Continuação...
Eu tava cansada de ser tão sonsa (embora não podesse mudar isso)...
Me levantei rapidamente. Eu tive uma ideia repentina.
Fui pro chuveiro, tomei banho de novo, me sequei, sequei os cabelos e fui até meu guarda roupas. Peguei as peças de peças mais loucas que tinha e me vesti. Me olhei no espelho.
-Haha... -Comecei a rir de mim mesma. Calca jeans preta, muito justa, sem muitos detalhes, uma blusa de manga larga vermelha, com os ombros de fora. -Mas tá faltando alguma coisa... -Eu falava comigo mesma.
Comecei a mexer no meu guarda roupas a procura de algo.
-Achei! -Vesti a peça e me olhei novamente. Agora sim!
Era um corpete preto de couro, com amarraçõs na parte de trás, que marcava minha cintura. Eu havia ganhado de Júlia assim que fiz 18 anos e nunca usei.
Olhei em minha sapateira e peguei de lá uma bota de couro, cano curto, de salto que ganhei de Giovana...
-Droga! -Falei olhando meu rosto abatido, com leves olheiras. Peguei uma maleta de maquiagem que eu tinha (Que ironia. Outro presente de Giovana) e comecei a me arrumar.
Primeiro um pó pra esconder as olheiras, depois uma sombra negra que realçava a cor de meus olhos, delineador, rímel e por fim, um batom vermelho com um brilho nada discreto. Eu estava olhando a maquiagem que acabara de fazer, quando olhei pro meu pescoço... Estava horrível...
Foi então que olhei dentro de uma gaveta da minha cômoda, a procura de algo que eu guardava lá.
-Aqui! -Falei tirando de lá o pequeno pedaço de renda preta e amarrando no pescoço. Isso me lembrou algo... Mas não perdi tempo pensando, peguei minha bolsa, meu celular e liguei pra um táxi, que não demorou a chegar.
-Pra onde vai senhora? -Perguntou o taxista.
-Pra uma danceteria nova que fica nesse endereço. -Passei a ele um papel.
A viagem foi rápida. Quando eu percebi já havíamos chegado. Eu paguei e desci, entrando. O lugar era uma boate alternativa.
Fui pro barzinho da boate e me sentei, olhando em volta.
-Oi... Vc tá sozinha? -Ouvi uma voz empolgada e me virei, dando de cara com uma criatura de cabelos verdes curtos, um pouco mais curto do lado esquerdo, calça não muito justa e cheia de bolsos e uma regata que deixava a mostra seu colo. Foi por esse detalhe que vi que era uma mulher...
-Oi... Sim... -Eu disse meio tímida.
-Bom, então parece que agora não tá mais... -Disse ela sentando ao meu lado. Eu apenas sorri. Que garota de atitude.
-E então? Eu nunca te vi por aqui... -me perguntou enquanto acendia um cigarro. -É a sua primeira vez? -Falou parecendo um duplo sentido.
-Ahn... É... Sim... -Respondi inebriada com a fumaça.
-Hum... Então tá... Seja bem vinda... É...?
-Helena... -Eu disse, quando percebi que ela queria saber meu nome.
-Ok Helena. Belo nome. Me chamo Manu... Vc quer beber o que? -Falou chamando o barman.
-Um suco de morango, por favor... -Falei tímida.
-Tráz aí um suco de morango e uma tequila. -Falou Manu ao atendente. Ela tinha um jeito esquisito, mas parecia ser boa pessoa.
Continua...
Por favor comentem. É importante pra mim...
