Gabriel> Desculpa Gui... me desculpa (falei ainda choramingando – o Guilherme era um homem incrível)...
Guilherme> Pare então de chora!
Eu parei... ele me sentou na cama e ficou em pé... eu enxugava os olhos como uma criança tola.
Gabriel> Parei Gui...
Guilherme> Agora me fala pra onde você fugiu... o que foi fazer... com quem... e porque foi parar em Jaboatão dos Guararapes?
Foi ai que meu coração gelou...
Gabriel> Bem... eu... (comecei a gaguejar...)
Guilherme> Melhor... como sei que não mente Biel, me conte tudo o que aconteceu... sem omitir nada. Quero saber tudo, desde o segundo que pôs os pés fora deste apartamento.
E ai, me desculpem a palavra, fudeu!
Gabriel> Gui... (fui falando lentamente) pode ser depois tou cansado... (fui me arrastando pela cama...) quero dormir... (fui engatinhado para debaixo do edredom... e sumi lá embaixo como se fosse um buraco de tatu...) depois te conto... (falei lá de baixo...)
E fiquei em silencio... ele apenas via um montezinho debaixo do edredom...
Guilherme> Gabriel A (e falou meu nome completo, mas rindo) saia ai debaixo ou vou lhe buscar...
O Gui só escutou um clique... e o ar-condicionado foi ligado... adoro controle remoto. Guilherme> Gabriel! (seu tom era ameaçador)...
E então ele escutou apenas uma simulação minha de ronco... E o silencio reinou... Comecei a ficar preocupado... o que ele tava fazendo... eu não escutei nenhuma porta se abrir... nenhum som de pegadas se distanciando. Nada... apenas o silencio... será que ele tava preparando um... bote? Comecei a simular outro ronco, mais fraquinho e menos consistente...
Que se transformou em um grito... de desespero...
Gabriel> Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
Simplesmente o Gui me puxou pela perna com força que eu fui parar nos pés dele ao pé da cama... cobri meu rosto com as mãos tremulas...
Guilherme> Agora seu moleque me conte... me conte!
Gabriel> Pobre de mim... indefeso... nem dormir posso mais... O Gui riu...
Guilherme> Gabriel... (falou ameaçador) vamos me conte... AGORA! (Suspirei... ele ia me matar... mas infelizmente tinha que contar.)
Gabriel> Promete não gritar... promete não quebrar mais nada... promete não me matar? Ele me puxou e me pôs frente a frente... me segurou pelos cotovelos e eu bambeando...
Guilherme> Firma o braço... (eu tava caio não caio) firma o braço Biel!
Firmei.. deu uma dor no tríceps... mas aguentei... fiquei cara a cara com o Gui... só não olhava pra ele, pois minhas mãos ainda estavam no rosto.
Guilherme> Agora me fale...
Gabriel> Me solte que falo...
Guilherme> Fale Gabriel! (ele falou bravo)
Eu pus a língua por fora das mãos juntas... e ele caiu na gargalhada e me soltou... cai na cama...
Guilherme> Só você mesmo...
E ele nem sabia que eu tava fazendo aquilo tudo pra ele não brigar comigo... Tirei as mãos do rosto e vermelho falei...
Gabriel> Prometa que não vai brigar... discutir... gritar... quebrar nada... daí eu conto. Aliás prometa que ficará caladinho sem dizer nada... absolutamente nada... só ouvindo como um bom ouvinte.
Ele cruzou os braços...
Guilherme> Vou te dar uma surra. Sei que os motivos chegarão... Tremi... ele era bem capaz mesmo de me bater...
Gabriel> Promete Gui...
Guilherme> Prometo escutar. Prometo escutar! (repetiu pausadamente) mas se for pra levar uma surra... hoje eu sei que é o dia...
É não tive como evitar... suspirei...
Gabriel> Ta, mas se bater... bate no bumbum... que tem pano pra manga!
Guilherme> Pano pra manga?
Gabriel> É... tem gordura pra queimar... Ele riu alto e falou...
Guilherme> Ta vou lembrar disso... mas agora fala... vamos... Suspirei... era agora... ou nunca...
Cogitei correr pro banheiro... mas, cedo ou tarde, teria que sair pra comer. Se tivesse pelo menos perto da dispensa...
Guilherme> Gabriel... (ele falou ameaçador)...
Percebi que ele derrubaria qualquer porta pra me pegar se eu fugisse... decidi não fugir...
Gabriel> Ta bom... olha Gui primeiro se acalme... e deixa eu falar... (respirei fundo) quando eu disse pra você procurar o DJ não foi planejado, foi acidental e oportuno pra mim...
Os olhos dele se apertaram... daí eu percebi que ele não tinha entendido que eu planejei tirar ele de casa... poxa! Piorei a situação!
Gabriel> Fica frio... EU TOU FALANDO QUE NÃO PLANEJEI A SUA SAIDA DE CASA... APENAS FOI OPORTUNO!
Ele cruzou os braços e eu vi os nós dos dedos por baixo dos antebraços ficarem brancos... achei melhor pular pra Maria...
Gabriel> Daí eu pedi pra Maria sair e ir comprar algo no mercado... e esta sim Gui... eu planejei ela sair pra me deixar sozinho pra que eu pudesse sair... se alguém que deve esta zangado é a Maria que eu enganei... não você...
Guilherme> Gabriel (falou em tom de ameaça que eu tremi)...
Gabriel> Tá bom... tá bom... (suspirei) mas não custava tentar né? (olhei pra ele em pé e era mais assustador) Gui não melhor se sentar... não quer?
Falei sorrindo, tentando conquistar mais a confiança... ele só grunhiu... achei melhor continuar.
Gabriel> Bom, seguinte... daí sai pra o centro antigo, pra aquelas ruas que tem fantasia pra vender...
Guilherme> E essa fuga toda foi por causa da droga da fantasia que você quer usar no aniversário da insana da Juliana!
Eu olhou de olhos apertados pra ele...
Gabriel> Sem interferências por favor... ou não conto mais...
O Gui me olhou nos olhos e eu achei melhor continuar... não podia demorar com aquele homem...
Gabriel> Quando cheguei ao centro eu não encontrei nada que pudesse simplesmente ser uma fantasia decente... ah, antes você me ligou e eu atendi no shopping Boa Vista.
Guilherme> Já estava no mundo e nem me avisou Gabriel? Eu olhei pra ele e pisquei várias vezes...
Gabriel> Prosseguindo... (falei apressadamente) eu não encontrei nenhuma, mas nenhuma fantasia legal... sabia que Recife está com carência de lojas de fantasia? (o Gui com cara de exasperado - continuei) tá... então eu já tava desistindo e numa loja encontrei uma senhora que me deu a dica de uma mulher (e pensei no Major que eu havia conhecido– mulher?) e ela costura pro pessoal do Mirabilândia... e faz aquelas fantasias incríveis de monstro... e sabe até o maquiador e tudo... daí eu enlouqueci e corri pra ver se eu conseguia convencer essa senho... mulh... ah a Dona Narzinha a fazer a minha fantasia em 5 dias no máximo... daí peguei o endereço dela... e fui pegar o ônibus... ai... (e parei... nossa lembrei da perseguição e do quase assalto)
Olhei desconfiado pro Gui... mas este era uma água com olhos aguçados prestes a predar o coelho atrapalhado... eu!
Guilherme> O que aconteceu quando pegou o maldito ônibus?
Eu não podia escapar... olhei pra o banheiro e certamente não queria ficar trancado com fome... e resolvei contar tudo de uma vez... a parte do quase assalto. Vai que ele não entende direito...
Gabriel> Eu pensei que tava sendo seguido por dois malandros... percebi... corri pela estrada ao encontro do ônibus.. Fiz o motorista parar... e eu entrei no ônibus e eles entraram... foram pra onde eu estava e eu pedi a parada... me esgueirei entre eles tentando desvencilhar das mãos bobas... combinei com o motorista que não saísse... desci... Eles me seguiram... eu dei a volta no ônibus... subi novamente no ônibus... e eles ficaram no meio da rua sem entender onde eu estava e o motorista deu partida e seguiu em frente.
E o silencio foi mortal.
Gabriel> Gui fala alguma coisa... (os olhos dele eram tão negros que eu podia sentir me fundo em minha alma) ou me bate logo (falei tentando amenizar a situação com medo)...
Guilherme> Deixa ver se entendi... você foi seguido por dois malandros... (a voz do Gui era controlada) apalpado por eles dentro do ônibus (agora era carregada de raiva) saiu do ônibus... tentou enganar dois malandros... correu risco de vida... PUTA QUE PARIU GABRIEL... PUTA QUE PARIU...
E ele veio pra cima de mim...
Guilherme> Só me diz uma coisa (ele vociferava) o que dá em você pra se meter em tanta encrenca em menos de 24 horas... todos os dias de nossas vidas?
Eu não sabia responder aquela pergunta.
Gabriel> Gui eu não sei... não sei (meus olhos se encheram novamente de lágrimas)... O Gui suspirou forte e se sentou na cama...
Guilherme> Sei que sabe o que vou dizer mas vou repetir só pra extravasar a raiva que estou sentindo e a vontade de te dividir em dois... Recife é a cidade mais perigosa do Brasil... a mais perigosa... o que passa nessa cabeça quando comete loucura em? O que moleque... me diz... o que? Droga!
Gabriel> Eu sei... sei tudo isso. Mas sou... sou... impulsivo... me perdoa Gui... me perdoa!
Ele se levantou exasperado e bateu a mão na parede... parecia que haveria um terremoto não distante...
Guilherme> Não é questão de perdoar... não é! (ele enfatizou) é questão de você se expor ao risco de forma desnecessária, mesmo sabendo que tem gente querendo te fazer mal... seja a Marcela, seja o Danilo, seja o infeliz do teu vizinho... seja uma gague de carecas... muita gente porra! Muita gente te fazendo mal... fora propensão natural pra catástrofe que tens... ou seja, independente de todos eles... naturalmente você se mete em encrenca.
Eu sabia que ele tava certo. Foi ai que eu disse...
Gabriel> Se você tivesse ido comigo resolver isso como eu pedi, não teria acontecido...
E ele me olhou de forma medonha e eu vi que fui longe demais.
Gabriel> Desculpe... realmente me desculpe. Fui insensível. E errado. Eu não deveria ter feito o que fiz... e me pus em risco e preocupei você... mas queria que entendesse que é importante pra mim este aniversario e o que ele representa entre mim e a Jú. Não é de hoje Gui... não é... é desde que somos pequenos... desde criança... existe essa única disputa entre eu e ela... de que quando fossemos pra uma festa a fantasia, qual seria a melhor fantasia... e eu queria vencer. Queria não quero... e sei que desagradei você... Maria... mainha quando souber... e todos que me amam e me protegem... até de mim mesmo... mas eu não consegui resistir... não consegui Gui. é mais forte que eu... é como uma toxina que me impulsiona a fazer as coisas sem pensar. Eu estava inebriado... sem medir a razão. Sei que passei por perigos. Mas todos nós vivemos em perigo todo dia. Você viu o que nos aconteceu dentro de casa. Você viu...
Guilherme> É, mas aquilo foi planejado pelo Hugo... (interrompi)...
Gabriel> Sim, sim... claro... provavelmente, ainda não sabemos. Mas, embora planejado por ele... é natural acontecer esse tipo de violência... estávamos em casa... zona de conforto e proteção... (ele andava de um canto a outro) olha eu entendo mesmo o que você diz Gui e até concordo. Mas se eu nunca mais poder sair à rua, serei um pássaro preso em uma gaiola de ouro. E que semi-vida seria essa?
Ele parou e me olhou profundamente...
Guilherme> É assim que se sente? Um pássaro preso?
Não não era... mas estava se encaminhando pra ser...
Gabriel> Não Gui não me sinto assim. Mas se radicalizarmos é o que seremos. Eu e você. Dois pássaros presos.
Ele veio ao meu encontro e me abraçou...
Guilherme> Não quero sentir que você sofre ao meu lado.
