Gabriel> Gui, por favor se acalme!
Guilherme> Só me acalmo quando disser... diga! (ele estava bravo... via seus punhos fechados)
Gabriel> Pra não haver confusão Gui... o Danilo tá ali... eu temo que haja confusão!
Guilherme> Vai haver confusão se você Gabriel ficar com esse tipo de atitude... francamente... pensa que sou o que? Covarde? Que vou sair do lugar por causa de um infeliz?
Gabriel> Gui! (falei indignado – mas não podia dizer nada, ele tava bravo – o melhor a fazer era acalmar ele) vida de forma alguma eu pensaria que você é um covarde. Eu tenho orgulho de você. Sinto como se você fosse um ídolo pra mim. Nunca imaginei isso. Eu apenas sugeri que saíssemos porque a presença deste individuo é repugnante. Mas você tem razão... não vamos nos retirar ou nos esconder só porque ele ta aqui. Desculpa se dei a entender mal... me perdoa Gui.
Ele respirou fundo e suspirou.
Guilherme> Não tem o que pedir perdão Biel... eu que fui estúpido. Aliás em vários momentos hoje não é?
Gabriel> Gui, vamos nos dedicar a nós mesmos...
Guilherme> Tem razão. Vamos. Biel o que quer comer?
Escolhemos uma massa maravilhosa com frutos do mar. Comi muito e conversamos sobre várias coisas... principalmente da questão do salário que gastei com o piano...
Gabriel> Gui não quero mais falar sobre isso!
Guilherme> Gabriel eu não quero que gaste tudo o que ganhou durante um mês em apenas um presente pra mim... não é justo!
Gabriel> O que não é justo é você não permitir isso! Ora... eu deveria ficar bravo Gui. Você não deixou eu pagar a você o lance da mudança de quarto de mainha (ele se empertigou todo) mas simplesmente você não aceita o contrário... que eu pague algo pra você...
Guilherme> Que moleque danadinho eu fui me apaixonar!
Gabriel> Agüenta o tranco... um cara de 1,90 de altura com esses músculos tem que agüentar mesmo qualquer coisa...
Ele sorriu... e eu senti vontade de fazer xixi... havia tomado muito suco...
Gabriel> Gui...
Guilherme> Vou ao banheiro...
E se levantou me deixando com vontade de fazer xixi...
Suspirei... continuei a comer quando alguém chegou por trás... senti tocar meu ombro e gelei... PUTA QUE PARIU É O DANILO! Me virei em câmera lenta... tudo parou... era como se nada existisse a não ser aquele toque e o pavor que ele provocava... então, prendi a respiração e me virei...
Garçom> Senhor!
Eu fechei os olhos e soltei a respiração...
Garçom> O senhor tá se sentindo bem?
Olhei pra ele e forcei um sorriso. O susto foi grande...
Gabriel> Estou, claro... só achei que fosse outra pessoa...
Ele sorriu e esticou um papel pra mim...
Garçom> O senhor daquela mesa ali atrás lhe enviou isto!
Eu fiquei vermelho na mesma hora! Era um bilhete... eu olhei pra o bilhete estendido e para o garçom... então falei...
Gabriel> Pode devolver pra ele... não quero bilhete de quem não me interessa...
E o garçom me olhou sem entender nada... mas antes dele recuar a mão... uma mão enorme arrebatou o bilhete das mãos dele... eu sabia muito bem de quem era aquela mao gigantesca!
Guilherme> Que porra é essa aqui?
O garçom olhou pro Gui assustado... eu fechei os olhos...
Gabriel> Este senhor veio-me trazer esse bilhete Gui...
Guilherme> Não sabia que serviços de correio incluíam nas suas habituais funções!
Gente! Coitado do garçom! Olhei pro Gui em reprovação... o garçom baixou a cabeça, pediu desculpas e se retirou...
Gabriel> Gui! Coitado do garçom... ele não tem nada haver...
O Gui se sentou e me olhou bravo...
Guilherme> Ele não tem essa função Gabriel! Aqui não é bar de paquera... se eu fosse o patrão dele, ele tava no olho da rua...
Sim, mas precisava ser grosso com o pobre? Pensei, mas não ousei falar, ele tava irritado...
Guilherme> Vamos ver o que o imbecil mandou pra você! (e antes de abrir o bilhete ele me olhou) mas fiquei orgulhoso de meu pequeno ter mando devolver viu (ele falou sério e se voltou ao bilhete... abriu e eu vi o rosto dele empalidecer) filho de uma puta...
O Gui se levantou.. gente o que havia naquele bilhete?
Gabriel> Gui pelo amor de Deus... por tudo... por mim... se senta... Gui! (falei assustado)
Ele me olhou... e balançou a cabeça negativamente...
Guilherme> Ele não...
Gabriel> Gui pelo amor de Deus... me ouve... não podemos entrar na desse monstro. Por favor...
O Gui passou a mão pela cabeça e deu dois passos em direção a mesa do Danilo... eu me desesperei... e agora? Rezei pra algo acontecer... e aconteceu!
Flávia> Gui! Meu priminho...
Do nada, e graças a obra Divina, a Flávia apareceu... o Gui estancou e se virou...
Flavia> Feliz aniversário atrasado meu primo mais lindo de todos...
E deu um beijo no rosto do Gui o abraçando forte em seguida... ele retribuiu o abraço e pos o bilhete no bolso... a Flávia se virou pra mim e falou...
Flavia> Mas não é a coisinha mais linda do mundo? Gabi lindinho, que bom te ver aqui...
Eu me levantei e a cumprimentei... mas meus olhos estavam cravados em Gui que tava com cara fechada... Ele ainda estava em pé e eu falei rápido...
Gabriel> Flá você tá sozinha aqui?
Flávia> Vim com um amigo... (e ela acenou pra um cara que tava em pé lá com o metre) tamos procurando mesa...
Guilherme> Se quiser ficar conosco, estamos já saindo...
Suspirei aliviado. O Gui voltou a mesa e a Flávia aceitou de bom grado...
Flávia> Maravilha, vou chamar o meu amigo.
Ela se afastou e o Gui me olhou de olhos apertados...
Guilherme> Está proibido de ficar perto desse cara... Gabriel me olhe!
Gabriel> Estou te olhando Gui...
Guilherme> Eu te proíbo de chegar perto dele...
Gabriel> Gui eu faço o que você quiser, mas não vai lá e causa nada por favor?
Mas não tivemos tempo de falar mais nada porque a Flávia chegou com o amigo dela... ela nos apresentou e todos nos sentamos. Eu meio que perdi a fome e o Gui também...
Flávia> Como foi o teu aniversário Guilherme? E a surpresa do Gabriel?
O Gui ainda tava meio que distante... mas quando falou do aniversario ele se voltou pra ela interessado e deu um meio sorriso. O primeiro depois do bilhete.
Guilherme> Foi a maior surpresa do mundo pra mim Flávia. Você sabia disso tudo não é?
Flavia> Fui eu quem deu o telefone de dona Aída.
Guilherme> Tudo nas minhas costas... vou punir os dois...
Sorrimos... ele tava melhorando o humor...
Flavia> Sabia que este restaurante tem piano?
Gabriel> Nem vem que não tem! Nada feito! Não, não e não!
Flavia> Ah Gabi...
Amigo de Flávia> Você toca piano? Eu toco violão...
Gabriel> Também toco violão... alias arranho!
Guilherme> O Gabriel é modesto... ele toca muito bem e canta também...
Flávia> Ele é um prodígio!
Amigo de Flávia> Bonito e prodigioso! O que quer mais da vida?
Ai vi o Gui olhar pra ele sério. Então eu me levantei...
Gabriel> Gente preciso ir ao banheiro. Desculpa, mas volto já...
E sai vermelho de vergonha e quase mijando nas calças... Entrei no banheiro e quase não dá tempo de chegar ao sanitário... entrei na cabine de vidro fosco e fiz xixi... ah, aquele alívio delicioso tomou conta de mim... e a leve dor que fazia a minha bexiga foi substituída pela sensação de leveza... olhei pra cima e vi as luzes do banheiro... tinha uma que piscava pois estava quase queimada. Aquele pequeno detalhe me deu um frio na espinha. Tinha que parar de assistir filmes de terror... pensei. Terminei, e dei descarga... quando abri a porta levei um susto...
Danilo> Gostou do bilhetinho maricas?
E meu corpo todo tremeu.
Gabriel> Sai da frente...
O Danilo tava com as suas mãos em cada lado da porta da cabine onde eu estava acuado e me impedia a passagem...
Danilo> Ou teu macho não deixou a donzela ler?
Eu respirei fundo. Não poderia demonstrar que eu tava com medo...
Gabriel> Danilo saia por favor... ou eu vou gritar e sua família vai ouvir...
Ele se aproximou de mim me acuando entre a parede do final da cabina... quase que caio sentado no sanitário... o Danilo pegou minha boca e apertou... eu fiquei com os dentes a amostra...
Danilo> Grita seu filho de uma puta que eu quebro os seus dentes...
Ele falava tão perto de minha boca que simplesmente cuspia meu rosto... eu gemi de dor e tentei fazer ele me soltar empurrando ele... quando repentinamente sinto ele ser puxado com força pra fora e eu quase caio pra frente, ante a pressão que ele fazia no meu rosto me impelindo a ir pra frente...
Foi quando vi o Danilo cair no chão feio... e o Gui a parecer do outro lado da porta... ele apenas me olhou e seus olhos estavam tão negros que temi... o Danilo se debateu e tentou se levantar... o Gui com uma fúria só comparada a do dia do sequestro pegou o Danilo pelo pescoço e o levantou...
Eu tremi e sai da cabine com minha boca dolorida... e simplesmente vi o Gui deferir dois golpes nos rins do Danilo que ele se dobrou... e gemeu de dor... então, segurando pela gola da camisa o Gui arrastou ele pra dentro da cabine onde eu estava... e simplesmente enfiou a cabeça do Danilo na privada...
Gabriel> Gui pelo amor de Deus... para, para!
O Danilo se debatia e tentava chutar o Gui... alguns chutes acertou, mas o Gui tava tão vidrado no que fazia que parecia não sentir nada... o Danilo batia do lado e fazia um barulhão no banheiro...
Gabriel> Gui os seguranças vão chegar... por favor vamos embora... te imploro...
Segurei o braço dele e puxei... então o Gui deu uma cotovelada que bateu no meu peito e eu cai pra traz batendo a cabeça no chão que fez um barulho horrível... Com certeza se a porta estivesse fechada eu teria espatifado ele junto comigo! Gemi de dor e levei a mão a cabeça... o Gui olhou pra trás e soltou imediatamente a cabeça do Danilo que saiu do sanitário cuspindo água e tossindo muito... ele chorava. Ao mesmo tempo que o Gui veio pra cima de mim... me levantou e me abraçou forte...
Guilherme> Minha vida... o que eu fiz! O que eu fiz?
Eu sentia uma dor sufocante no peito e minha cabeça doía pra caramba, mas o susto de ver o que havia acontecido me fez esquecer aquilo...
Gabriel> Estou bem Gui... (falei trêmulo)...
Naquele instante três garçons entram no banheiro... um deles era do bilhete
Garçom> Tá acontecendo alguma coisa senhor?
O Gui me abraçava ainda... eu tentei soltar ele segurou firme...
Guilherme> Esse senhor está muito bêbado e vomitando... (apontou para o Danilo que estava no chão agora sim, vomitando de asco e nojo pelo que lhe ocorrera) mas ele daqui a pouco fica melhor... (e desfez o nosso abraço) deixe apenas descansar... (o Gui me pegou pelos ombros e me conduziu até a saída...) depois terá que lavar o banheiro dessa imundice (o Gui parou numa pia... lavou as mãos e enxugou com uma boa quantidade de papel toalha)... vocês devem escolher melhor o tipo de clientela que frequenta este restaurante...
E saímos sem dizer mais nada... e francamente, era preciso? Quando chegamos na mesa a Flávia estava sorrindo com o amigo dela e parou assim que me viu...
Flávia> Gabriel o que foi isso em sua boca?
Eu olhei pro Gui e depois pra ela...
Gabriel> O que? O que você ta vendo?
Guilherme> Não é nada não! (Gui falou sério)
Flávia> Como não é nada? Eu tou vendo marcas vermelhas dos dois lados da boca... ou você foi beijado por um desentupidor de pia... ou...
Guilherme> Ou tá na hora da gente ir...
E jogou uma nota de 100 reais em cima da mesa.
