Romances Proibidos 31
(RITA)
Depois que arrumei minhas coisas e Rodrigo desceu para meu carro com elas, fui até a cozinha pra dar meu adeus para Carol, percebi que ela estava chateada com minha decisão mais aceitou, pelo menos essa é minha esperança afinal de contas como somos amigas a muito tempo espero que ela me entenda que estou indo atrás da minha felicidade.
RITA: Já estou indo.
CAROL: Você tem certeza Rita?
RITA: Estou indo, mais continuo a ser sua amiga apesar dos pesares.
CAROL: Rita eu só estou preocupada com você amiga, espero que um dia você me entenda.
RITA: E você também amiga.
Vi que nesta hora ela estava com os olhos marejados, já sabia que ela iria chorar mais jamais admitiria chorar na minha frente então preferir fingir que não tinha percebido nada.
CAROL: Espero que seja feliz nesta nova empreitada sua.
RITA: Não é uma empreitada e sim minha felicidade.
Sai da cozinha deixando ela lá, olhei uma última vez para o apê e lembrei de tudo que já tinha vivido ali o quando minha vida mudou depois que me mudei pra cá com a Carol, meus olhos se encheram de lagrimas com as lembranças. Entre a porta da cozinha e a sala ouvi a Carol.
CAROL: Sinto muito, vou torcer por sua felicidade.
RITA: Obrigado, vou torcer pela sua também.
Não tive coragem de dar um último abraço na minha amiga, não queria que essa situação ficasse parecendo um adeus final já que tinha esperança é que um dia minha melhor amiga visse que o Rodrigo é a melhor coisa que me aconteceu. Quando estava saindo do apê a Duda estava saindo do elevador, ela me olhou de cima a baixo e perguntou.
DUDA: Onde está ela?
Já sabia de quem ela falava, percebi também o quanto ela estava preocupada com Carol, nos últimos tempos Carol foi se afastando de mim e se aproximando dela no começo fiquei com ciúmes mais ai percebi que por causa da Duda a Carol andava mais calma em relação ao Rodrigo até achei que os dois poderia se tornar amigos infelizmente não foi o que aconteceu.
RITA: Na cozinha, me faz um favor?
Ela pareceu pensar para dar a resposta.
DUDA: Sim, se eu poder.
RITA: Cuida dela pra mim? Eu me preocupo com ela, e sei que ela e você estão próximas.
DUDA: Tudo bem Rita, mais isso me dá a liberdade de dizer uma coisa.
RITA: Pode falar apesar de já saber o que você tem a falar.
DUDA: Na minha opinião você está fazendo uma besteira indo morar com Rodrigo.
RITA: Carol já fez a caveira dele pra você, né?
DUDA: Isso não é sobre o que Carol falou ou deixou de falar, e sim o que eu penso.
RITA: Sei. Então me diz o que você pensa Duda?
DUDA: Só penso que você e seu namorado estão se precipitando em tomar a decisão de ir morar juntos, com um relacionamento ainda no início. E que pra mim este tipo de decisão tem que ser tomado de forma mais calma, e não por causa de um desentendimento do seu namorado com sua melhor amiga.
RITA: Confesso que você me pegou de surpresa mais eu concordo com você sobre isso, mais infelizmente essa situação está insuportável e para não ficar pior acho mais viável eu sair do apartamento.
DUDA: Eu te entendo.
RITA: Obrigado, e cuide dela.
DUDA: Irei fazer isso.
Entrei no elevador com as lagrimas já saindo dos meus olhos, não tinha mais motivos para não me deixar ser tomada por minha tristeza de ver minha amizade com Carol ficar desta forma. Quando sai do elevador nem dei moral para o porteiro, fui direto para fora onde Rodrigo me esperava encostado no carro, quando me viu chorando veio até a mim e me abraçou.
RODRIGO: Você não devia ficar chorando por causa desta sapatão meu anjo.
Ele falou com um tom de voz debochado, fiquei até um pouco surpresa da forma que ele disse acho eu, que percebendo com a cara que fiquei ele tentou amenizar o que foi falado.
RODRIGO: Não leve a mal anjo a forma que falei da Carol...