Gabriel> Eu não sofro Gui. não mesmo...
Guilherme> Mas eu preciso te proteger. Preciso Gabriel. Você é tudo o que tenho. Não tenho irmãos... nem pai, nem mãe... não tenho nada. Só tenho você. E você tem essa mania de se meter em encrencas... de se machucar... eu morro só de pensar o mal sendo feito a você...
Gabriel> Mas precisamos lidar com a vida Gui... e eu preciso sair quando precisar sem pensar que morrerei na próxima esquina...
Ele me beijou forte... profundo... sem reservas... depois me soltou e me olhou...
Guilherme> Não estou preparado pra abrir a gaiola... mas prometo te acompanhar pra onde quiser ir. Sempre...
E chegou onde eu queria...
Gabriel> Quero ir na casa de dona Narzinha depois de amanhã... Ele me olhou sério...
Guilherme> Cai feito um patinho não é?
Eita que meu Gui tava esperto em... antes ele demorava pra perceber... Gabriel> Não Gui... apenas você quer meu bem... só isso...
E sorri verdadeiro. Ele me abraçou forte... nossa, o abraço do Gui transmite tanta coisa... sinto-me tão protegido... tão forte quando ele faz isso. Sinto que nada na vida pode me atingir.
Gabriel> Gui sempre que você me abraça assim eu sinto que fico mais forte... e que posso enfrentar tudo...
Guilherme> Como assim enfrentar tudo?
Gabriel> Tipo, se vier alguém e disser: “vou bater no lorinho...” (fiz simulação de voz grossa) eu olho pro carinha de dois metros de altura e digo... “coitado... vem que solto meu pit bull”...
Guilherme> Quer dizer que eu que vou me lascar com o cara de voz de batata de dois metros de altura né?
Eu sorri... o Gui fez a voz também...
Gabriel> Claro! Quem disse a pouco que era o marido... rum.... Rimos e ele me abraçou mais...
Guilherme> Biel se você não tivesse se restabelecendo ia fazer amor agora contigo... olha como tou...
Eu nem precisava olhar, porque já tinha sentido há uns 15 minutos... Gabriel> Mas Gui... eu posso... (fui interrompido)...
Guilherme> Gabriel você teve uma concussão... não serei eu que levarei você pra o hospital por causa de uma foda...
Olhei assustado pra ele... e ele percebeu...
Guilherme> Desculpe amor... não tou falando que é uma foda em si... (ele me beijou a testa) desculpe usei a palavra errada... desculpe.
Eu simplesmente sorri amarelo. Realmente fiquei chocado com o que ele disse...
Guilherme> Amor não fica assim! Olha, eu não falei neste sentido sexual... falei apenas uma gíria pra resumir o “fazer amor”... me desculpa... é que as vezes eu esqueço que tens 16 anos.
Gabriel> Quase 17 senhor Guilherme boca suja... Ele riu...
Guilherme> Boca suja? Poxa amor... (e ele fez um bico tão lindo que me emocionei... ele tava me imitando... ou o Gui é tudo que amo).
Gabriel> Ou Gui, para... vamos pra cozinha que a Maria deve ta subindo pelas paredes...
Guilherme> Não! Você vai descansar... deite que quando for jantar eu te acordo... você tem que descansar Gabriel...
Gabriel> Mas...
Guilherme> Sem mais... deita nessa cama... eu ainda tou afim de te bater... Obedeci rapidinho... não queria sentir o peso do braço do Gui.
Ele me deixou deitado... agora sem precisar ta debaixo de nenhum edredom... e contrariando minhas previsões... eu adormeci instantaneamente. Quando acordei estava totalmente desorientado... tinha vaga lembrança de onde estava... acho que na cama do Gui... sim era a cama dele... senti o cheiro inconfundível... Gui tem cheiro de madeira... muito bom...Me espreguicei e fui ao banheiro... eu tava com o rosto todo inchado... não sei se foi do choro ou do sono. Em fim... lavei-o e sai pra sala... o Gui tava rindo com alguém... andei um pouco mais e reconheci a voz de mainha...Quando aproximo ela me olha e vem séria...
Mãe> Vou te dar uma surra seu moleque!
Eu corri pra trás do Gui que apenas ria feliz... não divertido... mas feliz por ela querer me bater...
Gabriel> Oxe por que? Ele tentava me pegar...
Mãe> Por que? Por que? Gabriel eu vou te dar uma grande surra pra aprender a deixar de ser tão teimoso...
Ela tentava me pegar e eu esquivando-me
Guilherme> Eu bem que quis dar uma surra, mas ele me dobra fácil...
Mãe> Mas ele não me dobra! (eu escapei pra perto de Maria e a abracei) Você está de castigo. Está ouvindo? DE CASTIGO!
Eu odiava os castigos de mainha... sempre eram super rigorosos e muito, mas muito criativos.
Nossa eu ia me ferrar... quantos dias tem este castigo? Jesus! E a festa da Jú?
Gabriel> Tipo assim... quantos dias tem este castigo? Qual a natureza dele... será que posso ter um abatimento na pena... ou pagar condicional... sei lá...
O Gui riu...
Mãe> Não venha com gracinha que eu não estou boa! Tempo indeterminado... eu mesma que direi quando acaba... não deverá sair de casa que não seja pra o colégio... só poderá sair acompanhado de mim ou do Guilherme... nada da louca da Juliana... só sai até o por do sol... sem luz do dia.... o bico fica dentro de casa... tá ouvindo?
Eu quase chorava... mas tinha que ficar quieto... pois tinha 4 dias pra convencer mainha de que eu tinha que sair do castigo. Se lembrasse a ela do niver da Jú ela seria perversa e não deixaria de cara!
Gabriel> Tá bom.
O Gui me olhou assustado... ele deve ter pensado... esse moleque ta tramando algo... aceitar pacificamente sem discussão não é da natureza do Gabriel...Ele pensou isso, eu sei, mas foi mainha quem falou...
Mãe> Gabriel o que tá tramando? Aceitou muito rápido!
Guilherme> Tambem acho... (ele não completou pois meu olhar fulminou ele...Depois que o Gui ficou quietinho eu falei...)
Gabriel> Nada mainha... só sei que o que eu fiz foi errado... pedi desculpas e perdão pro Gui... e realmente fiquei triste por ter causado preocupação a todos...
Maria> Certo, mas vamos mudar o assunto... o pobrezinho do Biel já passou por bocados hoje né... vamos jantar que assim todo mundo fica feliz...
Mãe> Já vi que esse ai já tem você nas mãos... olhe uma coisa... não deixe ele te influenciar viu Maria... ele consegue tudo o que quer... quando ele te pedir algo não olhe nos olhos dele... ele tem um poder de hipnotizar com os olhos azuis... fuja dos olhos... não olhe... ele é como a medusa... olhar fatal...
Gabriel> Mãe! Francamente! Riram, claro, de mim...
Maria serviu o jantar e eu comi muito... tava morrendo de fome... chega me doía a barriga... e ela fez tanta coisa gostosa que eu não sabia o que comer primeiro... o Gui apenas me via comer e ficava de boca aberta...
Guilherme> Onde fica o tanque?
Gabriel> Que tanque?
Mãe> Pra armazenar essa comida... meio que... estoque pra o inverno...
Eu nem ri da gracinha e ia comentar com ironia, mas a situação de castigo poderia perdurar até o ano novo e isso não era bom negócio... peguei um pedaço de lombo que a Maria fez e engoli sem falar nada...
Guilherme> Nossa!
Eu sabia que aquele NOSSA era pra mim! Ele deveria tá muito impressionado... e senti que mais tarde eu seria interrogado!
Gabriel> É impossível não gostar desta comida maravilhosa... por isso como muito...
Tentei amenizar a situação pra o Gui não ficar tão encucado... mainha não sair totalmente por cima.... e de quebra, levantar a bola da Maria, única aliada naquele momento... eita que eu deveria jogar xadrez!
Guilherme> Olha eu queria dizer que você deve ter passado por algum processo de exorcismo naquele quarto... pois está muito bonzinho...
Mãe> Também acho... mas eu acho mesmo que ele tá é me escondendo algo... ele não me engana.
Suspirei frio... a divulgação da festa da Ju tava por um fio... Foi quando o interfone tocou e eu ouvi algo muito pior...
Maria> Pois não? Quem? Ah sim... claro pode deixar subir... A Maria pôs no gancho...
Maria> A Juliana e o Bruno estão subindo...
Meu coração parou... parou não... ele saiu correndo pela minha boca e foi cortar os cabos do elevador...Eu só não fiquei mais branco porque era impossível já que eu sou a cor que definiu o branco, segundo Gui...Minha fome cessou... e eu apenas esperava o momento em que o elevador se abrisse e a Ju dissesse: “oi meus amores... preparados e contando regressivamente pra meu ANIVERSARIOOOOOO?”
Mãe> A Ju deve ter vindo fazer a visita ao ligeirinho...
Guilherme> Ligeirinho?
Mãe> Sim... o fujão ligeirinho ai...
Eu nem ia retrucar, mas estava tenso e falei sem pensar...
Gabriel> Arriba arriba andale andale yeehah...
E o elevador se abriu...
Jú> Olá meus fãs... preparados para... Iiiiiiiii! Lascou!
E eu a interrompi... antes da tragédia!
Gabriel> Juuuuuuu! Que bom que veio... tava sendo massacrado por mainha... (e me levantei e fui ao encontro dela no meio do caminho entre a copa e a sala de visitas)...
Falei ao seu ouvido quando a abracei...
Gabriel> Pelo amor de Deus não fala do teu aniversário pra mainha... tou de castigo... se ela sabe eu não vou...
O olhar que eu tive da Juliana foi tipo: se lascou pois eu vou infernizar sua vida guri... Jú> Terá um preço querido amigo...
E sorrindo maliciosamente... se desvencilhou de mim e foi pra mesa... meu coração precisava de um marcapasso... abracei o Bruno sem entusiasmo...
Bruno> Diz ai figurinha... tudo legal?
Gabriel> Só saberei quando mainha sair daqui sem saber do niver da Jú... não fala tá! Bruno> Mas por que?
Gabriel> Depois eu explico, apenas não comenta tá?
Ele deu de ombros... e fomos pra mesa... e a Jú estava sentada no meu lugar, comendo no meu prato... O MEU LOMBO... TOMANDO MEU SUCO... MEU SUCO...MEEEEUUUUUUUUU. Fechei os olhos... respirei fundo... seria uma noite terrível!
Jú> Que foi piu-piu? Acho que viu a gatinha aqui né?
Precisava fazer ioga... serio... iria fazer amanhã mesmo! Era revoltante olhar pra Juliana comer no MEU PRATO... MEU LOMBO... DO LADO DE MEUUUUUU MARIDOOOOOOOOO. Mas engoli a seco... e como diria a Juliana... TOU TÃO BOM!
Gabriel> Jú se quiser eu pego um prato pra você comer... (falei entre os dentes mas sorrindo engasgado)
Jú> Ué? Ta esquecido do que me falou ao pé do ouvido? Eu gelei!
Gabriel> claro que não... mas parece que foi você que esqueceu (falei com a voz engasgada)
Jú> Eeeeeeeeeeeeu? Não... você esqueceu que me disse que... (interrompi)
Gabriel> JULIANA!
Jú> Não adianta Gabriel... eu vou dizer que você é um danadinho enganador... (eu certamente iria sofrer um ataque cardíaco) você sussurra sorrateiramente em meu ouvido dizendo que... (e fez um suspense onde 5 pares de olhos estavam voltados pra ela) não queria mais jantar e que eu podeira jantar no seu prato! E agora vem querer me tirar desse lombo divino!
Eu fiquei mudo!
E não era pra menos era um golpe baixo... rasteiro daquela ratazana danada da Jú... Maria> Poxa seu Gabriel... não gostou de meu lombo foi? (falou magoada)
A forma como a Jú falou era para a pobre da Maria pensar que a Jú tava me salvando do suplicio de comer a comida dela...
