Ao seu lado: Frente a frente. capítulo:02

Um conto erótico de Vick_Tinho
Categoria: Homossexual
Contém 2430 palavras
Data: 26/03/2016 14:45:13

Já era o fim da tarde, então fiquei a espera de minha aulas começarem.

Olhei para o papel em minha mão e vi o número da sala, 207, quarto andar.

Mas eu estava feliz, a primeira aula é de introdução à arquitetura, começaria as 7 horas.

Então olhei no meu celular e faltava apenas 15 minutos para a aula começar. Me dirigi até a sala, no caminho pedi a uma moça que estava sentada numa mesa no restaurante do quarto andar.

- Oi, meu nome é William, você poderia me indicar a sala 207, de Arquitetura? Eu disse.

- Sim, posso. É dobrando a esquerda, última sala a direita. Mas não iria agora se fosse você.

- Porque? Falei levantando a sobrancelha, mostrando que fiquei curioso com aquilo.

Ela riu, e eu fiquei com uma cara de tapado, como se não tivesse entendido nada.

- Olha, eu sou sua colega de turma, cheguei atrasada. As aulas começaram a uma semana, e hoje começaram a apresentação de um trabalho, as aulas começaram as 6:00.- Ela falou ainda rindo.

- Mas aqui no meu horário está dizendo as 7 horas.- Argumentei com ela.

- Sim, e realmente é as 7 horas, mas a turma entrou num consenso de que se a aula começasse as 6 horas, todos os grupos se apresentariam, entendeu?- Ela falou de maneira calma.

- Sim, agora entendi- falei pensativo.

Em alguns minutos de conversa ela falou um pouco dela, que é sobrinha/Filha da gestora.

Diana disse que a instituição foi construída pelos seus avós, e sua mãe herdou, e com a morte dos pais dela quando tinha 7 anos, acabou herdando a parte que pertencia a ela. E sua tia, acabou ficando com sua tutela, já que era sua madrinha de batismo.

Acabei contando também sobre minha vida, ficamos por quase uma hora assim, contando fatos tristes e felizes das nossas vidas, até que de repente o celular dela toca, e ela diz:

- Vamos? é o Tuca, ele esta avisando que já acabou a apresentação do grupo e que podemos entrar agora.

- Mas e você, não vai apresentar o trabalho?- Eu disse de maneira curiosa.

- Possivelmente não. Porque eu só vim a aula no primeiro dia, depois tive que sair da cidade por uns dias.- Disse ela de maneira pensativa, que fiquei até curioso, mas não podia perguntar nada.

- Nossa! Mas um dia foi o suficiente para você conhecer o Tuca e ele te mandar msg pra avisar que já pode ir pra sala.

Ela começou a rir e disse:

- É claro que não, ele e eu estudamos juntos quase a vida toda. Ele é meu vizinho também. Moramos na ponta negra.

A partir daí comecei a entender as coisas, ela morava num bairro em que pouquíssimas vezes fui lá.

A "Ponta Negra" é um bairro de classe média alta na cidade de Manaus, muitos moradores da cidade sempre vão lá para praticar esportes entre outras coisas, já que lá tem uma área de lazer muito legal, além da segurança pública ser bem melhor.

Mas a conversa foi curta, quando nos demos conta já estávamos no fim do corredor, em frente a sala de aula. Diana chama minha atenção e diz:

- Olha essa sala da frente William. Ela também é do primeiro periodo de arquitetura.

- Como assim, então em que sala eu estudo?- Eu disse confuso e com medo, já que tinha feito uma amizade na que eu achava ser minha sala.

- Relaxa William, você estuda comigo mesmo. Quando você saiu da direção eu estava perto de você, mas acho que você não me viu. Então quando eu estava estava saindo, minha tia disse que você era meu colega de turma.- Disse ela, me deixando feliz em saber disso.

- Então chegou a hora.- Eu disse de maneira muito nervosa, quase tremendo.

Então eu abri a porta. E pro meu completo desespero, todos olharam pra mim, nossa, devia ter uns 70 alunos dentro daquela enorme sala, cabiam todos confortavelmente.

Um cara loiro, magro e bem definido que tava sentando em cima da mesa da sua carteira escolar, grita:

- Ui, carne nova e fresca.- Nessa momento todos os alunos começaram a rir, eu só faltei me enterrar naquela sala, se tivesse um buraco, eu juro, eu me jogava dentro.

- Cala a boca Guga.- Disse Diana, logo atrás de mim.

Então sussurrei no seu ouvido:

- E agora, onde eu sento?- Pois não via nenhuma cadeira disponível.

- Vem comigo. Eu pedi pro Tuca ajeitar dois lugares pra gente, próximo a ele, enquanto conversávamos na mesa do restaurante do nosso curso.

Então nos dirigimos pro fim da sala, onde realmente tinha duas cadeiras pra nós.

Sentamos, e logo depois a professora pediu pro próximo grupo se dirigir a frente.

O que por coincidência, era o grupo daquele idiota que me fez fez passar vergonha logo que entrei.

