O filho do patrão. (final 3-3)

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3737 palavras
Data: 28/05/2016 04:44:39
Última revisão: 29/01/2017 15:22:31

Estávamos de costas para a porta, quando ouvi pisadas atras da gente. Ouvi barulho de revolver sendo armado.

Alguém encostou uma arma na nuca do Raulino.

- Solta ele, ou estouro seus miolos.

Raulino - calma aí papai. (respondeu Raulino, rindo).

- fala isso pra minha mão. Ela ta cosano.

Raulino - vamos devagar, eu não tenho nada a perder.

- Eu também não. Quer apostar?

Até aquele momento eu continuava de costas para a porta, mas sabia que aquela voz, inconfundível era do Antonio.

Antonio - Bora meu irmão. (Antonio, falava aos gritos). Minha paciência acabou. Coloca a arma no chão devagar e apoia as mão atras da nuca.

Raulino obedeceu, mas em nenhum momento deixou de rir daquela situação.

Antonio - TODOS! ( disse Antonio, seriamente).

Raulino - vocês ouviram o engomadinho aí.

Após todos colocarem suas armas no chão, o grupo de Raulino foi imobilizado.

Pedro - Antonio?

Antonio - o que tu tava pensando em fazer, Pedro? Por que não me chamou?

Pedro - eu achei que você não iria topar.

Antonio - E não iria mesmo, isso é loucura, agora mesmo você poderia estar morto.

Pedro - mas eu tinha que fazer, Antonio. Pelo meu pai.

Vitor nos interrompeu.

Vitor - Pedro?

Pedro - Oi Vitor.

Vitor - Acabei de ouvir a gravação.

Pedro - e aí? (perguntei ansioso)

Vitor não fez suspense.

Vitor - O áudio esta perfeito.

Pedro - e a parte que ele assume a autoria de tudo?

Vitor - Gravou também.

Pedro - que beleza, cara. E agora o que faremos?

Antonio - agora o Vitor vai chamar a policia, e eu vou leva-lo em casa. (disse Antonio nos interrompendo).

Pedro - Não Antonio, eu quero ficar, quero ver a policia chegar, quero ver o Raulino sendo algemado.

Vitor - O resto você pode deixar comigo, Pedro. Antonio tem razão, é melhor você ir pra casa e descansar.

Pedro - Mas dai eu vou perder a melhor cena.

Antonio - então tudo bem, Pedro, você fica, eu já estou indo. (disse ele guardando a arma no bolso).

Pedro - Não Antonio. Eu vou com você. Vitor Você me mantem informado?

Vitor - pode deixar, Pedro.

Pedro - Obrigado.

Saí daquele quarto, e pude respirar aliviado.

Pedro - Antonio, como você descobriu que eu estaria aqui? (perguntei enquanto andávamos pelos corredores daquele hotel).

Antonio - tenho meus contatos. (disse ele andando apresadamente).

Pedro - quem são esses contatos? (falei, tentando acompanhar suas passadas).

Antonio - Isso não vem ao caso, agora. O que eu queria mesmo saber, é onde está o outro. (disse ele me encarando seriamente).

Pedro - que outro? (Me fiz de desentendido).

Antonio - Você sabe bem de quem estou falando.

Fingi-me de mudo.

Assim que chegamos a parte da frente do hotel, avistamos o carro que Antonio usava, era o mesmo de quando saiu da minha casa.

Antonio - então Pedro? (perguntou Antonio colocando o cinto de segurança).

Pedro - então o que Antonio? (falei colocando, também, o cinto de segurança).

Antonio - não vai falar aonde esta o outro?

Pedro - eu não sei pra onde ele foi. (falei abaixando a cabeça).

Antonio antes de dar partida no carro me encarou por um tempo.

Antonio - você gosta dele não é?

Não hesitei em responder.

Pedro - eu não tenho certeza, Antonio, mas eu não quero que ele vá presso. Eu acredito que ele é inocente nessa historia toda.