Gabriel> Não não! Não é isso! (olhei bravo pra Jú... contudo não podia dizer que e Jú tava fazendo aquilo porque eu não poderia reclamar e ela tava fazendo um favor pra mim...)
Poxa agora iria me enrolar com a Maria...
Maria> Então porque disse no ouvido da Ju que não queria mais comer?
Maria tinha cara de que estava tão tristinha... que me cortou o coração... mas o problema maior não era esse... pois agora os 5 pares de olhos estavam voltados pra mim... somente com uma alteração... os olhos malvados da Juliana se divertindo com minha situação...Eu estava mudo... completamente mudo... sem reação... olhei suplicante por Gui e este apertou os lábios... acho que ele entendeu o meu desespero... pois logo em seguida...
Guilherme> Não é isso MARIA... (ele enfatizou o nome da Maria) esse guri comeu demais agora... você não viu? E ele tem que comer menos por recomendações médicas...
Senti vontade de pular no pescoço do Gui e matar ele de beijos...
Gabriel> Isso, isso! (o que realmente não era mentira... o que me deixou mais eufórico ainda)
A Jú olhou fulminante pro Gui...
Guilherme> Mas eu acho que você tem que comer pelo menos a sobremesa meu piu-piu! Falou sorrindo... tinha esquecido que ele ama esse apelido...
Bruno> Eu mesmo quero comer muito, tou morrendo de fome... vim da casa da Jú e não tinha nem uma pitomba... (e estancou pois o beliscão que a Jú deu no pobre Bruno fez com que ele ficasse mudo da dor)
Maria> Pode comer filho... um homem grande como você e o seu Guilherme tem que comer muito mesmo. Coma... o Bielzinho mesmo come feito um leão e é assim... magrinho...
Mãe> O metabolismo do Gabriel sempre foi acelerado...
Gabriel> Graças a Deus...
Guilherme> E ao DNA perfeito de meu pequeno... vem cá...
Eu fui, pois ainda estava em pé morrendo de medo das palavras da Jú. O Gui me sentou no colo dele...
Maria> Deixa que pego uma cadeira...
Guilherme> Não! Não... ele senta no meu colo mesmo...
Aquilo poderia não dar certo... pois eu já sentia alguma vida lá nas regiões subterrâneas...
Jú> Biel pra onde você foi hoje à tarde? Todo mundo ficou taaaao preocupado... até eu... fiquei!
Ela comia meu lombo... mordia MEU LOMBO... Gabriel> Fui...
Mãe> Para o centro... sozinho... de ônibus...doente...
Gabriel> Não estou doente...
Mãe> Não! Tens razão, está de castigo...
Jú> Já sei que foi longe em... e nem me chamou... fico pensando o motivo dessa ida! Será que não era pra eu saber o PORQUÊ?
Ela falava lambendo meu garfo... e ao mesmo tampo eu sentia o Guilherme ficar bem mais volumoso embaixo... Cristo! Que sufoco!
Gabriel> Não preciso dar satisfação dos meus passos a você Jú... só a mainha... aiiiiiii (o Gui me deu um apertão) tá! E ao Guirrorista! (falei olhando bravo pra ele que pegou um pedaço do lombo e passou com o garfo na minha frente... quase encostando no meu nariz e pos na própria boca...)
Meu Deus... até quando suportarei aquela tortura? Alias... eu já tava sendo torturado também em outro nível... o sexual... o Gui tava tão grande que eu sentia como se tivesse sentado numa barra de ferro... e ele agora estava abrindo e fechando levemente as pernas...
Pra entender, estávamos na mesa grande... a de granito com pé de metal... e embora tenha 8 cadeiras, eu estava no colo do Gui... não dava pra os outros verem as pernas dele balançando... pois o granito cobria nossas cinturas... e o Gui estava sentado na cabeceira da mesa... contudo dava pra ver meu rosto absolutamente vermelho... tão vermelho que eu sentia um calor como se tivesse acendido uma chama em meu peito que subia pelo pescoço até as faces...
Mãe> Esse moleque ultimamente está tão desobediente...
Gabriel> Mãe! (falei alto... mais por causa da travada que o Gui deu na minha bunda...)
Mãe> Mãe o que? Você nos prega o maior susto e depois some assim Gabriel... (ela falou com o garfo apontado pra mim... se estivesse perto de mim poderia até enfiar o garfo que eu provavelmente nem sentiria, visto o fato de outra coisa esta tentando me espetar)...
Jú> Deixa uns três dias comigo que eu regulo ele...
Guilherme> Deus me livre de deixar meu Biel contigo... provavelmente voltaria com um piercing na língua... uma tatuagem no peito e uns três pregos na orelha,,,
Jú> Melhor dois pregos nos bicos dos peitos...
O Gui pegou sua mão direita e pôs na minha coxa... e começou a alisar... eu já estava tão excitado que se ele me tocasse lá provavelmente eu gozaria...
Bruno> Pobre do Gabe, Jú! Ia furar todas as camisas que vestisse...
A Jú bateu a palma da mão na testa... se eu não tivesse tão importunado com tudo eu teria rido do Bruno...
Maria> Alguém quer sobremesa...
Gabriel> Eeeeeu... (o aperto foi forte... senti minha bunda quase se abrir e parte do pau do Gui se encaixar entre as duas partes – ERA TUDO O QUE ELE QUERIA)... Queeer que eu te ajude a trazer... (falei quase esganiçado)...
Guilherme> Não pequeno (sua voz era também entrecortada e ele respirava forte) fica...a Maria traz... deixa eu curtir coladinho meu pequeno que ele me deu trabalho hoje e eu tou com saudades dele...
Mãe> Eita que esse meu cunhado é demais... esse moleque não ta merecendo esse carinho todo...
Jú> Cunhado?
Mãe> Como você diria... detalhes... detalhes...
O Gui agora estava roçando seu pau na minha bunda e eu temia que ele saísse pra fora do short que ele tava... o seu pau dele é enorme... e isso provavelmente aconteceria... o risco que corríamos era enorme... e o Gui tem muita lubrificação... muita mesmo... tipo... escorre continuamente... muito... que só de pensar na lubrificação dá vontade de lamber muito...
Jú> Não entendo nada... mas vamos deixar pra lá... coisas estranhas acontecem na vida... tipo, eu estava com um amigos meu... (o Bruno olhou pra ela feio) ele tinha 68 anos... quem tem histórico aqui de traidor não sou eu né...
O Bruno baixou a cabeça e eu tive pena... mesmo sendo bolinado descaradamente pelo Gui eu fui ao seu auxílio mudando de assunto...
Gabriel> O Inácio? Aquele... (interrompido)
Jú> Sim... o Inácio... tu lembra dele né... era um velhinho que cuidava do jardim lá de casa... daí o Inácio estava numa fazenda de um amigo dele cuidando do curral... fui se baixar pra pegar o arreio pra por num cavalo quando uma vaca veio e acertou as costas dele com uma cabeçada... coitado... esmagou os pulmões... o pobre passou 17 dias na UTI até morrer... e daí nasceu minha melhor máxima: PRA MORRER SÓ BOSTA ESTÁ VIVO!
Ficamos em silencio um pouco... eu já estava porque se eu falasse algo seria um gemido... forte de excitação e até de prazer...
Bruno> É basta ta vivo, não amor?
E pela segunda vez a Jú pôs a mão espalmada na testa...
Bruno> Não sabia que tinha sido você quem inventou essa frase... nossa é super famosa...
Realmente eu queria por a mão espalmada em minha testa também... mas o aparto que o Gui me deu deixou-me febril... tão febril que eu fiquei molinho e meio que cai com as costas no peito dele... Ele sussurrou no meu ouvido...
Guilherme> Poderia gozar só assim... acha que consigo gozar apenas te amassando?
Eu não raciocinava nada... não registrava nada... só queria cair na cama e pedir pro Gui me mamar até eu desmaiar... Ele me abraçou na cintura e eu senti mais ainda seu corpo colado ao meu... eu comecei a tremer de desejo...
Mãe> Jú eu me lembro desse senhor...
Jú> Gabi gostava muito dele... o Inácio dizia que o Gabriel era um lírio azul... você vai se vestir de lírio azul daqui a alguns dias Gabizinho?
Essa eu registrei... com pau ou sem pau... minha adrenalina foi a mil... a zona de perigo se intensificou...
Bruno> Como assim? Pra que se vestir...
Gabriel> A Jú ta ficando boboca da cabeça... depois da fase do pretume da vida dela... ela ta bem fraquinha das ideias...
Maria chegou com a sobremesa e graças a Deus... porque eu pude pegar o guardanapo e por no colo... pois tinha um volume ali que não seria ignorado se alguém chegasse perto de mim e do Gui.
Guilherme> Quero te morder todo meu amor... (sussurrava ao meu ouvido o que me arrepiava bastante...) se não tivesse ninguém aqui já tava todo enterrado nessa bunda gostosa...
Jú> O que tanto vocês cochicham aí?
Eu estava vermelho e o Gui apenas sorriu...
Guilherme> Segredo de casais...
Jú> Sabia que é feio cochichar na presença dos outros? A Jú tava incomodada?
Gabriel> Também é feio ouvir a conversa dos outros... ou pelo menos querer ouvir...
Ela apertou os olhos e eu me arrependi instantaneamente do que falei... pois o que veio depois foi o desencadear de uma série incrível de fatos sequenciados absolutamente impossíveis de se prever... E tudo conduzido pela Juliana...As coisas mais incríveis acontecem de forma mais simples. Sempre começa de forma simples. Sempre! As histórias mais complexas, quando são desnudadas de seu véu de complicações mostra-se uma cadeia de fatos que se desenrolam sequencialmente e vendo-os em separado, percebemos a simplicidade das coisa.
Foi realmente em cadeia que o desenrolar dos fatos aconteceu... Primeiro começou com a Juliana... sempre ela...Depois algo muito dolorido... Consequentemente, o Bruno se meteu numa encrenca daquelas... Mais uma dolorida descoberta...E por fim a escuridão total.
Juliana> Nada no mundo pode ser tão legal do que fazer os amigos viverem no limite... acho que eu vou fazer um reality show sobre tortura psicológica...
Mãe> De tortura psicológica o Gabriel entende bem... esse menino saiu do médico, enganou o Guilherme... enganou a Maria...
Temi até onde chegaria aquela história...
Gabriel> Mãe...
E o meu celular tocou... a Jú se levantou e correu pra atender...
O celular estava em cima da bancada da cozinha... ela pego-o... eu não podia me levantar...pois a situação de extrema complicação a qual me encontrava impedia de fazer algo assim... ou eu me levantava e arrancava da mão da Jú meu celular e expunha nossa situação pra lá de imoral... ou eu ficava quiete e esperava ela atender meu celular...Optei pela segunda opção...
Gabriel> Jú me passa por favor...
Jú> Alô? Quem? Gabriel? Ele ta ocupado... está cuidando de suas hemorroidas... Gabriel> JULIANA!
Minha indignação era simplesmente pelo falto dela ter dito aquilo a quem tava do outro lado ou dela ter percebido as peripécias do Gui?
Jú> Quem deseja falar com ele?
A Jú nem me olhava direito... muito menos se importava com o que eu havia falado... eu não podia me levantar e sair... de forma alguma...
Gabriel> Jú fica quieta... me passa o (e o que ela falou me deu um baque...)
Jú> Narzinha? Quem diabos é Narzinha (gente muitos quando passam por um sufoco sentem tudo escurecer... eu vejo tudo ficar muito branco... como uma luz intensa – Meu Deus!) quem é você? Parece que ta falando com um gato arranhando as cordas vocais... EU? QUERIDA EU SOU A MELHOR AMIGA DELE... E VOCÊ QUEM É?
E o fato 1 se consumou... pois o olhar de incredulidade da Jú... sua boca se abrir lentamente... e ela virar em câmera lenta pra mim fez com que simplesmente todo o ar em volta parecesse que sumiu... era o anteclimax.E eu estava completamente perdido! O que aconteceu em seguida simplesmente parecia uma brincadeira! A descoberta da Narzinha e de sua função foi o ponto de partida.