Guilherme> Acho que dá pra cobrir nossas despesas... até amanha Flávia... prazer amigo...
E antes deu falar ele me segurou no ombro e me conduziu pra fora, deixando uma Flavia de boca aberta sentada na mesa segurando uma nota de 100 reais.
Assim que chegamos no estacionamento o Gui abriu o carro e eu entrei... ele em seguida entrou e ligou a luz interna...
Guilherme> Deixa eu olhar... (eu virei o rosto pra ele) só está vermelho... daqui a pouco passa... (então ele começou a acariciar meu rosto) meu amor... quando vi aquele animal te tocando... eu perdi a cabeça... (seus olhos agora estavam culpados) me descupa...
Ele então me deu um beijo na boca e se afastou...
Guilherme> Levanta a camisa.
Eu sabia o que ele queria ver... eu estava com medo...
Gabriel> Gui deixa pra lá... não foi nada (mas tava doendo pra burro) eu estou bem... vamos ver mainha...
Guilherme> Por favor pequeno... deixa eu ver o que te fiz...
Gabriel> Gui você me salvou. Foi isso que me fez... o resto foi bobagem...
Guilherme> Eu te machuquei eu sei... deixa pelo menos eu ver a extensão desse machucado amor... por favor...
Eu suspirei e levantei a camisa...
Guilherme> Puta que pariu... sou um ignorante... poxa pequeno tá roxo ai!
Eu olhei e estava um pouco roxo não muito... realmente doía pra caramba, acho que amanha iria tar bem pior, mas...
Gabriel> Gui não ta tão ruim assim... o que dói mais é a cabeça!
E ele me olhou com um olhar que eu me maldisse ter tocado no assunto da cabeça... ele tocou meus cabelos como se procurasse alguma coisa... mas graças a Deus não tinha nem um galo ali!
Gabriel> Gui por favor... eu estou bem!
Guilherme> Sou um imbecil... imbecil... quando eu vi aquele imundo entrando no banheiro atrás de você minha vida, eu entrei em parafuso!
Ele suspirou e apertou a direção...
Guilherme> Tenho que dá um jeito nisso... tenho que dá!
Gabriel> Gui por favor! Não quero que faça nada que te prejudique... você é referência pra atletas Gui... não pode usar da força... por mim... vamos apenas ficar longe dele...
Então ele pegou o bilhete no bolso abriu e me mostrou... e eu senti uma tontura.
Simplesmente o bilhete dizia...
#Ví você na varanda de seu apartamento... falta pouco pra eu fuder teu corpo morto#
Guilherme> Eu ia mostrar esse bilhete pra a mãe daquele desgraçado, quando a Flávia chegou... queria ver se ela era da mesma laia do pai.
E me olhou.
Guilherme> Gabriel. Eu não quero em hipótese alguma que saia a noite. Sozinho em qualquer horário. Ou ainda sem avisar pra onde vai.
Eu olhei pra ele assustado...
Guilherme> Me prometa que não vai ficar em momento algum sozinho.
Gabriel> Mas Gui isso é impossível. Vai ter momentos que estarei inevitavelmente só...
Guilherme> Gabriel o que eu estou falando é que vai evitar ficar sozinho... e sentir que estará sozinho fiquei em casa. Se sentir que vai ficar só na escola ou em algum local... me ligue... aliás... tentarei passar o maior tempo contigo, então o tempo em que não estivermos juntos, e que não será muito, você por favor não fique sozinho... entendeu?
Eu balancei a cabeça... mas não queria viver assim... daquela forma vigiada... queria liberdade... mas não discuti... ele me abraçou novamente e ligou o carro. Saímos em disparada pro hospital que ficava perto dali.
Quando chegamos no hospital eu perguntei pra o Gui...
Gabriel> Gui minha boca ainda tá vermelha?
Guilherme> Sim, mas pouco...
Gabriel> Espero que ela pense que foi um beijo... não quero preocupá-la...
Guilherme> Ela precisa saber... mas não hoje, muito menos no estado em que ela se encontra...
Descemos e fomos pra recepção pra nos apresentarmos e irmos de lá para o quarto de mainha... era uma outra ala e ficava no sexto andar... subimos e chegamos ao quarto. A porta estava aberta e eu escutei o riso dela...
Mãe> E então ele entrou pelado com carinha de sono, peladinho... a coisa mais linda do mundo... kkkkk
E para meu desespero estava o médico sentado na ponta da cama...
Gabriel> Mãe!
E o médico se assustou e se levantou embaraçado, embora risse um pouco ainda.
Mãe> Ah filho, você não morre mais! Tava contando para o dr. Felipe o dia em que você subiu para as bodas de ouro...
Gabriel> Mãe eu lembro... obrigado por propagar pra todos esse episódio!
Eu tava vermelho e o Gui sorriu um pouco...
Dr. Felipe> Boa noite...
Gabriel> Boa noite doutor (constrangido).
Dr. Felipe> Fiquei curioso com sua história...
Queria um buraco... mas antes mataria uma certa mãe!
Guilherme> Doutor boa noite... ah, e eu também fiquei absolutamente curioso...
E olhei pra o Judas do meu lado...
Gabriel> Te pego lá fora (murmurei)...
Dr. Felipe> Mas deixo então sua mãe em boas mãos...
O Gui deu uma risada como se fosse o contrário e eu dei uma cotovelada na sua cintura... ele soltou um ai, mais pelo fato que pela dor...
Gabriel> Boa noite...
Guilherme> Boa noite doutor.
Dr. Felipe> boa noite gente. Boa noite Julia...
Eu olhei pra o Gui e ele encolheu os ombros...
Gabriel> Mãe nem deu tempo de perguntar pra ele como está a senhora...
Mãe> Eu estou bem... (e rápida, falou) o que é isso na sua boca Gabriel?
Fechei os olhos... pronto ela já notou... e agora? E antes que eu falasse...
Mãe> Tavam se beijando no carro não é?
Nossa, alias, ufa!
Guilherme> Assim a senhora nos deixa constrangidos...
E ele me abraçou e me deu um beijo no pescoço...
Gabriel> Gui! A porta ta aberta!
Ele e mainha sorriram e o Gui foi fechar a porta...
Mãe> Obrigada pelo quarto Guilherme... não havia necessidade... mas eu faço questão...
Guilherme> Nada disso! Não quero nem papo...
E me abraçou e voltou a beijar meu pescoço. Eu tava escarlate...
Gabriel> Por favor vamos falar sobre a senhora... como a senhora está?
Mãe> Estou ótima... e com vontade de me dá alta...
Gabriel> Nem pensar! Vai ficar aqui...
Guilherme> Júlia vamos seguir as ordens médicas certo?
O Gui me abraçou mais forte e senti o peito doer... ele percebeu meu desconforto e como se tivesse lembrado afrouxou o abraço... ficou com uma carinha de dar dó!
Gabriel> Mainha vou matar aula amanhã...
Mãe> Nada disso Gabriel! Você vai pra aula sim! Daí na hora do almoço vem aqui... me visita, depois vai almoçar e em seguida para casa estudar que próxima semana você tem teste Gabriel...
Gabriel> Mas mãe!
Mãe> Não me contrarie... amanha vai ter tanta visita que não vai ter um minuto se quer sozinha...
Guilherme> Não se preocupa Julia... do Gabriel eu cuido... ele vai entrar na linha...
Tentei me soltar dele mas em vão... falei ali mesmo!
Gabriel> Nada feito! Nem pensar... vou ser torturado... (e ele me mordeu o pescoço) maeeee! (choraminguei)
Mãe> Isso Guilherme... põem juízo na cabecinha de vento desse guri...
E os dois riram de mim... ficamos por quase duas horas no hospital até que a enfermeira entrou e recomendou que fossemos embora pra mainha dormir e descansar... nos despedimos com muitos beijos e abraços e saímos... eu não queria chorar, mas acabou que eu chorei assim que sai do quarto... fiquei triste por deixar minha mãe ali, mas era o melhor pra ela... fomos pra casa... primeiro passamos no apartamento de mainha pra pegar roupa pra mim... e o material escolar... queria dormir ali... mas o Gui disse que seria melhor nos dormirmos no apartamento dele aquela noite...
Guilherme> Quero dormir aqui quando sua mãe estiver Gabriel.
Entendi. E então fomos... Quando chegamos no apartamento eu estava destruído... estava cansado daquele dia... do que havia acontecido... realmente era um dia de finados... entrei como um robô... o Gui apenas me seguia... eu cai na cama... vi o Gui deixar minha mochila em cima do raque do quarto e veio se sentar ao meu lado na cama... retirou meus tênis.. depois as meias e puxou a calça... fiquei só de cuecas e camiseta... que saiu em seguida...
Gabriel> Gui porque você tira minha roupa toda vez? (murmurei)
Guilherme> Você não gosta?
Gabriel> Gosto sim... alias, adoro (falei quase de forma inaudível) mas não sei o porquê!
Guilherme> Porque eu simplesmente amo... amo cuidar de meu bebê... de te dar banho... tirar sua roupa, te vestir... é como se fosse totalmente meu... e eu que cuido, em todos os sentidos...
Ele me deu um beijo...
Gabriel> Mas tem que me deixar pelado toda vez?
Já falei quase dormindo estas ultimas palavras... e ainda escutei ele rir...
Guilherme> É a melhor parte... contemplar sua nudez...
E senti ele me levantar nos braços e me puxar mais pra cama... adormeci logo em seguida. Acordar com alguém do seu lado... te tocando... te dizendo que você realmente é a pessoa que ele escolheu pra amar é com certeza a coisa mais incrível que possa acontecer na vida dagente. Não tenho explicação para tal sentimento. É como uma música que cantamos e que nos toca fundo o coração... foi feita com este propósito. Sim, realmente era sublime acordar com o homem de sua vida a te olhar. E você conseguir olhar em volta e o ver completamente acordado te contemplando. Nos deixa um pouco tímidos, mas é sempre maravilhoso.
Guilherme> Bom dia preguicinha!
Me espreguicei todo... não pra dar vazão ao que ele dizia... mas porque sempre faço isso!
Gabriel> Bom dia Gui.
Guilherme> Vamos nos levantar amor... precisamos correr pois estamos atrasadíssimos.
Ele me deu um beijo e levantou-se apressadamente... eu o segui e fui ao banheiro... tomamos banho juntos...
Gabriel> Gui vamos passar primeiro no hospital...
Guilherme> Nada feito! Primeiro vamos te deixar na escola e depois eu irei no hospital fazer uma rápida visita e vou pra a academia, depois te pego pra almoçar e vamos almoçar perto do hospital pra visitarmos sua mãe... depois te deixo em casa, casa de mainha não a nossa, pra você poder estudar, enquanto eu vou ao banco... daí volto e te pego pra namorar um pouco, porque olha que não sou de ferro (passou o pau duro por mim) daí vamos na academia e lá quero te mostrar algo...
Gabriel> Tem haver com minha sala de massagens?
Guilherme> Claro que não! A sala de massagens você conhece... é outra coisa...
Ele terminou de me dar banho e saímos... me enxugou e começamos a nos vestir... quer dizer... ele me vestiu... Quando descemos pelo elevador o meu celular chamou era a Jú...
Jú> E aí sanfona do fole furado...
Gabriel> Diga! (falei seco)
Ela riu...
Jú> Te espero na cantina... tenho surpersa...
E desligou. Nossa... se eu fosse definir aquele dia... era o dia das surpresas e segredos! Chegamos na escola com rapidez e nem tomamos café...
Guilherme> Vai tomar café não é Gabriel?
Gabriel> Vou tentar Gui...
Guilherme> Gabriel!
Gabriel> Gui eu vou tentar porque minha aula começa em 10 min no máximo... deixa correr viu...
Ele pegou minha mão e beijou... tinha muita gente chegando na escola e ele nem entrou no estacionamento. Estava no portão de entrada...
Guilherme> Passo meio dia pra almoçarmos...
Desci e ele sorrindo pra mim arrancou o carro com velocidade dali... se fosse de terra a pista eu estaria com certeza marrom. Entrei e fui direto para a cantina... e vi a Jú... ela tava linda...
Gabriel> Jú! Pra quê tanta produção?
Jú> Querido... eu sempre estou na crista da onda... maravilhosa!
Gabriel> Juliana desembucha, temos apenas 8 minutos e eu ainda vou comer...
