[Victor]
Aquela manhã havia começado como todas as outras desde que César e eu transamos pela primeira vez. Eu estava abrindo os olhos sentindo a claridade da janela entrar e esquentar o ambiente. Algo penicava minha coxa esquerda. Eu a mexi tentando afastar aquilo mas aquilo a perseguiu. Os penicões ficaram mais fortes e se estenderam para minha verilha. Desistindo de entender o que aquilo era eu abri os olhos e pude notar César de baixo do cobertor numa posição que já explicava tudo. Sua bunda sob a boxer preta empinada pro alto enquanto ele abria caminho entre minhas pernas distribuindo beijos e penicando minha pele com a barba. Suas mãos seguraram em minha cintura enquanto ele subia com os beijos ritmados me fazendo respirar apressado.
Eu enchi minha mão em seus cabelos e ele ao perceber que eu estava acordado deu uma chupada mais prolongada em minha barriga, depositando uma marca que logo ficaria roxa.
- Já cansei de te chamar... – ele disse embaixo da coberta. – Você só resmunga e se vira. Eu estou sozinho... – ele chupou o meu mamilo direito.
- Que horas são?
- Hora de acordar e fazer sexo. – ele tirou a cueca.
- Eu tô falando sério.
- Eu também. – ele jogou a coberta longe expondo a ereção em riste e os lábios vermelhos.
César entrou entre minhas pernas já puxando minha coxa ao lado da sua cintura encostando em minha barriga sua ereção quente. Beijou meu pescoço e se movimentou me lançando pra frente.
- Que pressa é essa? – eu quis saber.
- Pressa pra estar dentro de você. – ele agarrou minha cueca mas eu o impedi. Ele puxou com mais força e me tirou dela ignorando.
- César...
- Faz o que eu disser.
Ele falava de olhos fechados. Colocou dois dedos na minha boca e me observou chupá-los. Os levou pra minha bunda e sem dificuldade os penetrou. Eu arqueei as costas e ele beijou meu peito me relaxando.
- Fica de quatro. – ele disse calmo.
Aos poucos e sob seus beijos eu virei ainda relutando um pouco sobre o que estávamos fazendo. Ou melhor, sobre o que não estávamos fazendo.
César ficou de joelhos atrás de mim e com uma mão agarrou com força meu membro já rijo me fazendo empinar a bunda em sua direção. Com a outra mão ele penetrava dedos confirmando que eu já estava pronto.
- Rápido. – eu pedi baixinho.
Ele beijou minhas costas e me penetrou devagar.
Alguns minutos sob suas carícias pra que me acostumasse e os movimentos começaram. Ritmados e em uma velocidade razoável César me penetrava com as mãos firmes em minha cintura. Por vezes diminuindo o movimento, quase parando ele me rancava gemidos.
- Mais rápido! – eu pedia e ele recompunha o fôlego mas logo voltando a desacelerar.
Eu gemia e levava a mãos pra trás puxando em sua coxa por mais contato.
- César, mais rápido!
Ele recomeçava a acelerar mas sob arfadas voltava a diminuir o ritmo. EM momentos ele parava de vez e ficava respirando me obrigando a gemer e jogar a bunda pra trás com o rosto afundado no travesseiro me perguntando o que ele estava tentando fazer.
César gemia alto e se debruçava por cima de mim várias vezes. Algo estava errado alí. Ele estava cansado?
Ele apertava a minha bunda e a abria vendo seu membro me foder enquanto eu mordia o travesseiro e jogava a bunda pra trás. César gemeu mais alto e gozou. Foi a transa mais rápida que tivemos. Imediatamente seu membro amoleceu e ele pareceu muito cansado.
Me virando de frente pra ele, César chupou meu membro e me fez gozar. Assim que esporrei ele se levantou e entrou no banheiro.
Eu fiquei na cama sem entender. Todo melado, também me dirigi ao banheiro.
No box, tomamos banho calados e sem carícias. Uma coisa meio incomum em se tratando de estar no banho com o César. Enquanto eu terminava meu banho, ele já procurava pela toalha. Eu saí do banho e o abracei por trás beijando seu pescoço. Ele sorriu mas nada disse.
- São mais de 10:30h, acho melhor irmos logo procurar um lugar pra almoçar. – ele disse.
- É sim.