Simplesmente a Jú com muita, mas muita raiva jogou o celular em mim... o celular voou poeticamente sobre as cabeças, respectivamente, de mainha (de baixo pra cima perto da orelha), Maria (já acima da cabeça...), Bruno (que se levantava de forma desajeitada se esquivando do celular e correndo pra cima de mim) e por fim se espatifa no peito do Gui pois eu começo a cair pro lado no momento que o celular bate nele, posto que o Gui me empurra pro lado... um grito de dor é escutado... não foi o Gui fui eu... mas logo em seguida, segundo antes de cair não chão eu sinto uma sombra nos cobrir... uma enorme sombra que cai rapidamente sobre nós... e escuto outro grito de dor... e uma exclamação surpresa... antes deu cair no chão... do lado do Gui vejo o Bruno cair sobre ele... e sua Mao ser posta entres as pernas do Gui que geme de dor... pois toca mesmo no volume absolutamente enorme...
A última coisa que eu vi foi a cara surpresa do Bruno tocando o pau do Gui... pois logo em seguida todas as luzes da sala se apagaram. Os barulhos foram desconexos... totalmente desconexos... primeiro eu escutei um “que porra é isso?” depois o som de alguém cair...”cala boca seu idiota”... “Juliana você apagou a luz?”... “Não... até isso eu tenho culpa? O culpado por tudo é esse traidor do Gabriel” depois o som de alguma coisa quebrando e um “aaai” que julguei ter sido dito por Maria... “deve ter sido Blackout” um som surdo se fez... som de cadeira sendo arrastada... fiquei arrepiado com o som estridente que o piso fez com o atrito da cadeira... um prato se espatifou no chão próximo a mim... minha perna foi pisada e eu me encolhi... achei melhor tentar me levantar... “Fica ai Biel”... era o Gui e eu acho que foi ele quem pisou na minha perna... o consolo era que no escuro ninguém poderia ver nossas excitações... ou melhor... a do Gui porque aquele susto todo deu cabo na minha... dois talheres caíram no chão... eu escutei alguma coisa se aproximar de mim... tentei ver quem era, pois meus olhos já começavam a se acostumar com a escuridão... percebi o som de cortinas se afastando... vi a silhueta do Gui... ele abriu as cortinas... o som de um isqueiro sendo aceso e o fogo do fogão... olhei e vi que foi Maria quem acendeu o fogão... mas minha parca visão foi nublada pelas pernas da Jú que estava em minha frente com as mãos na cintura...
Jú> Seu trapaceiro! Eu o que?
O Gui chegou como um raio...
Guilherme> Trapaceiro? Do que acusa ele sua idiota... sabia que poderia ter acertado nele...
Eu me levantei... e fiquei entre eles...
Jú> Pena que não acertei...
Escutei um gemido de dor...
Bruno> Droga, acho que topei em algo... (e falou por trás do Gui) Juliana o que você fez não é brincadeira... poderia ter machucado o Gabriel... ele saiu do hospital a pouco... hoje mesmo...
Gabriel> Gente...
Jú> Saiu hoje... mas não impediu dele ir procurar uma expert em fantasias... seu traidor... traidor...
Guilherme> Ué... ele ta procurando uma fantasia pra o seu aniversário... sua invenção... sua disputa de ser melhor que isso e aquilo... sua disputa tola... SUA JULIANA... e ele não ta sendo trapaceiro... ele procurou apenas uma fantasia... você é louca?
Ela não respondeu...
Mãe> Ah então foi pra isso que ele saiu hoje... Pronto... adeus festa!
Neste instante todas as luzes se acenderam...
Mãe> Nada de festa! CASTIGO POR TEMPO INDETERMINADO!
Seu olhar era assassino... ME FERREI!
Gabriel> Mãe por favor...
Mãe> Não venha com... mãe por favor...
Jú> Ah não dona Julina... tudo bem que ele é um traidor... trapaceiro etc... mas ele tem que ir pra minha festa... DE QUEM EU IREI GANHAR?
Mãe> Não quero conversa (mas foi interrompida por um palavrão...)
Bruno> BUCETA!
Todos nos paramos estáticos e olhamos pra ele... ele tava de cabeça baixa e a levantou quando percebeu que todos ficaram em silencio...
Bruno> Annh?
Sorri pra o Bruno... coitadinho ele é muito atrapalhado. Mas foi quando percebi o porque do palavrão...O chão era puro sangue...
Gabriel> Bruno seu pé! Todos olharam...
Bruno> Pois é... eu acho que corte.... O Gui rapidamente foi ao auxílio...
Guilherme> Vem cá!
O Bruno meio que recuou dois passos... mas com um sorriso maroto... o Gui fuzilou ele com os olhos...
Bruno> Deixa que tou bem...
Será que o Bruno estava pensando no que ele a pouco pegou?
Guilherme> Senta aqui que vou ver o machucado... você pode ficar sem treinar seu tolo...
O Bruno recuou mais...
Bruno> Deixe que me sento sozinho... vai que o câmbio esteja ainda no automático...
O sorriso do Bruno era amplo e o dito confirmava minhas suspeitas... ELE TAVA DE ONDA COM O GUI... MESMO COM O PÉ CORTADO E SENTINDO, ACHO QUE DOR.
Guilherme> Cale sua boca seu idiota... (e Gui deu um cascudo no Bruno que deve ter doido muito – o pobrezinho fez cara de magoado e deixou o Gui sentar ele na cadeira... depois o Gui pegou o pé e avaliou... limpou com o guardanapo de mesa e viu...) o corte é pequeno... acho que foi no prato quebrado que você se cortou... mas como ficou descalço Bruno?
Ele ficou em silencio...
Guilherme> Bruno como você tirou o tênis?
Bruno> Eu só conto ao Gabi...
Guilherme> Bruno... (em tom ameaçador)
Eu fui ao auxílio...
Jú> Nada de contar nada... Bruno fique calado seu mané...
Não dei bolas pra Juliana... cheguei perto do Bruno...
Gabriel> Vem me conta... (ele sussurrou ao meu ouvido)...
Bruno> Eu estava fazendo o que você fazia com o Gui... só que com o pé na Jú!
E eu fiquei vermelho... absolutamente vermelho. Terminantemente envergonhado. O Gui percebeu... eu o olhei em desespero... como ficaria minha reputação agora junto ao Bruno?
Jú> E ai? Contou né fofoqueiro...
Mãe> Contou o que?
Maria esperta como ela falou...
Maria> Gente vamos cuidar do pe do Bruno né... (gritou)
Ela afastou todos do Bruno e já com uma maletinha de primeiros socorros foi limpando o corte que realmente era pequeno e superficial... Bruno ria e brincava com ela... enquanto isso eu olhei pra Jú.
Jú> Como pode fazer isso comigo Gabriel?
Era engraçado... eu estava apenas procurando uma fantasia pra mim... pra ir para a festa dela... e ela me acusa de traição... de trapaça! Francamente...
Gabriel> Francamente Juliana... você está absolutamente insana... maluca, e perversa... (falei bravo) quero um celular novo... NOVO! Quero de uma vez por todas que suas loucuras parem... eu apenas estou procurando uma droga de fantasia pra sua festa... SUA FESTA! Não estou trapaceando... coisa que faria se eu destruísse sua fantasia... se eu ficasse fuçando computador pra saber do que iria vestida... se eu ficasse fuçando seu celular... se ficasse investigando e EU NÃO ESTOU FAZENDO NADA DISSO. Nem sou traidor pois se fosse eu realmente não iria pra SUA FESTA... isso sim seria UMA TRAIÇAO... (eu falava entre os dentes)...
Jú> Você quer ganhar de mim no meu aniversário... isso é traição... e você contratou alguém pra fazer a fantasia... e isso é trapaça... mas eu vou ligar pra essa Narzinha da voz de boca de batata...
Eu desisto... desisto... olhei os pedaços de celular no chão. Peguei o local onde fica a bateria... depois olhei pra Jú...
Gabriel> Vai ligar pra ela é? Como? O meu celular ta todo desmontado ai no chão... e o número é nele.... e (mostrei o chip a ela) Gui me abre sua mão... (ele estendeu a palma da mão... eu coloquei o chip calmamente) fecha. (ele fechou) pronto... agora vem e toma dele o chip. Se conseguir pode ligar...
E dei as costas pra ela... que furiosa olhava pra mao de um Guilherme sorridente e incrivelmente protetor...
Guilherme> Se conseguir abrir eu te dou o braço junto com o chip... (o sorriso do Gui era de moleque travesso)
A Jú pegou as coisas dela e rumou pra o elevador e apertou no botão chamando-o... sem falar com ninguém... Maria fazia um curativo no Bruno... mainha olhava tudo curiosa e em silêncio... o Gui sorria empunhando uma mão fechada em punho... e eu fui seguindo pra cozinha...
Jú> Bruno vamos... te espero lá fora... (e me olhou) isso não ficará assim GABRIELA! O elevador se abriu e ela entrou.... mas antes de se fechar eu falei...
Gabriel> Pode vir quente que tou fervendo... JURURBU.. E o elevador se fechou ante o olhar terrível da Jú.
Passei por mainha e olhei pra ela...
Gabriel> Estar de castigo por tempo indeterminado eu posso até entender... mas queria então que a senhora entendesse o porquê de minha fuga hoje à tarde... o porquê está dentro daquele elevador... e eu acho que, embora não justificável minha saída... é pelo menos entendida antes o que a Juliana acabou de fazer. E sendo assim, acho que poderia ter um ter uma liberdade condicional no sábado... pelo menos para ir ao aniversário dela. Ou eu perderei essa maluca pra sempre mãe...
Mainha não disse nada... apenas olhou pra o elevador fechado. Depois de toda a tormenta veio a abonança... eu dormi com o Gui tentando se segurar pra não fazer amor... mainha dormiu no quarto de hospedes, pois nosso ap ainda estava sendo organizado pra nossa volta... devido ao assalto. A noite foi tranquila e eu falei pro Gui que eu fiquei muito orgulhoso dele... muito mesmo. Ele me defendeu mesmo sabendo que o transtorno que eu gerei pra ele foi por causa da danada da festa a fantasia. Consegui ligar pra Narzinha com o chip e um aparelho celular que o Gui me deu, é um da academia que ele fez um plano para os funcionários... eu apenas pus meu chip nele... falei com Narzinha que perguntou quem era a “racha” que atendeu meu celular... eu expliquei rapidamente que era a aniversariante e que ela não deveria saber qual era minha fantasia... conversei com ela que disse que iria querer fazer uma prova minha amanhã a noite... eu aceitei e olhei pro Gui... ele teria que ir comigo ou ela vir... pensei, mas ela falou que estaria em Recife que poderia ir em minha casa a noite... eu disse que “sem problema”... era até melhor pois o Gui surtaria com o “ambiente” que eu estive.
Depois dessa ligação o Gui disse que eu iria dormir... e ele ficou ainda me apertando... mas não fizemos amor... ele demorou a dormir pois eu o senti extremamente excitado... deveria ser difícil pra ele.. o Gui é um homem forte... e me deseja muito... eu também o desejo... mas, por recomendações médicas eu não podia me esforçar... e fazer amor com o Gui era um esforço quase que homérico! Eu adormeci com ele ao meu ouvido dizendo “amanha o bielzinho não me escapa”... “te pego amanhã bielzinho... te pego... te pego...”.
Era engraçado dormir com o Gui daquele jeito... ele parecia um meninão desejando um carro novo... ele me abraçava forte... e eu sentia o corpo dele todo colado ao meu. E sua excitação, principalmente... dormi e foi um sono tranquilo, paradoxo do dia complicado que tive. Cedo eu acordei e o Gui não queria que eu fosse pra aula... eu fiquei chateado, mas ele disse que eu não iria e pronto. Argumentei que ficaria reprovado aquele ano se continuasse a faltar tantas aulas... mas mainha entornou o caldo e disse que eu não iria e pronto... ela traria o material pra eu acompanhar... fiquei feliz pois quando ela diz aquilo, é porque ela certamente me traria o material do professor... TODO RESPONDIDO... EU APENAS ESTUDARIA... QUE MÁXIMO!