Jú> Só se for vento! Houve uma explosão na cozinha, parece que o gás explodiu... não sei... uma paradinha que aconteceu ontem... portanto Gabi, já pode pedir a graça que simplesmente o jejum já tá fazendo!
Gabriel> Aff tou morrendo de fome! Mas me conta então que segredo é esse?
Ela sorriu e começou a mecher com o cabelo...
Jú> Não poderia ficar atrás de você já que passou a perna em mim, alias, passou a big bunda em mim...
Gabriel> Não estou entendo patavinas!
Jú> Já que pegou seu lutador de jiu jitsu... bem... eu peguei o meu!
E meu queixo caiu!
Gabriel> O Bruno!
A Jú mantinha um sorriso de orelha a orelha... seus olhos brilhavam e eu fiquei surpreso com aquilo... normalmente ela nem comenta sobre o carinha que ficou... todos são um tanto descartáveis pra ela... mas... será que era porque eu conhecia bem o Bruno? Não sei, somente estava absolutamente estarrecido com aquilo!
Gabriel> Jú, o Bruno?
Jú> Claro! O segundo melhor partido dessa academia já enrabichado pelo teu rabo... então... só sobrou o moreninho do tesão!
Gabriel> Poxa Jú vocês estão namorando?
Ela me olhou com cara de exasperação...
Jú> Estamos ficando... pelo amor de Deus Gabriel... para de ser tão Poliana! Século XXI - bisexualidade – amores plurais! Francamente... vamos gozar garoto... só tenho 16 anos...
Gabriel> E pelo menos uns 6 de experiência de alcova!
Jú> Melhor que dois dias de fudelância na fazenda com o Zé cabrinha!
Gabriel> Vai se lascar Jú!
Jú> Olha o linguajar do santinho! Vai perder a terrinha no céu menino... (ela riu) mas já tou fudidinha mesmo... e como estou... nossa que fome aquele menino estava... kkkk e o medo dele... ah Gabi você precisava ta lá... ele tinha medo de transar comigo porque sou de menor... ah meu Deus! Coitado...
Gabriel> Ele deveria ter medo de transar contigo por outra coisa!
Ela me olhou feio e eu olhei pra o relógio! Puta merda...
Gabriel> Jú a aula já começou... corre!
Saímos como dois desvairados pra sala de aula... foi ai que me lembrei do Danilo e da noite anterior... olhei pra o bloco onde ele tava assistindo aula mas não vi ninguém... foi até melhor, pois se tivesse ido pra sala logo que cheguei com certeza ele estaria lá... entramos atrasados e levamos uma bronca do professor de matemática... Me sentei no lugar habitual e abri o caderno... E gritei de susto, pulando pra traz e fazendo a cadeira cair estrondosamente – todos da sala de aula se voltaram pra mim...
Professor> Gabriel alguém problema?
Jesus! Como aquilo havia parado ali? Eu tremia todo... assustado e a Jú se esticou pra olhar... e até ela ficou horrorizada...
Professor> Gabriel o que aconteceu?
Eu estava hipnotizado pelo que havia dentro do meu caderno... e chocado... a Jú fechou o caderno com rapidez e falou...
Jú> Não é nada professor... só uma barata que colocaram no caderno desse frouxo (mas até sua voz era incerta) e ele morre de medo de insetos... teve uma aula de insetos num laboratório, lembra?
Professor> Ok Juliana... vamos agora prestar atenção na aula sem mais show né senhor Gabriel?
Eu estava vermelho, como um autômato eu levantei a cadeira caída e me sentei em frente a aquele caderno fechado... sentia asco... não queria nem tocar... a Jú pegou o caderno e colocou dentro da mochila dela... pegou o próprio caderno e me entregou...
Jú> Toma, escreve ai... depois eu te empresto meu caderno pra você copiar a matéria!
Mesmo com o esforço dela de fazer piada... saiu um pouco estranha, pois a voz dela tava tensa... Abri o caderno da Jú ainda com medo de ver algo ali... meu coração estava acelerado... batia forme e eu sentia as mãos suadas... uma leve tontura começou a se apoderar de mim, e eu fechei os olhos e respirei fundo... precisava me concentrar na aula e esquecer aquele horror...
A aula terminou e eu não tive reação de me levantar... estava tonto... minha barriga rugia e sentia as mãos tremerem... estava quase com uma crise de hipoglicemia... não havia comido e estava abalado... então era uma combinação ruim pra saúde... eu não sai da sala de aula e fiquei parado esperando os professores chegarem... a Jú bem que tentou falar de outro assunto mas eu não me interessei e só respondi com monossílabos... como aquilo havia entrado ali? Em que momento tiveram acesso a meu caderno e mochila?
Que dia? Naquele dia era impossível... teria que ser antes... bem antes... antes do feriado... mas quem, quando, como? E a imagem vinha a minha mente... o Danilo? A Marcela? Meu Deus, porque a vida da gente quando começa a decolar acontece coisas que nos deixa pra baixo...
Jú> Essa é a ultima aula e eu estou preocupada com você... melhor sair e comer algo... e ligar pra o Guilherme...
Eu olhei pra ele e falei...
Gabriel> Não!
Jú> Não o que?
Gabriel> Não quero envolver ele... já lhe trouxe muitos problemas...
Jú> Você não vai esconder isso do Guilherme! Não vai!
Eu respirei fundo...
Gabriel> Juliana por favor. O Gui já esta envolvido num processo por minha causa... por minha imprudência!
Jú> E vai se envolver noutro por sua imprudência sequenciada...
A professora chegou e nos calamos... droga... não ia contar pro Gui... não ia! A aula terminou e a Jú pegou o caderno dela que ainda estava aberto em cima de minha bancada. Pôs dentro da bolsa e saiu, sem me esperar. Foi aí que eu percebi que ela tava com meu caderno... gelei... meu peito começou a subir e descer... fiquei nervoso... Aquele traidora estava com meu caderno e ela iria MOSTRAR PRA O GUI!
Senti o sangue ferver e me levantei juntando o resto de meu material rapidamente e sai. Quando cheguei na porta não a vi... maldição ela saiu rápido... deve no mínimo ta ligando pro Gui pra saber onde ele está... Olhei o relógio e vi que faltava 5 pra meio dia... certamente o Gui já havia chegado...
Corri pra procurar o carro... fui até o estacionamento da academia e não estava lá... olhei pra o outro estacionamento do outro lado... nada... ele ainda não havia chegado... suspirei feliz... peguei o celular e liguei... desligado! Liguei pro da Jú... estava chamando... e ela recusou a chamada... respirei fundo... vou matar aquela louca...
Olhei pra o relógio e eram 12:00... Fiquei esperando... poxa... cadê o Guilherme? Liguei e tava desligado... droga... pus as mãos nos joelhos, pois tava tonto e precisava respirar pra passar a tontura... não havia comido nada... nada! E ainda gastei energia correndo pra encontrar a Jú...
Guilherme> O que eu falei de nunca ficar sozinho, Gabriel?
O susto foi tremendo... eu me levantei rápido e quase cai da tontura misturada com o susto... o Gui tava atrás de mim com a cara fechada... ele me segurou pra não cair
Gabriel> Gui que susto... (interrompido)
Guilherme> Susto? Gabriel eu te pedi pra não ficar sozinho... (eu estava tremendo e ele parou e me olhou) você está tremendo Gabriel! O que aconteceu? Você comeu hoje como prometeu tá pálido!
Eu balancei a cabeça negativamente e ele soltou um palavrão horrível...
Guilherme> Vamos... (tentei falar) cala a boca! Não sei se te bato aqui ou em casa!
E saímos pra fora do portão da escola... o carro tava ali estacionado com pisca alerta...
Entrei no carro ele deu meia volta e sentou-se no lugar dele...
Guilherme> Você comeu ou não?
Gabriel> Não! (murmurei)
Guilherme> Puta que pariu Gabriel... você disse que ia... (interrompi)
Gabriel> A cantina não funcionou hoje... (falei triste)
Guilherme> E por que não me ligou? Tinha feito um lanche e vindo trazer pra ti aqui! (ele gritava)
Eu respirei fundo...
Gabriel> E eu sozinho porque eu estava procurando Jú que ficou com um material meu (murmurei) e vim então direto pra o estacionamento... (e ele ia falar e eu levantei a mao tremula de fome impedindo ele de falar) e eu te liguei assim que cheguei no estacionamento, duas vezes mas tava desligado...
Guilherme> Sem sinal a manhã toda (ele me mostrou o celular dele – tava sem sinal) certo, tá justificado. Ter passado fome e ficado só. Mas me responda... você está assim apenas por estes dois motivos? Ou aconteceu mais coisas?
Olhei pra ele e pensei que ele poderia ser uma água que enxerga a distancias... não ia mentir
Gabriel> Aconteceu sim... mas não vou te contar.
Antes de ter terminado o que eu havia falado eu já estava convencido e arrependido de ter dito...
Guilherme> Como é a história? (gritou) como é a porra da hitória? Desde quando... diga? Desde quando você se recusa a me falar as coisas?
Eu fechei os olhos...
Gabriel> Gui não quero mais te envolver em confusões...
Ele deu um soco na direção que a buzina foi alta... acredito que o porteiro olhou pra nos...
Guilherme> Você tá me envolvendo em que? Que porra eu sou pra você? Em? Um pau pra te fuder e pronto... (ele cuspia)
Gabriel> Gui por favor não me trata assim!
Guilherme> Então porque você simplesmente quer me deixar de fora de seus problemas?
Ele estava irritadíssimo. Se eu falasse o que eu tinha visto no caderno simplesmente ele ia pirar...
Gabriel> Gui eu não vou te contar agora... se acalme...conto depois... e você é o meu amor! amor!
Guilherme> Então demonstre que sou esse amor e me conte porra!
Fechei os olhos...
Gabriel> Alguém colocou uma coisa no meu caderno... e assim que entrei na sala de aula eu abri o caderno (minha voz falhou)... eu me assustei... assustei todo mundo com o medo que me deu... a Jú viu... tomou o caderno pra eu não pirar e pôs na mochila dela... (então comecei a chorar) Gui eu não tenho contagem de dizer.... não tenho! Daí eu não ia te contar pra você não se prejudicar em alguma coisa... e corri atrás dela quando ela saiu sem me esperar... por isso fiquei sozinho... ela fugiu com o caderno... liguei pra você e desligado, liguei pra ela e desligado... (suspirei) Gui você não imagina o que tinha naquele caderno...
E ele falou...
Guilherme> Imagino.
E abriu o porta luvas e colocou o caderno no meu colo.
Aquele caderno parecia um horror pra mim... ele em meu colo parecia algo repulsivo...
Gabriel> Como você consegui?
Guilherme> A Juliana. Ela tentou me ligar e o celular tava com o mesmo problema que o seu... então ela ficou na porta de entrada me esperando chegar... por isso nem entrei com o carro no estacionamento! (suspirou) Gabriel eu não acredito que você não iria me contar isso. (ele falava ainda com raiva).
Gabriel> Gui eu não queria que se envolvesse nisso... nem eu quero... só quero esquecer... não quero que vá atrás...
Ele pegou o meu rosto e falou...
Guilherme> Gabriel eu te proíbo de fazer isso novamente. Chega! Seus problemas são meus... e os meus seus! E vamos encará-los de frente e sem medo...
Gabriel> Mas eu te trouxe tanto problema...
Guilherme> E vai me trazer muito mais se tiver essa atitude...
Gabriel> Viu como você concorda comigo...
Guilherme> Porra guri... para com isso... mas que droga! (ele gritou). Vamos encarar a realidade de frente... eu preciso de sua ajuda... não te protegerei se você não me ajudar... (ele me olhava nos olhos) vamos juntos, encarar de frente...
E abriu o caderno. Meu corpo tremeu... eu desviei o olhas...
Guilherme> Não é você... não é! Por favor... encare Gabriel... não é você. Isso É manipulação de computador... olhe pra esta foto...
Eu olhei. Era difícil... muito difícil...
Guilherme> Vamos cuidar disso. Todos nós... juntos... eu e você... e nossos amigos. E a polícia... e quem for preciso.
Era uma foto minha em close, num local onde parecia o portão do meu prédio... meu rosto estava perfurado por um gancho... tipo daqueles de açougue e o pescoço cheio de pregos e corte... sangue banhava meu peito... e em baixo a frase
#vamos purificar nossa terra desse viado imundo... convoco toda a irmandade ariana... vamos matar esse viado esta semana...#
Era um panfleto de convocação pra minha morte. Fechei os olhos... nunca pensei que alguém poderia fazer aquilo comigo, ou com qualquer outra pessoa... meu Deus! Quem sabia de mim? Quem tava me aterrorizando?
