Olá pessoal como vão?
Bom, finalmente o Antônio encontrou o irmão, acho que agora não falta mais anda pra ele ser feliz né?
Já perguntei uma vez, mas como ninguém respondeuuuuuuu, vou perguntar de novo. Vocês querem cenas de sexo na história ou não fazem mais questão disso?
LuCaS✈✈, ele não vai morrer, pelo menos não nesse capítulo, kkk. E que em se tratando do Antônio ne, tem que ter uma certa dificuldade, ele não poderia simplesmente encontrar o irmão e ser feliz até o capitulo seguinte, rsrs. Obrigado pelo elogio.
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Martines, Ola, mas porque você acha que o Carlos adotou o Rodrigo? Não entendi o que você quis dizer sobre os olhos verdes? O Rodrigo sim tem olhos verdes. Mas porque não seria o Guilherme de verdade? Se não for o Guilherme, então quem seria e por quê? Bom, se são merdas eu não sei, mas que existe muitos segredos debaixo do tapete, isso existe.
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VALTERSÓ, pois é, nada pode ser fácil para o Antônio. Bom, o Rodrigo estava fazendo outra coisa, nesse capítulo você vai saber. Então, pelo visto todos tem algum segredo, mas não são segredos completos, um guarda uma parte de um segredo, que complementa com segredos de outros personagens e assim por diante. A ideia é embaralhar mesmo a cabeça da galera, mas tudo será explicado e esclarecido ao longo da história.
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RAQU£L*-*, pois é, teve um pouco de tudo mesmo. O Rodrigo e Antônio não podem ficar muito tempo longe um do outro mesmo. Então, não é que a Maria fica ouvindo a conversa dos patrões é que como ela mora la, é inevitável que ele escute algum segredo. O Rodrigo filho da empregada? Elabore mais essa teoria. Só uma dica, a pessoa que foi visitar a Shirley não é a mesma que pagou a loira pra ferrar o Marcio. Perai, então você esta querendo dizer que o Carlos é o pai do Antônio e matou a mãe dele? Mas o pai do Antônio esta vivo e acho que o Antônio reconheceria o pai, não? E outra, o Antônio quando criança é era muito pobre e o Carlos é rico, qual seria sua teoria? Beijos minha querida.
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TRenattoZ, calma, ele não vai morrer ainda, kkk, brincadeirinha, A Stela fez alguma coisa contra a Maria no passado? Em capítulos anteriores era o Carlos que pedia perdão a Maria por algo, mas aparentemente por algo já resolvido entre eles. O Carlos vai sim tentar uma reaproximação com Rodrigo e querer impor algumas coisas. O Marcelo aprontando? Mas porque e o que? Sobre as pessoas misteriosas vai uma dica, a pessoa que conversou com a Shirley não é a mesma que pagou a loira pra dar em cima do Marcio. Bom, o Marcio deu uma sumida, mas será que ele esta agindo pelas sombras? O detetive viu algo, mas por enquanto ficara só pra ele, mais pra frente volto as falar disso. Nossa, rsrs, mas o Rodrigo adotado? Pq? Mas a mãe do Antônio não foi assassinada? Ah então, tem a tal escolha, mas o Rodrigo e o Antônio irmãos? Já levantaram essa possibilidade, mas depois o pessoal mudou de ideia, mas estou amando suas suposições.
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Nicolas Vittorino, obrigado meu querido, acho que esse será mais light, mas depois volta a ser foda. Obrigado pelo conto viciante, rsrs e Diego é o nome do personagem de um outro conto que estou escrevendo. Então, a ideia era fazer o Rodrigo um verdadeiro monstro e quando pensei nele rasgando o desenho do filho, achei que estaria pegando pesado demais e que seria impossível o pessoal ama-lo depois disso, mas resolvi arriscar, também me coloquei no lugar do Rafael, fiquei imaginando a decepção dele ao ser tratado daquela maneira pelo pai. Acho que o Carlos vai aceita-lo sim, embora não fazendo muito gosto. Vou tentar pegar sua dica sobre o Bruno e a Alice, já a Stela é a típica perua fútil, esnobe e que vive em um mundo a parte. A Maria mãe do Rodrigo? Bom ela gosta muito dele, mas como explicaria ela ser mãe dele? Mas se ela for mãe do Antônio e do Guilherme, então ela teria três filhos? Mas a mãe do Antônio não foi assassinada? Adorei suas suposições, rsrs. Porque você parou seu conto? Grande abraço.
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Monster, então, quando fica meio tenso, intercalo com os garotos, que são mais leves na história. O encontro do Antônio com o irmão tinha que ser meio marcante. Mas pode comentar sobre os mistérios também. Abração.
