Meu chefe, meu príncipe - Casos de família Pt final

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 1857 palavras
Data: 27/03/2016 22:52:53

Olá...tenham um ótimo fim de noite!! Obrigado a todos pela leitura e comentários... ah, eu não me lembro do tal loirinho e Oliver que você comentou...eu escrevi esses personagens? Rsrs... escrevo tanta coisa que acabo me esquendo, mas muito obrigado pelo carinho de todos vocês. BjS :)

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Acordei antes do Edu e desci no apartamento da Lorraine. A Lívia a abriu a porta e muito delicadamente disse que um dos papais da Bruna estava esperando.

A mãe da menina me chamou pra entrar e muito sem jeito perguntou se eu não deixaria a Bruna passar o dia com ela e a Lívia. Pensei em não deixar, mas tinha o Vitinho e acabei deixando. A Lorraine era mãe solteira. O pai da Lívia morava em outro estado e quase não via a menina, mas compensava em dar a ela uma e a mãe, uma vida confortável. Mas dinheiro não compra amor. Enfim, deixei que a Lorraine tomasse conta da Bruna e voltei para a cobertura. Pedi a Maria que fosse ajudar a Bruna a se trocar e que levasse um dinheiro pra ela comprar umas bobagens.

— o que aconteceu pro Vitinho estar dormindo aqui? — a Maria queria saber das últimas notícias.

— a Solange pegou ele beijando o namoradinho dele... aí já viu né?

— aquele fortinho? Benza Deus, que rapaz bonito.

— hahaha, eu heim...toma jeito, mulher.

— ué, estou mentindo? Você e o Edu também são dois pedaços de mal caminho. Admirar não custa nada...

— hahaha, vai logo lá, antes que eu te dê as contas por ficar de olho no meu "Véio".

— o Seu Edu não tem olhos pra ninguém, meu filho, só pro príncipe dele. Fica tranquilo, desse mal tu não morre.

— kkkk, some!

Eu não aguentava a Maria. Ela estava a cada dia mais abusada, mas era a nossa companheira de todas as horas. Conhecia o Edu como a palma de sua mão e me ajudava a fazer ele comer direito. Santa, Maria.

Meu celular tocou e era a Solange. Senhor!

— aquele moleque está ai?

— oi, sim.

— sabia! Agora ele está assim: corre aí pra debaixo das saias de vocês por qualquer coisa. Eu estou indo aí, ai se ele não me esperar. — e desligou na minha cara.

Fui pro quarto e acordei o Edu.

— levanta que a sua irmã está chegando.

— bom dia pra você também... cadê a minha filha?

— vai passar o dia no Shopping com a Lorraine e a Lívia. Melhor, porque o clima não está muito bom. Pelo menos ela vai se divertir.

— hum, me da um beijo pelo memos?

— claro meu , Véio ... vem aqui.

— kkkk, vem aqui com teu Véio...

Demos uns amassos e fui chamar o Vitinho. Ele estava acordando e disse que a mãe dele estava chegando.

— me salva?

— te salva, né? Você está me devendo 'uma" e das grandes. Ontem eu estava namorando seu tio depois de uma discussão chatérrima que tivemos. Era o nosso nomento, aí você chega e joga essa dinamite no nosso colo...

— mas você disse que ia estar sempre ao meu lado... — bufei.

— sim meu amor, só que poderia ter sido hoje ou em outro dia qualquer...

— rsrs, foi mal.

— vem aqui. A gente vai dar um jeito. No pior dos casos você se muda pra cá. Vamos lá pra sala.

Nem o café tínhamos tomado e a campainha tocou. Abri a porta e o furacão passou derrubando tudo. Ela jogou a bolsa sobre o sofá e foi pra cima do Vitinho. Me coloquei na frente dos dois e o Edu apareceu não sei de onde e agarrou ela por trás.

— calma, senta aí e vamos conversar. Vai pro quarto Vitinho, depois o tio te chama. — o Edu disse e ele obedeceu.

Ela começou a bufar e falar alto. Eu estava começando a me irritar, mas não aguentei quando ela perguntou que ideias EU estava colocando na cabeça do filho dela, já que era comigo que o Vitinho passava a maior parte do tempo. E não era mentira, eu sempre o chamava quando precisava de ajuda com a Bruna e ele sempre a distraia, mas baixei a bola dela.

— senta aí. — falei em tom autoritário e ela se afundou no sofá.

— primeiro eu quero que você abaixe esse tom de voz pra falar comigo dentro da minha casa. Porque sim, essa casa também é minha e continuará sendo enquanto eu dividir cama, amor e respeito com teu irmão. Meu marido! Outra coisa...você me respeite. Quem você pensa que é, pra achar que eu influêncio seu filho em alguma coisa? Ele é gay mesmo antes de nascer. E por último...porque tanto preconceito? Você tem um irmão que vive uma relação comigo há tanto tempo e nos incentivou a adotar uma criança. Que hipocrisia é essa, logo agora? — ela botou as duas mãos no rosto e começou a chorar.

— Solange, fica calma e escuta o Lauro. Não coloque os pés pelas mão por conta de um sentimento que não deveria existir dentro de você. — o Edu falava e tentava acalmar a Brucutú.

— eu não queria ter que passar por isso. Será que a culpa foi minha? Eu não casei depois que o Rogério morreu...ele ficou sem uma figura paterna...sei lá.

— Sol, pare! Isso não tem nada haver. Ele é gay, ponto. Nasceu gay como o Edu e eu. Ter visto meus pais juntos não me fez ser hétero e nem seu irmão. Pense nisso. Gritar com ele não vai fazer seu filho ser hétero. Agora, conversar com ele vai fazer vocês se respeitarem. Ele só tem você. Tem o Edu e eu também, mas não é a mesma coisa.