Guilherme> Vamos resolver juntos!
Gabriel> Gui isso não é pra me assustar... isso é real...
Guilherme> Não é real Biel! Não é você!
Suspirei...
Gabriel> Não sou eu! É sobre mim! Não eh pra me assustar... é uma convocação pra me matar Gui... me matar (meu lábio tremeu e quis chorar)...
Guilherme> Para Gabriel! Fique calmo! (falou enérgico). Vamos descobrir quem fez isso e as autoridades irão prender...
Respirei fundo...
Gabriel> Gui quem pode estar atrás disso? Tipo... só pode ser alguém que me conhece... que sabe que sou gay. Que me ameaça... tipo o Danilo! Ele está junto daquela gangue dos carecas que podem ter ideologia ariana.
Guilherme> Não sei... pode ser qualquer pessoa... o Danilo sim... o mais provável... mas tem a gangue que viu lá na frente do teu prédio... mas isso quem tem que investigar não somos nós... vamos para a policia!
Gabriel> A polícia não faz nada Gui... a gente registra uma queixa e fica por isso...
Guilherme> Não se a gente conhece o delegado que malha na sua academia!
E ligou o carro e arrancou...
Guilherme> Mas antes vamos almoçar... antes que desmaie!
Nem almocei direito, mas o Gui me obrigou a comer... pela primeira vez desde que inventou a maldita dieta ele estava quase que me forçando a comer... eu estava triste, zangado, amargurado! Será que as pessoas não podem ser felizes? Porque os outros não vêem que esse tipo de atitude levou o mundo a uma guerra sem precedentes. Mesmo levando a bandeira da raça ariana como pretexto pra guerra, embora os motivos tenham sido outros, mas ficou em nossas mentes o poder danoso que é a segregação...
Guilherme> Coma Gabriel...
Gabriel> Tou sem apetite...
Guilherme> Olha Gabriel já perdi a paciência com você hoje e não quero perder mais... nem gosto de lembrar que você pensou em esconder de mim...
Gabriel> Eu não pensei em esconder... eu só não ia falar... se você me perguntasse eu dizia que houve alguma coisa sim, mas que não falaria... como aconteceu não foi?
Ele apertou o garfo...
Guilherme> Gabriel eu...
Gabriel> Eu sei Gui... eu sei... desculpa... eu errei. Não vai se repetir...
Guilherme> Quero cumplicidade Gabriel... e isso ta faltando...
Aquilo me magoou... e eu baixei os olhos... eu era cúmplice sim... só não queria que ele ficasse louco... Ele percebeu minha tristeza...
Guilherme> Não vou retirar o que disse... essa cara triste não vai me convencer...
Eu sabia... mas eu estava realmente triste... Fechei os olhos... e suspirei... olhei pra comida mal tocada e tentei comer o que podia... ele se deu por satisfeito e ficou calado... pediu meu celular e deu dois telefonemas... um pra a academia, falou com a Flavia pra ela mesma ir ao banco... outro para o Alysson, falou pra ele substituí-lo na aula das 3 horas... Desligou o celular e me encarou...
Guilherme> Vou ficar com o seu até o meu celular voltar a funcionar ok...
Eu apenas balancei a cabeça... olhei pra o mar. Estávamos em um restaurante a beira mar... o mar tava agitado e eu não via os arrecifes... Minha vida naquele momento estava daquela forma...
Guilherme> No que tá pensando?
Gabriel> Que hoje minha vida parece aquele mar... o perigo encoberto por ondas agitadas...
Então pela primeira vez naquele inicio de tarde o Gui ficou comovido comigo...
Guilherme> Poxa pequeno, fica assim não viu. Estarei aqui do seu lado...
E tocou minha mão... eu suspirei...
Guilherme> Por enquanto eu vou esquecer o que você pensou em fazer viu... pra lhe ver um pouco melhor...
Agradeci... o Gui então pediu a conta e fomos pra delegacia... nem queria ir... detesto delegacias! Na delegacia fui apresentado ao delegado amigo do Gui...
Delegado> Fala ai campeão! Como vai esta força... sei que tou uma semana faltoso...
Guilherme> Tudo bem amigo? Que isso, volta essa semana que a gente retoma!
Delegado> Mas a que devo a visita?
Eu estava quase atrás do Gui ele se afastou e me apresentou...
Guilherme> Este aqui é o Gabriel...
Cumprimentei o delegado e ele estendeu a mão...
Guilherme> O que viemos aqui diz respeito a ele... bem, ele está sendo ameaçado...
E então o Gui fez o relato de tudo... desde as perseguições na escola... o Danilo... tudo! Era um relato fiel.. frio... e contava tudo, me preservando a questão homosexual.
Guilherme> Não temos nada de concreto... tipo, tal pessoa é o responsável. Apenas suspeitamos. Mas o que é certo é que existe uma gangue que simplesmente esta circulando pelo bairro dele e tem alguém próximo que colocou esse bilhete no material escolar dele... O delegado olhou o bilhete...
Delegado> Estranho você convocar a sua gangue pra cometer um assassinato (tremi quando ele falou assassinato... ele falava pausadamente) e avisar a vítima! Ou é uma estratégia meio burra, pois ele perde o elemento surpresa... ou alguém ta te alertando... alguém do bando que não quer que aconteça isso a você! Ou tudo não passa de uma piada de mal gosto!
Olhei pra ele e pisquei várias vezes... nossa... não passou aquilo por minha cabeça...
Gabriel> Mas quem poderia querer me ajudar mandando isso?
Guilherme> Ele tem razão! Ou isso tudo é uma piada de mal gosto... ou alguém quer alertar você pra que não aconteça nada... acho que a outra opção da própria gangue te avisar é menos provável, pois quem quer fazer alguma coisa não avisa, faz... mas também não tá descartado né...
Delegado> Nada está descartado... vemos tanto essas gangues picharem as paredes das casas das vitimas... alertando-as, e mesmo assim eles fazem. Porque não temem...
Me arrepiei todo... poxa o que tava acontecendo com minha vida?
Gabriel> Doutor o que eu devo fazer?
Delegado> Enquanto investigamos isso tudo você deve se preservar... nunca sair sozinho, avisar a mais de uma pessoa onde vai e com quem vai... não sair tarde da noite... nunca atender a chamados de qualquer natureza de pessoas estranhas... sempre ter um telefone de emergência e principalmente! Não se envolver em confusões com as pessoas que vocês me relataram aqui!
Deus! Minha vida havia sido resumida a uma prisão sem muros! O Delegado me olhou e apertou os olhos...
Delegado> Eu preciso saber de tudo Gabriel pra saber onde estou pisando.
Eu sabia onde ele queria chegar...
Delegado> Você é loiro... olhos azuis... branco... mais ariano impossível... pra eles você deveria ser o modelo de perfeição...
Fiquei vermelho... mas falei...
Gabriel> Eu sou Gay. E para essa gente, isso está longe da perfeição...
O Delegado se recostou no banco da cadeira e pôs a mão no queixo. O encarou, e ele ficou pensativo... depois falou!
Delegado> É um bom motivo pra se matar... realmente eles odeiam... mas normalmente matam quando encontram na rua... quando veem por acaso e da surra gera a morte. No seu caso, se for mesmo algo desse tipo de gangue, parece uma jura de morte. Como se você tivesse envolvimento pessoal com eles... e pelo que disse nunca teve não é? (balancei negativamente a cabeça) então porque eles juraram um cara de morte soh por suspeitar que ele é gay?
Guilherme> Então alguém intimo ao Gabriel incitou essa gangue, não é isso?
O delegado olhou pro Gui e falou...
Delegado> Exatamente.
E eu pensei outra coisa... porque o Gui não tava envolvido no plano de morte... então não era o Danilo! Gente minha cabeça tava confusa... mas eu não podia falar ainda pro delegado porque ele não sabia do meu envolvimento com o Gui...
Delegado> Bom vamos investigar certo... Gabriel este é meu telefone pessoal... me ligue a qualquer hora do dia ou noite.
Sorri aliviado... pelo menos eu me senti protegido pela policia... Agradecemos e saímos de lá... o Gui tava em silencio... quando chegamos no carro ele falou...
Guilherme> Vou contar pra ele sobre nós...
Gabriel> Gui não precisa... quero que se preserve...
Ele me olhou serio e falou...
Guilherme> Não há o que se preocupar Biel. Não estou contigo pra me esconder. Vou contar a ele sim. Na próxima oportunidade. Possa ser que abra o leque pra ele investigar...
E ligou o carro e saímos.
Gabriel> Gui vamos no hospital...
Guilherme> Não!
Gabriel> Gui poxa... quero ver mainha...
Guilherme> Com essa cara Gabriel? E fazer ela ter outro ataque?
Realmente...
Guilherme> Você vai pra casa... vai tomar um banho... ligar pra sua mãe... depois descasar um pouco. Estudar e depois vamos visitar ela...
Eu concordei... tava mesmo uma pilha. Só não sabia se conseguiria estudar com minha cabeça a mil por hora... Olhei pro Gui e agradeci mentalmente a ele. Poxa desde que entrei na vida dele que só trouxe problemas...
Gabriel> Gui obrigado!
Guilherme> Pelo que?
Gabriel> Por ser tão maravilhoso... desde que entrei em tua vida que só trago preocupação...
Guilherme> Ah Gabriel! Por favor... vamos parar ok... que coisa!
Eu sorri triste e pus a mão no braço dele e o acariciei... ele me olhou e deu um leve sorriso... pegou minha mao, beijou e pos na coxa dele... ele realmente gostava de dirigir com minha mão ali. Eu pensei que o Gui ia me levar pra casa... mas ele me levou pra o apartamento dele...
Gabriel> Gui pensei que ia pra casa...
Guilherme> Mas você está em casa.
Sorri envergonhado... eu sempre esquecia que ele não gostava quando me referia ao apartamento dele... carro dele... dinheiro dele...
Gabriel> Gui desculpa... estou hoje um lixo...
Ele estacionou o carro na vaga do apartamento e me olhou sério...
Guilherme> Você nunca será um lixo... mas que o dia todo tá falando coisas que merece uma surra...
Gabriel> Desculpa...
Guilherme> Para de pedir desculpas... e vamos descer deste carro antes que perca a cabeça...
Descemos e fomos em silencio pro apartamento... entramos. Quando o elevador abriu eu senti uma alegria me inundar...
Gabriel> Maria!
E corri pra o abraço... e chorei tanto que pensei que ia passar mal...
Aída> Será que apenas essa velha ganha abraço do meu neto loiro...
E meu coração novamente se aqueceu. Eu abracei dona Aída e ela me beijou muito no rosto...
Gabriel> Desculpa tou sujando a senhora com as lágrimas... (falei tirando as lagrimas do rosto dela com o dedo)..
Aída> Senhora aqui só tem a Maria, eu sou sua vovó, esqueceu? (sorri) e não tá melando nada não! (me abraçou) Guilherme que vá pegar uma água pra o Gabriel filho!
O Gui foi e nos nos sentamos no sofá...
Aída> Vim visitar sua mãe!... quero vê-la, e conhecê-la. Deve ser uma pessoa incrível pra ter criando você tão bem!
Fiquei envergonhado...
Guilherme> Vovó vamos todos depois do Gabriel descansar, pode ser?
O Gui me entregou a água.
Aída> Claro! Vou também descansar... a viajem foi horrível nestes taxis sem conforto. Ainda bem que volto com meu carro.
Maria> Seu Gabriel já comeu?
Gabriel> Já sim, Maria. Obrigado!
Guilherme> Vamos Gabriel, você toma um banho e vai descansar... vovó a senhora já esta no quarto de hospedes?
Nos levantamos e fomos pra outra sala, a que dá pra varanda e o quarto do Gui...
Aída> Já sim querido, obrigada... Como vocês são homens, melhor o Gabriel tomar banho no seu quarto Guilherme, e descansar lá...
Gabriel> Nada quer isso! (fiquei apreensivo) se quiserem eu vou pra casa... moro naquele edifício ali...
E apontei da varanda pra ela... ela foi na varanda e olhou...
Aída> Muito simpático seu edifício... mas daqui você não sai meu netinho... não vamos deixar você sozinho em casa... vai dormir aqui... eu só vim fazer esta visita a sua mãe, ver meus dois netinhos e amanhã cedo voltarei pra fazenda...
