Ola pessoal como vão?
Queria postar durante a semana mas enquanto não sair de férias da faculdade vai ser difícil. Então, no próximo capítulo chega um dos momentos que mais esperei pra escrever, foi uma das primeiras que pensei, quando criei a história e acho que irá responder muitas perguntas.
O capítulo de hoje foi mais para a Maria poder curtir o filho que ela achava que estava morto.
Luk Bittencourt2, Então, pode comentar outros contos, mas ficou ciúmes, kkk. 2) Sobre o Carlos, Maria e Stela, acho que é meio mais ou menos por ai, rsrs. Olha eu dando dicas valiosas. 3 - Então, a Maria segurou pra contar tudo para o Antônio e quando ela resolveu...a bomba que ele jogou no colo dela é justamente essa parte final do capitulo. Agora porque é uma bomba? Bomba positiva ou negativa? No próximo capitulo muitas coisas serão esclarecidas.
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RAQU£L*-*, Bom minha querida, o cerco se fechou, agora não tem mais pra onde correr, no próximo capítulo vocês irão entender um monte de coisas.
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Guigo (Hpd), obrigado meu querido, espero que curta esse capítulo também, no próximo vocês irão entender muitas coisas.
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cic¡¡¡, que bom saber que cada vez mais ganho novos leitores que comentam, adorei seu comentário e espero vê-lo mais vezes por aqui.
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onixy, então, esta difícil mesmo postar com frequência, estou fazendo milagre em continuar o conto, pois estou sem tempo mesmo, rsrs. Então, acho que vai ser de pura emoção sim a Maria e o Antônio, mas acho que ainda não será o momento dele saber de tudo.
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FlaAngel, então, vou lhe dar mais algumas peças, aproveite que ainda da tempo de mudar algumas coisas, depois vou corrigir. Espero não lhe decepcionar quando todos os mistérios forem revelados. Obrigado pelo carinho, o próximo capitulo é um dos primeiros que imaginei, quando imaginei escrever a historia e agora finalmente estou prestes a posta-lo.
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Martines, Obrigado meu querido, espero não lhe decepcionar nunca e antes que me xingue, quem vai revelar tudo sobre o que o detetive descobriu, é a Maria, depois o Bruno fala também por isso dei mais essa segurada, no próximo capítulo vocês saberão de quase tudo, só não sei será algo bom ou ruim, vai depender do ponto de vista. O Antônio ficar doente foi só uma desculpa que criei pra Maria poder cuidar dele, poder fazer o que não fez no passado. O Guilherme volta com tudo no próximo capitulo e dai o caldo entorna de vez, talvez aconteça uma coisa muito boa ou muito ruim ou as duas coisas ao mesmo tempo. Você vai entender o porquê a Maria não vai contar nada ainda. Pois é, a Cris esta com todas as antenas ligadíssimas e o Bruno já descobriu tudo, só que esta esperando o momento certo pra agir. Então a Stela esta sendo chantageada, talvez por alguma coisa que ela fez, ou por algo que ela não queira que saibam. Existe uma bomba atômica na historia, as vezes acho que ela já esta bem na cara, mas até la, outra bombas menores serão explodidas. Adoro bundas também, mas só dos meninos e outra, o que faz nesse site? Pode parar de entrar aqui, vc é menor, quando fizer 18 anos vc volta, rs. Beijão.
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K-elly, sim, virá muita emoção por ai. Obrigado pelo carinho.
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Monster, Então, nos próximos capítulos haverá uma morte e pode ser qualquer um, até mesmo um dos protagonistas, e não será o quem matou? Mas sim o quem morreu? Rsrs;.Hahaha, sobre seu ultimo palpite, daqui a dois capítulos você irá confirmar ou não se existe mesmo essa pessoa.
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marc01CL, sim, até deixei ele doente só pra ela poder cuidar dele sozinha e ser um pouca mãe, já que tiraram isso dela. Também já estou com saudades dos garotos, mas agora o conto entra pra uma parte tensa, vou revelar alguns mistérios. Mas vou tentar por os meninos no próximo capitulo, fazer eles voltarem com força total. Calma, não tire ninguém da sua lista negra ainda, alias ponha todo mundo la e depois você tira o que sobrar, alias já pensou se o Antônio for o grande vilão? Ele e o Guilherme serem gêmeos e ter matado o irmão e agora estar se fazendo de coitadinho? Kkkkk. Abração.
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SuUh16, obrigado meu querido.
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Ru/Ruanito, calma meu querido, ainda tem outros cabelos, rsrs.
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VALTERSÓ, como assim não entendeu? Qual a duvida mais especifica?