Antonio puxou meu rosto, delicadamente, com suas mãos.

Antonio - ele não é inocente, Pedro. (disse ele calmamente). E você sabe disso.

Pedro - e se ele tiver arrependido?

Antonio - isso não apaga o passado de crimes dele.

Pedro - mas eu não ligo.

Antonio - eu não estou falando de sentimentos, Pedro, estou falando de Justiça.

Pedro - O cara foi baleado, quase morreu hospital, e agora só Deus sabe por onde ele esta andando, sem casa, sem comida, sem nada. Você não acha que ele já tenha pagado pelos erros que cometeu?

Antonio fechou a cara, e enfim deu partida no carro.

Pedro - E tem mais, o único crime dele foi ter me sequestrado.

Antonio - você ta cego, Pedro. (dizia ele ao volante). Você ta cego e não percebe.

Pedro - Não estou cego, Antonio, mas sejamos realistas: o que ganhamos com a prisão do Junior?

Antonio - Justiça, ou você esqueceu que seu pai esta na uti de um hospital?

Pedro - eu não esqueci, Antonio. Não esqueço disso a nenhum instante. Mas por que não deixamos meu pai decidir após sair do hospital?

Antonio - Tudo bem, Pedro. Você quem sabe.

Depois disso um silencio monstruoso invadiu nosso veiculo.

xxxXX

Pedro - você mudou comigo, Antonio, o que eu ti fiz? (falei, puxando assunto, depois de algum tempo).

Antonio apenas me encarou, mas nada respondeu.

xxXXX

Finalmente chegamos em casa. Subi a meu quarto, e entrei no banheiro para banhar-me. Vitor me ligou e disse que a operação havia sido um sucesso; comemorei; troquei de roupa, e imediatamente desci as escadas, chamando pelo Antonio.

xxXXX

Naná - que euforia toda é essa? (Naná aparecera na sala de estar).

Pedro - as pessoas que tanto fizeram mal a meu pai, e a mim, foram presas, agora falta pouco para que sejam condenadas.

Naná - Pedrinho, me explica essa historia direito. Quem são essas pessoas?

Pedro - é uma longa historia Naná. Cade o Antonio?

Naná - Já foi. (disse ela desanimada).

Pedro - foi pra onde? (fiz cara de decepção).

Naná - pra casa dele horas.

Pedro - como assim pra casa dele? Ele não disse nada, antes de ir?

Naná - não! Apenas me pediu pra eu entregar isso a você.

A mulher esticou o braço, me entregando alguns objetos.

Pedro - o que é isso?

Naná - a chave do carro, o crachá e a carteira de trabalho dele.

Pedro - eu sei Naná, mas o que isso significa?

Naná - Eu entendi que o Antonio esta pedindo as contas, por que você não liga e conversa com ele?

Estava digerindo aquela informação, e acabei não respondendo a Naná.

Naná - Hey. (disse ela passando a mão na frente dos meus olhos).

Pedro - Oi. (falei despertando).

Naná - Ta dormindo?

Pedro - pensando.

Naná - por que você não liga pra ele, e conversa?

Pedro - pro Antonio?

Naná - sim.

Pedro - vou fazer isso.

Subi as escadas, desanimado.

Cheguei a meu quarto, peguei meu celular, e disquei o número do Antonio.

****

- sua chamada esta sendo encaminhada para a caixa postal.

*****

Fiz uma segunda tentativa.

****

Sua chamada esta sendo encaminhada para a caixa postal.

*****

Arremessei o celular encima da cama e deitei em seguida.

Estava com sono, sentia meu corpo cansado, mas eu precisava ir ao hospital visitar meu pai, e no mesmo dia iria ate a casa de Antonio.

xxxXXX

Pedi para um dos seguranças que estavam de serviço, me levar, já que o Antonio havia supostamente pedido as contas, e Vitor ainda não retornara.

xxXXX

chegando ao hospital, me identifiquei na recepção e a moça me encaminhou ate a unidade de terapia intensiva. Lá chegando tive uma terrível surpresa, meu pai não, mais, se encontrava.

xxxxXXX

Pedro - Cade meu pai? (perguntei a enfermeira de plantão).