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Ru/Ruanito, estranho por quê? E obrigado pelo gostoso, rsrs. Beijão meu querido.
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SuUh16, hummm, ninguém mais se lembrava do Lucas, kkk, acho que ele ainda vai dar as caras. Pois é, os outros personagens só não aparecem mais porque foco mais o casal.
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Geomateus, ele não vai morrer não, mas nunca se sabe né, rsrs.
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R.Ribeiro, sim, agora começa outra fase da história.
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Plutão, Sim, terão muitos mistérios, mas alguns serão respondidos ao longo dos capítulos. Sobre a ficha do detetive ela ficara esquecida por um tempo e a Shirlei parece que quer ou tem que acatar ordens de alguém, mas ao mesmo tempo não concorda com isso, mas ela sera desmascarada e logo todos saberão quem é a pessoa que a visitou, quem vai revelar será uma pessoinha que só coloquei na história pra isso. Sobre as previsões da Tania, tudo continua como ela falou, o Antônio encontraria um amor e antes de encontrar o irmão teria que ensinar alguém a amar (Rodrigo), mas dai ela não consegue ver os três juntos no futuro, por conta de uma escolha, acho que ela viu muita confusão no futuro do Antônio e nem ela entendeu. Grande abraço.
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Hpd, sim, os mistérios só aumentarão, mais pra frente a mascara de uma pessoa irá cair e depois terá uma morte.
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beulfort, kkk, acho que até exagerei nos mistérios né, mas esse será um capitulo light. Vou intercalando um pouco.
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Marceloveloz, Mas porque o Rodrigo seria irmão do Antônio? E se for incesto? Acabou o romance deles né, rsrs. Como assim o Guilherme não é irmão do Antônio? Bom o Guilherme não será figurante não, ele esta mais pra participação especial, hehehe. Sobre o Carlos, posso fazer vocês voltarem a ama-lo rapidinho, kkkk. Então a história tem dois grandes vilões, um vou revelar após a primeira morte e o outro vou revelar primeiro para os leitores, os personagens não saberão quem é. Dai depois eles se unem e mais depois ainda eles se matam, um comendo o outro, kkkk.
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Drica (Drikita), como vocês são desconfiados, rsrs, mas porque ele não seria o irmão do Antônio? Sim, o Carlos tem muita coisa escondida, mas será que são coisas boas ou ruins?
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Luk Bittencourtk, será que a Maria é mãe do Rodrigo? Mas como seria isso? E sobre a mulher que conversou com os dois, pode esquecer dela, apenas criei pra ela falar do relacionamento dos dois e ser a deixa para o Rodrigo assumir o Antônio, mesmo sendo pra uma estranha, só isso. O Guilherme não vai morrer agora, fique tranquilo. E você trate de amar o Rodrigo agora, é um ultimato, rsrs.
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sonhadora19, ola minha querida, espero que continue lendo a história. Fazer faculdade tira o tempo mesmo, é norma isso. No próximo capítulo o Antônio vai conhecer o novo chefe e o chefe irá se apaixonar por ele, hahahah. Mas porque o Guilherme não seria o irmão de Antônio, todo mundo esta perguntando isso, rsrs. A Alice vai continuar a vidinha dela, mas acho que o Marcio não irá largar o osso fácil assim. Então, a Shirley estava meio que sendo coagida, mas de onde tirou que a pessoa não quer que om Antônio descubra o irmão?, rsrsrs, isso foi você que deduziu. Sim, o Sidney é sempre uma ameaça contra o Rodrigo, ele o culpa pela morte da filha. O segredo da Maria será revelado daqui a alguns capítulos e será uma bomba, pq ela vai botar pra quebrar, rsrs. Beijão.
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CrisBR1, Pois é, acho que exagerei nos mistérios, mas adoro ler as suposições dos leitores. Pois é, para o Antônio nada pode ser fácil, sempre tem que ter um obstáculo. Abração.
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Ninha M, Pois é, mais pra frente o suspense irá aumentar ainda mais. Então, acho que todos os personagens escondem alguma coisa, será esperto o que descobrir os segredos dos outros e juntar com o seu, montando o quebra cabeça. Beijos minha querida.
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Drica Telles(VCMEDS), hummmvc farejando é um perigo. Mas porque não seria o Guilherme? E se a mãe do Antônio não morreu, então cadê ela? Tudo isso seria uma bomba.
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Antônio - Guilherme!!!
O rapaz agora sim pareceu ter ouvido. Virando o corpo, Guilherme olhou para Antônio, que estava a poucos metros dele.
Antônio - Guilherme!!! Sou eu, Antônio.
Guilherme - Antônio..
Antônio já estava com os olhos cheios de lágrimas, depois de muitos anos estava frente a frente com seu irmão.
