom saiu, eu perguntei:
-Vc vem bastante nesse lugar?
-É... Podemos dizer que sim... -Respondeu sorrindo.
-Hum... Mas... Vc não janta sempre no seu restaurante? Quero dizer... Vc tem um restaurante... Não precisa ir em outros lugares né... -Comentei.
-É, mas... -Ela parou de falar. Eu indaguei:
-Mas...?
-Essa pizzaria também é minha... -Falou. Apesar de rica, Giovana era simples.
-Nossa... -Falei impressionada. Ela apenas sorriu, segurando minhas mãos e me dizendo em seguida:
-Helena, eu tenho um restaurante, uma pizzaria, uma boate, um hotel três estrelas, duas lojas, tenho a mansão que vc já conhece, uma casa de praia e uma de campo, -Ela falando, de maneira muito simples e incrivelmente humilde, me deixava de olhos arregalados com a riqueza daquela mulher. Ela continuou, me fazendo olhá-la. -mas eu não sou feliz, pois ainda me falta ter o amor de alguém...
Eu nada falei, apenas abaixei o olhar, deixando o silêncio pairar sobre nós.
Depois de alguns minutos eu recebo uma mensagem em meu celular que dizia:
"Me encontre no banheiro, agora mesmo."
Continua...
Comentem o que vcs acham galera... beijos. Até logo