Sorri e a beijei no rosto...
Gabriel> Obrigado... vovó!
Sorrimos. Fui para o quarto e o Gui ficou lá fora com vovó. Fiquei triste porque queria que ele tirasse minha roupa e me desse banho... mas, sabia que não podia... então tomei meu banho sozinho, devagar... me enxuguei. Vesti uma cueca nova e um calção folgado com uma camiseta branca... me deitei na cama e apaguei.
Dormi direto. Um sono incrivelmente tranquilo ante o turbilhão conturbado que era minha mente. Eu dormi sentindo o cheiro do Gui. Era maravilhoso aquilo. O cheiro do Gui era uma coisa que me acalma. Sempre! Porque me sinto protegido. Senti uma mão no meu olho... me retirando do sono. Sua mão estava circundando meu olho, fazendo um carinho... rodando meu olho, acariciando... até que o abri. Vi o Gui de cabelo molhado me olhando sorrindo...
Guilherme> Acorda preguicinha...
Sorri... daí lembrei de dona Aída... meu coração acelerou e me levantei rápido...
Gabriel> Gui! Vovó!
Ele sorriu e me beijou... eu me afastei assustado olhando a porta. o Gui me puxou e deu um beijo forte e demorado... muito demorado que me excitou até... quando ele me largou eu estava vermelho e sem ar...
Guilherme> Tranquei a porta seu bobo...
Sorri.
Guilherme> Mas se levante que você tem que estudar viu...
Suspirei... estudar era o que menos esperava. Me levantei e fui ao banheiro. Quando sai o Gui já não tava no quarto... peguei o material e comecei a estudar mesmo sem sair do quarto senão eu iria deixar de estudar. Estudei muito... por incrível que pareça... pus a matéria em dia... e passei umas duas horas estudando até que bateram na porta.
Gabriel> Pode entrar...
E Maria entra...
Maria> A idosa disse que você já estudou muito e fosse lanchar...
Sorri...
Gabriel> Por comida paro tudo...
E a abracei e saímos abraçados.
Aída> Ah o meu netinho terminou de estudar?
Dona Aída estava na mesa da copa tomando chá e comendo biscoitos... o Gui se levantou e puxou uma cadeira pra mim...
Gabriel> Seu outro neto chato me pôs pra estudar... (dei um beijo na testa dela e me sentei)...
Guilherme> E é pra estudar mesmo! Ora...
Aída> Guilherme para de implicar com essa criança!
O Gui se sentou e eu fiquei feliz... sorri feito bobo. E comecei a comer... parecia que aquele sono da tarde tinha feito esquecer o desgaste de ter minha mãe hospitalizada e a ameaça de morte.
Aída> Gabriel gostei demais do programa que você fez... onde comprou aquele portfólio?
Gabriel> Fui eu quem fez!
Aída> Não acredito!
Guilherme> Que portfólio?
Eu olhei pra ele chocado! Ele NEM OLHOU O QUE FIZ PRA ELE?
Aída> Guilherme que coisa... o que o Gabriel nos presenteou quando saiu da fazenda...
O Gui me olhou constrangido...
Guilherme> Ficou no carro... (baixei a cabeça e pus café, sorvi) foi que era muita coisa pra minha cabeça... era (ele gaguejava) foram tantos acontecimentos que esqueci... mas...
Suspirei...
Gabriel> Não se preocupa Gui, eu entendo (mas minha voz ficou triste... e porque? eu não tava triste!)
Maria> Pois eu li tudinho... muito bonito...
O Gui me olhava angustiado... ele não podia falar nada pra amenizar aquela situação, que, francamente, não tinha problema nenhum... mas se tornou um martírio pra ele...
Aída> Bom, mas o que importa é que o trabalho é lindo... fiquei impressionada e quero aprender a fazer... tenho planos pra essa arte!
Lanchamos ainda com o Gui todo sem jeito pra mim... ou queria matar ele de beijos pra dizer que tava tudo normal... mas com a matriarca ali não dava... conversamos sobre amenidades e nos preparamos pra ir pra o hospital... dona Aída foi ao quarto trocar de roupa e eu fui pra o meu... rs já sentia que era o meu o quarto do Gui... ele foi que nem uma sombra! Assim que entrei ele já tava na minha cola e fechou a porta na chave... me abraçou forte por trás e pos a cabeça nas minhas costas...
Guilherme> Perdoa esse bruto aqui... meu pequeno...
Eu sorri e falei...
Gabriel> Gui não tem o que perdoar... estas ultimas 24 horas foram sem explicação!
Ele me virou pra ele e me beijou... depois ficou me olhando... vi ele tristinho que deu dó.
Guilherme> Você prepara tudo de uma forma tão perfeita pra mim... e eu nem dou bola... poxa... desculpa amor...
Gabriel> Para Gui... poxa... vou ficar triste...
O Gui me abraçou forte e me beijou lentamente... depois corremos pra nos arrumar... ele sempre me vestindo, pareço até uma criança... Saímos quase com vovó na porta nos chamando... Descemos e fomo no carro dela, o Gui dirigindo. Maria foi conosco!
O hospital tava cheio de gente... horrível... parecia que todo mundo resolveu adoecer de uma vez só... nos apresentamos na recepção e fomos direto pro quarto de mainha, a porta estava aberta... ela tava deitada lendo um livro. Poxa eu nem levei um livro pra ela... que chato eu fui!
Gabriel> Mãe?
Entramos todos e ela baixou os olhos da leitura... sorriu...
Mãe> Oi meu amor... tava com saudades...
Eu me aproximei dela e a beijei... e sussurrei ao ouvido
Gabriel> A dona Aída avó do Gui, arrasa! (e falando alto) Mãe esta é dona Aída.
Dona Aída se aproximou e tocou-lhe a mão...
Aída> Já nos falamos ao telefone, mas é um imenso prazer conhecer a mãe deste tesouro...
Mãe> Muita gentileza sua Aída...
Gabriel> Mãe esta é Maria...
Maria acenou...
Maria> Ola!
Mãe> Oi minha querida... O Gabriel ta lhe dando trabalho? Me diz que ponho ele de castigo!
Maria> Claro que não! Ele é um anjo!
Sorri...
Mãe> Mas sente-se por favor..
Aída> Obrigada. Que livro você tava lendo?
Rezei pra não ser Zavieira a aliciadora feliz...
Mãe> Memórias de Uma Mulher Impossivel! De Rosi Marrie Muraro.
Eu amava aquele livro e mainha tava lendo... que máximo...
Aída> Interessante... biografia não é? (mainha balançou a cabeça afirmativamente) Bom Julia, posso lhe chamar assim não é?
Mãe> Claro, Aída...
Ambas riram...
Aída> Sinto muitíssimo nos conhecermos nestas circunstancias... pois planejava conhecer a mãe desta jóia aqui... (e me tocou no braço) que eu já considero como um neto...
Mãe> Fico lisonjeada... obrigada.
Aída> Você o criou muito bem, fiquei encantada com a educação desse menino. E com a voz...
Gente eu tava rubro...
Guilherme> Vó ta deixando o Gabriel vermelho...
Somente piorou a situação... mas graças a Deus ou infelizmente uma voz cortou aquele clima...
Jú> Boas tardes queridos... ah, visita... gente... Mortícia Adams!
E todos nos viramos pra ela.. que estava a tiracolo com o BRUNO! A cara que dona Aída fez era um misto de surpresa e indiferença... olhou pra Jú e para o Bruno que acenou timidamente... também a Jú intimida. Ainda bem que o médico não tava ali...
Mãe> Boa tarde Jú...
Percebendo que poderia babar ali, fiquei assustado ai falei...
Gabriel> Gente tá ficando cheio este quarto... Gui vamos pra cantina... a gente deixa vovó aqui a vontade com mainha e Maria... elas tem muito a conversar (dona Aída sorriu e mainha também) depois agente vem ok... VAMOS JULIANA!
Jú> VOVÓ?! (falou abestalhada)
O Gui apressadamente saiu comigo e puxou o braço da Jú que puxou o Bruno... parecia um trenzinho! Quando saímos eu perguntei...
Gabriel> Onde raios é a cantina?
Guilherme> Vamos que é lá em cima...
Subimos pelo elevador e eu olhei a Jú. Percebi que trazer o Bruno foi uma estratégia pra eu não a matar por ter levado o caderno pro Gui, mas na realidade eu não tava com raiva dela não... foi até melhor esclarecer tudo de uma vez... A cantina era mais um restaurante... muito amplo e não parecia nem que agente tava num hospital.
Jú> Na boa... é melhor que a praça de alimentação do Tacaruna...
Guilherme> Que exageiro Jú!
Bruno> Ela é sempre exagerada! (Ai ele deu um cheiro no pescoço dela e parou instantaneamente)
Eu e o Gui olhávamos pra aquela cena. A Jú sorrindo de olho fechado e o Bruno abraçado a ela estático com o nariz no pescoço e os olhos assustados pra mim e Gui... ficamos naquela “câmera lenta” até cairmos na gargalhada, eu e o Gui...
Gabriel> Quem diria... estão juntinhos né... a água e o vinho...
Jú> Ah eu sou o vinho da paradinha ai viu... tipo do Porto... porque é forte e só toma de lapada! Adoro lapadas...
Bruno> Eu que o diga...
Gente quando ele falou aquilo eu fiquei morto de vergonha... a Jú apenas riu safada e o Bruno procurou terra...
Guilherme> Tá bom... vamos fazer o seguinte casal de coelhinhos... vamos nos sentar pode ser?
Nos sentamos... e mal nos sentamos, a Jú disparou...
Jú> Gabi, tipo... se você ta bravo comigo pelo que ocorreu mais cedo quero te dizer simples...MORDA A TESTA!
Não tinha como não sorrir daquela destranbelhada...
Gabriel> Não tou com raiva Jú... na realidade você fez o certo...
Guilherme> Juliana você fez o que deveria fazer... não ligue pra esse cabecinha aqui não...
Jú> Sei disso... ele pensa que é esperto, mas da escolinha primária que ele faz! Eu toquei fogo!
Bruno> Mas do que vocês estão falando?
E então o Gui contou pro Bruno todo o problema da foto... e dos carecas que me rondavam...
Bruno> Porra Guilherme, a gente sabe que esse tipo de gente não vale nada! Mas são perigosos... já torei uns três lembra?
Jú> Epa, epa, eeeeeeeepa! Como assim torou?
Bruno> Quando não era atleta e apenas fazia a luta como esporte pessoal, eu briguei com uma galera assim...
Guilherme> O melhor é não se envolver... vamos deixar nas mãos da polícia...
A Jú me olhou como que dissesse... é ruim em!
Bruno> Tem uma coisa que me intriga!
Gabriel> O que Bruno?
Bruno> Quem colocou a tal foto tem total acesso ao Gabriel. Só pode ser na escola ou na academia!
Jú> Só não vá dizer que é a MARCELA PUTA DA SILVA. Embora amasse vê-la de cabelo raspado...
Era uma possibilidade... mas teria que haver ligação da Marcela com o Danilo, e aparentemente não havia... ou da Marcela com alguém da turma... mas era um impossibilidade, até onde sei ela tem irmão negro... Bem não sei... gente era muito complicado...
Guilherme> Não vamos pensar mais nisso hoje... acho que já tivemos estresse o suficiente...
Jú> É verdade... mas me conta... como é que tua avó veio parar aqui?
Guilherme> Pergunta pra o Gabriel... ele é o queridinho dela...
Gabriel> Ah deixa de onda Gui... ela veio visitar mainha!
Guilherme> Por atenção a você... e vou dizer... ela sempre foi osso duro de roer...
Sorri, realmente... mas algo aconteceu que ficamos muito intimos... nos identificamos.
Bruno> Parece que tua mãe tá bem mesmo Gabi... fiquei preocupado...
Gabriel> Brigado Bruno... mesmo!
Guilherme> Vai querer um café Biel?
Gabriel> Sim, por favor...
O Gui se levantou e foi providenciar... então vi a Jú simplesmente pegar a bolsa e dar uma bolsada na cabeça do Bruno...
Bruno> Ai!
Jú> Ai o que? Pergunta o que eu quero logo seu sem noção... sou uma dama!
O Bruno exasperado falou...
Bruno> Tá... o que vai querer minha querida (ironizando)...
Jú> Nada amor... tou bem, obrigada...
E o Bruno ficou de queixo caído! Se levantou zangado e foi se juntar ao Gui...
