MINHA VIDA
CAPÍTULO 20 - FINAL
PRIMEIRA PARTE
- Fabiana e eu vamos na padaria comprar bolo - disse Fátima puxando Fabiana e saindo por a fora.
Ela me analisava com um pequeno sorriso em seu rosto, seus olhos amarelados me fitavam com bastante intensidade, ela aparentava ter mais de 40 anos.
- Fernando, você deve saber porque estou aqui? - disse ela.
- Sim, eu sei.
- Sua amiga, a Fátima, descobriu que eu sou amiga de Patrick, pois ele foi angustiado falar comigo no meu escritório de moda. Isso foi hoje, sua amiga faz alguns trabalhos para mim - disse ela.
- Continue...
- Pois bem, eu nunca tive nada com ele - disse ela.
- Então como você explica a relação íntima de vocês, abraços, beijos no rosto - disse.
- Não vou mentir, dizendo que eu não amo ele, eu o amo com todas as minhas forças desde que nós eramos crianças - ela disse - Mais ele nunca me deu bolo, quando eu fui morar na Europa, na tentativa de esquecer ele, não consegui. Passei quase dez anos lá. Quando cheguei aqui no Brasil, ele estava casado com Rúbia. Me tornei amiga dela e passe a apoiar o casamento deles, inclusive eu sou madrinha de uma das filhas dele, a Lisandra.
- Sei...
- Quando Núbia morreu, ele entrou em depressão, eu me aproximei dele, mas ele não dava bola, foram anos assim, ele namorou com algumas garotas, nada muito sério. Foi quando você apareceu na empresa pedindo emprego, ele foi falar comigo, disse que tinha visto um garoto que o deixara caído de quatro. Ele te amou desde a primeira vez que te viu. Quando ele me contou, eu tomei um ódio mortal por você. Quando vocês começaram a namorar, ele contou para mim no dia seguinte. Eu fiquei com muita raiva de você, meu Patrick com outro - ela chorava - Naquele dia do restaurante, quando você me viu com ele em uma conversa íntima, fui eu, eu me aproximei dele, praticamente me joguei em cima dele, eu queria fazer ciúme em você.
- Tem certeza do que esta dizendo? - perguntei.
- Sim, eu amo ele e céus! Como esta sendo difícil entregar o homem que amo a você - disse ela chorando.
Eu limpei as lágrimas que caiam dos meus olhos, peguei as chaves do carro que estavam em cima da mesinha de centro e corri para a porta, mas antes de sair, eu me virei para Aline.
- Se afasta do meu homem, piranha! - apontei o dedo para ele - Se tu se aproximar dele, eu te mato.
Sai de casa as pressas, peguei meu carro e fui em direção a casa de Patrick.
Bati a porta quase derrubando ela, quem atendeu foi Lena, a babá das gêmeas.
- Lene, cadê o Patrick? - disse entrando na casa de Patrick.
- Fernando, menino - ele fechou a porta - Ele chegou chorando aqui de manhã, vestiu um terno e acho de foi trabalhar.
- Obrigado Lene - dei um beijo no rosto dela - Vou atrás dele agora.
Sai da casa, peguei meu carro e parti em rumo a Solar. Peguei um congestionamento do caralho, que me fez ficar mais de duas horas preso no transito.
- Porra! - disse batendo no volante e olhando para o relógio - Já esta quase na hora da empresa fechar.
Quando finalmente consegui chegar na empresa, sai do carro e entrei correndo dentro do prédio da empresa. Estava no elevador, quando notei que estava com roupas despojadas, um calção curto e uma camisa apertada cinza, chinelos e meu cabelo estava uma bagunça.
- Droga! Eu não me arrumei - disse.
Sai do elevador e vi Joel conversando com uma garota loira de olhos verdes, eles estavam em uma conversa bem descontraída.
Passei por Joel, mas ele que já tinha me notado, puxou meu braço de uma vez.
- Me larga! - falei.
- Camila, bem, vai pastar por ai - disse Joel para a garota loira.
- Seu grosso - ela saiu.
- Joel, eu preciso...
- Calma bonequinho - ele me interrompeu - Precisamos conversar, você esta fugindo de mim desde aquele dia.
- Olha Joel, aquilo foi um erro - disse - Eu amo Patrick, você para mim não passa de uma merdinha.
- Fernando! - ele apertou meu braço com força - A gente se beijou porra.
- Me solta - falei alto - Ou...
- Ou o que - ele apertou meu braço mais forte ainda.
- Solta ele ou juro que eu não respondo por mim - disse Patrick aparecendo.
- Patrick, que bom que você chegou! - Joel riu - Sabia que seu namoradinho aqui, esse puto me beijou naquele dia que ele pediu demissão.
Patrick me olhou, ele estava vermelho e me olhava com nojo.
- Eu posso explicar - me soltei de Joel e me aproximei de dele.
- ME SOLTA!!! - ele gritou comigo.
- Isso corno, rejeita teu puto, tua sorte é que eu ainda não comi ele e ....
Joel não terminou a frase, pois Patrick meteu um soco no rosto dele, e caiu de Joel só de pancada. Patrick só não matou Joel, porque eu tirei ele de cima do outro.
- Deixa ele ai, não suje suas mãos com ele - tentei acalmar Joel, que mal olhava em minha cara.
Sem mais nem menos, Patrick segura em meu pulso e sai me arrastando prédio a fora.
- Patrick, você esta me machucando!
- Cala a boca e entra no carro - disse Patrick assim que chegamos na garagem no prédio.
- Patrick...
- Entra logo - ele me empurrou para dentro do carro e deu partida.
CONTINUA???
Eis ai a primeira parte do último capítulo. Até sábado, sai a segunda parte.
