Já era segunda, 6:25 da manhã. Acordei Felipe e ele ficava resmungando que não queria levantar.
Eu fiquei pensando, a princípio eu ia acordar ele apenas para tomar café da manhã comigo. Mas mudei de idéia:
- Levanta agora que vamos tomar banho pra ir pra empresa.- Disse.
- Porque eu? Pelo que eu saiba quem vai estagiar lá é você.- Felipe falou virando o rosto para o outro lado da cama.
Eu fiquei chateado com ele, é normal que você tenha preguiça de manhã cedo, principalmente ele que tava acostumado a acordar tarde. Então eu peguei um travesseiro e joguei com força em cima dele, mas ele nem se movimentou.
- Felipe?- Disse, mas ele só grunhiu- Vou na cozinha avisar pra Judite pra preparar o café que estamos descendo em menos de uma hora. Felipe só fez falar um -Ok- tão baixo que quase eu não ouvir.
Cheguei na cozinha minha mãe estava lá com Judite, conversando.
- O que tá fazendo tão cedo, não deveria estar dormindo.- Falei
- Ah meu filho, vc sabe que não consigo dormir até tarde, estava tão acostumada a acordar cedo que não perdi o hábito.- Finalizou ela.
- Judite, prepare o café que o William e eu estaremos descendo logo, logo.-Falei.
Voltei para o quarto, quando cheguei lá, Felipe ainda estava dormindo, o chamei e ele nem sussurrava. Fui no banheiro e voltei com um balde de água, joguei em cima dele. Que acordou assustado e reclamando, olhei para ele e apenas disse:
- Pro banheiro.- Ele foi a contra gosto, ele ficou com muita raiva, tanta raiva que nem falou comigo no banho e nem no quarto na hora de se vestir, ficou com a cara fechada completamente.
Eu sei que foi um pouco errado, mas eu gosto de fazer esse tipo de coisas com ele, ele fica fofo com raiva de mim. Mas o principal, ele ia aprender a acordar todo dia pra cuidar dos interesses dele, afinal, não tem dito popular mais correto para os negócios do aquele "Os olhos do dono é que engorda os bois", então se eu tenho algo, ninguém além de mim vai cuidar melhor, e isso vale para todos.
Descemos para a mesa do café, e a mamãe percebeu a cara fechada de Felipe, logo depois que ele pediu a bênção dela.
- E agora Felipe, o que aconteceu?- Falou ela.
- O seu filho jogou água em cima de mim, falou ele bufando de raiva, como ele próprio diz.-
Então eu disse:
- Judite, falando nisso, depois troque os lençóis e ponha para secar o colchão.-
- Porque você fez isso meu filho.- Minha mãe perguntou já tomando as dores dele.
- Olha mãe, eu o chamei várias vezes, mas ele só vive com preguiça e não levanta, eu desci aqui na cozinha, e voltei, e e ele ainda estava dormindo, voltei a chamar e ele não levantava, então peguei o balde de água e taquei nele. A senhora lembra o que me falava quando eu era criança, sobre trabalho, pois é, eu guardo até hoje.- Finalizei.
Minha mãe ficou refletindo e disse:
- Olha Felipe, eu sempre fico do teu lado meu filho, mas dessa vez não posso. Lembra quando você era criança e via o William comigo me ajudando na barraca.- Felipe refletiu- Pois é, não era porque ele queria estar ali, era porque ele precisava está, só éramos eu e ele, ele sempre foi responsável, acordava de madrugada pra estar me ajudando, as vezes eu nem precisava de ajuda, mas ele ficava lá olhando-me pra não me deixar só. Seja lá o porque de ele te jogar água, mas se fez, foi porque de alguma maneira, isso vai te fazer bem.- Minha mãe terminou de falar.
Refletir sobre o que minha mãe disse, de fato, eu nunca tinha dito nada a ela, de que eu não queria tá lá, mas mesmo assim ela percebeu, na verdade eu nunca reclamei, porque sabia que ela lutava diariamente pra fazer com que eu tivesse algo melhor, ou pelo menos o que comer no outro dia. Eu quase fiquei triste naquele momento. Acho que todos perceberam, quando me olharam, estava olhando para o nada.