Gabriel> Jú francamente...
Jú> Ah não Gabi, nem vem com essa... temos que estabelecer limites desde o inicio... senão...
Balancei a cabeça...
Jú> Já me perdoou por ter entregue pro Gui o caderno?
Gabriel> Tecnicamente sim... mas... vai ficar me devendo uma...
Jú> Ah não! Nem vem que não tem...
Gabriel> Vai ficar sim! E saberei a hora certa de cobrar...
Jú> Puta que pariu Gabriel... tu ta pior que minha mãe na menopausa...
Gabriel> E também quero saber tudo do Bruno... como foi... que tudo aconteceu...
Jú> Ah isso é historia pra três dias contando...
E então senti uma mão no meu ombro... quando me virei pra falar com o Gui, pensando ser ele, tomei um grande susto! Jesus! Paulo. Ali? Olhei pra Jú...
Jú> É a hora do favor?
Meu corpo tremia... o Gui com certeza já tinha visto o Paulo... tentei o olhar pro Gui mas o Paulo estava impedindo minha visão...
Paulo> Gabriel como vai? Eu soube de sua mãe... o porteiro me falou e (ele gaguejava) bem vim ver como você estava... fui lá no quarto dela e ela falou que você estava aqui... quero dizer que eu estou muito triste contudo e pode contar comigo...
Guilherme> Ele já está com todo o apoio que precisa...
O Gui tinha surgido repentinamente e pos o café na minha frente... depois pos as mãos em minha cadeira como se quisesse me proteger... o Paulo estava bem ao lado.
Paulo> Ah... demorou pra chegar...
Guilherme> Filho de uma (interrompido)
Jú> Ok... Ok, chega! Estamos num hospital e por mais que seja uma mão na roda vocês saírem no pau aqui... pois já iam direto pra enfermaria, melhor não né! Se bem que era você olhinho puxado que ia pra UTI... e desta vez, teus olhos abririam de vez!
Paulo> Só vim fazer uma visita de cortesia...
Guilherme> Quem tá doente é a mãe dele... que francamente eu acho que você nem conhece. (o Gui passou a mao pelo meu ombro) Já fez a visita... pode ir e não volte mais! (o Gui falava entre os dentes)...
Paulo> Você é o dono do hospital?
O Gui fez menção de partir pra cima dele e a Jú foi rápida... se levantou e pegou no braço do Paulo... cravou as unhas que vi o Paulo fazer careta de dor...
Jú> Já chega garoto... vem aqui...
E ela arrastou ele para o elevador. Acionou o botão chamando por ele e enquanto o elevador não vinha eu só via o dedo dela no rosto dele... ela esbravejava, mas não dava pra escutar nada... o Bruno veio com um lanche pra ele e pro Gui...
Bruno> Porque a Jú tá parecendo que está brigando com aquele cara... PUTA QUE PARIU! ELA DEU UM TAPA...
E vi o Bruno correr feito um louco! Eu me levantei o Gui me pegou pelo ombro...
Guilherme> Aonde pensa que vai?
Gabriel> Gui olha lá... a confusão por minha causa...
Ele me empurrou pra baixo e sentei na cadeira desajeitadamente...
Guilherme> Você não tem participação na vida desse infeliz, não provocou a confusão, foi a Jú (interrompi)
Gabriel> Por minha causa!
Guilherme> Por sua causa uma ova... repito Gabriel... VOCÊ NÃO TEM NADA A VER COM AS ATITUDES DESSE CARA. Nem eu nem você... se a Jú discutiu com ele porque não gostou das atitudes dele... problema dela e do Bruno que tá lá...
Olhamos o Bruno estava segurando a Jú... todo mundo olhava eles... gente que barraco!
Gabriel> Gui por favor...
O elevador se abriu e o Paulo entrou... mas antes ele deu uma olhada pra mim e pro Gui e eu vi tristeza no seu rosto. Não sei porque fiquei triste também... mas realmente o Gui tinha razão... o Paulo me cercava com segundas intenções... A Jú veio com cara muito brava e o Bruno rindo...
Bruno> Pense numa leoa!
Jú> Fica na tua mané! E você senhor Gabriel manda esse Paulo logo pra puta que pariu ele numa sexta feira 13 lua cheia no mês de agosto de uma no bisexto...
Gabriel> Jú mas o que ele disse pra te deixar assim?
O Bruno tava se dobrando de rir...
Bruno> Disse que a Jú era tão galinha kkkkkk que aprendeu pra a nadar pra dar pra os patos! Kkkkkkkkkkkk
Gente e eu chorei de rir! O Gui não queria, mas não se conteve... e caiu na risada... foi riso geral... geral mesmo... a Jú tava fula da vida...
Jú> Espero que vocês se engasguem...
Bruno> Ah Jú, reconhece (rindo ainda) foi engraçado!
Ela começou a comer o lanche dele... mordia com raiva...
Guilherme> Mas aprendeu mesmo?
Rimos...
Jú> Aprendi... e se não tivesse aprendido, depois de agora eu cuidaria em aprender... pois tenho uma testa aqui pra enfeitar...
E o Bruno ficou sério de vez...
Bruno> Ei ei... o que eu tenho a ver...
Eu ria muito...
Gabriel> Tudo... o cara chamou tua gata de galinha e você não fez nada!
E o Bruno me olhou de olhos bem abertos...
Bruna> Caralho! Como sou tapado!
Guilherme> Se chamassem o Biel de Galinha eu fazia engolir a língua...
Jú> Essa é a diferença viu Bruno!
Agora o Bruno estava cabreiro... tomei o café que me parecia um pouco sem gosto. Olhei ao redor e muita gente olhava pra nós... fiquei um pouco constrangido...
Gabriel> Gui vamos terminar logo... quero sair daqui...
O Gui terminou o dele e nos levantamos todos e fomos pro elevador... descemos até o andar de mainha e fomos pro quarto... todos estavam tomando café... se eu soubesse tomaria café ali...
Nos ainda rimos muito naquela visita e mainha ficou muito feliz... nos despedimos prometendo que iríamos buscá-la no outro dia... pois provavelmente teria alta ao meio dia... fomos pra casa e dona Aída só desceu pra tomar um banho porque queria chegar cedo na fazenda... nem quis jantar conosco. Nos despedimos prometendo voltar a fazendo o logo que possível... fiquei muito feliz com a visita de Aída. Subimos, e eu já estava muito cançado... o dia foi desgastante...
Guilherme> Biel não vai querer sair pra jantar?
Gabriel> Gui tenho força não...
Guilherme> Então vou fazer pra você!
Olhei pra ele com ar de riso...
Gabriel> Você fazer... ou Gui... nem tente... quero morar aqui com a cozinha sem incêndio... aiii (ri ele tava me fazendo cócegas)
Guilherme> Seu moleque vai apanhar!
Ainda bem que o elevador se abriu... porque eu tava morrendo de rir das cócegas... corri mas ele me alcançou na sala em frente ao balcão americano da cozinha... me suspendeu no ar... não sei como ele conseguia... olha que sou grande... mas ele me levantou e me pos nos braços...
Guilherme> Hora da lição!
Gabriel> Gui! Não (eu ria muito) não aguento fazer amor agora não... por favor... tou detonado...
Ele riu...
Guilherme> E quem disse que vamos fazer amor agora?
Ele me jogou no sofá e cobriu meu corpo com o dele...
Guilherme> Vamos apenas namorar...
E me beijou com fúria! Ele me apertou todo... era sufocantemente delicioso sentir ele em cima de mim... eu adorava... mas tentava empurrar só pra provocar... os braços dele estavam envoltos a mim... e eu estava debaixo dele... sentia ele separar minhas pernas com o joelho, o que me deixava excitado... sua língua penetrava minha boca de forma urgente... saboreando minha língua... eu estava em êxtase...
Guilherme> Adoro te beijar... (falava entre um beijo e outro) amor o sabor de sua boca... é doce... macia (mordeu meu lábio - gemi) que delicia esses lábios meu amor...
Eu levantei meus braços e acariciei os cabelos do Gui... eu amava cada vez mais ele... era um amor que fazia o peito até doer... então ele saiu de cima de mim rolando pro lado do sofá e me puxando pra me deitar em cima dele... fiquei esparramado em cima daquele corpo maravilhoso... fote... sexy... e muito excitado...
Guilherme> Adoro namorar... (ele ria bobo)
Gabriel> Mesmo sem fazer amor...
Guilherme> Biel minha linda criança... por mais que ame essa bunda gostosa sua... por mais que te deseje e queira 24 horas fazer amor contigo... tem momentos que apenas te abraçar e te beijar simplesmente me faz está completo...
Eu sorri... que lindo ele dizer aquilo!
Guilherme> Sexo é bom meu pequeno... mas amar o meu Bielzinho, abraçar ele assim (me abraçou) sentir ele em cima de mim... beijar essa boquinha... TE AMAR SIMPLESMENTE é melhor que sexo!
Gabriel> Ownt Gui...
E o beijei.
Gabriel> Amo namorar Gui... mas num tá na hora de você ir fazer a janta?
E ele deu uma gargalhada tão alta que pensei que os alarmes soariam!
Guilherme> Meu anjo! Meu tudo... só você pra me fazer sorrir assim! Olha... vamos então quero ajuda...
Ele me empurrou e eu me levantei... depois ele me abraçou... senti ele pegar minha bunda... começou a morder minha orelha e a descer com a língua no meu pescoço...
Gabriel> Gui! Para! Tou ficando arrepiado!
Ele sorriu e me levou pra cozinha... me levantou e pôs-me sentado no balcão!
Guilherme> Vai apenas me olhar... e olhar como tudo faço pra você...
Sorri...
Gabriel> Só não vá me sujar viu...
Guilherme> Olha quem fala! Sou o mestre cuca mano!
E abriu o freezer... tirou uns nugets...
Eu sorri...
Guilherme> Vou fazer frango empanado...
Cruzei os braços...
Guilherme> Primeiro, vamos retirar da embalagem o conteúdo... (ele retirou da embalagem) depois vamos colocar os nugets bem bonitinhos na bandeja (ele os despejou numa bandeja de vidro redonda) depois pomos no microondas...
Gabriel> Gui nugets não se faz em micro-ondas...
Eu ria divertido... ele me olhou com uma carinha tão linda... rs nem sabia o que tava fazendo...
Guilherme> Quem falou de micro-ondas? Tá querendo estragar minha receita senhor Gabriel... continuando... a gente coloca no forno!
Sorri...
Gabriel> Cade o papel laminado...
Ele veio pra cima de mim e mordeu meu lábio... eu me encolhi todo...
Guilherme> Vai ficar de castigo... rum!
Fiz sinal de ficar calado pra sempre... ele acendeu o fogo e depois pos o nugets lá. Abriu a geladeira e pegou molhos... MOLHO INGLES! Eu tossi... ele me olhou bravo e pos o molho de volta, pegou o SAKURA... e eu tossi novamente e segurei o riso... ele pos lá com violência... pegou o Katichup... eu tossi... ele jogou dentro da geladeira e pôs as mãos na cintura... voltou pra mim e falou...
Guilherme> Se não parar eu faço você beber um coquetel destes molhos!
E eu gargalhei! Pra meu desespero pessoal! Ele veio pra cima de mim e eu tentei fugir... mas ele não deixou... gente ele me mordia tanto... mordia o pescoço... a bochecha a boca... eu tentava afastar e ele me mordia a mão que eu tentava empurrar e eu apenas ria e gritava...
Gabriel> Para por favor (eu ria e ele me mordia) ai ai.. kkkk para amor...
Guilherme> Você vai sofrer seu pequeno malvado
Ele me mordia todo... embaixo do meu braço... na cintura... ombro tudo quanto é lugar... eu me defendia como podia... dava socos nele mas ele nem sentia...
Gabriel> Gui... kkkk para senão faço xixi...
Ele parou... respirei fundo...
Gabriel> O que combina com nugets é molho de mostarde e de limão... molhos picantes Gui...
Ele me olhou serio e falou...
Guilherme> Eu estava apenas testando o seu conhecimento... Gabriel...
Gabriel> Seii... claro Gui... ah quanto tempo faz que pôs no forno?
Ele me olhou assustado...
Guilherme> Tempo suficiente...
Gabriel> Que temperatura?
Ele olhou pro fogão...
Guilherme> 280 é claro!
Gente ele ia torrar! Rs...
Gabriel> Não vai abrir o forno?
Guilherme> Ah essa é pegadinha... se eu abrir vai murchar né...
