Adestrando um Cavalo

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 1609 palavras
Data: 06/03/2016 10:43:00
Última revisão: 24/08/2019 15:47:12

Adoro manhãs de domingo, mesmo as mais frias, e aquela manhã era especial, pois veio na sequência de uma noite muito agradável em que passei em ótima companhia… Paulo Henrique, o quarentão da construção civil. Sentia meu corpo satisfeito e agradecido com tudo o que ele proporcionou-me. Foram muitos momentos de doçura e prazeres…

O meu passeio nas nuvens terminou quando cheguei defronte ao meu prédio, desci do táxi e dei uma passadinha na padaria que ficava do outro lado da rua. Comprei algumas delícias: doces e salgados para o café da manhã e uma refeição pronta para o almoço. Na saída encontrei minha colega que voltava de sua caminhada matinal, Yasmin, a apressadinha, ela estava sempre agitada e com pressa, 17 anos, jeitinho de menina com um bundão de mulher, seios fartos e meio doidinha das ideias. Morávamos no mesmo andar e era uma das raras pessoas do prédio com quem eu conversava, além do rapaz da portaria que arrumava as coisas que davam defeito em meu apartamento; ele era um verdadeiro marido de aluguel. Os demais, inclusive os pais da Yasmin, eu apenas cumprimentava educadamente.

Convidei-a para o café em minha casa e durante nosso desjejum ela insistiu na conversa que se repetia há alguns dias, tentava convencer-me a fazer uma matrícula, junto com ela em uma academia que ficava algumas quadras de distância do nosso prédio.

A garota era tão apressada em falar que eu zoava com ela:

— Calma! Toma mais um gole de suco e respira.

Eu estava a fim de ir, precisava manter a forma e, quem sabe, seria uma oportunidade de fazer novos contatos, já que a academia era uma das mais caras da redondeza e, com certeza, era frequentada por clientes com o mesmo nível dos que tínhamos na agência. O problema é que eu estava fazendo contenção de gastos, porém cedi aos pedidos da garota que falava como uma metralhadora. Eu usaria parte da grana que ganhara horas atrás, a situação estaria sob controle por um mês, depois eu decidiria se continuava na malhação.

E lá fomos nós no dia seguinte (segunda-feira) para passearmos pelas instalações e conhecermos o lugar — e principalmente os alunos — depois fizemos a inscrição, acertarmos os detalhes e tivemos a primeira aula na manhã do dia seguinte (terça-feira).

Percebi que o horário (10 horas) não era o preferido dos "senhores". Relaxei, era só o primeiro dia, continuaria observando. Fizemos um pouco de musculação, sem exageros, pois éramos iniciantes, posteriormente fomos para a parte final da aula que era o alongamento para relaxar. Esqueci momentaneamente da academia e da busca de clientes para o meu negócio paralelo como "Freelancer", curtia a música suave e viajei com meus pensamentos revivendo cada momento que passei ao lado do Paulo Henrique, fiquei me questionando: Será que foi só mais um programa? Será que ele poderia ser meu cliente fixo e secreto em minha atividade independente? Ou será que este desejo de encontrá-lo novamente é porque ele mexeu comigo? Perguntas como estas borbulhavam em minha cabeça desde o instante que sai de sua casa no domingo.

No final da aula fui para o vestiário da academia e verifiquei que havia duas ligações perdidas na tela do meu celular, como eu não conhecia o número, não liguei de volta e fiquei no aguardo que ligasse novamente. Fui embora com a Yasmin caminhando aquele quase 1 km.

