Gabriel... espera!

Um conto erótico de Mark
Categoria: Homossexual
Contém 819 palavras
Data: 17/02/2016 23:31:23
Assuntos: Gay, Homossexual

- Gabrieeeeel, espera – gritava eu descendo as escadas enquanto gritava pro meu irmãozinho que corria pelado pela casa.

- Não, Mark! Não quero tomar banho – dizia ele preocupado. Não o culpo, ele um dia entenderia que banho frio faz um bem danado pra pele e, quem sabe, me agradeceria por aquilo.

Eu estava de férias da faculdade, tinha acabado de deixar meu estágio, pois estava prestes a ingressar em um lugar melhor, com um salário melhor, pessoas mais bonitas... ahh como eu queria aquilo.

Terminei de vestir meu irmão e o deixei na creche onde ele passaria o restante do dia, enquanto eu finalmente começaria no trabalho novo.

- Boa tarde – dizia eu ao rapaz da portaria – Dr. Francisco, no 15º andar, me espera.

- Boa tarde, preciso de um documento de identificação – pedia o rapaz que sorria gentilmente e tinha um cabelo até fofo... anotação mental: investigar sobre o cara da recepção.

- Ok. Aqui está.

Após alguns agoniantes minutos esperando pelo cadastro, finalmente pude tomar o elevador e seguir rumo a meu novo destino profissional. Estivera ali alguns meses antes observando a menina que me antecedeu, enquanto ela, muito habilidosamente, corria de um lado para o outro atravessando petições, solicitando informações e enviando e-mails que eram assinados por seu chefe. Livie era seu nome.

Finalmente cheguei ao 15º andar e fui em direção à enorme porta de metal que me permitiria acesso ao meu ambiente de trabalho. Entrei, me fiz ser notado desejando boa tarde àqueles que seriam meus colegas dali em diante. Pareciam não terem notado minha chegada, pois estavam todos tão envolvidos em suas tarefas que nem mesmo pararam pra me responder. Ora pois, o que eu esperava, um tapete vermelho e estandartes? Até que não seria má ideia... acorda, Alice!

Todos estavam ocupados a não ser por uma pessoa. De longe o cara mais lindo que eu já tinha visto, alto, bronzeado – deduzi que surfava – cabelo estilo militar, todo másculo e olhando seriamente pra minha cara como se eu tivesse algum problema mental.

- Cara, você está bem? – questionava ele enquanto estava, visivelmente, achando aquela minha cena muito idiota.

- Érr, opa... me distraí olhando... olhando... a vista – nesse momento apontei pra enorme janela de vidro atrás dele que tinha uma visão maravilhosa da cidade.

- A vista sei... Meu nome é Gabriel, você deve ser Mark, o cara novo, e eu vou lhe acompanhar nesses primeiros momentos.

Devo ter feito alguma careta engraçada porque ele olhou pra mim e começou a rir desenfreadamente, atraindo a atenção de todos à sua volta. Corei, baixei a cabeça e ele, ao perceber que eu estava sem graça, rapidamente consertou-se e, tossindo, dispersou a atenção de todos.

- Você se senta aqui e tenta absorver o que der enquanto eu trabalho nesses processos – disse ele apontando pra uma cadeira a seu lado.

- Olha cara, não vai ser necessário... estive aqui há alguns meses e treinei com Livie toda essa movimentação.

- Cara novo, o negócio é o seguinte, você vai sentar nessa maldita cadeira, vai assistir em silêncio enquanto eu tento terminar essas petições que tem prazo pra hoje, fui claro?!

Acenei com a cabeça e me sentei no local indicado. Achei melhor parar de encara-lo e, apesar do seu perfume amadeirado que insistia em invadir meu nariz, resolvi me concentrar no trabalho.

Ele me olhava de vez em quando, mas não perguntava nada. Todos ali pareciam levar aquelas coisas muito a sério. Não os culpo! Aquele ditado de que a reputação precede a qualquer um nunca fizera tanto sentido pra mim. O escritório tinha fama de ter os melhores advogados e os mais exigentes também.

Como Gabriel disse o trabalho não era impossível, mas não parecia algo que eu fosse dominar rapidamente, o que, definitivamente, tinha que acontecer se eu quisesse impressionar meus chefes e ficar no trabalho.

- Nossa, parece que vou levar uma eternidade pra aprender a usar todos esses sistemas (4) em conjunto risos – falei na esperança de quebrar o gelo e faze-lo sorrir. Não funcionou! Ele apenas me olhou de lado, me fazendo achar que estava sendo estranho.

- Droga! – pensei – esse cara parece que não fode, o que seria estranho, já que ele faz o tipo pegador da madrugada... ai meu Deus! Estou fazendo aquela cara de idiota de novo (isso tudo num só pensamento)

- Cara, para de fazer essas caretas, isso é estranho – disse ele.

Droga! Lá ia eu novamente pagando de demente. Limitei-me a dar um aceno de cabeça e voltei a me concentrar no trabalho.

Fim do dia, hora de ir embora e aquela coisa: fiz merda o dia inteiro, qual seria a forma certa de dar tchau sem passar uma impressão ruim? Peguei minha mochila, me levantei, olhei mais uma vez no relógio e...

- Tchauobrigadoatéamanhã . – bem assim mesmo. Saí apressado e nem olhei pra trás, entrei no elevador e, por algum motivo louco, tive uma crise de risos. É seria uma experiência muito boa trabalhar naquele escritório... ou não.

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Comentários

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descreve eles, o conto é legal, so nao gostei do protagonista abaixa a cabeça, fica corado, se perde me pensamento e essa bixa vai ser um advogado? continua

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*Grandão (sim eu já penso em todas as partes grandes)

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O personagem não é cômico, mas eu ri em diversas parte e sabe aquela alegria de ler algo que vc percebe no ato que vai te fazer um bem danado? pois é assim que senti!! Obrigado por nos presentear com essa história.

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Fique impressionada com sua escrita, mentira minha que eu já sabia que vc é o máximo!!

Capitulo MARAVILHOSO, já chegou chegando. Fofo o pequeno Gabriel e QUENTE o gradão.

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