Antônio - Meu irmão.
Seu coração disparava sem parar, suas mãos e pernas tremiam. Esquecendo tudo a sua volta, Antônio só voltou a realidade com o barulho daquele carro atingiu em cheio seu irmão.
Antônio - GUILHERME!!!!!!!!!!!!!!!
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Capítulo 32
Antônio deu um grito de pavor ao ver o carro atropelar o irmão, jogando seu corpo no asfalto.
Antônio - Guilherme!!!!
Antônio - Meu Deus!!!
O momento que esperou por toda uma vida não poderia terminar em uma tragédia. Antônio nem teve tempo de conhecer o irmão, de guardar suas feições e seu tom de voz.
Correndo para o meio da rua, Antônio se ajoelhou diante de Guilherme, olhando em seu rosto, mas com preocupação.
Antônio - Guilherme!!! Meu Deus, alguém chame uma ambulância.
O motorista do carro parou a alguns metros e desesperado foi até o rapaz, que estava deitado no asfalto.
- Eu não tive culpa!!! Ele parou no meio da rua...
Antônio - Por favor, chame socorro.
- Estou ligando, estou ligando. Dizia o homem desesperado.
Antônio estava muito emocionado e também nervoso, mas tentou se acalmar ao ver que o irmão estava lucido, com os olhos abertos.
Antônio - Você esta bem?
Guilherme estava consciente e um pouco assustado. Sua testa e pernas estavam sangrando, com algumas escoriações nos braços.
Guilherme - Minha perna, dói muito.
Ajoelhado diante do rapaz, Antônio sentiu um frio percorrendo a espinha ao tocar no irmão pela primeira vez.
Seus olhos se encheram de lágrimas, ao tocar nas mãos do irmão, que correspondeu apertando também.
Antônio - Fique calmo!! O socorro já esta vindo.
Antônio passou a mão no rosto de Guilherme, sorrindo para ele. Era um misto de felicidade em meio ao medo que o irmão pudesse ter se machucado gravemente.
Logo apareceram Cris, Bruno e Romeu.
Cris - O que houve?
Antônio - Um carro atingiu ele.
Guilherme - Minha perna esta doendo.
Segundos depois chegou a ambulância e rapidamente a equipe médica imobilizou o rapaz, o colando em uma maca.
Bruno - Quem é esse cara?
Antônio - É meu irmão, Bruno.
Antônio sorriu, com os olhos lacrimejando.
Cris - Você conseguiu meu querido. Você encontrou seu irmão.
Antônio - Será que é grave?
Antônio - Eu nem consegui vê-lo direito, nem falar com ele.
Cris - Se acalme Antônio.
Antônio - E se ele se machucou? Esse for grave?
Antônio - Eu vou junto com ele.
Romeu - Meu carro esta aqui, vamos seguindo a...
Antônio - Não!! Eu vou ao lado dele.
Antes que os bombeiros fechassem a porta da ambulância, Antônio pediu para ir junto, sendo atendido.
Rodrigo - O que houve aqui? Cadê o Antônio?
Bruno - O Antônio encontrou o irmão dele.
Cris - Mas ele foi atropelado. O Antônio esta com ele na ambulância.
Enquanto um enfermeiro examinava Guilherme, Antônio ficou olhando no rosto do irmão, lembrando-se da ultima vez que estiveram juntos, a fatídica noite que seu pai destruiu sua família.
Ficou lembrando-se das brincadeiras com o irmão, das vezes que ficavam sentados no chão de cimento batido, brincando com uns carrinhos velhos. Na verdade nem mesmo Antônio sabia quais dessas lembranças eram reais e quais eram frutos de sua cabeça, de seus sonhos, mas isso pouco importava, pois foram essas lembranças que o manteve ter esperanças durante todos esses anos.
Antes de lembrar-se também do pai agredindo a mãe, Antônio despertou com um grito de Guilherme.
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Guilherme - Ai, ai, ai.
Antônio - O que foi!?
O bombeiro cortou com uma tesoura a calça de Guilherme, mostrando um grande ferimento em sua perna esquerda.
Antônio - Fique calmo Guilherme, já estamos chegando ao hospital.
Antônio segurou na mão do rapaz novamente, que o encarou, olhando no fundo dos seus olhos.
Quando chegou ao hospital, Antônio teve que ficar afastado, sendo acolhido pelos amigos e por Rodrigo que chegaram minutos depois.
Rodrigo - Como você esta?
Antônio - Eu não sei. Foi horrível, aquele barulho, o carro jogando ele longe.
Rodrigo abraçou Antônio, que muito nervoso não parava de falar.
Cris - Ele esta consciente Antônio, isso é um bom sinal.