RITA: Como não leva a mal? Você está falando da minha melhor amiga, por mais que tenhamos brigado jamais iria deixar ninguém falar dela desta forma preconceituosa.
RODRIGO: Me perdoa é que pra mim é errado esse modo de vida dela.
RITA: Tenta entender Moh é a orientação sexual dela, não é uma opção ou escolha dela simplesmente ela nasceu assim e ponto.
RODRIGO: Tudo bem mais deixemos este assunto pra lá, vamos para nossa casa meu anjo.
Respirei fundo e deixei o assunto encerrar por ali mesmo por que afinal de contas, eu estava indo viver meu final feliz ao lado do homem que eu amo e que sei que me ama da mesma forma, ele abriu a porta do carro para que eu entrasse olhei uma última vez para o prédio e pedi a Deus que minha amiga ficasse bem.
(DUDA)
Queria acordar mais cedo que o normal queria servi o café da manhã para Isa na cama, mas meu plano foi por água a baixo, tivemos uma noite incrível então ela acordou antes de mim fez um café maravilhoso e trouxe na cama pra mim, e agora olhando pra nos duas tomando café na cama juntas fico pensando o quanto fui burra de quase jogar toda nossa história no lixo por uma ilusão, de um possível relacionamento “normal” como se isso existisse.
ISA: Eduarda.
Me assustei quando ouvir Isa me chamar pelo meu nome, ela estava com uma cara como lê-se o que eu estava pensando ou onde eu estava com a cabeça.
DUDA: Por que me chamou assim vida?
ISA: Moh estou te chamando faz tempo.
DUDA: Me desculpa.
ISA: Tudo bem, no que você tanto pensava?
DUDA: Em nós e como estou feliz ao seu lado.
Ela ao ouvir isso me deu um sorriso lindo com os olhos brilhando de felicidade acho eu, quando estava me aproximando dela para lhe roubar um beijo meu celular toca. Isa se estica toda quase caindo da cama para pegar ele na cabeceira e depois me passar. Antes de atender digo.
DUDA: É a Carol.
ISA: Melhor atender, pra ela ligar pra você está hora e no sábado ainda por cima deve ser importante ou no mínimo urgente.
DUDA: Tudo bem.
Atendi a ligação somente pela voz dela percebi que ela não estava bem por causa da voz embargada de choro.
DUDA: Estava chorando?
A Isa me fez um sinal que ia deixar mais à-vontade para falar com a Carol.
CAROL: Eu e Rita brigamos novamente e agora ela está arrumando as coisas dela pra ir embora.
DUDA: Não acredito que ela vai mesmo ir morar com aquele boçal homo fóbico.
CAROL: Também não, mais infelizmente tudo que eu podia fazer para que ela visse o verdadeiro caráter dele eu fiz mais ela não viu ou simplesmente não quis ver o quanto ele não presta.
DUDA: Onde ela está agora?
CAROL: Terminando de arrumar as coisas dela com ele.
DUDA: Ela vai embora hoje?
CAROL: Pra ser mais especifica ela deve ir daqui a pouco.
DUDA: Estou indo pra ir agora.
CAROL: Não precisa, vou ficar bem.
DUDA: Não estou perguntando se precisa ou não, simplesmente estou informando que estou indo pra sua casa, já deixa avisado para o porteiro que estou indo. Até daqui a pouco.
CAROL: Duda...
DUDA: Não adianta falar pra não ir.
CAROL: Não é isso, só queria dizer que muito obrigado.
DUDA: Por nada, amigas são pra estas coisas.
Desligando o celular já me arrumando o pouco que eu já conheço a Carol sei que ela não deve estar bem por causa da briga com Rita e muito mesmo pela decisão dela de sair do apartamento, e ainda mais sabendo do que o Rodrigo é capaz de fazer. Sai do quarto já arrumada para ir à casa de Carol encontrei Isa arrumando a bagunça que fez na cozinha preparando nosso café.
ISA: O que houve com Carol?
Contei tudo pra ela que me deu a maior força para ir socorrer Carol, ela me levou até o carro e pediu para eu ter cuidado com Rodrigo que ele não parecia uma boa pessoa e que ele poderia tentar fazer algum mal pra mim ou até mesmo pra Carol. Prometi me cuidar e falei que ficaria lá até minha amiga sentisse melhor. Isa me levou até o carro me desejou sorte me deu um beijo de despedida já dentro do carro.
