O Filho de patrão. 10

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1811 palavras
Data: 03/04/2016 17:57:03
Última revisão: 03/04/2016 18:07:47

Eu olhei fixamente nos olhos de Antonio.

Pedro - eu também estava preocupado com todo mundo aqui. Obrigado por ter cuidado do meu pai, esse tempo todo.

Antonio - Por nada, mas teu pai já ta bem grandinho. (disse ele sorrindo). - Minhas atenções daqui pra frente voltam ao patrão filho.

Antonio puxou minha cabeça para próximo, e começou a fazer cafuné.

Eu sorri, e me senti seguro, só não sei ate quando.

...

E tua família, Antonio? (Perguntei depois de horas conversando).

Antonio - O que tem eles?

Pedro - Tu disse que havia trazido eles aqui pra casa.

Antonio - trouxe sim. Eles estão no quarto de hospedes.

Pedro - Hummm. Não vi eles ate agora. Achei que tivessem voltado pra casa.

Antonio - ainda não. Mas hoje ainda eles irão retornar.

Pedro - por mim não tem problemas eles ficarem aqui por casa.

Antonio - seu pai também não parece se importar.

Pedro - então fica aqui com eles ué.

Antonio - Seu pai nos presenteou com uma estadia em Fernando de Noronha. Diz ele que é pela adrenalina dessa ultima semana.

Pedro - porra. Sério mesmo Antonio?

Antonio - Seríssimo. Vamos viajar amanhã.

Pedro - Tudo pago?

Antonio - Sim. Eu não teria condições de bancar uma viagem dessas.

Pedro - quantos dias?

Antonio - cinco, mas eu não estou querendo ir, seu pai que esta insistindo muito.

Pedro - tem que ir mesmo. Descansar Antonio. Já te falei varias vezes que a vida não é só trabalho.

Antonio - Eu sei, mas ainda me preocupo com voce. E também não vou negar, tenho medo de perder minha função aqui na casa.

Pedro - isso não vai acontecer. Meu pai gosta muito do senhor.

Antonio - e eu gosto muito de trabalhar com vocês.

Nem eu, nem Antonio havíamos percebido, mas enquanto conversávamos, o Antonio fazia carinho em minha cabeça o tempo todo.

xxXX

Acabei dormindo, e ao acordar, Antonio ja nao estava mais do meu lado. Ouvi um barulho de descarga vindo do banheiro, então conclui que seria ele.

Antonio saiu do banheiro fechando o zíper da calça.

Pedro - agente dormiu? (perguntei coçando os olhos).

Antonio - bastante.

Antonio havia molhado o rosto.

- Eu vou ver como é que ta meu filho, e ja volto. (disse ele calçando os sapatos sociais).

Pedro - Me deu uma vontade de cair na piscina. Bora?

Antonio - Com seu pai em casa não da, mas eu te acompanho de longe.

Pedro - Eu falo com meu pai, dai voce chama sua mulher também.

Antonio - Não da Patrãozinho. Vamos deixar pra quando estiver apenas nós.

Eu dei de ombros.

Pedro - Voce quem sabe.

Antonio saiu do quarto, eu coloquei uma sunga amarela, e saí em seguida.

xxXXX

- Naná. Faz alguma coisa para eu comer. (falei chegando na cozinha).

Naná - Tem comida, Pedrinho. Fiz Bife acebolado com batata frita, do jeito que voce gosta.

Naná fez gestos com a língua passando pela volta dos lábios.

Pedrinho - então leva pra mim, la na piscina.

Naná - Vai tomar banho, é?

Pedrinho - Não... é que me deu vontade de comer dentro d'água.

Naná - ah seu fila de uma mãe, linguarudo.

Naná saiu correndo atras de mim, com um pano de prato nas mãos. Só parou porque viu que não tinha chances de me acompanhar.

Naná - te pego na virada bichin, pode esperar.

Naná retornou a casa, e eu virei um salto, caindo dentro da água.

Dei algumas voltas, e só parei quando vi Antonio se aproximando com algumas pessoas. Fiquei olhando cada movimento, ate que eles sentaram em uma mesa próximo a piscina.

Pedro - Antonio. (eu gritei, com a cabeça fora d'água). - Tua esposa, e teu filho?

Antonio - Sim. Esses aqui são minha vida.

Saí da piscina, diminui o excesso de água com uma toalha, e fui cumprimenta-los.

Pedro - E ae garotão.

O filho de Antonio era loiro assim como a mãe. Ambos com os cabelos cacheados, e olhos azuis.

A criança sorriu pra mim, e me estendeu os braços.