Rodrigo - A Cris esta certa.
Antônio - Demorei anos pra encontra-lo, não pode acontecer nada com ele agora.
Antônio - A perna dele esta muito machucada, a testa esta esfolada, os braços...
Cris conseguiu um calmante e Rodrigo praticamente obrigou o namorado a tomar.
Mais calmo, Antônio ficou relembrando os poucos minutos que esteve ao lado do irmão. Ficou relembrando seus traços, seu cheiro, sua voz, tudo que fosse possível.
Sozinho com Antônio, Rodrigo o abraçou, mostrando-se também feliz.
Antônio - Ele estava tão assustado.
Antônio - Eu segurei na mão dele e...
Rodrigo - Vai dar tudo certo amor.
O médico chegou e todos se juntaram para ouvir. Antônio começou a fazer um monte de perguntas, impedindo o médico de falar, tendo que ser contido por Rodrigo.
- Ele esta com um machucado profundo na perna, mas nada muito sério. Só precisou levar alguns pontos para fechar o ferimento.
- Fizemos também uma tomografia e tiramos um raio x, para certificar que a pancada não provocou nenhuma lesão.
Antônio - E como ele esta?
- Clinicamente bem, só esta um pouco em choque por conta do susto.
- Acho conveniente ele ficar em observação essa noite e se tudo manter como esta, amanhã de manhã ele tem alta.
Antônio respirou aliviado, sendo confortado pelos amigos.
Rodrigo - Viu? Falei que tudo ia dar certo.
Cris - Não seria justo se algo acontecesse, depois de tanta procura.
Antônio começou a sorrir, não conseguindo disfarçar sua felicidade.
- Algum de vocês é parente dele?
Com muito orgulho e satisfação, Antônio respondeu a pergunta do médico.
Antônio - Eu!! Eu sou irmão dele.
- Bom, se quiser, pode ir visita-lo.
O médico se retirou e sem saber o que fazer, Antônio olhou para os amigos e para Rodrigo, esperando que alguém tomasse alguma iniciativa.
Antônio - Alguém vai entrar comigo?
Cris - Meu amigo, esse momento é só seu.
Bruno - A Cris tem razão brother.
Cris - Você lutou tanto por esse momento.
Rodrigo foi com o amado até o corredor, sentindo o nervosismo dele.
Antônio - Esperei tanto por isso e agora não sei como agir.
Antônio - Será que ele vai gostar de mim?
Rodrigo - Se ele não gosta de ter um irmão como você, é porque ele é um idiota mesmo.
Rodrigo deu risada, fazendo Antônio relaxar um pouco.
Rodrigo - Vai lá meu amor, vou estar aqui fora te esperando.
Antônio abriu a porta do quarto e viu Guilherme sentado na cama, com as costas na guarda. Ele usava uma camisa do hospital e na perna tinha um enorme curativo.
Antônio - Com licença!!!
Guilherme olhou em direção a Antônio, o deixando paralisado.
Antônio tentou segurar a emoção, mas era impossível. Seus olhos se encheram de lágrimas ao olhar o irmão, agora de maneira mais calma.
Guilherme - Você é o Antônio?
Antônio - Sou.
Antônio passou as mãos nos olhos, evitando que as primeiras lagrimas descessem pelo seu rosto, dando alguns passos até ficar mais próximo do irmão.
Antônio - Eu te procurei tanto meu irmão.
Por um momento pairou um silêncio no ar, sendo quebrado por Guilherme.
Guilherme - Eu nunca me esqueci de você.
As palavras de Guilherme serviram para que Antônio deixasse a emoção falar mais alto . Se livrando das amarras que ainda o prendia, Antônio abraçou Guilherme, apertando seu corpo.
Antônio - Meu irmão!!!
Antônio - Eu esperei tanto por esse momento, tanto, tanto.
Antônio estava muito emocionado e ficou ainda mais feliz quando sentiu os braços de Guilherme apertar suas costas, retribuindo o abraço.
Antônio - Eu senti tanto a sua falta. Eu perdi a conta de quantas vezes eu imaginei esse momento.
Antônio - O momento que eu lhe abraçaria.
Antônio desfez o abraço, dando um beijo no rosto de Guilherme, que limpava as lágrimas.
Antônio - Você é bonito.
Antônio - Será que nos parecemos? Ainda não sei, estou meio bobo ainda.
Os dois riram, em meio ao choro. Eles tinham uma vida toda para passar a limpo e não sabiam por onde começar.
Antônio - Onde você estava? O que faz? Gosta?
Antônio - Eu quero saber tudo de você.
Antônio - Há uns meses eu quase lhe encontrei, mas você fugiu. Porque não quis me ver?
