Bom dia para você que amanheceu ilhado nesta cidade apelidada de "Veneza Brasileira".
Queria agradecer a compreensão de todos pelos acontecimentos dos últimos dias. Muito obrigado, gente!
...
HOJE TEM MORTE DE UM DOS PERSONAGENS E A REVELAÇÃO DE UM GRANDE MISTÉRIO.
❖ NARRADO POR LUCAS
— Merda!
Acordei no pulo ao me dar conta que não estava em minha própria casa e ainda mais com alguém beijando o meu pescoço e alisando a minha bunda.
— Meu bebê acordou – Max sussurrou em meu ouvido.
— Meu Deus – Exasperei um pouco desesperado — Que horas são? Já deve ser bem tarde.
— Calma que ainda é cedo! – Max falou beijando
— Então são que horas? - Perguntei
Olhei ao redor a procura de algum relógio ou celular, até que senti algum duro em minhas nádegas.
— 11:20 – Max respondeu olhando para o seu celular ainda pressionando seu membro contra a minha bunda
— Meu Deus! – Me desesperei — Você ainda diz que é cedo? As pessoas devem estar preocupadas.
— Relaxa Luquinhas! Eu te levo em casa. – Falou com calma.
— Não é o fato de me levar em casa e sim várias horas sem dar notícias – Falei me dando conta.
Sai da cama procurando minhas roupas, até que me dei conta que estava totalmente pelado.
— Não vira essa bunda para o meu lado, eu não respondo por mim o que acontecer – Falou.
Revirei meus olhos nervosamente a procura das minhas peças de roupas, até que as encontro em cima de uma cadeira de escritório dobradinhas. Vou à direção delas, mas sou agarrado por trás.
— Ma-Max – Gaguejei tentando me desvencilhar daquele corpo escultural totalmente nu.
— Qual é Lucas? Ontem você estava agarrado no meu corpo, beijando e gemendo meu nome enquanto penetrava em você e agora você vem dá uma de tímido para o meu lado? – Falou — O que houve? Não gostou?
Ele falava essas coisas para me deixar desconcentrado, só pode. É claro que gostei!
— Eu amei, Max! É que eu só estou preocupado - Acariciei o seu rosto sentindo minhas mãos tremendo
— Lucas – Max pegou no meu braço puxando contra o seu corpo — E a gente?
Falou olhando nos meus olhos.
— A... A gente? Não entendi – Falei.
— Porra, Lucas! Não acredito que depois de tudo que aconteceu você ainda vai continuar nessa.
— Eu te amo, Lucas! – Declarou-se para mim — Eu sou louco por você.
— Você... Vo-Você não acha que está indo rápido demais? – Falava enquanto ele se aproximava mais.
— Foda-se se estou indo rápido demais. Eu só não quero mais esconder isso de você. Eu te amo!
Fiquei sem palavras, literalmente sem palavras.
— Hein Luquinhas? – Acariciou o meu rosto com as costas da mão — Me deixa cuidar de você?
Eu não sei ao certo o sentimento que está dentro de mim. Não sei se é amor, paixão, desejo, tesão ou seja lá o que for, mas não posso fechar os olhos para o que estou sentindo, mesmo não tendo certeza se é amor, mas alguma coisa eu estou sentindo e não posso deixar passar isso.
— Ai Max... – Suspirei nervosamente.
— Se você não gosta de mim, só me dá uma chance para eu tentar fazer você gostar.
— Não é isso, Max! É que...
— Então é o quê? – Levantou-se me interrompendo.
— Eu... Eu não estou pronto para colocar a cara no sol, não estou pronto para assumir o que eu sou para essa sociedade tão intolerante e que vê o que a gente sente uma aberração...
— Lucas...
— Eu tenho medo, Max! – Interrompi falando com os olhos marejados — Eu tenho medo de afastar as pessoas que eu mais gosto de mim. Eu não quero que as pessoas olhem para mim, apontem o dedo e diga que eu estou doente, e isso não é doença! Eu não tive culpa se eu...