Pedro - pode segurar?

-Pode. (disse a mulher, sorridente).

Pedro - eu tenho medo de derrubar.

- Tem perigo não. Ele ja ta bem durinho.

Peguei o menino nos braços, e fiz cara de bobão. Ele abriu um largo sorriso.

Pedro - Como é o nome dele Antonio?

Antonio - Julio Cesar. E essa é minha esposa, Andressa.

Pedro - Tudo bem Andressa?

Andressa - Tudo. E com voce?

Pedro - Estou bem também.

Andressa - que bom neh!? Depois desse sufoco, deve ser bom voltar ao convívio familiar.

Pedro - é muito bom sim.

Andressa - Qual a sensação de ser sequestrado? é igual aos filmes?

Antonio - Que pergunta mais chata, mo. (Antonio repreendeu a mulher). - Desculpe patrãozinho.

Andressa - Desculpa, eu não falei por mal.

Pedro - Não tem problema não, Andressa. Mas óh, eu não sei, se é como nos filmes não.

- Boa tomar banho de piscina? (perguntei mudando de assunto).

Andressa - Eu posso?

Pedro - claro que...

Antonio - melhor não. (disse Antonio segurando o braço da esposa, que ja estava toda empolgada).

Pedro - qual problema, Antonio?

Antonio - nós estamos aqui de favor, patrãozinho.

Pedro - Nada haver Antonio.

Antonio - não sei não. Teu pai não iria gostar.

- Mas meu pai não é o único dono dessa casa. (falei devolvendo Julio Cesar para os braços da mãe). - Se a Andressa quiser tomar banho, tenho certeza que meu pai não vai reclamar.

A cara da Andressa era de quem queria muito cair na piscina, mas para não contrariar o marido, ela concordou em permanecer seca.

Pedro - Voce quem sabe.

Estendi minha toalha nas costas da cadeira, e voltei a água.

xxxXXX

Naná - Pedrinho. Vou deixar a comida aqui viu? E trouxe alguma coisa pra vocês beberem também.

Naná colocou tudo em cima da mesa, e saiu.

xxXX

Algum tempo depois a Naná retornou avisando ter visitas a minha espera.

- quem é? (perguntou Antonio).

Naná - são amigos de Pedrinho. Estão la na guarita. Quero saber se eles podem vir aqui para área da piscina.

Pedro - quem é Naná? (falei ainda na água)

Naná - é o Alan, e o Noah. O nome estranho o desse menino, meu Deus do céu.

Eu ri.

Pedro - Traz eles pra cá.

Antonio - espera Naná. Primeiro eu vou revistar eles.

Naná - Mas homi, não precisa, já falei que são amigos.

No pensamento concordei com a Naná, mas também lembrei da traição de Kevin, e infelizmente fui obrigado a concordar com Antonio.

Pedro - Naná. Ele tem razão. Deixa Antonio revisar, ae pode trazer eles aqui.

xxXXX

Alan - Fala brother. (disse Alan me cumprentando).

Pedro - E aí velho. Como vocês estão?

Noah - Tranquilo. (foi a vez de Noah me cumprimentar).

Alan - e tu, ainda ta com o cu preso?

Rimos.

Pedro - agora tou tranquilo, mas foi um sufoco. Falei sorrindo.

-Toma umas aí comigo.

Peguei umas latinhas no cooler, e entreguei a eles.

Andressa foi colocar o pequeno Julio Cesar para tirar um ronco, e ficamos apenas eu, Alan, Noah, e Antonio na área da piscina.

Começamos a tomar e jogar papo fora. Antonio apenas nos observava de longe.

xxxxXXX

Pedro - Vocês tem noticias do Kevin?

Noah - O Kevin sumiu.

Alan - Parece que foi para o Rio de janeiro.

Pedro - fazer o que?

Alan - não entendi bem, mas o pai dele disse que ele foi fazer um curso, e como os avós dele moram la, ficou fácil conciliar o curso com moradia.

Pedro - mas ele conversou com vocês antes de ir?

Noah - comigo não.

Alan - acho que ele não falou com ninguém não. Só fique sabendo porque fui ate a casa dele.

Pedro - hum.

Será que os pais de Kevin mandaram ele pra fora do Estado, evitando que a merda atolasse o filho?

Pedro - como voces souberam que eu havia aparecido?

Noah - O Elves criou um grupo no whats pra gente trocar informações, e dai o o teu pai falou para o meu pai que tu ja estava em casa. Agora o colégio todo ja esta sabendo.

Pedro - O Elves criou esse grupo?