- Qual o nome completo dele? (perguntou a moça).

Passei de imediato.

Depois de buscar informações com o médico, e moça retornou a meu encontro.

Pedro - e aí? (falei com ela ainda, a caminho).

A moça se aproximou:

- Seu pai saiu do cti, ele esta em um apartamento.

Pedro - isso quer dizer que...

Enfermeira - que ele teve uma melhora brusca. (disse ela, interrompendo meu raciocínio).

Pedro - você ta falando serio?

Um misto de sorriso e lágrimas invadiram meu rosto.

Pedro - aonde eu posso ver meu pai?

A moça me deu o número do quarto, e eu, literalmente corri ate la.

Assim que abri a porta, meu pai estava sendo examinado por dois profissionais.

- eu sou filo dele. (falei antes que me expulsassem do quarto).

Meu pai dormia tranquilamente.

Pedro - como ele esta? (perguntei).

- se recuperando. (falou um dos médicos). Ele esta reagindo bem. Já respira sem ajuda dos aparelhos. Já consegue identificar o que tem ao seu redor. Posso arriscar que em pouco tempo, ele voltara pra casa.

Pedro - enfim uma noticia boa! (exclamei).

xxxXX

Na volta pra casa, o ar parecia estar mais limpo, mas eu ainda tinha que resolver a situação do Antonio, iria convence-lo a voltar ao emprego.

xxxXX

Bati palmas em frente a sua casa, já que não possuía campainha.

Antonio veio me atender, apenas com uma calça jeans de zíper aberto, e seu filho nos braços.

Antonio - Pedro? O que você ta fazendo aqui?

Pedro - posso entrar pra conversar?

Antonio abriu, totalmente, o portão, deixando um espaço para que eu entrasse em sua residencia.

Antonio - não repara, aqui é tudo bem simples.

Pedro - que nada. Tua casa é bastante agradável. E esse garotão aí?

Antonio - é o orgulho do papai. (disse Antonio dando um cheiro no cangote do pequeno).

Caminhamos um pequeno pedaço, e enfim chegamos a porta da residencia.

Antonio - entra.

Passei na frente do anfitrião da casa.

Pedro - e tua esposa? (perguntei sentando no sofá).

Antonio - fazendo o jantar.

Pedro - certo.

De tão nervoso que eu estava, minhas mãos se aqueciam, e eu nem dava fé.

Pedro - A Naná me entregou alguns pertences teu. E eu não entendi bem. Tu ta saindo lá de casa?

Antonio - Eu vou abrir uma lojinha pra mim.

Pedro - lojinha de que?

Antonio - uma floricultura.

Pedro - Antonio, desculpa minha sinceridade, mas eu não consigo te imaginar vendendo flores.

Antonio - nem eu patrãozinho, nem eu. (disse ele sorrindo, e o filho correspondeu).

Pedro - então por que isso agora?

Antonio - a floricultura é da minha esposa; é um sonho antigo dela.

Pedro - agora ta fazendo mais sentido. Mas então você vai precisar trabalhar bem mais para poder investir.

Antonio - já tenho o suficiente.

Pedro - podemos ti fazer uma proposta melhor.

Antonio - eu não quero Pedrinho. Vou seguir o teus conselhos e me dedicar mais a minha família.

Pedro - esquece meus conselhos.

Antonio sorriu.

Por um momento ver Antonio, sorrindo com seu filho nos braços, me fez ver o quanto egoísta eu estava sendo. Antonio dedicou parte de sua vida a mim e minha família. Era justo que agora ele vivencia-se quão bom era ver o filho crescer.

Pedro - Antonio, sabe de uma coisa?

Antonio - diz.

Pedro - vou investir na tua floricultura.