Felipe estende sua mão, e quando me dou conta, ele está com a mão sobre a minha, dizendo:
- Me perdoa?-
Eu só faço sorrir e falo: - Perdoar de que? Não tem do que perdoar.- Falei apertando sua mão com força, e logo depois saímos de casa pra irmos pra empresa.
Mas antes de sair eu pego os livros que Gustavo estava olhando, e coloco na bolsa. No caminho peço pra ele passar lá com a Ruth, minha amiga. Chego com ela e explico a situação, ela me fala que está ocupada, mas que em dois dias me entregaria, então eu aceito, já que não é muito tempo. Em seguida fomos pra empresa.
Confesso que eu nunca estive numa empresa tão grande. Quando chegamos passamos pela recepção, e uma mulher que suponho que seja a recepcionista perguntou para o Felipe:
O que você quer?
- Eu vim falar com o Lucero.- respondeu ele.
- Ele tá ocupado, volta outro dia.- Falou ela de maneira bem ríspida.
- Ei, fala direito, você com certeza não está sendo paga pra tratar as pessoas com grosseria.- Falei, olhando seriamente pra ela.
- Olha, por favor, hoje tá todo mundo muito ocupado aqui, se vocês estão atrás de emprego, fiquem na fila.- Falou ela apontando pra uma sala no canto em que tinha algumas fileiras de cadeiras com pessoas preenchendo formulários.
Fiquei com a cara no chão, será que ninguém conhece o Felipe aqui. Quando olho pro lado, o senhor Lucero está vindo com mais dois rapazes, novos e muito elegantes, eles até um charme avassalador, não pude deixar de reparar, mas aquilo no momento e em qualquer outro não me importava.
- Bom dia Lucero.
- Ainda bem que você já está aqui William. E com certeza não acredito que você conseguiu trazer o Felipe.
- Ah, sim. A partir de hoje ele também vai trabalhar aqui.- Finalizei.
- Qué bom, nós vamos ver a obra que está sendo feita pra olimpíadas, então venham, vai ser bom pra vocês dois já conhecerem o trabalho.-
- Senhor Lucero. Me perdoe, mas quem é essa moça aqui?- Perguntei mostrando a moça da recepção.
Ela com certeza estava assustada, porque quando começamos a falar com Lucero ela ficou tensa e eu percebi.
- Ela é a recepcionista, dessa área aqui. O nome dela é Maria, esta a três meses conosco, ela fala duas línguas e creio que ela está preparada pra atender os clientes.- Finalizou ele.
- Eu acho que ela não está preparada para atender os clientes. Ela nos tratou mal quando chegamos, foi grosseira.
- Não pode ter sido assim. Isso é verdade Maria?- Perguntou ele a ela.
- Não foi bem assim senhor, é que todos estão ocupados hoje, então pedi pra que eles voltassem amanhã que o senhor ficaria muito contente em atenderlos.- Finalizou ela.
- Como assim, Maria. Mas você nem me avisou que tinha alguém me procurando? Esse telefone do lado é justamente para isso.
- Me desculpe senhor. Prometo que isso não vai mais acontecer.- Falou ela olhando pra ele toda mansa.
- Só pra constar Maria, eles são os donos da empresa.
Nessa hora ela arregalou os olhos, se dirigiu à nós e pediu desculpas. Felipe olhou pra ela e disse:
- Tá tudo bem.-
Mas pra mim não estava tudo bem, então eu disse:
- Só uma dica, trate bem a todos que vierem aqui, esse é o teu trabalho, e se você não quiser, tem muitos que com certeza não se esforçariam muito para serem gentis.
Nessa horas os dois rapazes que estava com Lucero ficaram olhando de maneira curiosa pra mim. Um deles, o que era muito atraente falou:
- Você está certo rapaz, essa atitude não é bonita. Eu já fui tratado assim uma vez, e me senti muito mal depois do ocorrido. Me senti como se eu não fosse ninguém.- Falou ele.
- Há, não apresentei vocês. Tasso, esses são Felipe e William, eles que são donos da empresa. E a partir de hoje vão trabalhar conosco.