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robinhuu19-87, despencar? Acho que pode ser uma avalanche, mas não se esqueça, o Guilherme é fera em se safar, virar a o jogo a favor dele, por isso o Bruno esta cauteloso. Você me deu uma grande ideia, se o Guilherme se sentir ameaçado ele pode pegar os meninos, rsrs, gostei. Então, deixe explicar uma coisa, a Stela esta sendo chantageada por alguém, ponto, isso é uma coisa, a carta que ela recebeu sobre a amante de Carlos é um outro ponto, pode ter sido enviada por outra pessoa, não a mesma que esta chantageando ela pelo celular. Mas outra pessoa vai receber ou já recebeu uma carta igual a Stela recebeu, mas isso será mais pra frente. Hehehe, calma, a historia tem um grande segredo, essas voltas todas é pra chegar até esse segredo. Então, adoro séries, apesar de ter pouco tempo pra assistir. Eu gostava daquela big bang tory, acho que é assim que escreve, que tem o Sheldon.
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adeil perez, ola rapaz, obrigado pelo carinho, fico feliz que esteja gostando. Então, alguém trama contra o Antônio e outro alguém trama contra o Rodrigo, mas dai pode ser que sejam obrigados a tramarem contra o outro, para atingir um deles, mas porque essa pessoa ou pessoas estão fazendo isso? No próximo capitulo acho que muitas coisas serão esclarecidas. Nossa a Simone uma assassina? Isso sim seria uma grande bomba. Se o Guilherme fosse o homem que estava com Marcelo, acho que o Antônio se lembraria, mas seria interessante isso. O Carlos gay? Nossa seus palpites são verdadeiras bombas, adoro isso, rsrs. Grande abraço.
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Drica (Drikita), acho que ainda não será dessa vez, afinal ainda ter um ser no meio. O próximo capítulo será um dos mais esperados pelo menos por mim, pois foi uma das primeiras partes que pensei em escrever, antes de formar toda a história. Eu já tentei por no watpadd, mas cada capitulo do conto, viraria uns dez la, pois meu conto é muito grande, eles limitam o tamanho.
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Geomateus, talvez ainda não seja esse o momento, mas deixei o Antônio doente e fiz o Rodrigo viajar, só para a Maria ter o Antônio só pra ela. Sim, a Maria se revelar mãe do Antônio era um dos grandes momentos da história, mas ainda vem muita coisa por ai, coisas ruins e coisas boas, no próximo capitulo vem uma das primeiras partes que pensei para a historia, finalmente vou poder escrever. Sobre o caráter do Guilherme, as vezes uma noticia ruim pode significar algo bom, dependendo do ponto de vista, rsrs.
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Drica Telles(VCMEDS), Então teve uma troca de casais e os filhos foram trocados de pais também? 2 -Bom, se o Guil é ou não o verdadeiro Guilherme, isso você poderá comprovar no próximo capitulo, quando ele e Maria ficarem frente a frente. E ele também já se mostrou ambicioso demais, fica de olhão quando vai até a mansão, mas porque ele se acha com direitos? Se der acho que no próximo capitulo revelo também quem é a pessoa que se encontra coma Shirley. Já a Simone, adora ela, vou explorar mais o perfil dela nos próximos capítulos. Suas teorias são ótimas, espero que curta tudo quando eu revelar.
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sonhadora19, senti mesmo sua falta, espero lhe ver mais vezes aqui. Já fiz uma faculdade e sei o quanto é puxado, mas não fico parado, estou sempre estudando, mas esta puxado demais, mal tenho tempo. Se continuar assim chega o fim do ano e não terminei esse conto ainda. Acho que ainda não será a hora do Antônio descobrir tudo. Se o Guilherme é realmente irmão do Antônio? No próximo capítulo você tira essa duvida. Só vou poder revelar o que a Cris e o Bruno descobriram, depois que a Maria fizer sua cena triunfal. A Ritinha sabe sim de muita coisa. Sim, acho que o Marcio volta no próximo capítulo. Beijão minha querida.
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Maria - Antônio!!!
Maria foi até a cama e sentou-se ao lado de Antônio, segurando em sua mão, enquanto a primeira lágrima caia.
Com a respiração cada vez mais forte e coração disparado, Maria tocou de leve no rosto de Antônio, passando a mão em seu cabelo.
Mas felicidade maior foi quando Antônio começou a se mexer, despertando diante de seus olhos.
Antônio - Maria!!!
Com os olhos debulhados em lágrimas, Maria não segurou a emoção e abraçou Antônio.
Maria - Antônio, Meu filho!!!
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Capítulo 47
Maria - Meu filho querido!!!
Maria apertou o corpo de Antônio, não conseguindo se controlar, o deixando assustado.