Todos saíram depois do café da manhã e eu fiquei com a Maria... o Gui me deu um selinho na frente de todos e eu fiquei envergonhado... ele sorriu de meu jeito e falou que se eu me comportasse iria me trazer um presente... claro que me comportaria! Fiquei ansioso... muito ansioso... Quanto mainha e ele saíram eu olhei pra Maria...
E ela estava com as CHAVES DO APARTAMENTO... No HALL de entrada tem uma porta corrediça que separa o HALL do apartamento em si... e ela me olhando nos olhos, foi lá e puxou a enorme porta... e PASSOU A CHAVE... Sorri. A Maria era o máximo... ela não falou nada... apenas andou da sala principal pra cozinha me olhando desafiadora... até senti vontade de fugir pulando a varanda... mesmo no 11º andar... (ri pensando), mas a promessa da surpresa do Gui me deixou mais quietinho... Fui pro quarto estudar... era a única coisa que poderia fazer naquele momento... recebi varias mensagens da Jú dizendo que a era negra havia começado... eu não liguei e nem respondi mensagem nenhuma... Comecei a estudar e vi o pc do Gui... era um apple... branco... ele tinha esquecido. Liguei pra ele...
Guilherme> Alôoooo! Diz meu pequeno fujão... ta quientinho em casa? Eu fiz voz manhosa... sempre faço sem perceber que tou fazendo...
Gabriel> Ou Gui... você sabe que eu estou... (ele sorriu do outro lado) tou ligando pra dizer que você deixou o seu note...
Guilherme> Deixei pra você estudar...
Gabriel> Ah sim... brigado... (sorri – o Gui pensa em tudo) mas tem senha?
Guilherme> Tem sim...
Gabriel> E como eu entrarei senhor Guilherme?
Guilherme> A senha é o amor da minha vida... BIEL. E desligou me deixando emocionado.
Liguei o note... e pus a senha... abriu... estava com o note do Gui... do meu amor... abri um arquivo do Word... eu ia fazer uma pauta... sempre faço pautas... mas quando fui abrir um arquivo em branco eu abri o último... E a frase inicial me deixou em choque! ESQUEMA DO ANIVERSARIO DO BIEL;
Estava com os planos do Gui pro meu aniversário! Meu Deus...O que faço? Não havia tentação... não havia mesmo... eu apenas vi o Título de um quadro bem estruturado, com vários pontos de horas... eventos e locais... o resto eu realmente fechei os olhos pra não ler mesmo sem querer...
Meu corpo estava quente... estava emocionado... muito. Mas não podia fazer aquilo com ele... não podia mesmo... coitado, Gui era uma pessoa que fazia tudo bem feito em sua vida... ele era meticuloso... organizado... correto com tudo. Mas quando se refere a ter ideias, a ser criativo, inventar coisas como uma festa... um aniversário... um presente surpresa... isso tudo era complicado pra ele... ele sofria desorientado... e ver que ele fez um quadro logístico, uma programação... NOSSA! Fechei o arquivo e o note.
Não eu não iria fuçar... eu não iria ler... NÃO! Quero ver a surpresa que ele fará sendo realmente uma surpresa. Eu fiquei muito feliz... verdade que o aniversário da Jú tinha feito com que eu esquecesse do meu... mas agora veio com tudo... com toda força. O meu aniversario era oito dias depois do da Jú... ou seja, estava em cima.
Maria> Gabriel o senhor que comer alguma coisa?
Eu havia acabado de almoçar... a Maria é mesmo super protetora...
Gabriel> Não Maria, obrigado.
Ela ficou olhando-me... eu deveria esta meio aéreo, olhando o infinito...
Maria> Você está bem?
Voltei-me pra ela e como se saísse de um transe falei...
Gabriel> Estou sim... (falei meio débil)...
Maria> É que você ta meio pensativo... Eu olhei melhor pra ela e falei...
Gabriel> Desculpe é que vi algo que me deixou pensativo... (depois perguntei a Maria) Maria me diz uma coisa... o Gui falou de meu aniversário pra você?
A Maria ficou branca! Se tivesse sangue no seu rosto estava numa região abissal, porque ela estava completamente pálida.
Maria> Tem algo no fogo, com licença (falou gaguejando e saiu muito apressada) Eu fiquei com a pulga atrás da orelha... que reação estranha!
O que será que o Gui faria? Meu Deus! Era algo tão estranho ao ponto de Maria me evitar... ficar apreensiva com a pergunta e sair de forma escusa? A tentação foi imensa... Maria me pôs um propulsor pra olhar... averiguar... DEUS EU NÃO POSSO!
Me levantei e desisti de estudar... se eu abrisse aquele computador eu com certeza iria olhar o arquivo... e EU NÃO PODIA...O celular que o Gui me deu pra por meu chip começou a tocar e fui pegar pra atender... tive um susto...
PAULO!Atendo ou não? O que ele queria comigo? Que estranho... depois do que houve...
Gabriel> Pois não?
Uma pessoa falou... mas a voz era um pouco estranha... não era a do Paulo... ou se era ele deveria ta muito gripado...
Paulo (supostamente)> Gabriel? Gabriel> Sim!
Era muito estranha a voz do Paulo... isso se era ele...
Paulo (supostamente)> Preciso lhe ver hoje...
Gabriel> Paulo eu não posso sair de casa... (suspirei) e fora o que já nos ocorreu, eu acho que não deveríamos nos ver... (interrompido).
Paulo (supostamente)> Gabriel anota o endereço... (ele falou como se não tivesse ouvido o que por ultimo falei) estarei lá te esperando (me falou o endereço)...
Gabriel> Paulo eu não posso ir... eu não posso... não quero...
Paulo (supostamente)> as 18:30, não se atrase.
E desligou...De repente bateu-me uma ansiedade. De forma alguma eu iria me encontrar com o Paulo, ou com quem quer que seja que ligou do telefone dele, se não era ele. Chega de loucuras em minha vida. O Gui não merecia que eu o preocupasse mais com meus atos impensados... impulsivos...Não daquela vez. O celular tornou a tocar... era
Narzinha! Gabriel> Alô?
Dona Narzinha> Gabriel? Tudo bem fofo? Olha quero fazer a prova hoje... como falei estarei em Recife e levarei pra seu apartamento.
Ela, ele... sei lá, rs, não parava de falar...
Gabriel> Certo. Eu estarei em casa o dia todo ok. Me liga quando estiver perto de vir aqui...
Dona Narzinha> Passa o endereço direito garoto.
Eu passei e depois Narzinha desligou. Fiquei imaginando a proposta de encontro com o Paulo... não... eu não podia... alias, não deveria...
Gabriel> De forma alguma irei cometer mais uma loucura esta semana... aliás, este mês, ano... ESTA VIDA!
Liguei pro Gui. Não queria importuná-lo... mas eu não iria esconder nada dele... nem que doesse em mim...
Guilherme> Oi meu confuseirozinho... Olha como ele me atende!
Gabriel> Não sou confuseiro Gui! (falei bravo – ele apenas ria no outro lado) onde você está?
Guilherme> Estou na academia da escola... aquela que você abandonou e não dá mais aula...
Ele tava pra me irritar mesmo!
Gabriel> EU NÃO ABANDONEI! (falei pausadamente e entre os dentes) O Gui só fazia rir do outro lado...
Guilherme> Eita... e ele é bravinho também...
Estava já ficando com raiva... não devia, mas eu estava já me descontrolando... apertava o celular forte.
Gabriel> Você ta me aperreando porque Gui? Tirou o dia pra isso foi?
Quando o Guilherme começa a aperrear ele não para... é algo absolutamente impossível de se explicar... parece que ele se diverte a valer mesmo.
Guilherme> Foi não pequeno... foi não... olha estou aqui organizando sua volta viu... todo mundo ta sentindo falta do massagista mais lindo do mundo... só que ele é meu... só meu...
Agora quem sorriu fui eu... o Gui é assim mesmo... todo bobo.
Gabriel> Gui é o seguinte. Me prometa que não vai ficar bravo... que vai escutar direitinho...
Repentino silencio do outro lado...
Gabriel> Gui apenas fique escutando sem ficar com raiva... nem bravo (ele me interrompeu)
Guilherme> O que aconteceu Gabriel?
Gabriel> Gui prometa (interrompido)
Guilherme> AGORA GABRIEL. O QUE VOCÊ FEZ (ele gritou ao celular)...
Era incrível a variação de humor dele... tem que ser feito ume estudo sério e psicológico nele...
Gabriel> Mas você não prometeu...
Guilherme> GABRIEL! (falou brevíssimo) Suspirei...
Gabriel> Ta eu conto... que coisa... você é um chato... um grandessíssimo CHA-TO (falei também bravo)
Escutei sua respiração profunda... era melhor eu não facilitar...
Gabriel> Recebi uma ligação que aparentemente era do celular do Paulo. (o Gui bufou de raiva do outro lado – eu tentei ignorar e continuei) Alias era do celular dele... mas a voz era abafada, estranha... parecia com a dele... mas era estranho... não sei...
Guilherme> O que o infeliz queria?
Gabriel> Gui eu não sei se era ele... eu não...
Guilherme> O que ele disse porra?
Respirei fundo...
Gabriel> Ele falou que queria se encontrar comigo hoje, me passou o seguinte endereço (daí eu falei) as 18:30...
Ele ficou em silencio por uns minutos... eu já estava com o coração acelerado... quebrei o silencio...
Gabriel> Gui fala alguma coisa... (fui interrompido logo em seguida)
Guilherme> Escuta que eu só falarei uma vez... (ele falava comedido e irritado) eu quero que você desligue a porra desse seu celular. Tire o chip. Não saia de casa... Gabriel você não pode sair de casa em momento algum... ta me escutando não é? (ele falava muito bravo)
Gabriel> Sim... (respondi somente)
Guilherme> Me espere a todo custo... a todo custo... ok? Eu assenti.
Guilherme> Gabriel não faça tolices... eu não sei o que faria se você fosse pra esse local... eu acredito que realmente te daria uma surra sem precedentes...
Eu não iria... que coisa!
Gabriel> Gui se eu fosse eu não estaria ligando pra você agora não acha? Falei pretensioso.
Guilherme> Só estou avisando... ok. Desliga o celular... tira o chip e fica em CASA! Gabriel> Ta bom... ta bom. Vou fazer isso agora. Mais alguma coisa, lord?
O silencio que se fez do outro lado foi mordaz.
Guilherme> Gabriel não brinca com tua sorte que eu tou no limite.
E desligou o celular sem nem ao menos se despedir.Suspirei. Foi até menos estressante que o normal a reação dele.Desliguei o celular... tirei o chip. Em seguida escuto o telefone do apartamento tocar... Maria atendeu...
Maria> Pois não? Ah seu Guilherme... ele ta lá no quarto. Certo... Gabriel? Eu fui até onde a Maria tava...
Maria> O Seu Guilherme... (e me entregou o celular)
Gabriel> Que foi FBI?
Guilherme> Num tou dizendo que merece umas palmadas mesmo! Acabei de ligar pro céu celular e que bom que você já o desligou. Tirou o chip não é?
Gabriel> Sim... tirei. Mais alguma coisa que o escravo branco deve fazer?
Guilherme> Ficar quieto em casa... chego um pouco atrasado hoje. Não sai de casa. Ta ouvindo... NÃO SAI DE CASA!
Gabriel> Mesmo que esta esteja incendiando?
Guilherme> GABRIEL (falou ameaçador naquela voz rouca que ele tem) Eu sorri...
Gabriel> Ta bom... ta bom... fico quietinho que nem um filhote... só por favor compra uma coleira pra mim ok... ai você amarra no pé da caminha... (falei contendo o riso)
E desliguei o telefone sem me despedir... se eu ia ficar em casa iria provocar ele ao extremo. Maria me olhou com o canto dos olhos...