Enquanto me vestia observei César quieto no armário observando a mala, mexia entre as roupas, até que pegou a carteira e se virou.
- Vamo? – ele se virou e sorriu.
- Vamos mas... Onde estão os documentos? – eu quis saber calçando o tênis.
- Doc... Ah sim... Vamos almoçar primeiro. Depois a gente pega.
- Mas aí a gente tem que voltar aqui no hotel. É melhor levar logo e do restaurante a gente já vai resolver isso.
- Não... Não vou andar com esses papéis pra cima e pra baixo. Que chatice...
- Então me dá que eu levo.
- Não. Vamos comer primeiro.
- César, o que tá havendo?
- O que?
- Você! O que tá havendo? Eu pensei que fôssemos procurar sua mãe hoje.
- Nós vamos.
- Então?
- Só não vamos agora, né Victor? Vamos almoçar. Só isso.
- Ok...
Almoçamos num restaurante perto da pousada e demoramos muito tempo pra sermos atendidos. Eu estava morrendo de fome e tive que aguentar quase uma hora pra comida vir. César não parecia se importar. Ria e conversava numa boa. Numa boa até demais. César inventava os mais diversos assuntos e de alguma forma era perceptível que ele estava tentando conseguir me manter entretido. Eu só não entendi o porquê.
Até que em um momento ele foi no banheiro e quando voltou, voltou mais calado. Parecia sem paciência e entediado.
- Eu estava pensando... Nós temos cinco endereços e vendo aqui pelo Google Maps, eu acho que o mais perto é...
- Victor, você quer sobremesa? – César perguntava olhando pra estufa de sobremesas coloridas.
- Quero sim mas espera um pouco... Eu estou cheio. Então, como ia dizendo, nós estamos no bairro Meireles. Isso dá mais ou menos uns 30 minutos até o bairro...
- Victor, vamos primeiro comer. – ele pegou o cardápio.
- Nós já almoçamos!
- Comer a sobremesa.
- Você pode por favor dar atenção pro que eu estou falando?
- Eu estou dando atenção. Só quero comer sobremesa antes. – ele dizia sem me olhar.
Eu respirei fundo pra me segurar.
- César... Eu não vou aguentar isso.
- Aguentar o quê? – ele me perguntou.
- Nós precisamos ir procurar a sua mãe! Foi pra isso que a gente veio!
- Nós vamos!
- Quando? Eu tô cansado de você dizendo que vai procurar essa mulher e não toma uma atitude!
- Você acha que vir até aqui não é uma atitude?
- Não é o suficiente!
- Victor, eu vou encontrá-la, só... Me dá um tempo. – ele bagunçou os cabelos e passou as mãos no rosto.
- Mais tempo? César a gente chegou há mais de uma semana e nada foi feito. Eu entendo que a gente tirou um tempo pra curtir mas já chega! O que a gente tem feito nos últimos dias? Sexo! Só isso! E nem isso você tem dado conta!
Ele arregalou os olhos. O garçom que passava com a bandeja nos olhou assustado. Eu o ignorei.
- Não pense que eu não notei como você estava hoje pela manhã! – eu terminei de dizer o fazendo baixar a cabeça.
- Desculpa... Eu iniciei porque achei que dava conta mas eu tava cansado e não sabia... Daí não rolou direito...
- Não estamos falando disso. Eu só quero ir achar sua mãe! Foi isso que viemos fazer.
- Não Victor. Hoje não... Me dá um tempo. Nós vamos amanhã.
Eu rangi os dentes e me levantei empurrando a cadeira pra trás.
- Eu vou pra casa. – eu disse calmo jogando o lenço sobre a mesa.
- Não... Eu vou só pedir a sobremesa e a gente já vai.
- Você não escutou o que eu disse. Eu disse que vou pra casa. Pra minha casa.
Rumei pra porta do restaurante e em plena 1h da tarde eu voltei sob um sol escaldante pra pousada.
No quarto eu chorei um bocado. Eu estava muito chateado. Muito mesmo. César estava se mostrando um fraco nos últimos dias. Se escondendo atrás do sexo. Andava tão estressado que não conseguia mais me dar atenção que dava. Fora todo o dinheiro que estávamos gastando naquela cidade.
Meu telefone tocou.
- Você está chorando? – minha mãe perguntou.
- Não...
Eu coloquei a mala sobre a cama e comecei a organizar as coisas.