Antônio ainda sentia um pouco de dor no corpo, mas abraçou Maria, beijando seu ombro.
Antônio - O que foi Maria?
Limpando as lágrimas, Maria finalmente pode olha-lo de frente, com mais calma.
Maria - Antônio.
Mesmo abatido, Antônio sorriu para ela, passando a mão em seu rosto.
Antônio - O que foi?
Antônio - Eu estou bem Maria.
Antônio - Já sei. É coisa do Rodrigo né? Ele deve ter dito que já estou nas ultimas.
Antônio - É só dengue.
Antônio falava e Maria olhava em seu rosto, tentando liga-lo a imagem do Antônio ainda criança.
Antônio voltou a sorrir, formando duas covinhas em sua face.
Maria percebeu várias semelhanças de quando o filho ainda era uma criança.
Maria - Desculpa meu jeito Antônio é que...
Finalmente ela estava diante do filho, mas travou, não sabia como agir, de como lhe contaria toda a verdade.
Antônio - O que esta acontecendo?
Maria - Antônio... Eu sou..
Nesse momento Rodrigo entrou, a impedindo de prosseguir.
Rodrigo - Já voltei.
Rodrigo - Que cara é essa Maria? Esta chorando?
Maria - Não, é que...
Maria - Só fiquei nervosa.
Rodrigo - Antônio, a Maria esta assim porque não se lembrou do seu aniversário.
Antônio - Ah Maria!!! Não acredito nisso.
Maria - O Rodrigo tem razão.
Maria - Me desculpe meu filho.
Rodrigo - O Antônio ficou muito triste Maria.
Antônio - Pare Rodrigo, você vai deixa-la mais nervosa ainda.
Antônio - Não ligo pra essas cosias Maria, mas lembro que nos encontramos e você me deu um abraço.
Antônio - Quer presente melhor que esse?
Maria ficou muito emocionada, ela não parava de olhar para o rosto de Antônio e de tocar em sua mão.
Quem amenizou o clima foi Rodrigo, que ficou o tempo todo tumultuando a conversa.
Maria - Você esta bem mesmo? O que o médico disse?
Antônio - Estou bem sim, só preciso de repouso.
Rodrigo - Estou cuidando dele.
Antônio - Rodrigo, pode ir fazer a viagem da faculdade.
Antônio - Já consigo me virar sozinho e a febre já esta diminuindo.
Rodrigo - Nem pensar que vou deixar você sozinho Antônio.
Vendo os dois “discutindo”, Maria não pensou duas vezes e resolveu a situação.
Maria - Pode ir Rodrigo. Eu vou ficar aqui e cuido dele.
Rodrigo - O que?
Maria - O que eu lhe disse. Eu vou ficar aqui e cuidar dele, até que fique totalmente curado.
Antônio foi ignorado pelos dois, que acertavam tudo sem lhe pedir opinião alguma.
Maria via essa oportunidade de estar ao lado do filho, de poder exercer seu papel de mãe, papel esse que foi tirado a 30 anos.
Antônio - Não precisa, eu estou bem?
Antônio tentava se sentar, ainda sentindo dores pelo corpo.
Maria - Já esta decidido então.
Antônio - Mas....
Rodrigo - Antônio fica quietinho, você não apita nada aqui.
Se Rodrigo já havia decidido, Antônio não tinha mesmo a menor chance de argumentar com o namorado.
Maria ficou radiante só de pensar na possibilidade de cuidar de Antônio, de ficar ao seu lado, de poder toca-lo, sentir seu cheiro, ouvir sua voz.
Enquanto isso Bruno aguardava na recepção do escritório do Detetive Claudio.
Já fazia uns quarenta minutos que aguardava, até que a pessoa que atendia foi embora e ele finalmente pode ser atendido.
Claudio - Bom dia!!! Mas em que posso ajuda-lo?
Bruno - Bom dia. Na verdade não é nada pra mim.
Bruno - Eu sou amigo de Rodrigo Santarém e há alguns meses atrás ele contratou seus serviços.
Claudio - Rodrigo Santarém??
O homem ficou meio pensativo, mas logo se lembrou de quem era.
Claudio - Claro que sim. Lembro-me desse caso.
Claudio - Mas o caso foi encerrado por ele mesmo.
Bruno - Sim, era para localizar uma pessoa.
Bruno - O irmão de um amigo meu, que foi separado dele ainda na infância.
Claudio - Sim, me recordo. Uma historia triste.
Claudio - Mas o que posso lhe ajudar? Ele me disse que o tal rapaz foi encontrado e dispensou meus serviços.
Bruno - Sim. Mas ele pediu que eu viesse, pois queria esclarecer alguns pontos.
Bruno - Ele disse também que o senhor tinha feito uma descoberta...