— eu não quero meu filho sofrendo preconceito...ser agredido por aí, entendem isso?

— claro querida. Mas por isso ele tem a gente, pra fazer a diferença na vida dele. Eu não vou deixar você falar com ele enquanto não se acalmar. Ele não precisa ser ofendido...precisa ser ouvido e aceito da mesma forma que você nos aceita e respeita.

— me desculpe ter te falado aquilo...de ter influênciado o Vitinho. Eu precisava culpar alguém por não querer enchergar o óbvio. Foi um choque ver ele com aquele rapaz. É diferente quando é o filho da gente. Meu Deus, eu as vezes desconfiava, mas pensava que fosse uma curiosidade.

— eu te entendo... — disse e o Edu começou a falar.

— eu não quero que você faça disso uma barreira entre você e seu filho. Ele está namorando, ou vocês conversam e se respeitem ou vão se afastar. Não quero minha família se dividindo, tendo eu como exemplo de que a vida entre duas pessoas do mesmo sexo pode dar certo. Talvez o Daniel não seja o único; ele vai se relacionar com outros caras, como qualquer outra pessoa. Converse com os dois, juntos. Eles são maiores de idade e sabe o que estão fazendo. Até onde eu sei, parece ser sério... não... não faça essa cara minha irmã, não é o fim do mundo. Sol, seja o porto seguro dele, você pode...eu sei que você consegue. Seja pra ele a mesma pessoa que foi comigo e continua sendo. Vai la falar com ele. Escuta o quê ele tem pra te falar e depois você fala, mas por favor, se eu te ouvir dando xilique, eu vou te tirar de lá.

— eu estou calma. Vou lá falar com ele. Lauro, me perdoe, por favor. — ela me abraçou.

— esquece, vai falar com seu filho.

Muitas vezes é melhor esquecer certas coisas. Pessoas falam demais na hora da raiva. Sempre gostei da Solange, não tinha nada contra ela. Eu fui até a cozinha e a Maria tinha subido pelo elevador de serviço. Ela disse que não queria atrapalhar a "reunião".

— as vezes eu queria só um dia de sossego. Não pela Bruna, mas pelo resto. Queria que o Edu trabalhasse menos, queria passar um dia inteiro com ele sem pensar em mais nada..Só eu e ele.

— fala isso pra ele. Nunca vi ele te negar qualquer coisa que fosse.

— eu sei, mas não posso obrigar ele largar tudo também. Eu só queria um fim de semana por mês, somente nós dois. Esses dias ele disse em irmos pra fazenda, mas não tocou mais no assunto. Fico imaginando se ele sabe que eu sinto falta de ficar com ele. As pessoas com o tempo se esquecem do que o outro gosta, mas não eu. Aí eu fico imaginando se ele também se lembra dos pequenos detalhes. Eu amo ele, muito. Será que ele sabe o quanto?

— claro que sabe, filho. Ele sempre foi meio rabugento. Mas se tem uma coisa que ele valoriza muito, é o amor que você sente por você.

— isso é verdade! — eu levei um susto. Ele estava encostado no batente da porta ouvindo tudo. Eu estava de costas, mas a safada da Maria estava vendo ele.

A Maria saiu e nos deixou sozinhos. Ele me abraçou por trás e beijou minha nuca. Me arrepiei todo. Ele me apertava forte e me girou de frente pra ele. Se enfiou entre minhas pernas e me beijou. Perdi completamente minhas forças. Me entreguei em seu abraço. Senti seu cheiro natural de homem feito, eu adorava.

— claro que sei o quanto me ama. Tanto sei que me sinto o homem mais feliz do mundo. Você sempre está certo quando diz que precisamos de um tempo só a gente. Não... não chora, amor...

— sou um viado chorão... droga.

— é meu viado chorão! Limpe essas lágrimas e amanhã bem cedo, liga pra Construtora e me dê folga por três dias. Vamos pra fazenda. Só nós dois. Quero ficar contigo, te mimar, fazer amor contigo naquele riacho gostoso...

— sério, Véio?

— sério! Eu me sinto mal quanto sinto que você está sentindo falta de um carinho que é de direito seu receber. Eu nunca precisei pedir por atenção. Você sempre esteve comigo, me amando e mantendo viva essa chama que você cuida com tanto carinho pra não apagar. Quando eu te vi pela primeira vez, nossa, eu não me canso em lembrar desse dia, você era tão jovem e eu soube naquela hora que você era perfeito pra mim. Eu sou um Véio de muita sorte.

— eu amo você... — escutei uma conversa vindo da sala.

O Edu e eu trocamos um beijo apaixonado e fomos ver o que estava acontecendo. O Vitinho e a mãe estavam se abraçando e conversando de uma forma amigável e aberta sobre tudo que estava acontecendo. Me emocionei vendo ela rindo e tentando entender o nosso Portugays.

Eu estava morrendo de fome e pedi a Maria que nos servisse o café da manhã. Nos sentamos todos à mesa e conversamos sobre tudo. Dismistificamos o mundo Gay. Debatemos sobre homofobia, DST e a importância da família.

Liguei para a Lorraine e pedi que levasse a Bruna de volta pra casa. Convidei a Solange e o Vitinho para almoçarem conosco. Ficamos em família durante o dia todo. A Bruna adorava o primo.

O Edu colocou a Bruna pra dormir e ela ficou tão feliz em ter o papi em casa e eu feliz em ver meu marido presente em nossas vidas.

O dia acabou bem!

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Fim!

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Comentários

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Amei perfeito como sempre , mandou muito bem cara .Continua com o conto do príncipe marrento por favor meu querido .

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Ahhhh que fofos esses dois! Não acaba não! rsrs Vou sentir falta desse casal mega lindo. Bjs meu querido!

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