— CALMA! – Max me abraçou — Não fica assim! Eu não quero arrancar você do armário apulso, não quero te forçar a fazer nada. Eu só quero cuidar de você, eu só quero você ao meu lado, sendo assumido ou não e depois a gente manda essa sociedade ir para o quinto dos infernos, até porque você e eu não devemos nada, absolutamente nada para eles. – Disse piscando um dos olhos para mim voltando a me abraçar.
— Ligaram para mim – Max falou vendo o seu smartphone.
— Meu celular está descarregado – Olhei para o mesmo apagado — Você não tem um carregador sobrando?
— Me deixa procurar algum carregador que serve para ele.
Max foi até seu guarda-roupas e minutos depois ele voltou com um carregador.
— Tenta esse aqui – Disse me dando o mesmo — Vem tomar café.
Acompanhei até a cozinha, onde tinha detalhes rústicos que deixava o ambiente mais aconchegante.
— Ligou! – Comemorei — Será que a minha mãe...
Parei de falar imediatamente ao perceber a visão do "paraíso" que eu estava vendo. Max estava sentado com um dos cotovelos apoiado na mesa redonda de madeira, já o outro braço segurava a xícara que provavelmente era de café, mas o que chamava atenção eram as pernas abertas e o volume um pouco grande demais dentro da cueca box branca.
— O que foi? – Max olhou para o próprio volume — Está gostando? – Perguntou com seu olhar malicioso.
— Ahn? – Voltei para a realidade — Go-gostando? Gostando de quê? – Tentei disfarçar.
— Como de quê? – Ele olhou para o volume mais uma vez — Disso!
Max deu uma pegada no volume que encheu a mão do mesmo.
— Ela sempre fica assim, "meia-bomba", de manhã quando eu acordo – Revelou.
— Minha nossa! – Me surpreendi — 32 ligações perdidas – Falei alto espantado.
— E quem liga tanto para você assim? – Se aproximou.
— Na verdade são várias ligações. 09 ligações do Juninho, 10 da Izabel, três de um número desconhecido, três da Carol e 07 da minha mãe – Falei olhando os números no celular.
— E quem é esse Juninho? – Falou num tom que parecia de ciúmes.
— É meu amigo! – Falei — Vou ligar para a minha mãe.
Quando eu iria fazer a ligação, o telefone começa a tocar e vi que era a minha mãe ligando.
Mãe? – Fui o primeiro a falar.
Finalmente você atende esta merda! – Ela parecia furiosa.
O que aconteceu, mainha? – Perguntei preocupado.
O que aconteceu? Aconteceu que você liga para mim de madrugada, diz que está na casa de um amigo, daí Juninho chega aqui preocupado perguntando se você está em casa. Ele me contou tudo que você sumiu lá naquela merda de show. Ele está até aqui do meu lado. – Se referia ao meu amigo de infância.
Você é um irresponsável! – Dona Josefa gritou do outro lado do telefone.
Calma, mãe! Eu estou bem. Na verdade eu me perd... – Tentei completar.
Alô? Lucas? – Outra voz falou pelo telefone.
Quem é? – Perguntei.
Sou eu, Juninho. Escuta, onde você está? – Perguntou.
Eu ainda estou no apartamento do Max, Juninho. – Disse olhando para dono do apartamento.
Pronto, é melhor você ir para a sua casa e acalmar a sua mãe – Falou.
Beleza, eu já estou saindo daqui – Olhei para o Max que olhava com uma cara nada boa para mim.
A gente conversa direitinho. Eu quero saber o que deu na sua cabeça para sumir daquele jeito.
Juninho disse isso e em seguida desligou, e desligou na minha cara.
— Eu vou ter que ir, Max! – Falei um pouco sem jeito.
— Que sujeitinho mais folgado esse seu amigo, hein? – Max comentou – Ele praticamente te deixa sozinho no show e depois quer mandar em você – Comentou enfurecido.
Ciúmes?
— Ele é assim mesmo. Nós somos amigos desde criança – Falei — E outra, na verdade fui eu que me afastei do grupo. Ele não poderia adivinhar que eu me perderia no meio daquela casa de show.