O detetive interrompeu Bruno, achando estranho toda aquela conversa.
Claudio - Me desculpa, mas não posso falar detalhes de um caso para um desconhecido.
Bruno - Não sou um desconhecido. E se o problema é esse, o senhor pode ligar agora para ele e ele lhe autoriza a me contar tudo.
Bruno estava sério demais e aos poucos o homem foi cedendo.
Claudio - Tudo bem, mas o que quer saber exatamente?
Bruno - Como o senhor encontrou o Guilherme?
Claudio - Bom, não tinha registros no orfanato que ele ficou, pois o mesmo pegou fogo.
Claudio - Mas depois de muita procura, muito contato e molhando a mão de algumas pessoas, se é que me entende, consegui a ficha do rapaz.
Claudio - Mas uma coisa não batia.
Bruno - Que coisa? Do que o senhor esta falando?
Claudio - Bom, acho melhor que você veja com seus próprios olhos e tire suas conclusões.
Claudio - Vou pedir para minha secretaria ir até o arquivo e pegar a ficha desse caso.
Em outro ponto da cidade Cris também fazia suas investigações.
Cris - O senhor é o Seu Anselmo?
Anselmo - Sou eu mesmo e você quem é?
Cris - O senhor não me conhece. Mas disseram que eu poderia falar com o senhor, pra me ajudar em um caso.
O homem abriu o portão e Cris entrou, olhando tudo a sua volta.
Cris - O senhor é marceneiro?
Anselmo - Nas horas vagas.
Cris não perdeu tempo e soltou logo tudo o que queria.
Cris - Então, queria saber como posso falar com a família do Guilherme.
Anselmo - Eu ainda não estou entendendo.
Anselmo - Já esteve um ex policial aqui e contei tudo que lembrava sobre esse garoto.
Cris - Sim ele é meu noivo.
Anselmo - Então porque não pergunta tudo pra ele?
Cris - Pois acho melhor perguntar ao senhor, pois vai que se lembre de algo que tenha se esquecido de contar.
Anselmo - Eu já disse tudo. Quando trabalhei no orfanato, um casal foi até la e adotaram esse garotinho.
Anselmo - Eles foram para a Bahia e depois na ultima vez que vi o homem ele disse que havia se separado da esposa e que ela havia ido morar no Espirito Santo, levando o filho adotivo.
Cris - Mas como o senhor tem tanta certeza que era o Guilherme?
Anselmo - Simples, pois foi o único garoto chamado Guilherme que apareceu no orfanato naquela época.
Anselmo - Parece que o pai matou a mãe. Uma história horrorosa.
Anselmo - Mas afinal de contas, o rapaz não foi encontrado?
Cris - Foi sim, mas é que...
Cris ia insistir, mas o homem a interrompeu, atendendo o celular.
Anselmo - Bom, acho que já disse tudo que sabia. Preciso mesmo encerrar nosso papo pois tenho alguns serviços pendentes.
Cris - Claro, não quero atrapalhar.
Cris - Obrigado por tudo e até a próxima.
Anselmo - Próxima??
Cris deu um sorrisinho e saiu, entrando em seu carro.
Anselmo - Garota intrometida!!!!
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Rodrigo fez uma pequena mala e ficou esperando Maria retornar, para poder ir embora.
Deitado na cama ao lado de Antônio, ficou fazendo carinho no cabelo do namorado, olhando o tempo todo em seus olhos.
Rodrigo - Posso ir mesmo? Se você quiser cancelo tudo e fico aqui contigo.
Antônio - Claro que você vai. Se não vou brigar contigo.
Rodrigo - Mas só vou porque a Maria vai ficar aqui.
Antônio - Obrigado por se preocupar comigo. Detesto dar trabalho.
Rodrigo - Ei, pare com isso. Sou seu namorado.
Antônio - Noivo. Já se esqueceu?
Rodrigo - Claro que não.
Rodrigo uniu sua mão com a de Antônio, dando um selinho em seus lábios.
Rodrigo - Depois que eu voltar e você se recuperar por completo, você vai lá pra casa.
Rodrigo - Vamos morar juntos.
Antônio - Estudamos juntos, trabalhamos juntos, moramos juntos. Será que você não vai se enjoar de mim?
Rodrigo respondeu com um beijo, seguido por um sorriso. Antônio também sorriu, no fundo ele só estava carente, mas Rodrigo nem se importava se tivesse que fazer mil declarações de amor.
Maria colocou algumas peças de roupa em uma bolsa e antes que esquecesse, pegou o presente que comprou para Antônio.
Estava saindo apressada quando Stela apareceu, passando milhões de recomendações.
Stela - Maria, na sexta vou fazer uma pequena recepção e...