Noah - ahan.

Pedro - ta de putaria po. O Elves me odeia.

Noah - mas ele criou esse grupo.

Pedro - não acredito.

Alan - mas é sério Pedrinho, o cara ficou preocupado. O colégio todo na verdade.

Fiquei pensando qual o motivo Elves teve para criar o grupo. Será que ele tinha alguma coisa haver com o sequestro, assim como o Kevin?

Ficamos mais um tempo jogando conversa fora. A noite chegou, Alan e Noah se despediram, e meu pai, Antonio e eu fomos ao hospital ver o Junior.

xXXXXX

Pedro - Antonio, e cade tua família?

Antonio - já os deixei em casa.

Estávamos indo ao hospital, eu no carro com Antonio, e meu pai ia na frente em outro carro. Alguns seguranças nos acompanhavam, em outros carros.

Pedro - Tudo certo para viajar amanhã?

Antonio - Andressa ficou arrumando nossas malas.

Pedro - Ansioso?

Antonio - pra falar a verdade, não. A Andressa que esta eufórica.

Pedro - tu é muito careta, Antonio.

Antonio me olhou, serio.

Antonio - sou careta é?

Pedro - claro. Tem que curtir com tua família... Tua esposa ficou toda sem jeito, hoje, la em casa.

Antonio - por que eu não deixei ela ir pra piscina?

Pedro - sim.

Antonio - O senhor não entende. Ali é meu trabalho, e não é lazer. Eu levo isso muito a serio.

Ele me convenceu com esse argumento.

Conversamos mais um pouco, e chegamos ao hospital. Nos encontramos com meu pai na recepção do mesmo.

xXXXX

- Ele não pode receber visitas a essa hora. (disse a recepcionista).

Pai - mas não pode abrir uma exceção? - é muito importante.

- Sinto muito. Vocês tem que vir no horário de visitas.

Pedro - tem alguém com ele?

- Não sei falar. Eu entrei agora a pouco.

Pedro - mas não tem como descobrir?

A mulher fez cara de antipatia, mas foi confirmar.

xxXXX

- Não tem ninguém la. Ele está sozinho.

Meu pai sacou o celular o bolso, e fez alguma ligação.

Em seguida o telefone da recepção tocou.

XXX

- Recepção. (atendeu a moça).

- Certo. Entendi, irei liberar a entrada deles.

xxxXX

- Podem entrar. (disse ela a contra gosto).

Pedro - o que tu fez pai? (perguntei quando ja estávamos chegando ao leito do Junior).

Pai - usei do poder. O diretor do hospital é meu amigo, apenas pedi esse favor, e ele concedeu.

Pedro - hummm, é bom demais ter amigos influentes neh!?

Pai - eu sempre digo isso.

Nós rimos.

Chegamos ao leito do Junior, meu pai e eu entramos. Antonio ficou esperando do lado de fora.

XXXX

Ao entrar ficamos de cara para cama de Junior. Uma moça toda de branco dava algo parecido com mingau para ele comer.

Quando Junior nos viu ficou de boca aberta, deixando o mingau escorrer.

Pai - então é ele? (disse meu pai apontando para o Junior).

Eu confirmei com a cabeça.

Meu pai pediu licença a moça, e foi ao encontro de Junior. Olhou bem em seus olhos, e lhe deu um abraço paterno.

- Obrigado. (disse o meu pai).

O Junior olhava espantado.

Pai - Obrigado por ter salvo a vida do meu filho. Nada do que eu faça é suficiente para agradecer.

O Junior, me olhou, e eu o olhei.

Continua...

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Comentários

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Noh... sempre fico ansioso pela continuação das suas estórias.

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Qual a idade do Antônio? dá pra descrever ele

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O cavalo mordeu a cabeça do Pedro ou ele cai e rachou a moleira kkkk, cara esse conto ta ótimo, realmente abriu se um leque de opções para o Pedro, Pedro e Júnior.

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Poxa,vc abriu um leque de opções para o nosso protagonista. Com quem será q ele vai ficar? Eu espero q seja o Junior

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Caralho, por essa eu não esperava!!! Mas meu instinto me leva até o Antônio rsrs

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Achei que a família do antônio não existia, que era invenção dele, ja que ele tudo de si no trabalho. Não entendi essa do pai do pedro agradecer o junior por ter "salvo" ele, ja que foi ao contrario. To amando o conto, volte logo!

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Nossa! Fiquei sem palavras agora. Abracos man...

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O Pedro precisa de acompanhamento psicológico, ele esta com Síndrome de Estocolmo kkkkk.

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