Antonio - não precisa, Pedrinho. Como falei, já tenho o suficiente.

Pedro - teu filho tem alguma poupança no nome dele?

Antonio olhou para o rosto do garoto.

- Ainda não. (disse ele o encarando).

Pedro - então com o dinheiro que você iria investir na sua empresa, abre uma poupança pra ele.

Antonio - não carece, Pedrinho, de verdade.

Pedro - Aceita Antonio. É um agradecimento por tudo o que você fez por mim.

Antonio corou, abaixou a cabeça e achei que ele fosse chorar.

Antonio - Filhão. Vai lá pra onde ta a mamãe, e ver se o jantar já esta pronto. (ele se comunicava com a criança).

Antonio colocou o garoto no chão, e este saiu correndo pelo corredor da pequena casa.

Antonio - eu aceito, mas com uma condição. (disse ele me encarando).

Pedro - qual?

Antonio - que quando minha empresa estiver dando lucros, você aceite a devolução do valor que investir nela.

Pedro - fechado. Sua empresa já é um sucesso.

Antonio - Deus te ouça, patrãozinho. (disse Antonio, olhando para o alto).

Pedro - vou sentir falta disso.

Antonio - de que?

Pedro - você me chamando de patrãozinho.

Antonio sorriu.

- Você vai ser sempre meu patrãozinho.

Eu iria chorar se não saísse dali o mais rápido possível.

Pedro - ah! Esqueci de falar.

Antonio - então fala.

Pedro - meu pai saiu da uti. (falei entrando em êxtase).

Antonio - Isso que é uma ótima noticia. Mas eu já sabia.

Pedro - como sabia? Quem te contou?

Antonio - eu sempre estive ao lado do teu pai, Pedrinho. Lembra que eu pedi para cuidar dele, ate que estivesse recuperado?

Pedro - lembro sim. E por que você não me contou nada sobre a recuperação dele?

Antonio - eu não queria estragar a surpresa. (disse ele rindo).

Peguei uma almofada que estava a meu lado, e arremessei em Antonio.

Pedro - Agora eu tenho que ir. (falei me levantando).

Antonio - ta cedo. Fica pra jantar conosco.

Pedro - Fica pra próxima. Tenho mesmo que ir.

Antonio - Pena. Eu te levo la fora então.

Pedro - beleza.

Antonio me acompanhou, e ali eu vivia meus últimos momentos com meu eterno guarda costas.

Já no portão, eu não consegui segurar a emoção.

Pedro - eu queria um abraço teu. (falei começando a chorar).

Antonio - não chora, patrãozinho. (disse ele me puxando para um abraço).

Pedro - eu vou sentir tanto tua falta. (falei molhando seu ombro).

Antonio - eu também. Você me devolveu a vida. (cochichou ele em meu ouvido).

Passei a mão por sua careca e lhe encarei nos olhos.

Pedro - Se cuida cara e cuida da tua família. Eles são lindos.

Antonio - pode deixar. (disse ele deixando escapar uma lágrima).

Pedro - boa noite.

Antonio - boa noite.

Atravessei o portão, e Antonio me puxou para dentro novamente.

Antonio - me deixa fazer algo que ha tempos eu venho sonhando?

Apenas balancei a cabeça em conformidade.

Antonio aproximou sua cabeça da minha, e eu senti seu halito quente. Meu coração acelerou, era como se naquele momento eu fosse um adolescente de 12 anos.

Antonio encostou seus lábios nos meus, e me deu um selinho.

Eu sorri: um sorriso tímido, e amarelado.

Antonio - Boa sorte Pedrinho.

Pedro - igualmente.

Acenei para Antonio, e entrei no carro.

xxXXX

O tempo passou.

Eu fizera 18 anos, e me sentia independente.

xxxXXX

Parabéns cara. (disse Elvis).

Pedro - obrigado.

Era estranho não ter Elvis como inimigo.

Elvis - e a carteira?

Pedro - semana que vem é minha prova pratica; Tou confiante que vou passar.