Stela - Aonde você vai indo com essa bolsa?
Maria - Ainda bem que a senhora esta aqui. Estou saindo pra resolver uns problemas particulares, não sei quantos dias ficarei fora.
Stela - O que? Mas como assim? Infelizmente não vai ser possível.
Stela - Eu vou dar uma pequena recepção e você tem um monte de coisas pra fazer.
Maria - Dona Stela, a senhora não entendeu. Eu estou saindo para resolver uns problemas.
Stela - Entendi muito bem Maria, mas acho que eu que não fui clara.
Stela - Eu não estou autorizando você a se ausentar do trabalho.
Maria respirou fundo e deu um sorriso.
Maria - Eu não estou pedindo para sair. Eu estou me liberando.
Ao ver sua autoridade contestada, Stela se descontrolou, aumentando o tom.
Stela - O que você esta pensando Maria? Que isso aqui é um bar? Que você entra e sai quando bem entender?
Stela - Não é porque você trabalha aqui a anos que pode fazer o que lhe da na telha.
Stela - Não me obrigue a tomar medidas...
Maria - E vai fazer o que Dona Stela? Me demitir?
Stela - Se for preciso, pode apostar que sim.
Maria - Então vá em frente. Faça o que a senhora achar melhor.
Maria deu as costas, mas Stela a segurou pelo braço, irada com a ousadia da empregada.
Stela - Com quem pensa que esta falando?
Maria olhou para o próprio braço, saindo do sério com a patroa.
Maria - A senhora não gostaria de ouvir o que eu penso.
Maria - Agora com licença, já perdi tempo demais com essa discussão idiota.
Stela ficou uma fera, prometendo dar uma resposta a altura, diante de toda aquela insubordinação.
Maria estava tão focada no filho que nem mesmo os chiliques de Stela iriam lhe tirar a alegria que sentia.
Maria - Demorei???
Rodrigo - Não.
Rodrigo - Você cuida dele então?
Maria - Pode ir tranquilo.
Maria - Rodrigo, acho muito bonita a forma como você gosta do Antônio.
Rodrigo ficou sem saber o que dizer mas não escondeu sua felicidade.
Rodrigo - Gosto muito dele.
Maria - Então pode ir tranquilo.
Rodrigo se despediu de Antônio, passando mil recomendações para Maria.
Rodrigo - Maria, ele esta proibido de ir para o restaurante e de por os pés na rua.
Maria - Pode ficar tranquilo, se for preciso boto no colo e não deixo sair.
Antônio - Só vocês mesmo hein? Sei me virar sozinho.
Maria se aproximou da cama, olhando no rosto do filho.
Maria - Você nunca mais vai estar sozinho, meu filho.
Rodrigo se despediu e Maria toda feliz, pode ser mãe novamente.
Enquanto Antônio descansava, ela deu uma geral na casa, passou algumas roupas e fez uma sopa para Antônio.
Antônio - Nossa, esse cheiro esta me matando.
Maria entrou no quarto com o prato, ajudando Antônio a se sentar.
Maria - Com essa sopinha quero ver se você não fica bom rapidinho.
Antônio - Esta com uma cara ótima.
Maria - Então abre a boca, e trate de comer tudo.
Antônio - Ah Maria!!!
Maria nem se importou e fez questão de dar a sopa na boca de Antônio, que mais parecia um bebezão, todo paparicado.
Antônio - Já estou cheio.
Maria - Só mais esse resto.
Antônio - Mas não aguento mais.
Maria - Pode tomar tudo.
Maria não deu trégua e fez o filho comer tudo.
Maria - Muito bem, até parece o Rafa e Arthur fazendo birra.
Antônio deu um sorriso e se cobriu, voltando a deitar.
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Bruno esperava ansiosamente até que a secretaria do detetive apareceu com todos os documentos que o chefe havia pedido.
Claudio - Todas as informações que consegui apurar estão nessa caixa.
Bruno - Posso ver?
Claudio - Claro, espero que encontre o que esta procurando.
Bruno mexeu em algumas coisas e foi direto em uma pasta com o nome de Guilherme.
Claudio - Eu consegui encontrar um ex funcionário do orfanato, o nome dele é Anselmo. Com as informações que ele me deu, eu consegui chegar nesses dados.
Claudio - Essa é a ficha do menino Guilherme.
Bruno começou a ler e de repente seus olhos se arregalaram.
Bruno - Mas o que é isso?
Bruno - Não faz o menor sentido.
Claudio - Concordo com você. Tentei dizer ao Rodrigo, mas ele não se mostrou interessado.
Bruno - Meu Deus, mas tem alguma coisa errada.
Bruno - Eu não estou entendendo nada.