Guilherme - Eu não fugi. Quando disseram que tinha um cara atrás de mim, eu fiquei com receio.
Guilherme - Eu sempre tive receio de um dia lhe encontrar, de você ser frio comigo, não me querer como irmão.
Antônio - Nunca.
Guilherme - Eu sempre quis te conhecer, mas por um medo bobo eu achava que eu não te fizesse falta.
Antônio passou a mão no cabelo do irmão, apertando seu ombro.
Antônio - O que você fez esses anos todos? Onde mora?
Guilherme - Eu não lembro muita da infância.
Guilherme - Quando eu tive idade pra entender um pouco das coisas, meus pais adotivos me contaram tudo.
Guilherme - Eu sempre soube que era adotado, mas não me lembrava de toda a história.
Antônio - Eu não entendo porque nos separaram.
Guilherme - Quando meus pais me adotaram, disseram a ele que você tinha sido adotado por outra família.
Guilherme - Eu não me lembro muito de quando era criança.
Antônio - Você sabe da nossa história?
Guilherme - Nosso pai nos abandonou, não é?
Antônio - Não. Ele matou a nossa mãe.
Antônio - Você não lembra porque era pequeno, mas eu lembro como se fosse hoje. Lembro-me do som dos tapas que ela levava.
Antônio - Lembro-me do desespero dela, quando ela me mandou fugir...quando aquele homem tirou a sua vida.
Antônio - Eu não sabia o que fazer a corri, corri, lhe deixei pra trás....
Antônio - Mas eu era uma criança e...
Antônio não conseguiu falar mais, caindo no choro.
Guilherme o puxou, dando lhe um abraço, se emocionando com ele.
Antônio - Me desculpa. Se eu pudesse eu salvaria ela e você e nunca teríamos nos separados, nossa família estaria unida até hoje.
Guilherme - Você não teve culpa de nada.
Guilherme - Eu sei de toda essa história. Quando eu cresci eu quis saber da minha origem e descobri tudo isso.
Guilherme - Confesso que tentei ignorar essa tragédia, pois mesmo não lembrando, me fez muito mau em saber que o meu pai biológico matou a minha mãe.
Antônio - Você me fez tanta falta Guilherme.
Antônio - Teve tantos momentos que eu desejei que estivesse ao meu lado.
Antônio - Minha vida teria sido tão mais fácil se eu tivesse você pra poder me ouvir, contar meus medos, compartilhar minhas felicidades.
Antônio não quis continuar a lembrar do passado horrível que teve e aos poucos foi se abrindo cada vez mais ao irmão.
Guilherme - Aquelas pessoas são seus amigos?
Antônio - Sim. A Cris e o Bruno são irmãos. Nós crescemos juntos no orfanato.
Antônio - O Romeu é namorado da Cris e o Rodrigo é meu..
Antônio - O Rodrigo é um grande amigo.
Antônio - E você? Onde mora? Comte um pouco de sua vida. Não!! Conte toda sua vida.
Antônio transbordava felicidade. E sentando ao lado da cama do irmão, ficou o admirando.
Guilherme - Não tenho do que reclamar.
Guilherme - Eu fui adotados e nos mudamos para a Bahia.
Guilherme - Um tempo depois meus pais se separaram e me mudei com minha mãe para a casa dos meus avós, no Espirito Santo.
Guilherme - Meu se casou, teve um casal de filhos. Depois ele faleceu.
Antônio - Poxa, eu sinto muito.
Guilherme - Foi uma barra cara. Eu fiquei muito triste, pois morávamos longe e eu queria ter ele por perto também.
Guilherme - Meus irmãos ainda são adolescentes, mas não temos muito contato, mas apesar disso amo eles.
Guilherme - Eu morava com minha mãe e meus avós, dai se sabe né, uma hora você tem que desmamar.
Guilherme - Resolvi vir pra São Paulo, acreditando que teria um futuro melhor aqui.
Guilherme - Não somos ricos, mas temos uma situação legal, mas eu queria ser independente, se arriscar mesmo.
Guilherme - Minha mãe sempre foi contra, mas eu tinha que me arriscar.
Antônio - Você devia ter me procurado. Imagina você sozinho numa cidade como essa.
Guilherme - Antônio!!! Eu já tenho 32 anos, não sou mais garoto.
Antônio caiu na risada, achando graça.
Antônio - Sei lá, acho que sempre vou lhe ver como aquele garotinho.
Antônio - Vou lhe mostrar a cidade toda, vamos fazer muita coisa juntos.
Antônio - E você tem namorada? Vai me dizer que já sou tio?
Guilherme corou, fazendo Antônio sorrir.
Antônio - Ah Guilherme, vai me dizer que é tímido?
Guilherme - Não, mas é que é tudo novidade.
