Eu senti uma coisa estranha, algo duro e grande me cutucava atrás, não vou mentir que estava gostando daquela sensação, logo braços fortes me agarram pela cintura fazendo o contato corpo a corpo entre nos ficar mais evidente, depois sinto delicadamente aqueles mesmos braços me virando delicadamente me deixando de barriga para cima, ainda estava de olhos fechados, não sei mais não conseguia abri-los, de repente sinto lábios macios tocando aos meus, tinha um sabor próprio e uma sintonia própria também, parece que eu já conhecia aquele beijo de outros sonhos, aquela sensação d que já havia tocado aqueles lábios não me era estranha.
Aquela barba por fazer fazia leves cocegas em meu rosto me deixando ainda mais arrepiado, parece que uma corrente elétrica passava por todo meu corpo acelerando ainda mais o ritmo do meu coração, depois de descolar nossos lábios senti uma mão macia mais ao mesmo tempo máscula tocar meu rosto me fazendo uma caricia e depois senti algo molhado e salgado que me lembrava uma lágrima, ainda não conseguia abrir meus olhos mais sentia cada sensação daquele momento, senti meu corpo ser reconfortável ao seu quente mais uma vez como se tivesse em posição de conchinha onde acabei adormecendo novamente.
Algumas horas depois acabei acordando com aquela sensação de proteção, dei aquela espreguiçada gostosa de quem acabou de acordar e quando acordei e olhei para o lado estava sozinho em minha cama, ainda era cedo o relógio marcava 6:30 da manhã da segunda feira, ao olhar pela janela pude observar uma chuvinha fina e tempo fechado mantendo o clima frio e confortante.
Levei as duas mãos à cabeça e acabei pensando na noite passada, nas sensações que tive e acabei constatando que foi só um sonho, um sonho que me deixou bobo só de lembrar não consegui ver o rosto do meu príncipe mais queria muito que fosse quem eu estava pensando, afinal era a única pessoa que me importava na vida, por falar nisso onde ele estava, pelo que me lembro ele havia dormido aqui, até que sinto um cheiro gostoso de café vindo da cozinha, só poderia ser uma pessoa, levantei e fui todo feliz achando que fosse quem eu havia pensado mais o banho de agua fria.
Era minha secretaria do lá que preparava o café da casa, me senti um idiota e apenas sorrir para ela e então percebi que só estava de cueca box, o que nem me importei porque ela praticamente cuidou de mim e de Julia durante toda a infância, mais fiquei um pouquinho constrangido afinal depois de todo aquele pensamento relembrando a noite anterior e pensar na possibilidade de ser meu príncipe na cozinha preparando o café para nós só de cueca fez alguém despertar.
Tentei esconder minha ereção e Maria apenas ria da minha cara. Depois de tomado meu banho de me recompor estava tomando café com a mesma quando ela me disse que Guilherme havia ido embora bem cedo, na hora que ela chegou, achei estranho ele não ter me acordado, e lembro que ele adorava me acordar dando cheirinhos em meu pescoço pois ele sabia que eu sentia cocegas por causa da barba. Acho que eu estava pedindo demais, está certo que relembramos algumas coisas dos velhos tempos na adolescência quando fazíamos isso ao acordar, quando nossos abraços sem motivos eram mais frequentes, onde as demonstrações de carinho eram mais espontâneas, sentia uma vontade de voltar para essa época, no entanto, tudo o que eu poderia fazer agora era voltar a realidade, era segunda , a semana só estava começando, hora de ir á aula.
Naquele dia a aula foi muito chata mais algo me chamou atenção, a cadeira ao meu lado estava vazia e aquele que sempre ocupava aquele lugar não atendia nem mesmo as minhas ligações, onde será que aquele cabeção se meteu.
Guilherme:
Acordei com a cabeça doendo um pouco, meu braço também doía um pouco mais eu não me importava, acordei e percebi que Max continuava na mesma posição que dormiu, lembro que ele adorava dormir naquela posição quando éramos mais jovens ele me disse uma vez que se sentia protegido.
Levantei com todo cuidado para não acordá-lo vesti minhas roupas e sai devagar. Durante o caminho para academia, continuei pensando na possibilidade de contar para ele o que eu sentia, mais o medo era maior que eu.Chovia um pouco e o céu estava fechado, naquele sinal vermelho eu fechava os olhos e lembrava do toque dos seus lábios, de quanto era bom sentir seu corpo, seu toque, aquela carinha inocente dormindo.
Naquele dia não fui a aula, tomei banho ao chegar do treino e fui para minha cama passei o dia pensando no que fazer, por diversas vezes meu celular tocou e ao olhar para tela via aquela foto dele sorrindo na praia que aparecia quando ele me ligava, e o toque que era a música preferida dele, Paradise, precisava tomar uma atitude e urgente então me levantei da cama peguei a chave do meu carro e resolvi que era a hora de agir.
Max
Eu estava puto da vida, quem o Guilherme pensa que eu sou, primeiro fica todo romântico e carinhoso pro meu lado e depois me faz sentir um lixo me ignorando. Entrei em casa sem nem olhar pra trás e quando abro a porta do meu quarto a surpresa.
Max: você aqui.
Falei surpreso.