A leveza de amar - Cap. 4

Um conto erótico de Bo J.
Categoria:
Contém 874 palavras
Data: 21/03/2016 23:14:42
Assuntos: Lésbicas, Romance

Depois de uma noite perfeita como aquela em que eu assistira Marina dançar e depois senti seus lábios nos meus, fiquei eufórica e não consegui dormir. Antes de sair do carro Marina me deu seu telefone e fiquei de ligar assim que chegasse em casa para avisar que estava tudo bem. Acabei não ligando, achei que ela já poderia estar dormindo e eu não queria incomodá-la.

Não consegui dormir logo que me joguei na cama, fiquei relembrando cada detalhe daquele dia maravilhoso, peguei no sono quando o dia já estava clareando. Acordei com o barulho de batidas rápidas na porta, gritei que já estava indo, vesti uma camiseta comprida e corri para atender.

Sorri ao olhar através do olho mágico e enxergar Marina com aquela distorção maravilhosa que deixava sua cabeça gigantesca, ela parecia realmente preocupada.

- Finalmente atendeu essa porta Olívia!

- O que aconteceu Marina?

- Você não me ligou, fiquei preocupada.

Olhei para ela e arqueei uma das sobrancelhas, não duvidava de que ela poderia ter ficado preocupada mas fala sério, ela podia ter me ligado.

- Não precisava se incomodar e vir até aqui Marina, era só ter me ligado.

Ela sorriu sapeca como quem tivesse sido pega tentando mentir e colocando um pedaço do curto cabelo atrás da orelha desviou o olhar para o chão.

- Desculpe não ter te ligado meu bem, mas é que achei que já poderia ter ido dormir e não queria atrapalhar seu sono.

- Se eu conseguisse tirar aquele beijo da cabeça talvez teria dormido.

De repente percebi que o olhar de Marina não mirava mais o chão, estava um pouco mais elevado. Ela estava olhando minhas pernas descaradamente mordendo o lábio inferior, passava constantemente a mão no cabelo. Fiquei ali parada deixando que ela aproveitasse a vista por mais alguns segundos e depois bati a porta chamando sua atenção para os meus olhos novamente.

- Está com fome? Vai soar repetitivo mas, aceita um café?

- Estou com fome sim, só não sei exatamente do que.

Marina flertava como dançava, devagar e explicitamente, dando o máximo de si para que suas intenções fossem notadas.

Resolvi que entraria na sua dança e flertaria com ela mesmo que não fosse boa nisso.

- Não importa do que você tem fome, vamos descobrir e a saciaremos.

Me virei e fui em direção à cozinha, dessa vez Marina me acompanhou e no meio do corredor me puxou pelo braço fazendo com que eu ficasse de frente pra ela, sua boca a centímetros da minha, eu conseguia sentir sua respiração.

- Acho que sei exatamente do que tenho fome.

Me beijou como se aquele fosse nosso último momento juntas, segurando pela minha camisa na altura da cintura me colocando contra a parede, pressionando o seu corpo contra o meu como se quisesse que fôssemos uma só. Segurando-a pela nuca fui tomando sua boca para mim em um beijo cada vez mais intenso, meu corpo começava a dar sinais de excitação, minha pele queimava e Marina como se estivesse lendo minha mente desceu com a boca até o meu pescoço, eu puxava seu cabelo e guiava sua boca para pontos estratégicos, não que fosse preciso, Marina sabia exatamente onde ir.

Tomei novamente sua boca na minha e inverti a nossa posição sendo eu a pressionar seu corpo contra a parede agora, minhas mãos não me obedeciam e procuravam a pele de Marina por debaixo de sua regata. Minha boca descia pelo seu pescoço e Marina arranhava minhas costas. De repente algo que Marina tinha me dito na noite em que nos beijamos me despertou e eu encostei minha boca em seu ouvido:

- Vamos parar antes que você acabe sem roupa aqui mesmo. Nunca ficou com uma mulher antes e eu quero que seja especial.

Me afastei e olhei nos olhos de Marina, estavam em um tom mais escuro e mesmo que tenha percebido uma frustração, ela me olhou serena e ternamente. Selei seus lábios nos meus mais uma vez e segurei sua mão seguindo para a cozinha.

Depois de um maravilhoso café da manhã acompanhada de Marina, tomei banho e descemos juntas para a academia onde eu faria minha série de exercícios e Marina quis me acompanhar.

Malhei por duas horas e no fim da última série de abdominais já não sabia onde estava minha bailarina, imaginei que tivesse ido embora. Fui até o vestiário para me trocar e depois segui para o acesso às escadas de incêndio para fumar meu cigarro pós treino. Meu telefone vibrou e vi uma mensagem de Marina dizendo que teve que sair às pressas para resolver alguns problemas mas que queria me ver a noite. Respondi que passaria em sua casa assim que saísse do escritório.

Fui para o escritório para receber dois clientes em fase final da análise de um projeto e logo em seguida fui até a agência em que Cecília trabalhava, devia-lhe todos os detalhes da noite

- Tô chocada! Livi – outra variação cretina que Cecília fez do meu nome – você nunca se atirou tão rápido nos braços de alguém.

- Marina é diferente. Decidida, sabe o que quer...

- Certo, mas cuidado! Sabe que detesto quando você se machuca.

- Não se preocupe, tomarei cuidado Ceci.

Depois dali fui para casa, precisava de um banho antes de ir me encontrar com Marina.

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Na medida! (ah! Concordo com o comentário anterior)

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