Mais tarde, sozinha em meu apartamento, toda ensaboada durante uma ducha gostosa e ouvindo a melodia romântica que vinha do rádio, viajei novamente com a lembrança do homem que não saia da minha cabeça, minha mão deslizou em meu sexo e comecei a me tocar relembrando nossa transa na banheira perfumada e misteriosa, perna levantada com o pé apoiado na borda da banheira, ombro apoiado na parede de azulejos, gemia ronronando como uma gatinha pressentindo o momento do clímax… Voltei ao mundo real ao ouvir o toque do meu celular, minha expressão de raiva por interromperem meu prazer solitário se transformou em um sorrisão ao atender, era ele. O destino estava conspirando a meu favor. Procurei não demonstrar muita ansiedade. Depois da introdução ele rasgou elogios referentes ao nosso encontro do último sábado e a seguir convidou-me para almoçar naquela tarde. Puta merda! Eu estava cheia de trabalho até quinta-feira e não poderia cancelar nada. Passava um pouco do meio dia e infelizmente tive que recusar o convite, expliquei que não gostaria de ter um encontro às pressas com uma pessoa tão especial quanto ele, eu teria que ir para o meu trabalho de promotora e o evento começaria às 14 horas. Achei melhor adiantar outros esclarecimentos dizendo que tinha trabalho agendado até quinta-feira à noite, evitaria novas recusas e constrangimentos caso ele trocasse o convite de almoço para jantar.

Ele foi muito simpático e cavalheiro, após uma conversa agradável nós concordamos que nosso reencontro deveria ser sem correria para podermos nos curtir com tempo. Combinamos o almoço para sexta-feira e passaríamos a tarde juntos, já que não haveria eventos e eu estaria de folga o dia todo.

Encerrada a ligação, o normal seria que eu pensasse no dinheiro extra que poderia ganhar e no cliente novo que estava conquistando, no entanto, eu só pensei no prazer da sua companhia. "Caraca! Será que eu caí de quatro por este cara ? Continuei com meus pensamentos e antevendo a diversão que teríamos no próximo encontro. Aguardaria ansiosa a sexta-feira.

Jesus! Só então me lembrei do Matheus, ele vinha quase todas as sextas, contava com a sorte de que ele me procurasse somente no início da noite, assim ele tinha feito ultimamente.

Escolhi esse ofício principalmente pelos momentos de prazer, porém havia programas que fazia profissionalmente e sem a menor diversão, a vontade era a de dar um foda-se, mas acabava fazendo pelo dinheiro. Acontecia quando o cara chegava bêbado e com atitudes bem desagradáveis, brochavam e culpavam a gente, ou então choravam, não sei o que era pior.

O que bloqueia mesmo o tesão são os machões estúpidos que tratam uma mulher como se fosse uma mula. Ainda tem os casos de deformações físicas — órgão gigante, por exemplo — encararia um assim naquele final de noite.

Sexo é o meu passatempo preferido e adrenalina o meu combustível para acelerar e intensificar o orgasmo, sempre curtia os programas e gozava no mínimo em 90% das vezes, porém seria impossível gozar naquele encontro a seguir, pois existia um elemento desproporcional que inibiria a qualquer um dos meus sentimentos de tesão.

Depois do trabalho de promotora em um evento eu ganhei uma carona para casa e iria preparar-me para o encontro, seria a primeira vez com este cara. Fiquei toda delicinha e fui para o motel onde encontraria com o cliente.

Aff! Que cara grande, um metro e noventa eu supus, até que não era um gigante. No entanto, assim que vi seu pênis monstro, quase desisti do programa, pois duvidei que aquilo coubesse dentro de mim.

É gente! Engana-se quem pensa que vida de puta é só abrir as pernas e simular um orgasmo com gemidinhos. Tive que ser muito profissional e aguentar o tranco.

Peguei o maior preservativo que tinha, um extra largo para mais de 20 cm, ainda assim entrou apertado no pau do cara que além de enorme era bem grosso.

Prolonguei o quanto deu as carícias preliminares tentando fazer que o tempo de penetração fosse o menor possível, e o sofrimento também. Depois caprichei no gel e quase fiz o Sinal da Cruz quando ele mirou aquele "extintor" em minha boceta… Deeeuus! Gemi e gritei bem puta mesmo. Aquela coisa me penetrou forçando, alargando e parecia não ter fim. Santa dilatação que permitiu que coubesse tudo sem que me rasgasse ao meio, porém o desconforto foi enorme ao sentir que tocou o meu colo do útero.

O homem começou com as bombadas golpeando meu sexo, meus gritos de dor só aumentava o tesão e as estocadas do monstro.. Minutos depois eu caprichei na simulação de um orgasmo tentando induzi-lo ao gozo. Não bastava apenas dar gritinhos e gemer, pois ele me encarava, alojado que estava entre minhas pernas e sentado sobre as suas. Mãos enormes agarraram minha cintura e mantiveram meu corpo no ar na posição horizontal enquanto minhas pernas envolviam sua cintura. Seus movimentos de braços puxava meu corpo de encontro ao dele e o impacto era forte e torturante. Recuava meu corpo e as estocadas brutas se repetiam cada vez mais rápido.