Sai dali rumo a casa de Carol torcendo para não dar de cara nem com Rita muito menos com Rodrigo que na minha opinião não passa de um grosseiro, covarde preconceituoso e ainda por cima um machista de mão cheia. Minha torcida não valeu de nada ao parar o carro na vaga em frete ao prédio da Carol me deparo logo com Rodrigo encostado no carro de Rita, quando me viu deu um sorrisinho safado deu uma piscada e jogou um beijo pra mim.
DUDA: Você não se enxerga mesmo, né?
RODRIGO: Quando olho pra você logo penso, quanto desperdício, mas tenho certeza se eu te dar o trato que uma mulher do seu nível merece...
Fiquei com nojo da cara que ele fazia enquanto me dizia estas coisas.
DUDA: Eu mereço uma coisa desta mesmo.
Sai deixando ele falando sozinho, assim que cheguei até o portão vi que o porteiro já me aguardava logo entrei e após cumprimentar o porteiro subi para o apartamento de Carol que quando sai do elevador dei de cara com Rita, jamais iria deixar aquela oportunidade de falar o que pensava sobre o que ela estava fazendo naquele momento.
Pode até parecer impressão a minha mais achei a Rita um tanto quando ríspida comigo durante nossa conversa, após o curto papo com Rita assim que apertei a campainha Carol abriu a porta secando as lagrimas do rosto.
DUDA: Não vai adiantar ficar chorando.
CAROL: Eu sei, mas estou muito chateada. É difícil aceitar que a Rita prefere acreditar naquele...
DUDA: Eu sei boçal, babaca, idiota, covarde etc. Mas por enquanto não temos muito o que fazer, a não ser esperar até Rita enxergar o verdadeiro caráter do Rodrigo. Sei que não é o momento mais vou ter que perguntar.
CAROL: Tudo bem, manda.
DUDA: Você vai comigo?
Ela pareceu está esperando pela pergunta.
CAROL: Vou sim, eu prometi mesmo sendo extremamente contra este tipo de ....
DUDA: Assassinato?!
CAROL: Não ia falar isso, e sim procedimento.
DUDA: Dê o nome que quiser, mais pra mim no momento é a única coisa posso fazer pra não perder a Isa.
CAROL: Mas se a Isa te ama do jeito que ela diz, será que ela não te perdoaria?
DUDA: Pode ser, mais não quero me ariscar em perdê-la.
CAROL: Tudo bem, não concordo mais te apoio.
DUDA: Obrigado por tudo.
Quando estávamos preste a mudar de conversa, o interfone toca, Carol atende faz uma cara de surpresa e fala para o porteiro liberar pra pessoa subir, ela depois olha pra mim e diz.
CAROL: Minha ex.
DUDA: Aquela que tinha ido embora?
CAROL: Sim, está mesmo.
DUDA: Você preferi ficar a sós com ela?
CAROL: Não, acho que ela está aqui somente pra dizer que voltou mesmo.
DUDA: Quem sabe ela não quer voltar com você KKKK
Não deu como segurar a risada, Carol ficou com uma cara que seria capaz de me esganar.
CAROL: Vai rindo, você não conhece a peça.
DUDA: KKKKK tudo bem, então me apresenta a figura.
CAROL: Já vou te apresentar, mais tenho pra mim que ela voltou pra conquistar a mulher por quem ela estava apaixonada quando foi embora.
DUDA: Lésbicas e seus dramas.
CAROL: Bem isso rs
Carol falou saindo pra atender a porta. Quando a Bruna entrou pela porta estava de costa, fiquei surpresa em vê-la ali quando me virei.
CAROL: Bruna essa é minha amiga....
BRUNA: Oi Duda.
DUDA: Oi Bruna, como foi a viagem?
CAROL: Puxa, de onde vocês se conhece?
DUDA: Do Galpão.
Não gostei da forma que a Bruna me olhou quando falei de onde nós nos conhecia, e gostei menos ainda do que ela falou.