Maria> Você é um diabinho em... coitado do seu Guilherme...
Gabriel> Coitado de mim Maria... de MIM!
E sai pro quarto... tinha que estudar mesmo... ia estudar pelos livros. A tarde foi toda produtiva... toda. Estudei tudo o que precisava... e realmente me concentrei. Coisa que ultimamente não me ocorria. Maria tinha vindo me deixar um lanche no meio da tarde e eu estava tão concentrado que mal o comi. Percebi que era umas 6:30 quando bateram na porta...
Maria> Gabriel venha jantar.
Eu olhei o relógio e fiquei assustado.
Gabriel> Já são 6 e meia?
Maria> Sim. São.
Gabriel> E o Gui, ainda não chegou?
Maria> Ele ligou e disse que vai se atrasar por uma hora mas era pra você comer...
Não queria comer sem o Gui, mas fazer o que... ele MANDOU E EU ESTAVA OBEDECENDO CEGAMENTE FEITO UM ROBOZINHO...Me levantei e fui comer... era já a hora marcada para o suposto encontro com o Paulo... sorri. Ele deveria ter ligado muito mas o chip.... foi ai que lembrei da Narzinha... ela, ou ele, sei lá, ia me ligar pra vir provar a roupa... me DESESPEREI...EU TIREI A DROOOOOGA DO CHIIIIIIIIIIIIIIIPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP. Desesperado peguei o telefone fixo e liguei pro Gui... Ele atendeu...
Guilherme> Diga...
O som era de muita gente falando... Gabriel> Gui onde você ta?
Guilherme> Estou resolvendo algo... o que foi Biel?
Gabriel> Eu tirei o chip do celular e a costureira/reiro... sei lá... ficou de ligar pra mim... pra vir aqui... pra provar a roupa (eu estava descontrolado...) o que eu faço?
Guilherme> ESPERE EU CHEGAR... JÁ DISSE!
E desligou em minha cara... me deu uma raiva enorme... uma vontade de socar o Gui em cala lugarzinho daquele rosto... segundos depois o telefone toca...
Gabriel> Alô? (irritado)
Guilherme> Não ligue a porra do celular...
Gabriel> Que saco Gui... então ligue pra ela...
Guilherme> Não vou ligar pra ela de forma alguma...
Gabriel> Se não ligar EU PONHO O CHIP.
Guilherme> GABRIEL! (rosnado)
Gabriel> Vou ligar o celular e pôr o chip... vou ligar agora... vou ligar... AGORA!
Ele praguejou e falou um palavrão horroroso... eu não me dei por vencido e falei sem parar que iria ligar o celular... daí ele me interrompeu...
Guilherme> Qual a porra do número!
Eu passei o número e feliz, percebi que havia dobrado o Gui... Ele disse que iria ligar e que marcaria pra Narzinha ir pra o apartamento... isso se estivesse ainda em Recife. Desligou o celular dizendo que eu estava impossível e que ele tinha o remédio adequado para essa impulsividade.
Cerca de uns 25 minutos depois eu escuto o elevador se abrir... e a cena mais inusitada que eu poderia presenciar na vida aconteceu... o Gui encabuladíssimo ao lado de um travesti de quase dois metros de altura...
Dona Narzinha> Oi fofo... cheguei... que luxo seu apê hein? Só não fui com a cara do troglodita que você mandou me buscar... que macho mais saco você tem fofo... TÔ TÃO BOA COM ELE!
Jesus... o Gui e a Narzinha... o que aquilo iria dar? Eu estava absolutamente confuso... como assim? NARZINHA TRAVESTIDA? MAS NÃO ERA UM MAJOR? Ela não era um sapatão? Como é que aparece com peruca loira... batom... salto altíssimos... peito! (não me lembro de ter visto peitos nela/nele...) além de vestido curto preto... meia arrastão... e um perfume inconfundível... CUBA! Jesus... era um travesti... ou era uma mulher parecida com um travesti... porque quando eu vi na casa dela/dele eu pensei ser um rapaz... depois vi que era um sapatão... gente, NARZINHA É UMA MULHER VESTIDA DE HOMEM, OU UM HOMEM VESTIDO DE MULHER? QUAL O REAL SEXO DA NARZINHA? Eu estava absolutamente confuso... que loucura... MEU DEUS!
Dona Narzinha> Fofo me convide pra entrar...
O Gui entrou olhando-me de rabo de olho... encabuladíssimo... parecia um cão acuado...
Guilherme> Eu trouxe ele... ela... (falou confuso) bem... veio comigo pra provar... (ele já ia no meio da sala e voltou todo bravo) É O SEGUINTE SEU GABRIEL... NADA DE VESTIR VESTIDO DE MOCINHA PRA ESSA FANTASIA VIU... NADA DE VESTIR ROUPA DE MULHER... QUERO VER ESTA FANTASIA ANTES... TÁ ENTENDIDO...
Ele falava com o dedo apontado pra mim, mas de vez em quando olhava de rabo de olho pra Narzinha, todo desconfiado... depois do que disse, baixou a cabeça e saiu pro quarto... Tive vontade de beijar ele todo... foi a coisa mais linda... o jeito dele. Parecia um meninão desajeitado. Todo fofo. Mas com carinha de bravo que era a coisa mais linda do mundo. Queria dar um beijão nele... mas fazer o que... rs... não queria que o gigantão ou a gigantona, sei lá, visse nossa intimidade e ele ficasse cada vez mais encabulado.
Dona Narzinha> A primeira vez que eu vi o bofe... pensei... que animal deliciosos é esse meu amigo... e olha que eu sou sapa!
Pisquei várias vezes. Na realidade ele era um homem vestido de mulher... ou uma sapa vestida de mulher? Teoricamente daria no mesmo... mas...
Dona Narzinha> Mas logo em seguida meu bem... Jesus... ninguém merece... o bicho é só animal mesmo... do mato... grosso... troglodita... ninguém merece ele.
Gabriel> Ele é um doce...
Dona narzinha> Só se for de chocolate puro cacau... uns 99%. Amargo... E fez uma cara estranha... misto de trava e sapa.. eita. Que coisa...
Gabriel> Ele é maravilhoso... não venha dizer isso dele que eu não gosto (fiz cara de bravo)...
Dona Narzinha> Ah eu sou sincera... mas tudo bem... respeito sua cegueira... (foi entrando pelo apartamento) uma coisa eu digo.. tais bem hein... um apartamentinho deste em boa viagem é uma fortuna...
Gabriel> Minha maior fortuna está dentro do quarto de cara emburrada. Falei desafiador. Ela me olhou e sorriu...
Dona Narzinha> Não me enganei contigo... sabia que você era diferente... bem diferente...
Ela avançou e se sentou no sofá... estava muito diferente desde a ultima vez que a vi... fiquei imaginando se ela/ele fazia tipos... porque a primeira vez que vi esta uma lésbica de carteirinha. Agora se comportava como um travesti afetado.
Gabriel> Bom... e a fantasia? Ela olhou-me dos pés a cabeça...
Dona Narzinha> E não vai me oferecer nada? (me olhava com ar de incredulidade) venho num apartamento classe A desses, e não me serve nem água da torneira? Esses ricos de hoje só são ricos porque (e foi interrompida, pois...)
Neste momento a SANTA MARIA APARECE....
Maria> O quer que a senhora seja... aceita um refresco?
Narzinha olhou-a com uma sobrancelha levantada... a sobrancelha parecia da Edit Piaf... finíssima... e totalmente diferente da sobrancelha cabeluda do dia anterior. Maria deixou a bandeja no aparador próximo ao sofá que estávamos sentados... depois serviu um copo do suco com alguns biscoitos em uma bandeja... pôs do centro e falou...
Maria> Açúcar ou adoçante?
Narzinha passou a perna de forma teatral...
Dona Narzinha> Adoçante querida... estou de dieta...
Maria olhou-a como se dissesse... aonde? Mas ficou calada... eu pensei que Narzinha iria responder a provocação inicial de Maria... mas graças a Deus ela se limitou a olhar a bandeija cobiçosa...
Gabriel> Maria obrigado... eu quero um suco de limão...
Havia dois tipos de suco... vários biscoitos e bolachas... bolo, manja... era uma festa...
Dona Narzinha> Fofo... eu acho que vou vir todo dia provar esta fantasia...
Já tava querendo é que ela mostrasse logo o que trouxe aquele dia... ao invés de ficar falando dos dias que pretendia vir...
Gabriel> Narzinha você me disse ao telefone que precisava tirar outras medidas... quais?
Ela sorveu o suco e me olhando séria falou...
Dona Narzinha> Fofo antes disso quero dizer umas coisinhas... esses bolinhos estão deliciosos... quem foi a fada que os fez?
Maria> Fui eu?
Dona Narzinha> Ah então é bruxaria... (Maria a olhou seria) brincadeirinha... (e riu alto... )
Gabriel> Narzinha, sem querer ser chato, mas eu estou apreensivo quanto a fantasia... quero que tudo de certo.
Ela tomou mais um pouco do suco e eu tomei o meu até a metade. Não tinha fome, apenas curiosidade...
Dona Narzinha> Bem que o seu macho alfa falou pra mim que você era ansioso. Acredita que ele teve a petulância de falar que só estava me levando pra te ver porque você é teimoso... pois por ele eu nunca estaria tendo contato contigo? Assim ,ele disse na lata!
Suspirei... não queria de forma alguma aborrecer a costureira de minha fantasia... muito menos que ela interpretasse mal as reações do Gui... eu estava novamente em uma encruzilhada... sempre me ponho em enrascadas.
Gabriel> Ele só é muito protetor comigo.
Dona Narzinha> Só pode, fofo... com esse rosto e corpo, era pra ele nunca mais dormir na vida...
Eu estava ficando desconfortável com esta conversa toda... e meio que mal educado, insisti...
Gabriel> Certo, mas o que te trouxe um dia antes do combinado? O que tem que resolver com relação a fantasia que não podia esperar... ou você não podia resolver sozinha?
Ela suspirou... pôs o copo na bandeja e falou...
Dona Narzinha> Você terá que tirar a roupa fofo... não consigo ajustar a parte de baixo... sua bunda é enorme... quero medir sem nada... nem cueca...
E foi aí que escutei um trovão que deve ter rachado a parede...
Guilherme> NEM SOBRE MEU CADAVER!
O meu susto foi tão grande que eu derrubei o copo de suco, que se espatifou no chão fazendo um enorme estrondo. O Gui estava detrás de uma porta que separa, se quiser, as salas dos quartos. Ele veio andando sério... com passos firmes...
Guilherme> O Gabriel não vai ficar nu na frente de porra nenhuma...
O silencio foi mordal. O rosto do Gui era pura raiva. Os punhos fechados. Ele tinha trocado de roupa. Nem tomou banho, que é o que geralmente faz... apenas trocou a camisa e a bermuda. Ele tava de bermuda branca colada no corpo... não gostei... dava pra definir coisas que eu não queria que definisse...Narzinha sorveu com calma e cuidado o suco... provou um pedaço do bolo... e depois levantou lentamente o rosto em direção do Gui.
Dona Narzinha> Ele vai tirar essa roupa por dois motivos. Um... ele foi a minha casa me convencer a fazer uma fantasia complicada em apenas 4 dias. E eu aceitei. Coisa que só aceito com dois meses de antecedência. E segundo, a bunda dele é linda, enorme, dura, gostosa...
O Gui avançou dois passos... ele ia matar ela... eu me levantei e fiquei entre um e outro... não queria aquilo...
Gabriel> Gui calma...
Ele me puxou com uma mão me tirando da frente dele com facilidade...
Dona Narzainha> E embora reconheça tudo isso ... não me interessa essa bundona dele querido, porque eu sou sapatão. SAPA... GOSTO DE MULHER... MEU NEGÓCIO É COM MULHER... nem esse nabo que tens entre tuas pernas e que vejo ser GG me interessa... o que me interessa é... (interrompi)
Gabriel> TáaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA (gritei) entendi... o Gui entendeu...