- É um prazer William, e você também Felipe. Bem... Então vamos.
Assim fomos para a construção, era uma pista de atletismo com um campo de futebol no centro. Em outras áreas também tinha quadra de voleibol.
Enquanto víamos a obra, o senhor Lucero explicava detalhes de tudo que precisamos ver. E o Tasso foi muito atencioso e Felipe muito ciumento, mas eu gostava do ciúmes dele, eu amo ele e acho o ciúmes dele, fofo.
Quando saímos da obra já era bem tarde, só deu tempo de tomarmos banho e ir pra faculdade, estava começando o segundo período. Quando chegarmos já estava todos em sala de aula, apesar de a turma já está toda introsada todos ficaram olhando pra nós. Sei lá, foi muito estranho.
Confesso que a aula foi um pouco chata, no intervalo, uma garota que tinha uns peitos bem grandes chegou próximo a Felipe e perguntou:
- Felipe, posso te fazer uma pergunta íntima?
- Claro que pode Lu, faça!- Disse ele.
- Mas você não prefere que seja num lugar reservado?- Falou a tal, Lu.
Nesse momento o Eric pulou da cadeira, falando:
- De maneira nenhuma gata, e vai nos deixar assim, morrendo de curiosidade.- Fazendo todos rirem, e eu estava com ciúmes já.
Então Felipe sorriu e disse, não tem problema Lu, pode falar. Esses são meu amigos, e a pior coisas que eu poderia fazer, eu fiz, e eles viram tudo.- Finalizou olhando para todos que estavam atrás, com um olhar que dizia "Quero matar vocês".
- Tudo bem. Olha, tem alguns comentários, que claro que é mentira, mas eu quero confirmar pra acabar com essa fofoca.- Começou ela.
Quando ela falou isso, Eric falou um:
- Seeeeeei- que me fez entender que ela deve ser a maior fofoqueira.- Então todos riram de deboche.
- Prosseguindo... -Falou ela- estão comentando que você mudou de time, e que está "dando" pro William. Bem, é isso que eu queria te perguntar. Isso é mentira né?-
Nessa hora Osvaldo se levantou e começou a brincar, falando de maneira engraçada:
- Não, o Felipe "dando", da onde você tirou uma coisa dessa, minha querida Lourdes.- Falando Osvaldo num tom de deboche, fazendo as meninas todas rirem.
- Cala a boca, Osvaldo.- Falou Felipe jogando uma bola de papel que estava em sua mão fazia algum tempo.
- Eu só estou perguntando isso, porque o Christian e o Guga comentaram sobre isso na entrada pra Mercedes, e ela me contou.- Falou ela.
Então já saquei tudo, provavelmente ele queria sujar o nome do Felipe.
- Olha, vou evitar que isso se torne fofoca Lu, eu não estou "dando" pra ninguém. E eu acho que o que eles quiserem falar é que eu e o William estamos juntos, somos casados e moramos juntos.- terminou Felipe falando para ela.
Era perceptível que ela ficou muito surpresa, e que logo, logo, estaríamos na boca de toda a universidade. Fiquei pensando no que era a fofoca, as pessoas não se contentam enquanto não intrometem na vida das pessoas. Aquilo com certeza era horrível.
A garota sorri e vai embora. Então eu toco no ombro de Felipe e falo:
- Você poderia ter mentido, eu não ficaria bravo.-
- Menti pra que Will, vamos acabar logo com isso, nós não dependemos de ninguém aqui dentro. É melhor que todos saibam mesmo.
Nossos amigos vieram e nos deram apoio e fomos todos para o intervalo, no intervalo estava tudo bem, mas na volta todos próximos a sala já cochichavam sobre nós, era perceptível os olhares.
Mas Felipe já não se importava, pegou minha mão, sorriu e fomos para a sala. E o melhor era que Eric e os demais não se importavam de estar ali conosco, eles apenas riam de ser o centro das atenções.
Creio que aquilo talvez tenha sido pro bem, já não precisávamos nos esconder. Mas a fofoca ficou tão intensa. Que uma semana depois a professora Eliane, que nos dava aula no primeiro período, nos chamou na sala dela, ela era a representante do nosso curso, e falou sobre o caso. Explicamos pra ela tudo o que tava acontecendo.