Elvis - claro que vai pô. Tu já dirige bem pra porra. Só tem que entrar no carro, e cumprir o procedimento.

Pedro - que assim seja. (falei sorrindo).

Noah - olha a caipirinha saindo. (disse ele com vários copos em uma bandeja).

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Meu pai havia saído do hospital, e com ajuda de profissionais da saúde, estava cada dia melhor. Mesmo assim eu preferi não fazer festa de aniversario grande. Para não deixar passar a data batida, meu pai me aconselhou a fazer um jantar, e chamar os amigos mais chegados.

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Peguei uma taça de caipirinha.

Pedro - você quem fez?

Noah - logicamente. (disse ele se gabando). Prova e diz o que achou.

Tomei um gole da caipirinha e fingi estar engasgado.

Noah - ta tão ruim assim? (perguntou ele).

Pedro - zuando pô. Ta uma delicia. Não ta Elvis?

Elvis - Ooooo! (disse Elvis fazendo careta).

Nós rimos.

Elvis - Pedro, me diz uma coisa.

Pedro - pergunta.

Elvis - e o Kevin, o que aconteceu com ele?

Pedro - Deve ta na Bolívia.

Elvis - estou falando serio.

Pedro - eu também.

Elvis - que loucura. Que porra aquele bicho foi fazer na Bolívia?

Pedro - Não faço a menor ideia.

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Na realidade eu fazia sim. Meu pai tinha dado uma grana alta para o Kevin, e havia instruído a ele que deixasse a cidade, mas o cara foi tão mané que entendeu o País, e partiu pra Bolívia.

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Elvis - saquei. E tu ta namorando alguém?

Pedro - não mano. Nem penso nisso.

Elvis - entendi. (disse Elvis meio envergonhado).

xxXXXX

Um Mês após a formatura do ensino médio, meu pai viu a necessidade de contratar novos seguranças.

Pedro - pra que isso pai? (questionei)

Já que Raulino e sua turma estavam presos, não tinha com o que se preocupar.

Pai - Alguns seguranças estão deixando o emprego. Temos que preencher as vagas.

Pedro - quais seguranças?

Pai - o Vitor por exemplo é um.

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Depois do atentado, meu pai não era mais o mesmo. Ele havia ficado com algumas sequelas, e devido a isso já não comandava mais a empresa.

No dia do julgamento dos envolvidos em seu acidente, e em meu sequestro, meu pai esteve presente para ver de perto a viúva de um dos seus melhores amigos.

Após todos terem sido condenados, meu pai ficou mais satisfeito, mesmo sabendo que sua saúde nunca mais seria a mesma.

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Pedro - não sabia que o Vitor iria sair.

Pai - ele passou em um concurso.

Pedro - isso é bom.

Pai - sim, tem mais é que ir mesmo.

Pedro - mas afinal pai, pra que o senhor esta me dizendo que vai contratar mais funcionários? Ainda que eu seja contra, o senhor não vai mudar de ideia mesmo.

Pai - Pedro, meu filho, já esta mais do que na hora de você tomar as decisões aqui em casa.

Pedro - não entendi pai.

Pai - a partir de hoje, você ficar responsável por contratar e demitir nossos funcionários. Você tem minha total autorização.

Pedro - mas pai, eu não sei nem pra onde é que vai fazer isso.

Pai - é simples. Faça uma entrevista, se você achar que a pessoa tem capacidade a contrate; se um dia você achar que a pessoa não esta rendendo, a mande pro olho da rua.

Pedro -creio que não seja tão simples pai.

Pai - Mas não é o trabalho mais complicado. Você vai gostar.(disse meu pai, me dando tapinhas nas costas).

Pedro - não sei não pai. (falei indeciso).

Pai - faça o teste. Hoje mesmo vem vários rapazes interessados na vaga de chofer e segurança.

xxxXXXX

Mesmo sem muito concordar, eu resolvi arriscar, e a tarde estava eu no escritório do meu pai, entrevistando alguns supostos interessados nas vagas disponiveis.

xxxXX

- Manda entrar o próximo, Naná. (disse eu após vários candidatos sem habilidades, segundo o meu critério).