E realmente eu não aguentei... cai no chão de tanto rir... dobrado com a mão no estomago... Ele ficou um pouco constrangido... e foi todo emburrado pra o fogão... eu me controlei e me levantei... fui abraçar e ele se esquivava, fingindo zanga... mas que coisa linda um homem daquele tamanho fingir zanga...
Gabriel> Vem cá vem... ou meu amor... (rindo ainda) deixe disso... não tou rindo de você não!
Guilherme> E tá rindo de quem? Do palhaço que ta cozinhando com tanto amor...
Gente... ele não tava cozinhando... tava aquecendo empanados... mas não ia falar isso...
Gabriel> Tou rindo da situação em si amor... imaginei os nugets murchando... (comecei a rir novamente mas parei) só achei engraçado!
Dei um beijo nele que virou a cara ainda emburrado... daí o abracei...
Gabriel> Você é a coisa mais fofa do mundo na cozinha... tão lindamente desastrado Gui...
Ele sorriu e se virou pro meu abraço... me apertou...
Guilherme> Não liga se eu não sei fazer nada?
Eu sorri...
Gabriel> Mas você sabe fazer tanta coisa...
Sorri travesso. Ele entendeu o recado e começou a me apertar... mas ai um cheiro forte invadiu e atrapalhou tudo... gente o nugets!
Gabriel> Gui o nugets!
Guilherme> O que tem o nug... puta que pariu...
Quando o Gui abriu a porta do fogão uma fumaça preta subiu... e a catinga de queimado invadiu... o Gui pegou um pano e retirou a bandeja! Ele jogou na pia e abanou... daí colocou água em cima e simplesmente a bandeja fez um estrondo e rachou no meio...
Guilherme> Vou ligar pra pizza!
Finalmente uma atitude de chefe naquela cozinha! Comemos pizza rindo do desempenho dele na cozinha...
Guilherme> Ah meu pequeno, eu nunca tive vocação pra culinária! Nem tempo... a Maria sempre me deu tudo nas mãos...
Gabriel> Já eu não tinha outra opção Gui, a não ser ir pra cozinha. Mainha trabalhava de dia e de noite. E eu simplesmente tinha que me virar...
Guilherme> Você sofreu um pouco na vida não foi Biel?
Ele me olhava com os lábios apertados, como se estivesse triste pelo que vivi...
Gabriel> Gui, não sofri nada a não ser a morte de meu pai. Claro que não tive mordomias... mas as vezes as mordomias corrompem a gente. Hoje eu estou estudando pra fazer faculdade um dia... e embora as dificuldades, que não chegaram a ser grandes, elas me fizeram mais forte e mais maduro.
Ele balançou a cabeça.
Gabriel> Comecei a trabalhar com 14 anos de idade. Trabalhava pra folgar mainha. Tenho minha própria conta no banco e guardo tudo o que ganho lá. Gui as vezes fico imaginando que se eu não tivesse visto a vida real desde cedo eu seria uma pessoa, tipo arrogante... entende...
Guilherme> Sei como é meu pequeno (ele tocou meu rosto) também comecei desde cedo. Meu pai tinha uma loja de produtos esportivos e pos uma academia pequena pra eu tomar de conta... eu era um pouco rebelde quando mais novo... e os esportes me salvaram... senão eu seria violento... um vagabundo!
Gabriel> Não diz isso Gui... você não tem essa personalidade...
Guilherme> Biel eu sou um monstro adormecido.
Eu o olhei sem entender... ele sempre foi gentil comigo. Sempre cavalheiro... ele me acorda. Me põem pra dormir. Me veste... dá banho... ele é uma raridade! Claro tem momentos que ele é absolutamente um grosso... e meio descontrolado. Mas, não é um monstro não!
Guilherme> Biel, depois te conto tudo de minha vida. E como o jiu jitsu me mudou.
Gabriel> Na realidade... a vida é complexa Gui. Tudo nela é possível. Mas a índole não muda. Lembre: A virtude é flor de todos os climas e de todos os meios.
O Gui se levantou e deu a volta na mesa ficando atrás de mim e me abraçou beijando-me o pescoço.
Guilherme> Você é tão novo meu amor... mas parece ter a cabeça já no lugar. (sorriu e me beijou novamente) quando tinha a sua idade eu estava simplesmente correndo atrás de festas e mais festas...
Gabriel> Ah Gui. você só tem 23 anos. É novo!
Guilherme> Vinte e quatro. Recém completados, esqueceu?
Eu sorri. Verdade...
Gabriel> Gui você acha que vovó vai me aceitar quando souber de nós...
Ele me abraçou mais forte.
Guilherme> Eu não me importo Gabriel. Simplesmente não me importo. Tem coisas na vida da gente que temos que definir o que realmente queremos. Mas então, bem, se ela não entender o problema não será nosso ok. Nem culpa sua...
Mas era realmente o que eu pensava. Culpa minha!
Gabriel> Ta certo. Mas eu não queria magoá-la... nem a você...
Ele me virou com cadeira e tudo pra ele... olhou nos meus olhos...
Guilherme> Você só me magoa se me deixar viu... seu bobo. E se me deixar... tenho muita pena de sua pele garoto... porque não há local na terra que possa se esconder de mim.
Eu sorri. Nem há local na terra que eu quisesse me esconder. Fomos dormir cedo. Eu estava exausto e o Gui também. Antes de deitar ainda liguei pra mainha e ela tava conversando com... com o médico? Nossa parece que ele era bem atencioso, não saía de lá! Mas em fim, desejei boa noite e fui deitar... o Gui se deitou comigo de conchinha e ficou cheirando meu pescoço, não fizemos amor, porque realmente eu estava exausto, embora o Gui estivesse... adormeci. Acordei com o Gui mordendo minhas costas. Meu bumbum... me mordendo todo... sorri... era delicia ele fazendo aquilo..
Gabriel> Gui para! (falei com voz de sono)...
Guilherme> Eu sei meu pequeno, eu sei... não temos tempo... mas adoro te acordar assim viu!
Gabriel> Mas Gui.. ai Gui! para... (ri, ele tava mordendo forte minha bunda) ai dói!
Ele riu alto.
Guilherme> Quero acordar todo dia assim do teu lado meu bebê... (e me abraçou e me beijou muito)... mas precisamos correr... (riu) parece que sempre acordamos sem tempo pra nada e temos que correr né?
Nos levantamos e corremos pra tomar um banho rápido... cheio de carícias e tesão. Saímos, o Gui me enxugou e trocamos de roupa. Saímos pra cozinha...
Guilherme> Vamos tomar café bebê. Por isso não dava tempo de fazer amor... mas de tarde você não me escapa viu...
Sorri... eu tava planejando algo, que seria arriscado... mas acho que ele iria adorar... sorri meio maquiavélico... estava tão Jú naquele dia... Fiz o café da mãe bem rápido... e comemos mais rápido ainda... eu já era craque em fazer café da manha assim, com aquela rapidez... fiz o café preto em si, pão com queijo aquecido... torradas com orégano e tomate e azeite e fiz uma calda pra o bobo...
Guilherme> Não sei como consegue... (ele comeu a torrada e fez hummm!) mas eu tirei na loto!
Sorri... comemos quase tudo e fomos pra escola... Quando saímos do apartamento eu vi algo que me assustou... tinha um cara careca sentado na esquina do prédio... ele tava fumando um cigarro e quando o jipe do Gui saiu do estacionamento que eh subterrâneo eu olhei de lado e meus olhos se fixaram diretamente nos dele... senti um calafrio. O Gui entrou na pista e o olhar do careca seguiu o carro... e eu olhei o tempo todo... quando chegamos na esquina o sinal estava fechado e eu olhei pra trás. Ele estava ao celular, passando a rua e indo pra uma praça que tem ali em frente.
Guilherme> O que foi?
Suspirei... será que eu deveria contar?
Guilherme> Biel? O que foi que você ta olhando tanto pra traz?
Suspirei... prometi a ele que contaria... em fim...
Gabriel> Gui é o seguinte. Agora quando saímos do estacionamento na esquina tinha um cara careca fumando um cigarro e ele me olhou nos olhos... daí você entrou na pista e ele seguiu com o olhar nosso carro... daí quando chegamos aqui (parei) Gui o sinal abriu!
Ele olhou e acelerou o carro...
Guilherme> Continua...
Gabriel> Bom, quando olho pra trás ele não ta mais na esquina... está atravessando a rua e falando ao celular...
O Gui ficou calado... pensativo.
Gabriel> Gui o que foi? Está preocupado?
Ele me olhou e sorriu... mas foi um sorriso tenso, eu percebi!
Guilherme> Não foi nada pequeno... estou bem...
Mas o olhar que ele fazia e o cenho franzido diziam o contrário. Ele correu até a escola... mas seu olhar era sempre voltado ao que se passava do lado de fora... ele estava muito atento a tudo. Sabia que ele procurava algo... pensei comigo... poxa o Gui estava exposto ao perigo por minha causa... fiquei triste e com raiva... que coisa chata... Chegamos a escola e o Gui entrou até o estacionamento da academia...
Guilherme> Hoje pela manhã ficarei aqui na academia certo?
Gabriel> Porque Gui?
Guilherme> Primeiro eu tenho umas reuniões com o pessoal do colégio... mas é coisa rápida... e depois eu quero ficar perto de você.
Gabriel> Gui não precisa...
Guilherme> Desce do carro moleque... vai... desce logo... senão vai se atrasar...
Que saco ele sempre faz o que dá na telha e não me deixa fazer o que dá na minha telha... Desci e bati a porta com força, rezando pra que quebrasse o vidro. Ou vi ele gritar...
Guilherme> Gabriel, venha aqui!
Suspirei... dei meia volta e fui até a janela do carro onde ele ainda estava sentado.
Gabriel> Que é? (impertinente)
Ele segurou meu rosto e me deu um beijo forte, rápido mas forte.
Guilherme> Só pra acalmar meu gatinho selvagem...
O riso dele me deixou com mais raiva... sai fumaçando dali...
Guilherme> Meio dia gato do mato! Meio dia! (gritou)...
Quando entrei na sala de aula não via a Jú! Onde estaria aquela Mané? Me sentei no meu local e dois colegas vieram falar comigo... estávamos combinado sobre o campeonato que seria naquele fim se semana e eu tinha esquecido... principalmente do patrocínio... poxa... mas é que foi duro aquela semana... mas tudo bem, ainda tínhamos tempo, poderíamos fazer uns adesivos e colar na camiseta... estava fazendo os planos quando a Jú entrou com o Danilo que não o Danilo mal, mas o Danilo capitão do time...
Jú> Bom dia colegas hoje, futuros concorrentes no vetiba!
Sorri...
Jú> Gabi precisamos confabular viu... temos que agitar este fim de semana...
Gabriel> E só tem hoje, amanhã e sexta... três dias Jú!
Ela se sentou ao meu lado e começamos a programar como seria a torcida... quando o professor chegou e começou a aula... foi rápida, graças a Deus porque ai iríamos combinar o jogo...
Jú> O Bruno vai também... você vai levar o Gui (falou quase sussurrando)...
Gabriel> Não sei se ele vai se interessar com o futebol de guris...
Jú> Mas você vai tá lá né? Ele tem que ir por você!
Bom, não sei... fico com medo de um fora... dele dizer que não tem interesse em ir... suspirei... será que deveria convidá-lo?
Gabriel> Jú você vai jogar pelo time feminino?
Jú> Claro! Claro que sim...
Gabriel> Ouvi dizer que vai se formar um time de volei! Acho que vou entrar! Começamos a treinar pro ano que vem!
Jú> Tú jogando vôlei! Ah sei! Quer entrar no lugar da Mary na seleção brasileira é?
Fechei a cara...
Jú> Tipo, só daria certo na seleção feminina... pois o Gui não ia gostar nadinha de você tomando banho coletivo com os meninos do volei...
Gabriel> Nada a ver... nada a ver viu...
Mas minha mente já trabalhava! O resto da aula passou rápido... muito rápido... eu fiquei impressionado. Quando estávamos todos juntado o material escolar eu vi dona Alba chegar na porta da sala de aula.
Dona Alba> Bom dia meus queridos.
Todos> Bom dia dona Alba!
Eu olhei pra o relógio... 11:40, ainda tinha tempo...