Guilherme - Eu sempre soube que tinha um irmão mais velho e agora estou aqui em sua frente.
Guilherme - E você Antônio... Você parece ser um cara bem legal.
Antônio apertou a mão dele, mostrando cumplicidade.
Os dois estavam super entrosados, mas se abrindo naturalmente, sem afobações, sem cobranças. A conversa só foi interrompida, dizendo que a visita estava no fim.
Antônio - Nada disso, você vai passar a noite aqui, conforme o médico orientou.
Guilherme - Mas já estou bom. E se minha mãe souber que fui atropelado, capaz de pegar o primeiro avião e vir pra ca.
Antônio - Ei, já disse que você vai ficar aqui. Amanhã de manha na sua alta eu venho lhe buscar.
Antônio - Sou seu irmão mais velho, acho bom me obedecer.
Guilherme deu um sorriso, concordando com Antônio.
Guilherme - Eita, to gostando desse negócio de irmão mais velho não viu.
Antônio - Tenho que ir, antes que me expulsem daqui.
Guilherme - Obrigado cara.
Antônio - Guilherme, não vamos mais nos separar.
Antônio - Meu irmão!!!
Com os olhos brilhando, Antônio repetiu a frase mais duas vezes, abraçando o irmão em seguida.
Ao sair do quarto, Antônio deu de cara com Rodrigo, que ficou o tempo todo lhe esperando.
Rodrigo - E ai?
Antônio - Meu irmão Rodrigo!!!
Antônio - Não consigo medir a felicidade que estou sentindo.
Rodrigo - Você merece meu ursão.
Mais adiante, Cris e Bruno discutiam.
Antônio - Mas o que vocês dois já estão aprontando?
Cris - Já armei tudo meu querido.
Antônio - Tudo o que?
Bruno - Vamos fazer um churrasco pra receber seu irmão.
Antônio - Cris!!!
Cris - Nem vem, será la em casa. Ele vai gostar.
Rodrigo - Eu acho que deveria ser em meu apartamento.
Cris e Rodrigo começaram a discutir e antes de serem expulsos do Hospital, Antônio botou ordem no galinheiro.
Antônio - Esta bem!!! Será na sua casa Cris e o Rodrigo fica responsável pela comida.
Antônio - Obrigado Romeu, nunca vou conseguir pagar pelo que você fez.
Romeu - Imagina Antônio, só fiz o que estava ao meu alcance.
Rodrigo ficou um pouco frustrado, afinal estava a um passo de ser o responsável de dar esse presente ao namorado e por muito pouco perdeu essa chance.
Apesar disso não fez um drama, ver a felicidade estampada no rosto de Antônio era mas importante que tudo.
Antônio só parou de falar quando chegou no apartamento de Rodrigo, sendo agarrado por ele.
Rodrigo - Será que meu namorado vai ter um tempinho pra mim?
Antônio - Estou chato né?
Rodrigo - Claro que não, estou adorando você assim. Você fica ainda mais bonito.
Já na cama, Rodrigo foi beijando o corpo de Antônio, fazendo carinho em seu peito.
Antônio - Você achou ele parecido comigo?
Rodrigo - Não consegui ver direito ainda.
Antônio - Acho que eu e ele vamos ser grandes amigos.
Rodrigo - Claro, você é gostoso, cheiroso, tesudo.
Antônio foi se rendendo aos carinhos de Rodrigo e em poucos minutos já estavam fazendo amor.
Rodrigo puxou Antônio para seu peito, acariciando suas costas, entrelaçando suas mãos.
Rodrigo - E tão bom ficar assim com você, agarradinho.
Antônio- Hoje de manhã você quis falar comigo, sobre meu irmão.
Antônio - O que era?
Rodrigo - Eu já lhe disse né, que contratei um detetive pra achar seu irmão. Ele tinha encontrado uma grande pista mas agora não importa mais.
Rodrigo - Você conseguiu o que sempre quis.
Antônio - Claro que importa. Só de saber que você se preocupou com isso, que se esforçou pra me ajudar, já me sinto feliz.
Antônio - Acho que agora só nos resta ser feliz não é?
Antônio deu um beijo em Rodrigo, invertendo as posições, o puxando para seu peito.
Mellhor que todo carinho que teve a noite, foi acordar e ver Rodrigo com uma cueca branca bem sexy, trazendo uma bandeja farta com café da manhã.
Antônio - Nem nos meus melhores sonhos eu imaginava uma cena dessa.
Rodrigo - Esta com fome?
Antônio se sentou e todo carinhoso, Rodrigo foi servindo ele. Com direito até de lhe dar comida na boca.
Antônio - Uma das coisas que senti saudade, enquanto estávamos separados, foi justamente isso.