Bruno pegou os papeis e olhou para o detetive, como que esperasse uma resposta.
Bruno - Mas se isso for verdade, então...
Bruno - Meu Deus!!!
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Antônio dormiu um pouco a tarde e acordou com Maria lhe dando os remédios que o médico receitou.
Em seguida ela mediu sua temperatura com o termômetro, colocando as mãos em sua testa.
Maria - Ainda esta com um pouco de febre.
Antônio - Estou me sentindo cansado.
Maria - Antes de você dormir, vou lhe dar um chá.
Maria estava saindo, mas Antônio segurou em sua mão.
Antônio - Maria, obrigado.
Maria - Não tem que agradecer meu filho.
Maria - Ah, já estava me esquecendo.
Maria foi até a sala e voltou com um lindo embrulho de presente.
Maria - Sei que esta um pouco atrasado, mas é de coração.
Antônio - Poxa Maria, não precisava.
Antônio abriu o presente e ficou surpreso com o que viu, dando um sorriso para a mãe.
Antônio - Um carrinho? Azul? Nossa que lindo.
Antônio - Adorei.
Maria - Fui ao shopping, não sabia o que comprar, dai vi ele na vitrine. Achei a cor bonita.
Antônio - Ele é todo de ferro, abre as portas, o capô. Parece um de verdade mesmo.
Antônio parecia uma criança, todo feliz com o presente.
Antônio - Obrigado Maria, adorei mesmo.
Antônio - Só preciso deixar ele escondido, pois se o Rafa e o Arthur verem, já era meu presente.
Maria - Fico feliz que tenha gostado.
Antônio ficou sério de repente, olhando para o nada.
Antônio - Nossa.
Maria - O que foi?
Antônio - Sei la, bateu uma sensação estranha. Como se eu já tivesse vivido algo parecido ou igual.
Antônio - Que estranho.
Maria - Um deja vu?
Antônio - Não sei, parece que já vivi esse momento. Uma sensação gostosa.
Antônio falava, enquanto olhava seu presente.
Mesmo que se esforçasse, ele jamais lembraria algumas da infância, diferente de Maria, que guardou por anos todos os detalhes que teve com o filho.
Maria mal conseguiu dormir naquela noite, indo ao quarto de Antônio a cada meia hora, toda preocupada com sua saúde.
Além disso, ela pensava em uma maneira de contar toda a verdade para Antônio, mas tinha receio que ele não recebesse bem a notícia e acabasse estragando aquele momento gostoso que estava vivendo.
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Bruno chegou em casa muito tarde. Ele ligou para Rodrigo mas não contou o que descobrira.
Cris - Nossa Bruno, onde estava? Liguei um monte de vezes no seu celular.
Cris - Que papeis são esses?
Bruno - Nada Cris, coisa minha.
Romeu também achou estranho, mas preferiu não comentar nada.
Bruno - Vou tomar um banho e vou para o restaurante.
Bruno entrou no quarto e colocou os documentos atrás de um guarda-roupa.
Romeu - O que será que ele tem?
Cris - Aff, tenho até medo de descobrir.
Romeu - E falar em descobrir? Não gostei nada de você ter ido até a casa desse Anselmo.
Cris - Pois é, não descobri nada de diferente além do que você já me contou.
Romeu - Você nem conhece o cara, o lugar. Quando for assim eu vou contigo minha princesa.
Cris - Então, sei la, não sei porque mas estou cismada.
Romeu - Cismada com o que?
Cris - Ainda não sei, mas vou descobrir.
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Stela esperou Carlos chegar do escritório e iniciou uma sessão de reclamações sobre Maria.
Carlos - Se ela tem um problema pra resolver na rua, deixe ela mulher.
Stela - Ela me desautorizou Carlos.
Stela - Se continuar assim vou coloca-la na rua.
Carlos - Não Stela!!!
Stela - Porque não? Porque você sempre defende a Maria? Porque sempre ameniza tudo o que ela faz???
Carlos - Não estou amenizando, só acho que você se desgasta demais com problemas pequenos.
Carlos - Bom, vou tomar um banho e já desço, embora eu não esteja com a menor vontade de ir a essa festa.
Stela - Imagina se não vamos? É a festa dos Martins Ribeiro, pegaria muito mal se não fossemos.
Stela se arrumou toda, colocando uma linda joia. Carlos já estava pronto e ficou mexendo no celular.
Stela - Com que vestido será que a Telma vai?
Carlos - Bom, vou lhe esperar na sala. Ah... Porque não coloca aquele colar que comprei pra você na viagem que fizemos a Sevilha?
Stela ficou branca, pois tinha vendido a joia no dia anterior.
Stela - Vou com essa mesmo.