O Gui recuou um pouco com aquele desabafo sem noção da doida da Narzinha que com certeza tinha um pé na família da Jú.
Guilherme> Mesmo assim não vai ficar pelado na sua frente não... de forma alguma...
Dona Narzinha> Fofo ele é fogo né... pois bem... se ele não pode mostrar essa bunda nota 10 dele pra mim.. então querido (ela se levantou) nada de fantasia!
Me desesperei...
Gabriel> Nãoooooooooooo! (me virei pro Gui) por favor Gui.. te imploro (meus olhos se encheram d’água.) juro que não acontece nada... te juro eu imploro... (e as lágrimas iam começar a cair em segundos) você fica do lado... olhando tudo... te imploro...
Ele me olhava bravo... Dona Narzinha se sentou toda indiferente...
Dona Narzinha> Não dá essa confiança ao bofe... se você for submisso assim meu querido... ele monta em você... e no mal sentido.
Ela começou a sorver novamente o suco... e comer mais bolinhos...
Dona Narzinha> Hummmmm... que bolinhos mais gostosos... crocantes por fora e macios por dentro... que delícia... (olhou pro Gui) tudo aqui é assim... durinho por fora e macio por dentro? (ela estava provocando ele demais... eu entendi o que ela quis dizer de duro por fora e mole por dentro)
O Gui me puxou pro lado...
Guilherme> Não quero que fique pelado na frente dessa coisa... (falou sussurrando entre os dentes)...
Dona Narzinha> Eu escutei... (falou de boca cheia)... coisa é o que tens entre as pernas...
Eu o puxei mais pra dentro do quarto...
Gabriel> Gui pelo amor de Deus... essa mulher... porque eu sei que ela é uma mulher... veio apenas provar minha roupa... e ela é MULHER... O QUE TEM UMA MULHER ME VER PELADO?
Guilherme> Eu não quero... eu simplesmente não quero...
Gabriel> Gui do que tem medo?
E aquela frase fez com que ele se calasse. Ele foi até a cômoda e pegou o diário dele. Aquele diário que ele escrevia tudo... e me mostrou...
Guilherme> Tenho medo de te perder... (ele prensou minha cabeça sobre suas mãos...) medo absurdo de que te toquem... que te vejam... Biel sou um tolo ciumento... imbecil... idiota... mas que te ama demais. ( e ele me mostrou no diário uma foto... me mostrou a foto da mãe dele)
Eu o abracei e o beijei profundamente. Depois tocando-lhe o rosto falei
Gabriel> Não irá me perder pra ninguém Gui.... ninguém. Muito menos pra uma MULHER TRAVESTIDA DE MULHER.
Ele sorriu de lado...
Guilherme> Mas eu estou inseguro... (ele me abraçou forte) guri você mexe comigo... eu fico sem chão... inseguro... sinto ciúmes até de tua mãe Biel. Você nunca percebeu?
Aquela era nova pra mim...
Gabriel> Não Gui. Nunca percebi. Mas olha, você possui algo mais do que todos... não é apenas o meu corpo. É minha mente. Meu coração. Ninguém tem isso. Só você.
Ele me abraçou e me beijou forte...
Dona Narzinha> Fofo... ou vai ou racha... ou você vem ou eu vou embora...
O Gui me largou e com raiva gritou...
Guilherme> Ele já vai Papangu! E ouvimos o rosnado...
Dona Narzinha> Papangú é seu cu querido...
Ela havia gritado que eu acho que até o ultimo andar do prédio escutou... se um avião tivesse passado por cima de nós até ele teria escutado.
Guilherme> Vou fazer uma plástica nos dentes dele... que tal colocá-los na nuca? Do lado de fora!
Gabriel> Gui!
Guilherme> Ou melhor... ela precisa dos dois braços pra costurar?
Gabriel> Guilherme! Que coisa!
Ele suspirou...
Guilherme> Poxa meu pequeno... não me agrada a ideia de alguém te ver pelado... isso me deixa sem sanidade... eu fico louco... Biel um dia estávamos na academia... no dia em que você foi ver a questão da comida da academia... que comeu na cantina... (eu assenti com a cabeça, afirmando que lembrava) seguinte, naquele dia eu fui ao vestiário verificar um armário que não abria para um aluno. Problemas no cadeado... daí eu me deparei com alguns alunos tomando banho... uns andaram pelados... isso pra mim é natural, pois convivo com isso desde que entrei no esporte... mas Biel, naquele dia... com você a poucos metros dali... eu pensei... e se meu Biel, como esses garotos aqui... tomasse um banho e andasse pelado? (ele suspirou) eles tava ali naturalmente sem roupa... e eu enlouqueci pensando que se fosse você... se fosse você andando sem roupa... Biel eu quebrei o cadeado com tanta raiva que tive...
Gabriel> Mas Gui, nestas situações isso é natural... embora eu nunca andasse pelado por um vestiário... é natural... lá não tem o cunho de sexualidade...
Guilherme> Eu sei amor... mas é algo mais forte que eu... eu quero ter essa imagem sua só pra mim...
Eu sabia.. e entendia... mesmo sem aceitar... mas entendia.
Guilherme> Vamos... mas se essa coisa tocar em você com qualquer intenção eu quebro a cara dela...
Sai do quarto com o coração na mão... também não estava com vontade de ficar pelado pra Narzinha... mas se ela precisa dessa medida, desta forma, pra fantasia dar certo. Eu simplesmente farei o possível... mesmo que seja necessário passar por cima de meu próprio pudor.
Gabriel> Ok dona Narzinha. Vamos para o quarto. Lá você pode medir-me. Ela se levantou com um sorriso desafiador.
Dona Narzinha> Você tem fibra hein... passou por cima do Neandertal! O Gui só bufou de raiva... mas não falou nada.
Gabriel> É só esta medida que tem que tirar? Não vou provar nada?
Dona Narzinha> Vai provar sim... mas antes tenho que medir sem nada... depois meço com a roupa já alinhavada que eu trouxe...
Seguimos para o quarto com o Gui em nossa cola...
Dona Narzinha> Pronto fofo. Tira a roupinha pra mim, tira... quero medir com a minha treninha sim...
O Gui rosnou...Gente não ia ser nada fácil! As coisas estavam esquentando... muito... olhei apreensivo pro Gui como se pedisse.... por favor aguentar firme... eu preciso da fantasia!E tirei a bermuda que eu estava...
Gabriel> Só de cueca acho que dá...
Eu estava com uma cueca branca... normalmente nesses casos inusitados agente esta com uma cueca furada...Graças a Deus que eu não estava com uma furada! Dona Narzinha> Fofo eu já disse... sem nadinha...
Guilherme> Francamente não entendo essa droga... não entendo mesmo!
Eu estava com uma camiseta curta e muito vermelho... apenas de cuecas boxer... Dona Narzinha> E essa mancha na coxa? Gente... você ta todo marcado...
Eu queria morrer... o Gui endureceu a cara...
Gabriel> Narzinha por favor, vamos acabar logo com isso...
Dona Narzinha> Gente você não tem pelo nenhum... nem nas pernas... aí Deus... parece as pernas de uma menina...
Eu fechei os olhos...
Guilherme> Quer começar a medir logo? Ele apontou o dedo ameaçador pra ela...
Dona Narzinha> O teu objeto de consumo não tirou a cueca! Como vou medir com a cueca? Tem que ser sem nada... SEM NADA!
Guilherme> Frescura tua... frescura!
Dona Narzinha> Frescura? Ah, isso é um saco... melhor você sair daqui e ir pra outra sala enquanto termino de medir ele... trabalhar sob estas condições...
Guilherme> Olha aqui sua... seu... SUA COISA... EU... Aquilo ia se transformar numa guerra... respirei fundo...
E tirei a cueca...Os dois instantaneamente pararam...Pus a mão na frente proteger o que completamente estava exposto...O Gui ficou absolutamente desconfortável. Ele se virou e passou a mão na cabeça. Fiquei triste repentinamente. Poxa. O que eu o estava fazendo passar por um caprixo. Por uma reles fantasia. Que triste. Ele estava passando por cima de seus traumas pra poder me agradar.Olhei serio para dona Narzinha...
Gabriel> Faça o favor de medir logo... (respirei fundo) E por favor, sem comentar nada. Acho que já estou por demais exposto.
Ela pegou a trena em sua bolsa e passou abaixo da cintura, em cima da pélvis... pela parte alta da bunda...O Gui ainda tava de costas... imagino a cara dele. Eu estava irritado também, vermelho... e triste... por ele...
Dona Narzinha> Fofo que bunda grande é esta... Jesus... cento e...
Gabriel> Sem comentários... sem comentários por favor!
Dona Narzinha> querido você depila não é? Não tem nem um pelinho aqui... Eu fechei os olhos...
Gabriel> Dona Narzinha por favor acabe logo com isso...
Ela tava medindo minha perna... a circunferência da coxa e as partes internas, o que me forçou a abrir as pernas e ficar numa posição absolutamente constrangedora...
Dona Narzinha> Jesus nenhum pelinho pra fazer um chá de cabelo! Só pele alvinha...e marcas... as marcas eu entendo... esse arroxeado só pode ser mordidas... acho que o garanhão te morde todo né...
Guilherme> PUTA QUE PARIU... (ele se virou) O QUE VOCÊ TÁ QUERENDO SUA IMBECIL? O QUE?
ELE PEGOU NO BRAÇO DELA E RETIROU DE PERTO DE MIM...Eu fiquei absolutamente em choque...
Guilherme> Acabou! Acabou... (Gui gritava) ele não tem pelos... ele não depila... e qual é a outra maldita curiosidade que você tem? Ah sim... mordo... chupo... todo dia... toda hora se possível... apenas porque ele é raro... raro... e por isso eu estou com ele sua idiota... por isso... porque ele é perfeito... perfeito... agora saia de meu quarto... de meu apartamento... SAIA!
Eu pus a cueca como um raio... depois a bermuda, enquanto isso, ela tentou soltar a mão do Gui, mas não conseguiu... era uma garra fechada.
Dona Narzinha> Eu estou calma. E já terminei as medidas. Agora pode me soltar por favor... acho que você deve ser lutador...
Guilherme> De jiu jitsu, mas isso não quer dizer que o fato deu quebrar sua cara vai ter nada a ver com minha arte. Tem a ver com sua petulância... idiotice...
Eu fui lá. Toquei a mão do Gui...
Gabriel> Vida... vida! (ele me olhou) acabou... já acabou... por favor...
Ele soltou Narzinha que tava com o pulso vermelho... Ela pôs a trena dentro da bolsa e se virou pra nós...
Dona Narzinha> Tenho muita pena de você que vive com um animal desses... mas querido quero te dizer uma coisa. Qualquer pessoa no mundo gostaria de ter você... qualquer... (e olhou pro Gui) por isso querido, você tem que realmente cuidar dele dessa forma que faz... marcação cerrada... vigia... e tudo mais, mas não pode esquecer que ele é uma criança. E algumas atitudes impensadas podem magoar esta criança... não esqueça. Ele é lindo. Não deixe que essa beleza sofra...
E saiu do quarto...
Dona Narzinha> Fofo amanhã tem a prova já com costura... não precisa me acompanhar eu me atenho com a empregada vamp!
O Gui foi até o banheiro... eu estava triste... ele deve ter sofrido muito em me ver pelado na frente dela... mesmo não tendo nada a ver com o cunho sexual... é apenas o fato de sua dor pessoal... e isso tudo por motivos bobos...Senti ser abraçado...
Guilherme> Perdoa meu amor. Perdoa. Eu não queria ser assim... ser tão possessivo. Sei que não tem nada a ver. Era apenas uma medida de roupa. Mas eu sou um idiota que te ama tanto que sente ciúmes de tudo. Me perdoa fazer você sofrer por minhas limitações...