Chegando a frente ele diz:

- O Príncipe está doente por isso não pode vir, então ponha logo o Zero dele chefia.- Falou ele num tom irônico.

Ele se comportava que nem um malandro, falava como um malandro, e talvez até fosse um malandro. Definitivamente eu detestei aquele menino, o que ele tinha de beleza, ele tinha de arrogante.

A professora se levanta e diz:

- Já que ele ele está doente, formará grupo com Diana, e o rapaz que entrou com ela, e mais os outros 4 que faltaram, conforme consta no meu diário. A apresentação do grupo da senhorita Diana será na próxima segunda, e o tema é " Componentes arquitetônicos e construção do Teatro amazonas", cada componente do grupo terá até 10 min para expor suas idéias.

Agora comecem a apresentação de vocês.

Enquanto aquele idiota falava sobre a história da arquitetura no Brasil, eu ficava pensando em várias coisas, já que não podia conversar com ninguém enquanto tivesse rolando o trabalho.

Horas depois quando a apresentação acabou, pudemos ir para o intervalo.

Diana pegou no meu ombro e disse:

- Estamos indo para o restaurante, onde nós dois estávamos ainda a pouco. Você pode perguntar da professora novamente qual é o tema e os detalhes e tudo mais sobre o nosso trabalho. Te esperamos na mesa.- Enquanto eu apenas concordava balançando a cabeça, concordando com ela. E eles saíram.

Só ficou uma turma na frente, duas meninas na mesa com a professora, e eu lá no fundo, esperando as meninas darem espaço para eu ir falar com ela.

Tudo parecia perfeito, até o tal de Guga sentar na minha frente, e em seguida virar-se pra trás, olhando dentro dos meus olhos e dizendo:

- De mim você não vai escapar.- levantando-se e indo até a saída da sala.

Confesso que eu gelei. Será que aquele menino era um maníaco? Pensei comigo mesmo. Mas enfim, fiz o que devia fazer assim que as meninas largaram do pé da professora, aliás, fiz até mais, me apresentei, disse que eu era o aluno bolsista. Mas ela já sabia, então se apresentou, dizendo que seu nome que era Maria Eliane. Me passando uma ótima impressão dela.

Assim sair da sala e fui para o restaurante, onde de longe vi a mesa da Diana, que tinha muita gente.

Fiquei com vergonha de ir até lá, mas quem está na chuva é pra se molhar. Diana acenou para mim, então me pus até próximo a mesa, então o Tuca puxou uma cadeira da mesa ao lado e disse:

- Senta aí novato.- fiquei um pouco incomodado por não conhecer ninguém, mas já estava lá.

Logo em seguida, Diana começa a dizer:

- Esse é Lucas. Ao seu lado está Pedro, João e o Christian, que é o namorado Mercedes, que está ao lado dele. E a Beatrisse que é a prima da Mercedes. Pessoal, ele é o William.

Nossa, nesse momento todos ficaram olhando, esperando que eu falasse algo. Mas só o que conseguir dizer, foi:

- Oi!

E todos começaram a me zoar, por minha timidez, até o Christian dizer.

- Ah... não vale, só um oi. Você pode fazer melhor, vai.- Disse ele sorrindo.

Até que ecoa uma voz de trás de mim, dizendo:

- É William, você pode fazer muito melhor, vai. Da o teu... melhor diz ele.

Sei lá como me sentir naquele momento, será que aquele menino estava me perseguindo. Só acho que estou sofrendo Bullying, pensei comigo mesmo. Então eu disse:

- Meu nome é William Novais, tenho 19 anos, sempre quis fazer arquitetura, e só estou estudando aqui por que tenho a maior média do estado. Por essa razão conseguir a bolsa.

- Legal!- Falou Christian.

Nessa hora, o Idiota (Guga) solta uma de suas brincadeiras completamente sem graça, dizendo:

Cuidado Mercedes! Não sei se percebeu, mas rolou um clima aí entre os dois. Vai perder o namorado.- Disse ele num tom sarcástico.

Aquela brincadeira tinha sido a gota d'água.

O clima que se instalou naquela mesa, foi uma tensão desproporcional. Embora tenha sido uma brincadeira de péssimo gosto. Não consigo entender porque todos ficaram daquela maneira. Então me levantei da mesa, mas a Diana segura meu pulso. Então o Tuca diz:

- Senta aí. E Guga, tá na hora de você ir pra sua mesa. Ninguém te quer aqui.

- Ok, ok, saindo. Disse Guga, dando um sorriso, que qualquer pessoa que tivesse próximo a ele, desejaria dar uma punhalada bem no meio do coração do desgraçado.

Mas o estrago já estava feito. Não entendi muitas coisas, e mesmo que eu perguntasse, sei que não obteria as respostas desejadas.

Mas o clima não voltou a ser o mesmo, independentemente do Guga ter ido embora, o clima ficou pesado. Então o Diana falou pra voltarmos pra sala, que foi o que fizemos.

Dentro da sala de aula, foi impossível não perceber os olhares, mas confesso que quero entender o que aconteceu lá fora.