Carlos desceu, tomando um gole de whisky, um tempo depois Stela apareceu e o marido voltou a insistir.
Carlos - Você não vai com o colar?
Stela - Ah Carlos, já estamos atrasados? E aquele cofre esta uma bagunça, outro dia eu uso.
Surpreendendo a esposa, Carlos deum um sorriso e retirou do paletó a peça que a mulher havia vendido.
Stela quase teve um AVC ao ver o colar nas mãos do marido.
Carlos - Peguei no cofre pra você.
Carlos foi até a esposa e colocou em seu pescoço.
Nenhum dos dois disse nada, ficaram naquele jogo de gato e rato. Stela sabia que o marido estava no seu encalço, que a estava seguindo, mas agiu como se fosse a mais inocente das mulheres.
Tomar uma atitude como essa o fez se entregar para Stela, mas Carlos resolveu arriscar. Um sabia do outro, mas agiram na mais perfeita hipocrisia.
Carlos - Vamos, não quero chegar atrasado.
No dia seguinte Maria seguiu o mesmo ritual. Preparou as refeições de Antônio e ficou toda atenta com seus remédios.
Até mesmo se ofereceu para dar banho nele, mas Antônio achou que seria demais.
Mesmo de longe, Rodrigo ligava a todo momento, querendo saber noticias do amado.
Antônio - Maria!!!! Você limpou a casa toda?
Maria - Só fiz uma faxina rápida.
Antônio - Isso esta errado Maria. O Rodrigo que mandou?
Antônio - Não quero lhe fazer de empregada.
Maria - Meu filho, isso não me da trabalho algum.
Maria não perdia uma única chance de cuidar, paparicar o filho. Ela queria correr atrás dos 30 anos perdidos.
Naquela noite o dia estava mais frio, principalmente com a chuva que caia insistentemente la fora.
Antônio estava deitado, mas sem sono.
Maria - Esta com fome? Esta sentindo alguma coisa?
Antônio - Não! Esta tudo bem.
Antônio - Sabe Maria, estou adorando ter você aqui.
Maria - Sério?
Antônio - Sim, acho que nunca fui tão paparicado assim, cuidado.
Antônio - Quando eu ficava doente lá no orfanato, não tinha esse carinho todo.
Antônio - Não que eu esteja reclamando, as “tias” de lá cuidavam bem da gente, mas não tinha isso que estou tendo agora.
Maria - Carinho.
Antônio - Sim, eu acho que é.
Maria sentou-se na cama ao lado de Antônio, passando a mão em seus cachos.
Antônio - Nessas horas que sinto falta da minha mãe.
Antônio respirou fundo, pronto para mudar de assunto, mas Maria fez questão de continuar a conversa.
Maria - Você não se lembra da sua mãe?
Antônio - Não, mas às vezes sonho com ela, escuto a voz dela, sinto o cheiro, o abraço, mas isso fica só no meu sonho.
Antônio - Ela fez tanta falta.
Antônio tentou segurar, mas uma lágrima caiu dos seus olhos.
Antônio não gostava de se lamentar, falar sobre sua vida, mas Maria o envolveu de um jeito que ele foi se abrindo aos poucos.
Maria - Você viveu em um orfanato né?
Maria - Você não se lembra de nada da sua infância?
Antônio - Lembro de algumas coisas sim. A minha mãe cuidada de mim, do Guilherme.
Antônio - Eu lembro de momentos felizes, mas era só aquele homem chegar e tudo mudava.
Antônio - Tudo fica tenso, triste e depois eu escutava ele batendo nela, ela chorando escondido pra que eu e meu irmão não víssemos.
Antônio - Eu tinha tanto medo dele, tento medo.
Antônio - Até que...até que..
Antônio sentiu um nó na garganta e Maria o abraçou.
Maria - Fale meu filho. Eu estou aqui contigo.
Antônio - Até que ele bateu nela e eu e o Guilherme fomos pra sala e vimos tudo.
Antônio - Ela com a barriga e o peito todo sujo de sangue e ele com aquele olhar de raiva.
Antônio - Ele gritava comigo e ela tentando me proteger, entrou na minha frente.
Antônio - Ela pediu pra que eu corresse, mas não consegui levar o Guilherme.
Antônio - E eu vi ele indo pra cima dela e enfiando aquela faca. Eu tapei os olhos, mas escutei os gritos de dor dela.
==
- Sai daqui moleque.
Antônio - Não bate nela.
Ana - Volta pro quarto filho, leve seu irmão.
Antônio - Vocês estão brigando. Não machuca a mamãe.
- Já mandei sair daqui sua peste.
Ana - Foge Antônio, corre meu filho.