No outro dia ela apareceu na sala e falou que precisava falar com todos.
Ela falou sobre a fofoca que estavam espalhando sobre mim e Felipe. Falou que ficava entristecida de saber que universitarios se propunham a esse tipo de espetáculo. Ela ainda falou assim:
- Vocês estão dentro da universidade para ser indivíduos críticos, e não alienados como muitos aqui estão sendo. Se vocês estão aqui para fazerem esse tipo de coisa enquanto profissionais, lhes digo que vocês estão no lugar errado, e que se quiserem ou tiverem algo contra, podem pegar suas coisas e cancelarem sua matrícula, porque aqui queremos somente profissionais. Se houver novamente essas conversas no corredores a turma toda terá 2 semanas de suspensão, o que acarretará no atraso de conteúdos e muitos aqui nem terão as férias no fim de semestre. Antes de eu me retirar quero saber se um de vocês quer falar alguma coisa.- Finalizou ela olhando para mim e Felipe.
Então eu falei que queria sim, e fui até na frente.
- Bem, o que eu tenho pra falar é bem curto então não se preocupem. Sabemos quem ficou espalhando o rumores sobre Felipe e eu aqui, mas isso não importa tanto. Creio que devemos fazer o que é conveniente pra nós próprios, sabendo que algo assim poderia prejudicar a muita gente. Temos a construtora de Felipe, com certeza muitos de vocês iram estagiar lá, até porque não tem muitas aqui, e até onde eu sei ela tem convênio com nossa instituição para a disciplina de estagio. Mas pergunto pra vocês o que aconteceria com esse estágio se ele fosse negado a vocês, e seria por justa causa, já que vocês ofenderam o dono da empresa.- Fui interrompido pelo professor que estava dando a aula antes da professora Eliane pedir permissão pra falar.
- Desculpe interromper, mas eu gostaria de falar algo. Eu sou o professor que dar o "estágio supervisado I", e agora vendo a extensão do que foi dito aqui, vejo que é mais grave do que pensei, admito que levei essa fofoca pouco a sério, mas se vocês estão pensando em cancelar o estágio na empresa, peço que pensem muito bem, pois isso atrasaria a vida de vocês em 1 ano, porque essa disciplina é pré requisito para outras.- Finalizou ele.
Nessa hora o Tuca grita la detrás:
- A todos não, porque nós que estamos aqui atrás não falamos nada e até ficamos com eles enquanto tudo isso estava acontecendo. Então sei que a nossa vaga está garantida la.- finalizou com o apoio dos Osvaldo Erick e as meninas.
- Então acho que temos que levar esse papo pra Gestora, porque isso tá ficando sério demais.- Falou o professor.
Falei que tudo bem. E me encaminhei junto da professora Eliane para Gestora, chegamos lá e a professora Eliane explicou a situação e perguntou se o convênio da empresa ia ser cancelado mesmo, porque muitos alunos que estavam em outros períodos, já iam fazer os estágios e aquilo prejudicaria muito.
Expliquei pra ela que aquilo não iria acontecer, mas que precisava deixar claro pra todos que tudo que fazemos na vida tem consequências, e que se eles estavam falando coisas que não deviam, coisas que ninguém sabe realmente como são, que só são fofocas, sendo nesse assunto ou em qualquer outro, isso poderia prejudica-los em algum momento. Pois muitas pessoas falam coisas erradas em momentos errados.
A gestora entendeu e foi comigo a sala, pediu pra falar com os alunos.
- Vocês viram o que a fofoca esta fazendo, e não pensem que é só vocês que estariam prejudicados. Tem alunos que vão começar o estágio em poucas semanas, e a atitude de vocês prejudicarão a todos.
Nesse momento o Gustavo interrompe ela é diz:
- Mas ele não pode fazer isso, ele estaria indo contra o contrato que firmou a escola com a empresa, e ainda teria que pagar multa.
- Deixa de ser bobo senhor Gustavo. Até porque você que começou com a essa história junto com o senhor Christian. É claro que ele pode, a águia dourada são os alunos, e os alunos ofenderam os donos da construtora, ele poderia cancelar qualquer contrato com a instituição por justa causa já que o ofendemos.- Finaliza ela.