Naná - mas como é que pode?

Pedro - o que? (perguntei sem entender).

Naná - depois que tu sentou aí nessa cadeira só que ser o cu de rapadura.

Me espoquei de rir com os modos da Naná.

Naná se retirou do escritório, e depois de uns 2 minutos, mais um candidato entrou.

xxxxXXX

- Bom dia. (o cumprimentei).

O homem nada respondeu. Ele estava bem vestido, todo no social, com óculos escuros, cabelo inteiro no gel.

O homem atravessou o escritório inteiro, chegou ate a mesa onde eu estava, e nela sentou.

Pedro - que brincadeira é essa? (falei serio).

O homem riu, deixando aparecer suas duas covas rasas.

- Falei que eu voltaria. (disse ele tirando os óculos de sua visão).

- Junior? (falei espantado).

Metade de um ano já havia passado, desde que Junior partira.

Junior - sentiu saudades do papai aqui?

Pedro - muita. (falei sorrindo).

Pedro - como você conseguiu entrar aqui?

Junior - pela porta da frente. Não é aqui que estão precisando de segurança?

Pedro - aqui mesmo. (falei sorrindo).

Junior - vim ocupar a vaga.

Pedro - neh bagunçado assim não.

Junior - Não?

Pedro - claro que não. (sorri). Você tem que fazer uma entrevista primeiro.

Junior levantou da mesa e foi ate a porta.

Pedro - o que tu ta fazendo? (perguntei quando vi que ele passara a chave na fechadura).

Junior - me preparando para a entrevista.

Eu ri.

Junior retornou a meu encontro, e começou a desfazer o nó da gravata.

De repente começou a me subir um arrepio.

Junior - qual a primeira pergunta?

Pedro - qual... seu... nome?

Junior jogou a gravata encima da minha mesa.

- Radamés Barcelos Junior. Próxima pergunta. (disse ele desabotoando a camisa).

Pedro - é... é... Caralho. (falei rindo). Ta me fugindo as perguntas. Qual tua idade?

Junior - 22 anos.

Eu fingia que anotava algo em um papel.

Junior tirou o cinto lentamente.

Junior - tou te atrapalhando?

eu engoli a seco.

Junior tirou os sapatos, e por fim abriu o zíper da calça. Em seguida me deu um abraço e eu pude sentir seu corpo quente.

- Ta contratado. (falei).

Junior parou com o rosto na frente do meu, e beijou minha boca calmamente.

- tava com saudade de tu cara. (disse ele, segurando meu rosto).

Pedro - eu também.

Junior - tava nada. (falou ele rindo). Se tivesse teria ido me visitar.

Pedro - como, se eu não fazia nem ideia de onde você estava.

Junior - nem passou pela sua cabeça?

Pedro - Não... Hey, pera la. Vai dizer que você tava no...

Junior - exatamente. Fiquei esse tempo todo no cativeiro.

Pedro - você é louco.

Junior - necessidade. Tava sem grana. Pra conseguir alugar esse terno tive que fazer umas correrias.

Pedro - que é isso?

Junior - melhor você não saber. (disse ele rindo).

Junior voltou a me beijar.

- Eu passei aqui só pra te dar um oi, mas não posso ficar.

Pedro - achei que você estivesse mesmo procurando empregado.

Junior - não. Vou voltar para onde eu tava.

Pedro - porra Junior. Achei que tivesse vindo pra ficar.

Junior - não posso pô. A vida ta complicada pra mim, não posso aparecer agora.

Pedro - então fica morando aqui pô.

Junior - aqui?

Pedro - é!

Junior - na tua casa?

Pedro - claro, cara.

Junior - e o teu pai?

Pedro - Ainda ta em tempo de vocês conversarem cara. Passar a limpo essa historia.