Dona Alba> Queria roubar só um tempinho de vocês, por favor se sentem... (nós que já estávamos em pé recolhendo o material nos sentamos) todos nós sabemos que este fim de semana começarão os jogos internos... bem, o time desta turma é bem famoso não só na escola como também nas demais instituições do Recife. (já sabíamos que éramos foda - risos)...
Jú> O que será que mainha tá querendo dizer?
Gabriel> Que estamos falidos sem dinheiro pra nada!
Dona Alba> Como todo time de futebol, seja pequeno ou grande, precisa-se de patrocino... e sabemos que com a saída do Danilo desta turma, o pai dele não renovou o patrocínio com vocês!
Todos falamos ao mesmo tempo lamentando...
Dona Alba> Mas eu quero lhes dizer que por isso nós não vamos parar... a própria escola vai entrar com um patrocínio...
Todos vibramos e gritamos... dona Alba bateu na mesa, pedindo que nos calássemos...
Dona Alba> Mas na realidade, ainda seria pouco, se não tivéssemos outro patrocinador. Quero dizer que hoje conseguimos mais um patrocínio... este nosso amigo aqui...
E para minha surpresa... grande surpresa por sinal... o Gui entra na sala de aula. Eu fiquei vermelhíssimo. Não acreditava... o Gui patrocinando? Eu olhei pra ele e ele tava com a cara fechada... estranhei...
Guilherme> Bom dia... bom gente... graças a Dona Alba eu soube que o time de vocês estava precisando de patrocínio pra os jogos escolares deste ano...
Tava começando a clarear o motivo da cara fechada dele...
Guilherme> A academia Atlantis tem o enorme prazer em patrocinar o time desta turma... (foi uma algazarra, todo mundo agradecendo) que bom que hoje eu tinha uma reunião com a diretoria e dona Alba me revelou esta necessidade desta turma...
Ele falou olhando diretamente pra mim... e realmente clareou... ele tava zangado porque eu não tinha pedido o patrocínio... mas é porque eu esqueci!
Guilherme> Bem obrigado pelos agradecimentos, mas agradeçam vencendo tudo (rimos, menos o Gui que continuava sério) procurem dona Alba que já está com ela o patrocínio... é só amigos. Nos vemos no sábado...
E todos foram agradecer a ele e iam saindo... eu fiquei por ultimo... cheguei perto...
Gabriel> Gui...
Guilherme> Vamos!
Ele falou e me pegou pelo braço e me levou quase arrastado pro carro... abriu a porta e me colocou lá... deu meia volta, entrou no lado dele... e me olhou...
Guilherme> Quando você vai aprender que tudo o que é meu é seu?
Eu fechei os olhos...
Gabriel> Me escute... por favor me escute... (ele ia falar e se calou) Gui eu esqueci... simplesmente esqueci! Foram todos os acontecimentos juntos... foi a confusão da expulsão do Danilo... o seu aniversario... mainha... a foto... tudo Gui... só vim me lembrar do time hoje pela manha... eu juro que ia te perguntar do patrocínio juro!
Eu estava suplicando. Mas do nada o Gui abre um sorriso enorme...
Guilherme> Eu sei! Só tava te aperreando, pra ver se o gato do mato vai embora e volta o coelhinho medroso...
EU NÃO ACREDITO! Ele rindo me deu um selinho e ligou o carro... eu estava tão estarrecido que não conseguia falar...
Guilherme> Viu caladinho como pai gosta!
Me subiu uma raiva que eu nem sei...
Gabriel> Gui como você é malvado! Tava com o coração na mão e você faz isso!
Ele ria muito...
Guilherme> Você saiu muito brabinho... tinha que acalmar minha ferinha linda.
Gabriel> E agora? Como eu tou? Hein?
Guilherme> Chocado, mas não brabinho como tava quando deixei...
Cruzei os braços e fechei a cara... aff que saco o Gui quando provoca ele é mestre.
Guilherme> Ia levar você pra almoçar no Porcão... mas... lembrei de um restaurante bem discreto... quero ficar aconchegado com meu gatinho lindo.
Não falei nada... fomos pro restaurante discreto do chato do Gui. Entramos e ele era lindo... todo marrom... madeira... e com toalhas nas mesas marfim... eu amei... mas não falei nada... tinha que continuar emburrado... Nos sentamos e o Gui fez o pedido. O Gui não tirava o sorriso do rosto... ele tava adorando me aborrecer... e eu tava na pilha né...
Guilherme> Biel você é tão lindo bravo... fica com as bochechas rosadas e os olhos com a pupila dilatada... é lindo meu amor...
Gabriel> Você é um chato! (falei e fiz bico)...
O Gui riu e continuou a torrar minha paciência... ainda bem que o almoço chegou e começamos a comer... quando estávamos praticamente terminando o almoço o Gui fala...
Guilherme> Acho a Jú e o Bruno muito divertidos... alias a Jú é muito danada... enlaçou o Bruno mesmo!
Gabriel> Ah a Jú é fogo...
Guilherme> Bem diferente do meu Biel...
Gabriel> Como assim diferente?
Guilherme> Ah meu lindo... tipo ela é toda atirada... provocante... você é doce... delicioso... tímido...
Gabriel> Quer dizer que eu sou tímido? Não te excito é?
Ele riu...
Guilherme> Seu bobo... fico excitado soh de olhar pra você! Mas você não é nada provocador... é deliciosamente tímido... o que me deixa louco... você nem combina nem saberia ser sex-apeal... (e riu alto)
E meu sangue ferveu... ele tinha que levar uma lição...
Gabriel> Vou ao banheiro...
E sai com o riso dele na mente... e um plano de vingança absurdo. Entrei no banheiro sem ar. Olhei meu rosto no espelho e vi ele todo ruborizado. Parecia um colegial. Lavei o rosto... e peguei a mão molhada e passei pelos cabelos... molhou um pouco, mas não muito... deu para fazer o efeito que eu queria... por alguns fios caindo pesados no meu rosto... abri dois botões de minha camisa... sai do banheiro e vi o Gui sentado todo esparramado... pernas abertas... e o braço descansado nas costas da cadeira. Respirei fundo... fui ao bar e pedi...
Gabriel> Um Martine por favor... com azeitona!
O barman preparou e eu pedi pra ele por na conta da mesa... e apontei a mesa. E pra lá me dirigi. O Gui estava de cabeça baixa olhando o celular e quando me viu franziu o cenho...
Guilherme> Bebendo Gabriel?
Eu me sentei impassível... tomei o Martine e tirei o palitinho com a azeitona... fiquei passando nos lábios...
Gabriel> A Jú, a provocante, com certeza beberia aqui...
Guilherme> Mas você vai trabalhar... (e ele parou)...
Eu estava chupando literalmente a azeitona... fiz bico e a pontinha da língua lambia a parte de baixo da azeitona... o peito do Gui começou a subir e descer... eu mordi a azeitona e mastiguei-a, meus olhos o tempo todo estavam fixos no dele... entao, peguei o Martini, passei o dedo na borda do copo e chupei...
Guilherme> Gabriel! (ele falou já com voz entrecortada e rouca)...
Então eu fiz... tomei todo o Martine de vez... que deu uma ruborização maior a minha pele... e entao, retirei o tênis e por baixo da mesa estiquei o pé e toquei bem na região do pau dele... que estava duro... ele se retesou todo... abriu a boca incrédulo... e então eu fechei os olhos, sorri e fiz movimentos pra cima e pra baixo... sentindo o pau dele quente pulsar sob meu pé... E ele então não aguentou... tirou uma nota da carteira e chamou o Garçon...
Guilherme> Pode ficar com o troco...
Se levantou... me pegou pelo braço e me conduziu pro carro... ele não falava nada, mas o volume dizia tudo... Entramos no carro e ele partiu com velocidade... eu olhava de relance e o pau dele estava duro demais, e de vez em quando ele apertava... seu rosto estava crispado e a respiração era absolutamente forte. E pra minha total surpresa o Gui dirigiu pra um MOTEL. O mais próximo do restaurante... entramos e ele baixou a porta... me tirou quase arrastado do carro... me jogou na cama enorme, redonda com o teto em espelho... e arrancou minha roupa rompendo alguns botões inclusive. E sem cerimônia... sem dizer uma única palavra, me devorou!
Eu tentava falar... dizer algo mas nada saía... era assustador, erótico e sensual ao mesmo tempo. O que era aquilo? Eu estava absolutamente entregue aos desejos extremos do Gui... ele me jogou com força na cama... e caiu em cima de mim... sem dizer uma única palavra ele arrancou minha roupa... tanto que dois botões voaram... puxou o cinto com violência... e abriu minha calça sem cerimônias, tirou dali com tanta força que sua unha passou pela minha coxa deixando um rastro vermelho... ele tirou a própria roupa com uma rapidez incrível... sua respiração era acelerada e difícil... ele subiu na cama todo pelado, com o pau muito grande, vermelho, pingando muito... todo intumescido pra cima... e seu olhar era de um desejo tão intenso que julguei que seria violentado... ele se baixou e me virou com violência de costas, rasgou minha cueca... na bunda, sem tirá-la... abriu sem carinho minha bunda e passou a língua avída numa fome tamanha que delirei de prazer... seu polegar forçou a entrada e senti arder bastante... ele enfiou o dedo sem carinho... com forme... sem intervalos... enfiou de vez o que me deixou com o corpo todo tremulo... eu tremia todo e gemi alto... então senti um tapa forte na bunda... e ele tirar o dedo e passar a cabeça do pau no orifício lambuzando... pra depois enfiar outro dedo... já lubrificado... e puxar com violência esse dedo e enfiar outro... eu estava febril ele tentou dois dedos e senti lágrimas nos olhos... gemi... que tesão... entao sem esperar o Gui gemeu e tirou os dedos e enfiou a cabeça do pau...senti uma enorme dor e a ardência tomar uma proporção quase insuportável... senti ele dar apenas três estocadas... a primeira entrou a cabeça, a segunda deslizou o pau até o meio e a tercerira senti o saco bater na minha bunda... chorei de dor e prazer... e então ele começou a me fuder com violência... o Gui se deitou totalmente em cima de mim e subia a bunda e descia pra fazer o pau entrar até o fundo em mim enquanto apenas grunhia ao meu ouvido... e me mordia todo...
O ombro as costas, a nuca, a orelha... enquanto fudia numa velocidade tamanha que a dor começou a ser quase enlouquecedora... deliciosa. Suas mãos seguravam meus braços esticados na cama e ele fudia como um reprodutor... então solta minhas mãos pega meu quadril e me puxa me deixando de quatro... e fode com tanta força que eu senti o liquido lubrificante dele aumentar e me aquecer por dentro... era tanto que parecia uma gozada... ele me fudia de quatro segurando a base de minha bunda com uma mão e a outra passava pelas minhas costas, pela minha coluna... e então do nada sou puxado pra ele e ambos de joelhos ele me fudia coladinho lambendo meu pescoço e me beijando com fúria tamanha que senti gosto de sangue na boca... ele gemeu forte e me puxou pra baixo... girando o corpo e ficando de costas... então me põem sentado em cima dele e com a mao no meu quadril me sobe e desce pelo seu pau até o saco, como se tivesse masturbando o próprio pau com minha bunda... sentia o pau tocar tão fundo que doía o final do reto... e então ele tira o pau todo de mim e me segura em cima... depois ele coloca na entradinha e enfia de vez... até o saco... sinto ele gemer demais... e rapidamente ele muda de posição e me coloca de lado com a perna esticada no corpo dele e ele encaixado na minha bunda... eu já estava quase desmaiando... mas ele não deu trégua... bombou com tanta força que eu senti que minha bunda estava absolutamente massacrada... e depois ele me põem de frango assado e sem nenhuma cerimônia fode mai forte que antes... enfiando o pau no fundo e tirando muito pouco... só uns poucos centímetros... fudendo dentro e me olhando nos olhos... com desejo volúpia... e então ele sai de dentro de mim... me levanta, se senta e faz eu sentar nele de frente, nossas pernas entrelaçadas e segurando minha cintura me fode tão forte que começo a gozar melando a cueca... e então ele treme todo o copo... e me abraça forte... e pela primeira vez ele me beija profundamente com carinho... e grita enlouquecidamente... Ele gozou...
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Mandei e-mail para a administração do site informando sobre o capítulo 28, mas até agora nada de resposta ou o conto funcionar. Postei ele no Romance gay.
O capítulo 28 está aqui: http://www.romancegay.com.br/jhoen_jhol/_repost_o_lutador_de_jiu_jitsu/_repost_o_lutador_de_jiu_jitsu_28