Rodrigo fez uma cara feia, tentando se mostrar indagando.
Rodrigo - Você é um interesseiro hein Antônio. Só quer abusar de mim e dos meus dotes culinários.
Antônio - Da beijinho, da!!!
Rodrigo - Não!
Antônio pegou um morango e colocou na boca, provocando Rodrigo, que não resistiu por muito tempo. Os dois iniciaram um beijo com sabor de morango, misturado ao sabor de suas línguas.
Rodrigo - Você esta cada vez mais safado hein. Antônio safadão.
Antônio - Já falei pra você que não sou safado.
Rodrigo - Hummmm, esta me dando umas ideias.
Rodrigo fez um olhar malicioso e Antônio nem imaginava as safadezas que passava na cabeça do namorado.
Enquanto Antônio se arrumava para ir ao Hospital, Rodrigo falava no telefone.
Rodrigo - Sim, pode cancelar a investigação. Não será mais necessário.
Claudio - Eu encontrei um fato muito interessante e..
Rodrigo nem esperou o homem concluir a frase, confirmando o fim da investigação.
Rodrigo - Pode desconsiderar tudo que você apurou. Já encontramos o Guilherme.
Rodrigo - Vou providenciar o depósito em sua conta.
Rodrigo finalizou a conversa com o detetive e foi com Antônio até o Hospital.
Guilherme estava no celular e abriu um sorriso ao ver o irmão.
Antônio - Desculpe, não quis atrapalhar.
Guilherme - Imagina, estava falando com minha mãe. Estou à meia hora convencendo ela que o acidente não foi nada demais.
Antônio - Esse aqui é o Rodrigo, um grande amigo meu.
Rodrigo - Como vai?
Rodrigo apertou a mão do Guilherme, se apresentado.
Antônio - Viemos pegar você.
Guilherme - Não precisava Antônio. Dou meus pulos aqui, eu me viro.
Antônio - Nem vou discutir isso com você.
Rodrigo - Vai se acostumando Guilherme, seu irmão é meio chatinho às vezes.
Antônio ajudou o irmão a se levantar da cama e sentar na cadeira de rodas.
Guilherme - Eu consigo ir andando.
Guilherme foi empurrando a cadeira até o estacionamento, ajudando novamente o irmão, agora a entrar no carro de Rodrigo.
Os irmãos foram conversando e só pararam quando Rodrigo chegou a casa de Antônio.
Antônio - E aqui que eu moro. E uma casa simples.
Guilherme - Porque me trouxe pra ca?
Antônio - Você vai ficar aqui.
Guilherme - Não Antônio, eu vou voltar pra pensão.
Antônio - Não Guilherme, sua perna ainda esta muito machucada.
Rodrigo - Seu irmão tem razão. Fique aqui pelos menos até tirar os pontos.
Guilherme - Mas minhas coisas estão lá na pensão e não quero tirar sua privacidade Antônio.
Antônio deu um abraço no irmão, deixando claro que não iria desistir da ideia de tê-lo ao seu lado.
Guilherme - Daqui uns dias estou pronto pra outra.
Antônio - Nem brinque com isso.
Guilherme - Obrigado.
Antônio - Não precisa agradecer, você esta na casa do seu irmão.
Rodrigo - Vou preparar o almoço.
Antônio arrumou o quarto para o irmão e mostrou algumas fotos.
Antônio - Essa aqui tirei na minha formatura de 8ª série.
Antônio - Agora essa aqui é nossa.
Antônio mostrou uma foto antiga de quando era criança, ao lado de Guilherme, ainda bebe.
Antônio - E nos dois.
Guilherme pegou a foto da mão do irmão, olhando admirado, se emocionando.
Antônio - E a única foto que tenho sua.
Guilherme - Nossa, e tão estranho isso.
Antônio - Eu sei. Muitas vezes fiquei olhando pra essa foto, imaginando como seria seu rosto.
Os dois ficaram conversando, trocando confidencias. Guilherme mostrou no celular a foto da mãe adotiva, dos avós e outras suas na cidade que morava.
Rodrigo - O almoço esta servido.
Os três almoçaram juntos. Rodrigo ficou fazendo perguntas para o cunhado, que respondia tudo na maior paciência.
Guilherme - você cozinha bem pra caramba hein Rodrigo.
Antônio - Você não viu nada ainda. Mas é melhor nem comentar, pois esse dai se acha, e convencido demais.
Rodrigo - Convencido não, só tenho noção do meu talento.
Os três começaram a rir, se divertindo muito.
Antônio - Ah, vai ter um churrasco em sua homenagem.
Guilherme - Pra mim???
Antônio - Sim, a Cris que esta organizando. Dai é bom que você conhece todos meus amigos.