Então a professora Eliane falar:
Fizemos um trato com William, e que se a turma pedir desculpas e não fizer mas esse tipo de fofoca, esse assunto termina aquí. Mas se tiver alguém que se recuse, pode ir a direção que cancelaremos a matricula e colocamos outro alunos no lugar, porque o que mais tem em gente rezando pra alguém desistir pra ocupar as vagas.- terminou Eliane
Querendo ou não todos foram forçados a pedir desculpas. Na verdade acho que eu fui longe demais, mas acho que isso foi o melhor, porque as pessoas devem entender que vivemos em um lugar onde a regras e precisamos do outro, mesmo que não precisemos agora, mas em algum outro momento podemos precisar. E as consequências de nossas atitudes são sempre cobradas através das consequências delas.
A professora Eliane e a gestora saíram e logo, logo o professor falou:
- Bem, a aula hoje foi muito tensa. E não tem clima nenhuma pra permanecermos aqui. Então eu vou liberar vocês pra refletirem no que vocês fizeram e em que poderia dar tudo isso.
Saímos da sala em silêncio, quando chegamos no estacionamento o Osvaldo falou:
- William, da onde saiu essa idéia, meu Zeus, foi demais. E você Felipe, não fala nada.- perguntou ele.
- Eu achei correto, Osvaldo. Mas admito que fiquei muito preocupado com que aconteceria de verdade. Que até agora eu não sei o que pensar.- Falou Felipe.
- Fica calmo amor, eu falei aquilo só pra assustar mesmo, porque as pessoas só se importam com as consequências, quando elas próprias são prejudicadas pelas mesmas. Não que isso não pudesse realmente acontecer, mas que naquele momento foi feito só pra assustar.- Finalizei.
- Bem... Só o que eu digo é que achei brilhante. Nossa, nem eu pensaria em algo melhor pra calar a boca de todos e acabar de uma vez com aquela fofoca.- Falou Lúcia.
Estávamos todos sentados em cima do carro quando o Eric fala:
- Bom, então vamos na pizzaria aqui da esquina, pra falar sobre isso.-
- Tá bom, mas vamos rápido. Amanhã temos que ir trabalhar cedo. E acho que preciso conversar com o Lucero e falar sobre o que tem acontecido essa semana.
Fomos pra pizzaria, pedimos as pizzas, pedimos uns shops, e Felipe foi com Eric ao banheiro, enquanto isso o carro de Gustavo estava parando no estacionamento.
O que bem se sabia é que ele com seu fiel escudeiro, Chris, vinham pelo menos falar alguma merda pra gente.
- Não olhar pra trás, eles já estão aqui perto de nós.- Falou Osvaldo.
Então segui seu conselho, e logo os dois sentaram nas cadeiras vazias de Felipe e Eric.
- O que você quer, Gustavo?
- Calma, não seja tão grosso bebê.- Falou ele.
- Como é que é?- Gustavo me interrompeu.
- Eu vim pedir desculpas a você, William.
- Espera, acho que não estou ouvindo direito, Gustavo.- Falou Osvaldo, enquanto as meninas ao seu lado ficaram nervosas.
- Cala a boca Valdo, isso é verdade, só não tenho como provar, então te tratarei bem a partir de agora.- Respondeu Gustavo à Osvaldo e em seguida olhando para mim.
Quando observei, Eric saindo do banheiro, e consequentemente Felipe vinha atrás dele falando algo. E logo olharam pra mesa. E ficaram sério. Então eu disse a Gustavo:
- Tem sim uma maneira de você provar que está falando a verdade.
- Não vejo qual.- Falou ele olhando pra mim com cara de quem nem se importava.
- Devolva os quase 4 milhões de reais que você e seu pai roubaram der Felipe, com juros e correções.- Falei.
Seus olhos pareciam que iam pular pra fora do rosto, todos na mesa olham espantados para mim, e Felipe chega na mesa com Eric, e fala:
- Como William?
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Desculpem novamente a demora. Agradeço a cada leitura, espero que gostem