No outro dia, quando eu estava no trabalho de manhã, o Christian entra na loja, fiquei até meio surpreso, mas essa surpresa durou por pouco tempo, já que ele próprio disse que sabia que eu trabalhava lá.

Ele disse que precisava comprar um sapato e que também precisava falar comigo e que então uniu o útil ao agradável e veio até a loja, já que várias vezes havia passado por aqui e tinha me visto trabalhando e que por coincidência ou não, estávamos estudando juntos.

- Olha William, em primeiro lugar eu queria te pedir desculpas pelo que aconteceu ontem na facul.- Disse ele olhando pra mim, bem no fundo dos meus olhos, coisa que eu odeio, porque me deixa profundamente sem jeito.

Então, eu apenas disse:

- Tudo bem, não se preocupe.

Então ele me disse que o Guga era o melhor amigo dele, e que sabia tudo dele, até da maneira que ele olha, ele sabia o que significava. Mas que fazia alguns meses que as coisas ficaram estranhas e que Guga e um tal de príncipe, haviam se afastado dele.

Ele achava que o príncipe havia influenciado o Guga, pois o príncipe é o centro das atenções por ser considerado bonito, estiloso e não se apega a nada.

E pra terminar só disse que o príncipe tinha o mesmo comportamento de Guga. Então eu olhei pro Christian e disse:

- Isso quer dizer que ele é um idiota igual o Guga!

Então ele riu e balançou a cabeça, afirmando que sim.

Mas antes de ir embora, contou que ele e Mercedes já não estavam mais namorando, que ele terminou, porque depois da aula, tiveram um discussão, e que não havia sido a primeira, e todas eram por ciúmes, e que provavelmente o Guga havia conversado com ela, pondo coisas em sua cabeça.

E foi assim durante alguns dias, mas na quinta feira já estávamos todos bem, menos a Mercedes, que nem havia aparecido nas aulas, as prima dela disse que era de raiva, que ela se afastava pra não fazer besteira.

Eu achei que se ela fosse realmente dessa maneira, seria perigoso manter uma amizade com ela, então nem me aproximaria.

No intervalo nos reunimos no restaurante do curso pra falar sobre o trabalho, o combinado foi começarmos o trabalho na sexta, já que só teria o primeiro tempo de aula, então a partir do recreio já ficaríamos fazendo o trabalho, e no sábado acabávamos, e domingo iríamos estudar na casa do Tuca.

No decorrer desses dias, foram de fato estranho o comportamento de todos, talvez pela situação, mas tentamos manter isso longe dos nossos pensamentos.

Eu fiquei mais próximo ao Christian, ele sentava no meu lado e em consequência conversávamos muito, e na minha frente ficava a Diana, e o Tuca ficava trocando de lugar diariamente, um dia ficava atrás de mim, outros do lado da Diana, mas acabamos fazendo um ciclo de amizades bem legal.

Quando foi na sexta feira, estávamos na mesa começando a fazer o trabalho, Diana, Osvaldo, Lúcia, Ludimila, Eric e eu. Christian e o Tuca também estavam lá com a gente, nos ajudando, porque já haviam apresentado o trabalho.

Ficou um clima bem legal, uns ficavam fazendo pesquisa na Internet, e outros fazendo o slide de apresentação, só faltava o tal de príncipe.

Em meios a muitas risadas, Diana fala:

- William, nem olha pra trás. O Guga tá vindo com o príncipe.-

Nessa hora me bateu um nervoso, somente pelo fato daquele idiota tirar brincadeiras desnecessárias. E foi o que aconteceu. Ecoa a voz do idiota atrás de mim:

- Ôhhhh, príncipe. Esse aí de costa é o namoradinho do Chris, ele largou a Mercedes pra ficar com ele.-

Então Diana olha com raiva pra ele, e diz:

- Nossa, dessa vez foi maldade Guga.-

- Mas se é a verdade, temos que gritar pro mundo.- Disse o o tal de Príncipe.

Nessa hora confesso que me deu muita raiva, não por eles terem falado isso, mas por perceber que todas as outras mesas olharam pra mim, como se eu fosse culpado por algo.

Então virei um soco pra traz, acertou em cheio no rosto do tal príncipe. Todos se afastam, as meninas começam a gritar, então, tudo pareceu tão estranho, porque quando o príncipe virou um soco no meu rosto, ele parou antes mesmo de me atingir.

Seu punho ficou a centímetros do meu rosto, olhei para sua face vermelha, que transparecia tanta raiva, e pude ver quem ele era, olhei fundo nos seus olhos, e um balde de recordações foi jogada em minha mente.

Gostaria de agradecer a vocês que começaram a ler meu conto e deixaram seus comentários.se quiserem entrar em contato por algum motivo ou curiosidade, meu e - mail é eros.nyx21@gmail.com Abraços.

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Comentários

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Adorei! Eu tbm detesto quando falam comigo olhando nos meus olhos, eu tbm fico sem jeito, até tento conversar olhando nos olhos das pessoas, mas não consigo manter o olho fixo por muito tempo, bate uma vergonha!

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hummm parece que ja essa estoria,vamo ver o que rola

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hummm parece que ja essa estoria,vamo ver o que rola

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