Guilherme - Assim eu que vou ficar com vergonha.
Depois do almoço, Guilherme foi deitar-se e acabou caindo no sono.
Rodrigo - você esta feliz demais ne?
Antônio - Muito. Voce acha que ele se parece comigo?
Guilherme era um pouco mais alto que Antônio, com os olhos negros e cabelo liso, com corte moderno. Seu corpo era sarado, provavelmente malhava, se cuidava fisicamente.
Rodrigo - Difícil dizer, afinal vocês ficaram anos separados, tinham uma vida diferente.
Rodrigo - Eu acho você mais gostoso, mais bonito.
Antônio - Pare hein!!!
Rodrigo - Ah, quero ter uma conversa séria com voce.
Antônio se sentou, com receio ao ver o tom de Rodrigo, que tirava um papel do bolso.
Rodrigo - Uma vez conversamos e voce me contou qual era seu sonho. O que queria ser quadro crescer.
Antônio - Sim, eu disse que queria ser advogado, promotor de justiça.
Rodrigo - Muito bem!!!
Rodrigo - Então Dr. Antônio, ontem eu demorei pra voltar da creche, pois fui até uma universidade e fiz sua inscrição para o próximo vestibular.
Antônio - você o que?
Rodrigo - O que acabei de lhe dizer.
Rodrigo - Tome, sua ficha de inscrição. A prova é na semana que vem.
Antônio - Mas Rodrigo, porque fez isso? Não estou preparado e mesmo que eu passe como vou pagar?
Antônio - Esqueceu que estou desempregado?
Esse também era um dos sonhos de Antônio, mas era algo tão distante dele que agora lhe causava medo, por estar tão perto.
Rodrigo - Ei, não estou lhe reconhecendo? Cadê o Antônio guerreiro? Batalhador?
Rodrigo - E outra, agora você tem a mim, vamos enfrentar tudo juntos.
Antônio foi abrindo um sorriso, se sentindo leve, afinal Rodrigo tinha razão, pois os dois juntos eram imbatíveis.
Aos poucos Antônio foi gostando da ideia, mas ainda via alguns empecilhos.
Antônio - Deve ser caro a mensalidade. Se bem que o novo dono do restaurante pediu pra eu ir lá essa semana, acho que posso manter meu emprego.
Rodrigo - Então, vai que esse novo dono queira lhe dar um grande aumento também.
Rodrigo - Já estou lhe imaginando todo de terno, mas não vá se achando não viu, pois quem manda aqui sou eu.
Alguns dias depois Guilherme já estava quase recuperado, andando normalmente, sempre fazendo questão de ajudar o irmão nas atividades domesticas.
Muito feliz, Antônio aproveitou o tempo livre e foi até uma igreja, agradecer por tudo de bom que estava acontecendo em sua vida.
Sentado no banco ficou olhando para o altar, lembrando-se de todas as dificuldades que passou para chegar até ali.
Antônio - Obrigado meu Deus!!!
Antônio - Obrigado por tudo de bom que tem feito a mim. Obrigado por ter feito eu encontrar o Guilherme.
Antônio - Obrigado por ter colocado o Rodrigo em minha vida e mesmo da maneira meio torta na qual nos conhecemos, hoje estamos muito felizes.
Antônio - Meu Deus, não me sinto no direito de pedir mais nada.
Antônio ficou mais alguns minutos ali, aproveitando aquele silencio, sentindo uma enorme paz em seu coração.
Quando chegou em casa, Rodrigo estava deitado no sofá, assistindo TV, sem camisa, expondo seu peito largo.
Rodrigo - Demorou amor, onde estava?
Antônio - Fui até a igreja. Agradecer por tudo de bom que tem acontecido comigo.
Rodrigo - E estou nesse pacote?
Antônio - Bobo, claro que sim.
Antônio - você, os meninos.
Rodrigo - Falar nisso hoje é dia de pega-los na casa do meu pai.
Antônio - E o Guilherme, esta ai?
Rodrigo - Não, cheguei e ele já não estava.
Cheio de tesão, Rodrigo foi abraçando beijando Antônio.
Antônio - Que fogo é esse?
Rodrigo - Estou com um tesão hoje.
Antônio sentia a barba de Rodrigo roçar seu pescoço e já animado passou as mãos no peito desnudo dele.
Antônio - Isso tudo e meu hein!!!
Rodrigo - Tudo seu meu amor.
Os dois se agarraram, caindo no sofá em meio a risadas e beijos. Rodrigo ficou por cima de Antônio, que lhe segurava a cabeça enquanto beijava.
O clima estava maravilhoso, até que Antônio abriu os olhos e viu Guilherme no meio da sala assistindo toda aquela cena.
Continua...