BRUNA: Não é bem há verdade.
DUDA: Hãm?
CAROL: Como assim?
BRUNA: Pra falar a verdade, foi através da Nanda que a gente se conheceu.
DUDA: Sim, mas foi no Galpão.
Carol pareceu surpresa da Bruna conhecer a Nanda.
CAROL: Bruna você conhece a Nanda?
BRUNA: Sim, muito bem.
CAROL: Nossa.
O clima ficou tenso, percebi de longe que a Bruna queria arrumar encrenca.
BRUNA: Carol lembra da última vez que nos vimos?
CAROL: Sim.
BRUNA: Pois bem, lembra da nossa conversa?
CAROL: Lembro.
Antes mesmo da Bruna dizer o que ela iria falar já sabia onde aquela conversa ia para, e que com toda certeza a Nanda estaria em maus lençóis depois do que a Bruna teria a falar.
DUDA: Acho melhor eu ir embora, pra deixar vocês mais à-vontade.
BRUNA: De forma alguma Eduarda, quero você como testemunha.
CAROL: Testemunha de quê?
DUDA: Pra que isso Bruna?
BRUNA: Posso listar os meus motivos.
CAROL: Meninas vocês pode me dizer o que está acontecendo?
DUDA: Não tem nada acontecendo Carol.
BRUNA: Pensei que você Duda era diferente, mas pelo jeito é igual a todos que encobre as pilantragens da Nanda.
CAROL: Pilantragens da Nanda?!
O espanto na cara da Carol foi nítido a impressão que tive foi que ela estava até desesperada.
BRUNA: Não se preocupe vou explicar tudo Carol.
DUDA: Pra que isso Bruna?
CAROL: Não estou entendendo nada.
BRUNA: A questão é a seguinte....
A única coisa que eu pensava no momento, depois que a Bruna começou a dizer tudo que ela sabia da Nanda pra Carol, e vi a fisionomia da minha amiga ir mudando conforme ela ia sabendo das coisas foi que fodeu tudo pra Nanda. Assim que Bruna falou tudo me levantei do sofá para ir embora, olhei pra Carol ela estava com o olhar perdido como se esperasse que tudo aquilo foi um sonho.
BRUNA: Sei que você deve estar pensando que foi maldade, mais não foi Carol só não quero que ela faça de você um estepe igual ela fez de mim.
DUDA: Isso tudo é porque a Nanda não quis ficar com você?
BRUNA: Eduarda esse é o problema a Nanda jamais quer namorar ninguém.
Carol estava já se segurando pra não chorar. Respirou fundo e falou.
CAROL: Só me responde um coisa com sinceridade Bruna...
BRUNA: Tudo o que você quiser.
CAROL: Quando você ainda estava namorando comigo me traiu?
BRUNA: Sim.
DUDA: Carol não vai na pilha dela.
CAROL: Eu quero saber Duda.
DUDA: Não precisa amiga.
BRUNA: HAHAHA não precisa porque não é com você Eduarda.
O rancor e a raiva era palpável na voz dela.
BRUNA: Quer saber se te trai? Sim trai e foi com a Nanda...
AGRADECIMENTOS
Drag me down; você tem personalidade. Eu (Nanda) e a minha noiva temos opiniões diferentes sobre o assunto, eu concordo com você porém, a patroa não.
Deiia; obrigado pelo seu comentário e espero que goste muito mais do que está por vim.
Vivi23; você nem imagina mulher... Tem muito mais coisa pra acontecer.
Dani_nexa; trabalhamos para que vocês leitores gostem por mais que nós abandonamos vocês por um curto tempo.
Vou deixar aqui meu agradecimento especial a você DRIELE SUA TRATANTE QUE ESQUECEU AS AMIGAS E NEM UM SINAL DE VIDA DÁ MAIS OBRIGADO POR ACOMPANHAR O CONTO ;-)
E aos leitores "fantasminhas" (Expressão que aprendi com uma leitora) que somente leem o conto e não comenta, mas comentaram no e-mail obrigado a todos. Pra quem não pegou o e-mail anteriormente deixaremos ele ao final de todo conto a partir de agora.
Beijos e até o próximo ;-)
cahefercontos@gmail.com