- Eu fui levar almoço pro Rômulo.
- Como ele tá?
- Muito melhor. As olheiras sumiram, ele voltou a dormir, eu tenho meio que monitorado cada paço dele com a tarot, está tudo bem... Ele parou de tomar os remédios.
- Remédios? Que remédios?
- É... Nada grave... Ele tomou umas coisas pra dormir nos últimos dias mas parou.
- Cadê o pai dele?
- Voltou de viagem. Está em casa.
- Melhor...
- Victor, são 9 dias. Já chega. Eu realmente sinto muito, mas você não fica mais aí por muito tempo não.
- Eu sei... Eu sei... Eu prometo que vamos embora daqui um ou dois dias. Eu juro! Nada mais que isso!
- O que está havendo?
- Nada não...
Nesse instante César bateu na porta do quarto.
- Victor! Abre a porta!
- Mãe, eu preciso desligar.
- Victor, eu já disse o que tinha pra dizer.
- Não se preocupe. Nós vamos embora.
Eu abri a porta e quando César viu a mala seu rosto de desespero logo deu lugar ao choro.
- Você vai embora mesmo? – ele perguntou com as mãos na cintura.
- Ou você não pega essa pasta de documentos e vai procurar esse mulher ou então você arruma a sua mala agora e entra no avião comigo sem nunca mais falar desse assunto. Você que escolhe.
- Victor, eu só...
- Não! Já chega! Já chega César! Eu quero ir embora! Ou você enfrenta isso de uma vez por todas ou então eu não fico mais aqui. Eu não conheci você inseguro assim não vai ser agora que você vai ser. Eu tô aqui pra te ajudar e pra atravessar a cidade atrás de quem quer que seja, mas pra ficar trancado numa pousada evitando encarar a realidade não. Isso não. Foi você quem me ensinou a encarar as coisas, não seja você o medroso da história agora.
Ele chorou mais um pouco e se sentou na cama ao lado da minha mala.
- O que você quer fazer? – ele perguntou enxugando o nariz.
- Ir procura-la. Seguir os endereços, seguir tudo o que você encontrou. Ir até a última pista pra gente poder ficar satisfeito e voltar pra casa seja qual for o resultado.
Ele continuou incerto.
- Juntos César! – eu sei ao seu lado e segurei sua mão. – Nós estamos juntos.
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[Victor]
Após decidirmos que naquela tarde não iríamos ter muito progresso apenas passamos mais uma tarde na praia conhecendo pequenos quiosques espalhados pela avenida. César ainda parecia meio triste e receoso mas eu tentava ignorar. Não podia dar espaço pra que ele voltasse atrás.
No dia seguinte acordamos cedo, sem gracinhas. Tomamos café e saímos pra rua.
- Ok. Primeiro endereço fica há 30 minutos daqui. Pegamos um táxi e de lá podemos ir pro terceiro, porque fica perto. – eu falei colocando o óculos escuro.
- Você montou um roteiro? – ele disse impressionado.
- Sim. Vamos seguir de ponto a ponto. Vamos distribuir cartazes se for preciso.
- Tudo bem...
Naquela manhã fizemos uma viagem até o centro de Fortaleza e chegamos ao edifício que tínhamos como referência.
- Olá, bom dia. – eu cheguei na recepção – Procuramos por Gabriela Monique. Ela mora nesse prédio?
- Bom dia, me desculpe, não podemos passar informações dos inquilinos assim. – a recepcionista disse.
- Então ela mora aqui?
- Não disse isso. Eu disse que não podemos passar informações assim. – ela falava e sorria cordialmente.
- Olha, é importante. Só me diz se mora alguém aqui com esse nome, por favor. – eu insisti.
Ela pegou o telefone e discou um número e o depositou na mesa novamente. Eu não entendi.
- Eu realmente sinto muito. Não fornecemos esse tipo de informação. E não, não há ninguém aqui com esse nome.
Eu não confiei muito na resposta.
- Não seja por isso. Então eu posso subir e bater de porta em porta. – eu me virei pro elevador mas César segurou meu braço.
- Você ficou maluco?
O segurança chegou. O telefone fez sentido. César que estava o tempo todo calado começou devolveu um olhar apreensivo.
- Ok, obrigado... – eu disse me soltando.
Voltamos pra calçada com o segurança atrás de nós.