— Sei! – Disse se aproximando — Só sei que eu adorei a nossa noite ontem.
Ele falou me deixando vermelho.
— Eu... Eu também!
Meu pênis deu uma fisgada quando me lembrei da noite de ontem.
— Pensa direitinho no que eu te falei. Eu queria muito ser bem mais do que seu chefe e amigo – Sorriu.
— Tudo bem! – Sorri.
— Vai, toma café e depois se ajeita para eu te levar em casa.
Falou se levantando com a cueca totalmente estufada.
— Não precisa...
— Precisa sim e cala boca! – Se virou para mim — Agora termina de tomar café que eu vou – Olhou para o seu pênis ereto dentro da cueca — Eu vou ao banheiro fazer esse bichão dormir um pouco – Sorriu.
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ALGUNS MINUTOS DEPOIS...
❖ NARRADO POR LUCAS
Estávamos chegando próximo a minha casa quando avistei minha mãe parada no portão.
— Ixi! Tua mãe já está te esperando – Max falou — Vai levar uma pisa! – Zombou.
— Para com isso, Max! – O repreendi.
O carro do milionário se aproximou ainda mais da frente da minha casa, deixando a testa da minha mãe enrugada ao olhar para o automóvel que se aproximava cada vez mais. Mas seus olhos arregalaram ainda mais quando me viu saindo da Ranger Rover preta.
— Lucas? – Se aproximou de mim.
— Oi, Mãe! – Dei um sorriso sem graça.
Max baixou o vidro fumê elétrico e a cumprimentou na maior cara de pau.
— Bom dia, dona Josefa!
Minha mãe o encarou seriamente e não falou nada.
— Vem! Anda! – Disse me puxando pela camisa — Entra!
— Ai mãe! – Reclamei — Eu não sou nenhum bebê – Disse vendo o Max gargalhar dentro do carro.
Minha mãe não me ouviu, para variar, e saiu me arrastando pela vestimenta para dentro de casa.
...
— Você quer nos matar de preocupação? – Minha mãe me olhou furiosa.
— Matar de preocupação o quê? Eu avisei à senhora que estava na casa de um amigo.
— E aquele homem é o seu amigo? – Perguntou.
— Sim, o Max é o meu amigo – Falei — Algum problema?
— Max...
Silêncio.
— Você sabe que eu não vou com a cara daquele homem – Implicou — Ele não me desce.
— Agora lascou! – Bufei — Não aconteceu nada, mãe! — Eu só me perdi deles no show. Eu fui comprar uma bebida e depois não consegui acha-los. Ainda por cima meu celular estava descarregado e encontrei o Max com os seus amigos – Menti — E acabamos ficando juntos e dormi na casa dele.
Notei que a minha mãe ficou paralisada.
— Isso foi falta de consideração sua! – O meu amigo saiu da cozinha com um copo de água na mão.
— Juninho? – O encarei.
— Você tem ideia de como a gente ficou, Lucas? Nós ficamos te esperando e nada de você voltar.
— Mas... – Tentei falar.
— Acredita que o show "morgou" para a gente quando você não voltou? Estávamos pensando que tinha acontecido alguma coisa com você e ficamos te procurando o resto do show inteiro e nada.
— O que deu em você, Lucas? – Minha mãe me encarou — Você não era assim tão irresponsável.
— Mas foi isso que aconteceu, gente! Infelizmente foi uma coincidência ruim – Tentei amenizar.
— Depois que você começou a andar com esse... – Minha mãe suspirou — Com esse Max você ficou assim.
— Nada de coincidência! Se você quisesse, dava um jeito de nos avisar e não deixar a gente preocupado.
Juninho falava totalmente sério, ele parecia muito irritado mesmo.
— Quer saber? – Me irritei — Eu tenho 19 anos de idade e não tenho que está dando satisfação a ninguém a essa altura da minha vida. Vocês estavam lá curtindo o show com os seus pares e não para ficar de babá.
— Mas esse menino... – Dona Josefa tentou falar.
— Tá vendo que você só pensa em seu umbigo? Fica com esse ciúme idiota e depois faz aquela palhaçada.
