Continuação...
-Vc não vai a lugar nenhum até me dizer o que houve e por que tá chorando. Ou vc acha que eu não sei que a Valéria brinca com seus sentimentos? -Disse Felipe bravo.
-O que acontece entre nós não é problema seu. -Fui ríspida. -Agora solta meu braço ou eu vou gritar.
Ele me olhou assustado, soltando meu braço e me deixando ir embora.
Eu saí correndo. Não olhava pra direção nenhuma. Eu não queria passar na Júlia, ela iria me interrogar, mas eu teria que passar.
Quando tava próximo da casa da Júlia, um carro preto de vidros escuros parou próximo a mim. Me assustei e quando o vidro baixou pude ver quem o dirigia.
-Então é vc a vadia que quer me roubar a Valéria? -Falou a bela loira que usava um óculos escuro.
-Eu... Não... Não tenho... Nada com... Ela... -Falei gaguejando.
-Olha aqui sua bruaca, eu acho bom vc parar de perseguir a minha namorada e nos deixar em paz. Senão, eu serei obrigada a usar de outros meios. -Falou a loira me mostrando uma adaga... -Tá me ouvindo? -Perguntou por fim.
Eu extremeci, antes de balançar a cabeça afirmativamente.
-Acho bom. -Disse saindo com seu carro.
Eu só pude chorar mais ainda... Não por a loira ter me ameaçado, mas sim por que eu não ficaria mais com Valéria por que ela não queria e não por aquela ameaça.
Quando cheguei na casa de Júlia, fui muito ríspida, evitando falar qualquer coisa e também chorar.
Saí rapidamente e quando cheguei em casa, descobri que mal conseguia abrir a porta por causa de meu pulso, fui direto pro chuveiro, eu não tinha muita força, mas consegui me lavar. Me sequei, e com muito esforço, coloquei a roupa de Valéria pra lavar e deitei, pelada mesmo. Chorei até adormecer.
Eu dormi tanto que perdi até as contas de quanto dormi. Só lembro de que sonhei com um par de olhos verdes e um sorriso safado... E acordei as oito da noite.
Me levantei devagar e fui pra cozinha arrumar algo pra comer. Tomei um nescal e um pão, o que pude preparar devido a dor nos pulsos.
Me sentei na sofá e liguei a TV... Nada de bom tava passando. Eu desliguei e subi novamente pro meu quarto, deitei na minha cama e coloquei os fones. Evanescence... My immortal... Essa música me tranquilizava, mas ao mesmo tempo me fazia chorar...
"Estou tão cansada de estar aqui
Suprimida por todos os meus medos infantis
E se você tem que ir
Eu desejo que você apenas vá
Porque sua presença ainda permanece aqui
E ela não me deixará sozinha
Essas feridas não vão cicatrizar
Essa dor é muito real
Há muita coisa que o tempo não pode apagar
Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos
E eu segurei sua mão por todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim
Você costumava me cativar
Com a sua luz ressonante
Agora sou limitada pela vida que você deixou para trás
Seu rosto assombra todos os meus sonhos que já foram agradáveis
Sua voz expulsou toda a sanidade em mim
Essas feridas não vão cicatrizar
Essa dor é tão real
Há muita coisa que o tempo não pode apagar
Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos
E eu segurei sua mão por todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim
Eu tentei tanto dizer à mim mesma que você se foi
Mas mesmo você ainda estando comigo
Eu estive sozinha todo esse tempo
Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos
E eu segurei sua mão por todos estes anos
Mas você ainda tem tudo de mim"
Essa letra... Ela diz muito... Pra mim, tudo tinha acabado. De agora em diante, eu teria um estilo de vida diferente.
Eu tava cansada de ser tão sonsa (embora não podesse mudar isso)...
Continua...
Comentem ;) isso me deixa superultramegahipermaxi Feliz :D