Nossa! Queria chorar... ele me entendia... eu o entendia... era tão incrível. Eu me virei e o beijei no rosto... nos olhos... na boca... selinhos...
Gabriel> Gui me desculpa também fazer você passar por isso... por causa de minha insegurança...
Foi quando ouvimos uma batida na porta...
Maria> O despacho de macumba já saiu dizendo que retorna pela depois... e por favor... vocês são vítimas daquilo... parem de ser bobos... e venham lanchar...
Sorrimos... Maria tinha o dom de fazer sorri até nos momentos difíceis. O lanche foi divertido... o Gui ficou calado um bom tempo, me olhando... eu já imaginava o que significava aquele olhar todo... fazia um tempo que não fazíamos amor... uns dois ou três dias... e o Gui ele não aguenta nem 1 sem fazer amor, imagine 3.
Gabriel> Gui tou com sono... vamos dormir... Ele sorriu enigmático...
Guilherme> Ta Biel... vamos sim...
Só que eu tinha algo em mente... é difícil fazer amor com visita em casa... no caso Maria. Pois tínhamos que ser comedidos. Muito comedidos... e por isso eu tive uma idéia... não sei se era legal... se o Gui ia se descontrolar... mas eu queria fazer...
Gabriel> Gui eu vou na frente pra organizar a dormida... daqui a pouco você entra no quarto ok?
Me levantei antes mesmo dele abrir a boca pra responder...
Gabriel> Maria boa noite... obrigado por tudo... A beijei no rosto...
E fui pro quarto... antes de fechar a porta e a última coisa que eu escutei foi...
Guilherme> Ta!
Calculei apenas 3 minutos... pois o Gui é absolutamente impulsivo. Tinha que correr... peguei um caderno e comecei os bilhetinhos...
Tirei a camiseta, borrifei meu perfume... e pus em cima do abajur... o primeiro bilhete no chão, onde assim que ele abrisse a porte veria-o dobrado com o numeral 1 grande desenhado na frete... o bilhete dizia... # cheiro que você gosta sentir e que te leva a loucura ta no abajur – prove antes#... depois eu tirei a bermuda e abri a porta do guarda-roupas e coloquei a bermuda pendurada... dentro do bolso dela eu pus um CD... o segundo bilhete com o número 2 estava em cima da cama e nele escrevi: #vá a porta do armário... lá ta pendurado algo que você ama retirar... no bolso pegue algo e coloque a música 4, ela vai abafar os meu murmúrios de prazer... daí você pode provar o que quiser...#... depois fui até o som do home e abri o compartimento que coloca o CD e pus o bilhete 3. #retire sua roupa e deite-se na cama... puxe a coberta... prove a maciez do colchão...# . depois fui até a cama e embaixo da coberta eu pus o bilhete 4 e uma faixa de boxe do Gui, vermelha. No bilhete escrevi... #ponha a faixa no rosto... e vende seus olhos... prove a sensação de estar no escuro precisando de mim#
Escrevi tudo isso e aprontei tudinho. Corri pro banheiro apenas de cuecas... e esperei ele entrar... fiquei brechando pela fresta da porta. Quando a porta do quarto se abriu eu fechei a porta do banheiro... e aguardei. O que aconteceu em seguida foi algo muito, mas muito bom!Ouvi a porta ser fechada... e o barulho de papel sendo aberto... muito baixinho, mas a adrenalina estava a mil e parecia que se um alfinete caísse no chão eu ouviria. Depois escuto os passos do Gui se encaminharam pra o abajur... senti ele aspirar algo, provavelmente minha camisa... som de papel novamente ser aberto... e uma risada abafada... meu coração ia sair do peito...
Sigo tremendo muito os passos o Gui pelo quarto... vindo pra perto da porta do banheiro... ele para na porta do banheiro e percebo que ele toca na porta, pois seus dedos, sutilmente fazem barulho... mas ele não abre. Se encaminha para o armário que fica do lado da porta e pega. Esta range um pouco... e vejo que ele pega o CD que lá está... sabia que quando ele fosse para o HOME ligar e por o CD eu não o acompanharia mais no quarto... pelos seus passos. Ele abre a tampa do HOME que se abre pra cima... e provavelmente vê o terceiro bilhete... põem o CD e abre o bilhete... desta vez ele ri mais forte... o riso dele era divertido e feliz... a música invade o ambiente... I'm A Slave 4 U - Britney Spears...
Provavelmente ele está se encaminhando pra cama... provavelmente ele está tirando toda a sua roupa... provavelmente ele está totalmente excitado... muito excitado. Provavelmente ele esta puxando o cobertor da cama... provavelmente ele encontrou a faixa de boxe vermelha e o quarto bilhete... provavelmente ele está pondo a faixa e provavelmente ele esta deitando no pelado na cama com os olhos vendados. Provavelmente...A porta do banheiro se abre com um estrondo...
Guilherme> Não pensou que eu simplesmente iria ficar de olhos fechados na cama esperando você seu moleque delicioso... (e a voz dele morreu...)
Eu estava deitado no pequeno deque da banheira com a cueca meio retirada até a metade da bunda... de costas pra porta e com os olhos vendados com a faixa amarela de boxe também do Gui...
Gabriel> Na realidade eu não esperava por isso... sabia que viria aqui... as faixas vermelhas são pra você medir minha bunda... (e fazendo voz de manha) vem medir Gui... a bunda de teu bebê!
Ele andou pelo banheiro até mim... lentamente. A música envolvente me deixava mais excitado. E a perspectiva dele me pegar era mais ainda erótico... sensual... deliciosamente enlouquecedor...Sinto a respiração acelerada do Gui... quente... na base de minha coluna e eu tremo quando seus lábios me tocam... ele vem com os dentes mordendo as covinhas acima da bunda. Eu gemo muito... era torturante... ele vem arranhando minha bunda com os dentes dando mordias... depois com a boca ele prende a cueca parcialmente tirada e começa a rasgar ela... sinto um pouco de aperto pios ele rasga minha cueca e esta prende forte nas coxas... dando uma dor deliciosa... ele literalmente, com os dentes, rasga toda minha cueca me deixando pelado... gemo muito... então eu sinto sua língua entre minhas nádegas abrindo-a e tentando chegar no orifício ali... e eu grito de prazer... grito mesmo... a língua do Gui vai certo e penetra um pouco... sinto abrir mais... alargar com a língua mesmo... e se eu estivesse de pé com certeza cairia no chão...
Ainda com a língua dentro de minha bunda sinto ele por um dedo abaixo... entre o meu saco e a entrada que estava parcialmente violada por aquela língua sedenta... ele pressiona e eu percebo que um fluxo de esperma sobe no meu canal de meu pênis... um gozo se preparava...
Gui então, pressionando o dedo... fui subindo com ele até o encontro com a própria língua... e então ele retira a língua no mesmo instante que substitui pelo dedo... eu sinto um ardor magnífico... e meus testículos sobem vertiginosamente pra base do pênis... realmente poderia gozar rápido... mais que o normal... contudo, eu com certeza continuaria excitado, porque o dedo do Gui massageava minha próstata...
Guilherme> Eu te amo...
A voz dele era embargada e difícil... sua respiração era cadenciada... igual a música... Senti ele tirar o dedo de minha bunda e passar a língua como se lambesse um sorvete... bem devagar...
Guilherme> Gostoso...
Depois ele se levantou e cobriu-me totalmente. Sem encostar nada em mim... segurava-se, acredito, com os braços e pernas como se fizesse apoio. Eu sentia seu corpo quente acima do meu sem tocar-me. Não podia ver nada porque eu estava vendado... meu coração estava acelerado demais... demais mesmo. Senti pindos em minha bunda... pingos nem quentes nem gelados... apenas algo como um fio de mel tocar minha bunda...
Guilherme> Delica de bunda... tou pondo um azeite nela meu bebe!
NOSSA! O GUI TAVA TÃO EXCITADO QUE SEU LIQUIDO LUBRIFICANTE ESTAVA LAMBUZANDO MINHA BUNDA...
Eu sei que ele tem muito liquido lubrificante... algo ate assustador... mas ele nunca havia utilizado ele daquela forma...Quando senti tocar minha bunda.... eu quase me levanto e caio de boca em seu pau... precisei respirar muito fundo pra poder me controlar...
Guilherme> Vou mostrar agora o quanto esse cacete ta duro e proto pra fuder meu pequeno... vou te fuder muito meu amor...
E então senti ele cair em cima de mim... pôs o pau em cima de minha bunda entre uma nádega e outra e foi empurrando... de vez em quando escapava pros lados devido minha bunda ta toda lambuzada... ele reposicionava o pau entre a fenda e apertava... ele foi deslizando e o corpo do pau ficou entre as duas bandas da bunda... onde a veia grossa roçava mesmo na entrada...
Guilherme> Delicia... vou sarrar..
A letra da música representava tudo o que iria viver naquele momento. Seria o escravo do desejo do Gui... e amava ser o que ele bem quisesse que eu fosse... o que ele bem pretendesse ser... e o Gui queria me deixar delirante... suplicante por sexo... suplicante por ele...
Gabriel> Me penetra Gui! (eu gemia sentindo o corpo do pau pressionar meu orifício que deveria esta vermelho rubro com aquilo que ele fazia)...
Guilherme> Pede meu pequeno... pede teu macho dentro de você pede...
Eu sentia pingos escorreres pelas laterais... era a excitação dele... o saco enorme já estava tugido e comprimia-se com minha bunda... as mãos do Gui tremiam enquanto apertava cada parte de minha bunda de forma a chegar a doer... como que quisesse esmagar... numa selvageria... numa fome... numa vontade de me rasgar por completo... eu já estava completamente febril... febril por ele...
Guilherme> Pede Biel... implora por teu homem... implora...
Eu não aguentava mais... queria demais ele dentro de mim... sentir o pau dele forte dentro de mim... me arqueei mais... deixando meu peito tocar o deque da banheira... a bunda ficou pra cima e meu rosto deitado de lado... olhei pra ele... pequenas lágrimas saiam de meus olhos... abri a boca... e pus as mãos pra trás... apertei minha bunda e ficou as marcas do dedo...
Gabriel> Vem Gui... vem.... (supliquei)... Ele fechou os olhos e respirou fundo...
Guilherme> Demonizinho... tenho um demoniozinho em casa...
E então ele recuou muito... e senti o pau pesado ir descendo pelas bandas até o centro da bunda... e lá a cabeça vermelha começou a me invadir...E todo o meu corpo se arrepiou...
Guilherme> Caralhooooooooooo que apertado amorr... puta que pariu... (senti a cabeça entrar... e faltou-me ar... uma vertigem) que cú gostoso da porraa!
O Gui forçou a entrada e eu senti ele alargar-me muito... cada parte de mim se abrir para ele... sentir ele dentro de mim... seu nervo muito quente... viscoso... avançando... forte... impiedoso... como que se tomasse por lei o que lhe pertence... sem chance para os demais... apenas tomando com muita força o que lhe pertence... o que lhe é seu!
Doía muito, era enorme e muito grosso... mas cada parte dele dentro de mim me dava uma excitação e uma força extrema... sentir o Gui dentro de mim... embora a dor era simplesmente a melhor coisa que poderia acontecer. Sentir o Gui dentro de mim... sentir ele me penetrar... era como sentir-me parte dele... ser dele... somente dele...
Era como que uma anestesia quase... eu estava simplesmente anestesiado... a dor profunda... passa a ser apenas uma região dolorida... pra depois... quando ele grita e geme profundamente, anunciando que estava totalmente dentro de mim... e eu sinto o seu saco bater na bunda... percebo... que não doía... que apenas cada parte daquele membro massageava-me por dentro ao ponto de me fazer quase cair em gozo imediato... O Gui estava com o pau todo em mim... e ele então me cobriu.. grunhindo... como se ele próprio tivesse perdido o controle... e iniciasse como um animal enfurecido pelo feromônio, iniciasse sua volúpia e seu cio incontrolável... O Gui simplesmente se descontrolou... realmente ele se descontrolou!