- Esse não é o jeito de se procurar alguém. – César falou.
- Ela não mora aqui mesmo, tanto faz... Agora vamos pro próximo.
Fomos pra um bairro mais distante. Lá as casas eram bem mais simples e afastadas umas das outras. O taxista nos levou até o número mas a casa estava fechada.
- Bom dia. – César disse pra uma senhora que varia a calçada da casa vizinha. – A senhora sabe dizer se alguém chamada Gabriela Monique mora nessa casa?
- Não meu filho... Aí quem mora é a Dalva.
De lá partimos pro próximo endereço. Em mais um bairro residencial de Fortaleza não tivemos sucesso. O prédio que o endereço do César apontava estava completamente fechado e ninguém morava alí.
- Só mais dois. – César dizia.
- Só mais dois. Nós podemos ir depois do almoço. – eu disse já que já passavam das 12h.
- Acho melhor só amanhã... – ele deitou a cabeça no encosto do banco do táxi.
- Não! Nada disso. Nós vamos hoje!
Almoçamos onde o taxista nos deixou e eu já comecei a calcular as distâncias com meu gps.
César se mostrava mais apreensivo e comeu muito pouco naquele dia.
Pegamos o táxi e chegamos ao quarto endereço. Mais uma área residencial. Estávamos cansados por conta das viagens pela manhã. Fortaleza é uma cidade enorme, não é fácil se locomover lá por táxi. Além de caro é cansativo demais.
Encontramos a casa e batemos na porta. Dela saiu um senhor velhinho com olhos miúdos.
- Boa tarde... Essa não é a casa da Gabriela, é?
- Gabriela?
Os ombros de César caíram ao meu lado.
- Obrigado. – eu disse e puxei César pela mãe.
- Você precisa estar pronto pra qualquer resultado. – eu disse de volta ao carro.
- Obrigado por me dar força. – ele dizia aéreo encarando a real possibilidade de nenhum dos endereços estar correto.
Na última tentativa nós chegamos a uma pequena viela com um pequeno motel ao seu fim. Alí haviam carros estacionados e nós descemos do táxi olhando ao redor procurando pelo número da casa sem encontra-lo.
- Talvez seja um quarto da pousada. – César decidiu arriscar.
Fomos até a pousada em que um senhor varria o chão da recepção.
- Bom dia. – ele disse ao nos ver ajustando a camisa e correndo pra trás do balcão.
- Bom dia. O senhor sabe dizer se Gabriela Monique está hospedada aqui? – eu perguntei.
- Somos parentes dela. Acho que foi esse o endereço que ela deu, eu sou novo na cidade. – César falou.
- Ah sim... Dona Monique mora aqui sim. O que desejam?
Nós dois arregalamos os olhos e nos olhamos assustados. Eu tenho que admitir que estava meio descrente mas será que havíamos a encontrado?
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Oi oi gente!
Anonissz, LuCaS✈✈, Hb, #Léo!, Gordin.leitor: Obrigado a todos! :)
Jardon: Recebi seu email. Estou vendo as po$$ibilidade$ e di$ponibilidade para o período. Mas quem sabe? Eu adoraria passar um ano novo lá. Na verdade eu adoro Fortaleza em qualquer época do ano...
Monster: Tudo será respondido. Prometo.
Matt sousa: Acabei de perceber que o Rômulo não apareceu no capítulo de hoje. Ele é meu xodó também.
Drica (Drikita): Fortaleza é muito afrodisíaca sim! Venha conhecer quando puder!
Pyetro_Weyneth: Insegurança, medo, ansiedade... As vezes isso acontece.
Drica Telles(VCMEDS), isabela^^: Sim, foi nisso que pensei quando escrevi. Mostrar um César mais humano e não tão estrela. Todo mundo tem altos e baixos e precisamos viver com isso.
Obrigado pessoal! Minha demora é tanta e vocês continuam aqui fiéis. Isso é tão bom de ver. Vale muito a pena.
Ah, não deixem de entrar no meu perfil e dar uma lida no meu conto de capítulo único postado semana passada, o "Recovery". Um conto beeeeem grandão e em um capítulo só pra aqueles meus leitores que sabem como gosto de um bom romance. A temática é bem diferente e acho que vão gostar. Quem ainda não leu, dá uma passada lá.
Abraço.
Igor.