Junior - não tenho coragem de olhar na cara dele, depois de tudo que eu aprontei. (disse Junior me virando as costas).

Pedro - meu pai não liga pra isso pô. O importante vai ser daqui pra frente.

Junior - e como vai ser daqui pra frente?

Pedro - Você pode ficar trabalhando aqui.

Junior - sera que daria certo?

Pedro - só vai saber se tentar pô.

Junior ficou pensativo.

- eu topo. (disse ele)

Soltei um sorriso largo.

Junior começou a me beijar, e apenas de cueca, me jogou no tapete do escritório.

Minhas mãos passeavam por suas costas largas. Junior soltava leves gemidos.

Com a ajuda de Junior eu acabei ficando apenas de cueca, também.

Junior - Você é lindo cara.

Meu rosto ficou quente.

Pedro - Você também é. (falei quase cochichando).

Depois de um tempo no chão me beijando, Junior me deu uma encarada.

Pedro - o que foi?

Junior - tou com uma duvida.

Pedro - fala.

Junior - eu vou ficar trabalhando aqui com vocês, e comendo o filho do patrão as escondidas?

Eu ri.

Pedro - Eu não sou mais o filho do patrão.

Junior - Não?

Pedro - não!

Junior - então quem você é? (perguntava ele, lambendo meu pescoço).

Pedro - Agora eu sou o patrão.

Junior - então eu vou comer o patrão?

Balancei a cabeça que sim.

Junior sorriu e abaixou a cueca.

Junior - o senhor me autoriza a começar agora?

Pedro - Claro! É uma ordem.

Sorrimos.

Ali começava minha historia de amor com meu sequestrador.

xxxxx

♫♫♫

Há quem diga que quem anda só é melhor

do que ao lado de quem não te quer bem,

O meu coração está cansado de ser torturado e

precisa de alguém...

Vou tomar o caminho mais reto,

vou seguir direto até onde eu quiser...

Vou levar esse amor solitário, tranquilo e na boa até

onde eu puder...

Veja só, eu podia estar ao seu lado,

mas não deu,

Eu não vou ficar aqui parado...

Tô indo pra onde haja sol,

pois o meu coração é meu lar

se você quiser ir,

pode vir já guardei seu lugar...

Vamos viver tudo aquilo que ainda não vivemos,

mais uma chance pro amor

pra salvar o que ainda não perdemos.

♫♫♫♫♫

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Comentários

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Uau, final surpreendente. Espero que faça uma segunda temporada (ou pelo menos, um capítulo bônus) mostrando o relacionamento dos dois. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Nossa Estou Tipo OMG!pena que acabou a história foi excelente maravilhosa e fantástica mas acabou não queria que aca ase agr 😞,nem que o autor deixasse a cdc mas temos que fazer escolha né! Quero parabeniza-lo por me proporcionar leitura incríveis e dizer que escreve bem é com a alma. Ao se vá.

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OMG que lindo sabia que eles ia ficar juntos nem acredito que acabou :'(

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Muito bom o final, espero que quando conseguir se aceitar independente de qualquer coisa volte a postar esses contos incríveis que você escreve. Nunca é fácil, mas as pessoas aprendem a lidar com essas situações na vida. Boa sorte pelos novos caminhos em que você venha a trilhar, e, lembre-se você não está sozinho, por mais que pareça...

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MUITO BOM, AMEI! achei que ia rolar algo entre o elvis e o pedro.

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Ai n kkk eu ja to sentindo a tua falta amei esse final o melhor fiquei alegre com o pedro e o junior por mais q o junior tenha feito coisa rui foi o melhor gente o antonio tem uma familia ja amei bjs

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Melhor final....

Não nós abandone (emotion triste). Abracos man

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Adorei o conto! Pensei que Pedro ia ficar com Antônio dps de td!

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Caraca que fazer a gente chorar, muito showwww, queria que tivesse rolado algo com o Antônio, mas com o Júnior ta no lucro

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