Minha encenação de gozo com os olhinhos revirando e expressão de deleite falhou, nem sempre essa tática funciona. Ele deitou sobre mim e continuou com o castigo. Eu não aguentaria aquele espancamento por muito mais tempo.

Enfim o grandalhão gozou, eu simulei outro orgasmo para que ele saísse logo de cima de mim, dei meu último gemido (de alívio) após levar "porradas" no sexo por mais de meia hora. Além de toda dolorida, minha vagina ficou parecendo uma flor que desabrochou e escancarou toda. Estes caras de tamanho gigante deveriam pagar dobrado.

Felizmente era meu único cliente daquela noite. Achei que precisaria de um banho de imersão e 24 horas de repouso para me recuperar e aguentar um novo dia de trabalho e de bombadas.

Continua…

Caso não tenha lido o “Primeiro Programa” (é o conto que inicia esta série)

O segundo "Noiva de Mentirinha"

O terceiro "Ficha Rosa"

O quarto "Pausa para Namorar"

O quinto "Jogos Sexuais – Noite de terror"

"Profissão Puta"

"Cantinho dos Prazeres"

"Bacanal Beneficente"

"Encontros e Desencontros"

Após este, "Adestrando um Cavalo", seguem os contos:

"Cadelinha de Madame"

"Sereia do Rio"

"Hominho por uma Noite"

"Ao seu Lado"

"Bilhete Premiado"

"A Herança"

E termina com o conto "A Última Refeição"

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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 111Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

Comentários

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Como já disse antes, seus contos nunca decepcionam, Kamila...

Estou em casa hoje, curtindo merecidos de dias de compensação por ter passado vários dias no exterior, tratando interesses da empresa. Tendo acordado cedo para cuidar dos bichos daqui, parei agora para tomar um café e alimentar minha compulsão por sexo, a parte de consumir textos eróticos, que me acompanha desde muito jovem, como narrei em alguns contos la no meu perfil... Tem uma outra autora que do site que diz que é GP tbm e ela costuma concluir seus contos com o bordão "puta sofre mais goza". Nesse conto poderia ser o contrario, "puta goza mas sofre". Penso que deve ser complicado para a putinha "arruinar" a bucetinha se entregando para uma jegue desses por alguns trocados. Felizmente a natureza cuida de restaurar o aperto depois de algum tempo.., pelo menos se não for frequente a relação com o cavalão, pois nessa minha vida de safadezas e tendo um orgão normal já topei com mulheres de pepecas bem grande, nas quais eu mal sentia as paredes vaginais. Não sei se nasceram assim, se tiveram filhos ou parceiros super dotados com frequência, mas a o fato é que não era tão gostoso transar com elas quanto com as apertadinhas. A vantagem é que dava para se segurar mais tempo. E sexo , pra mim, é bem mais que só a penetração.

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Quanto aos seus contos, Kamila, penso que fui promovido de leitor a devorador, rs. Enquanto devorava a mais este conto, veio-me uma curiosidade: já tivestes alguma experiência com alguém como eu, portador de deficiência? Questiono porque vejo, com grande alegria, que seus escritos são livres do sociopoliticamente correto e, portanto, possuem o frescor do movimento, inerente à vida. Seus contos pulsam, Kamila. Como não pulsar junto? Muitos beijos!

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Kamila quem te agradece sou eu, tenho lido todos os contos por você postado no site. Obrigado em nome de todos os nossos leitores pela sua coragem de estar narrando os acontecimentos de sua vida, nota mil.Beijos querida e parabéns

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Eu cometi um erro nas postagens, os contos "Profissão Puta" e "Cantinho dos Prazeres" deveriam ter sido postados antes. Desculpas a todos se ficou confuso, postei os dois apenas hoje, mas no final deste conto aqui, tem a sequência correta. Perdoem minha falha. Beijos para todos que acompanham.

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Obrigada Carlos Roberto, fico muito feliz com o retorno carinhoso e sua atenção. Beijos!

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