==
A essas alturas Antônio não conseguia mais segurar a emoção e chorava sem parar. Maria o abraçava em silencio enquanto escutava toda aquela historia que ela já conhecia, chorando também.
Antônio - Estava chovendo muito e eu corri, corri tanto enquanto chorava.
Antônio - Eu não sei onde fui parar, mas estava tudo escuro e eu sozinho.
Antônio - Eu estava com tanto medo, eu chorava muito.
Antônio - Eu fiquei por dias perambulando pela cidade, comendo resto de comida do chão.
Antônio - Quando me levaram para o orfanato, falaram que minha mãe tinha morrido.
Antônio - Eu sofri tanto, tanto.
Antônio contava toda sua história chorando sem parar.
Maria - Eu estou aqui meu filho, fique calmo.
Maria o abraçou, beijando sua cabeça.
Maria esperaria Rodrigo voltar para contar toda a verdade, mas diante daqueles acontecimentos resolveu contar tudo.
Maria - Antônio, se acalme. Eu preciso lhe contar...
Maria tentou contar diversas vezes, mas Antônio estava tão alterado que ela desistiu, ficando mais preocupada em acalmar o filho.
Maria - Eu estou aqui contigo, não vou deixar nada lhe acontecer.
Maria ficou fazendo carinho em sua cabeça e aos poucos ele foi se acalmando, até pegar no sono.
Maria não saiu nenhum minuto do seu lado, velando seu sono a noite toda.
Já era altas horas da madrugada quando notou que Antônio estava mais agitado, falando enquanto dormia, provavelmente tendo algum sonho ou pesadelo.
Antônio - Mãe...Mãe...
Antônio chamou pela mãe algumas vezes até que segurou a mão de Maria, apertando em seguida.
Maria se juntou a ele, colocando a cabeça em seu colo, tomando cuidado para não acorda-lo.
Maria - A mamãe esta aqui filho.
Maria - Ninguém mais vai nos separar, eu vou sempre lhe proteger.
Agarrado a mãe, Antônio respirou mais tranquilo, dormindo calmamente.
Maria mal dormiu e só saiu da cama do filho de manhazinha.
Antes que Antônio acordasse, Maria sentou-se na sala e ficou refletindo. Seu receio de contar a verdade para Antônio ainda era grande, mas não podia mais guardar esse segredo.
Enquanto Antônio dormia, fez um café e foi até a padaria.
Maria - Meu filho, o que esta fazendo em pé?
Antônio - Bom dia Maria.
Antônio - Já estou me sentindo mais forte.
Maria - Dormiu bem?
Antônio - Por incrível que pareça, sim.
Antônio - Desculpa por ontem Maria.
Maria - Não precisa se desculpar.
Maria foi até o filho e lhe deu um abraço, beijando seu rosto.
Antônio - Vou tomar um banho.
Enquanto isso Maria se preparava para contar toda a verdade para Antônio.
Antônio se vestiu e sentou-se na cama, sentindo se bem melhor.
Maria - Posso entrar?
Antônio - Sim, já me troquei.
Maria sorriu para ele, sentando ao seu lado.
Maria - Antônio, a gente precisa conversar... eu...
Maria ia começar a falar mas o celular de Antônio começou a tocar, interrompendo a conversa.
Antônio pediu licença e começou a conversar, enquanto sorria.
Antônio - Esta bem!! Estou com saudade, vem logo.
Antônio - Tchau.
Maria - Era o Rodrigo?
Antônio - Não, era o meu irmão. Ligou pra avisar que esta chegando.
Maria - Ah sim, lembro dele na festa do Arthur, ele estava com uma mascara.
Antônio - Sim, de Capitão América.
Maria - Ele é filho da família que lhe adotou né?
Antônio - Não. Morei apenas alguns meses com a família que me adotou, mas nem lembro mais deles.
Antônio - Ele é meu irmão de sangue.
Maria - Irmão de sangue?
Maria ficou séria na hora, não entendendo nada.
Maria - É filho do seu pai com outra mulher.
Antônio - Não, ele é filho do meu pai com a minha mãe Ana.
Maria - O que?
Maria se levantou, muito nervosa.
Maria - Como assim?
Antônio - O Guilherme é meu irmão de sangue. Procurei-o por anos e o encontrei há alguns meses.
Maria - O que? Guilherme? Seu irmão se chama Guilherme?
Maria - Não é Gil? Guil?
Antônio - Guil é apenas apelido.
Maria - Meu Deus!!! Não pode ser.
Antônio - Ele acabou de ligar, esta vindo pra ca.
Antônio - Maria, você vai adorar o Guilherme.
Continua...
Bom pessoal, finalmente no próximo capítulo teremos Maria, Antônio e Guilherme juntos.