— Ciúmes? – Me revoltei — Quem disse que eu estou com ciúmes, menino? Por que eu estaria?
— E eu vou lá saber? Por que a gente não estava te dando atenção? – Falou.
Gargalhei.
— Olha! Eu não estou com paciência para ficar ouvindo isso. Eu vou embora fazer minhas coisas.
Dona Josefa bufou e foi em direção à cozinha da casa.
— Você só pode estar maluco, Junior! Eu estava conversando normalmente com todos lá e não fiquei de birra porque queria a atenção da casa de show toda para cima de mim – Falei — Agora o estranho aqui é você, meu querido! – Falei indo em direção ao meu quarto com ele me seguindo.
— Eu? – Gargalhou — Por que eu estou estranho? Tá louco? – Gargalhou mais ainda.
— Você todo preocupado com o que eu faço ou que deixo de fazer – Falei sentando na cama do meu quarto.
— EU SOU O SEU AMIGO, PORRA! – Gritou.
— Mas não é minha mãe! Eu estou vivo, com saúde, sã e salvo. Muito obrigado pela sua preocupação, mas não precisa fazer tempestade em um copo de água. Tá certo que eu também tenho uma parcela de culpa nisso tudo, mas não precisava ter estragado o programa de vocês por causa de mim. Com que cara vou olhar para os outros, principalmente do povo da faculdade?
Juninho bufou e bateu na sua própria cintura com as duas mãos.
— Lucas, eu vou embora antes que eu me estresse de vez. – Bufou pela décima vez — Só te peço para ter mais consideração pelas outras pessoas.
Ele saiu me deixando sozinho no quarto pensando em como isso se tornou uma tempestade.
— Eu hein? – Falei para mim mesmo.
...
Após alguns momentos pensando sobre o que tinha acontecido, pensando também na noite que eu tive com o Max e também na ligação que tinha recebido da Bel, onde ela também deixou claro que ficou um pouco chateada, mas não foi como a reação do Juninho, eu estava plugando o fone de ouvido no celular e colocando o mesmo nos meus tímpanos. Sentei em um dos degraus da escadaria de uma rua e apertei o play.
— AI QUE SUSTO! – Exasperei assustado.
Hugo tinha colocado uma das suas mãos em meu ombro me assustando.
— Foi mal! – Hugo não estava lá com uma cara nada boa — Na verdade eu vim falar contigo sobre uma parada que me contaram – Foi curto e grosso.
— Que parada?
Não sei por que, mas meu coração começou a bater mais forte.
— Uma parada que fiquei sabendo! Fiquei sabendo que você foi para um show aí, daí você sumiu e só veio aparecer hoje. Aposto que você estava com aquele playboy, não foi? – Disse me olhando.
— Foi Juninho que te falou, não foi? – Perguntei.
— Na verdade ele me falou da preocupação que você deu para eles, mas que você fugiu do show com o ricão lá, eu deduzi porque vi o carro dele chegando com você hoje. Eu vi tudo!
— Na verdade, Hugo, eu me perdi deles no show e meu celular descarregou, daí eu encontrei o Max com seus amigos e ficamos juntos e acabei dormindo no apartamento dele – Falei.
— Dormindo? – Hugo ergueu os olhos.
— Sim! Qual o problema? – Disfarcei ao máximo o meu nervosismo.
— Você sabe que não vou com a cara daquele playboy – Disse com asco.
— Não vejo nada demais. Ele é meu amigo! – Falei.
— Ele é o seu chefe. Além de ter um mundo totalmente diferente do seu – Falou.
— Você está sendo preconceituoso consigo mesmo, Hugo! Para com isso, ele é meu amigo e não vejo problemas nisso – Bufei.
— AMIGO SOU EU! – Disse um pouco mais alto — Err... Juninho, Rose, Matheus e muitos daqui.
Hugo estava um pouco sem graça.
— Está com ciúmes, Hugo? – Zombei.
O malandro esbugalhou os olhos e levantou-se rapidamente.
— Tá me estranhando, Lucas? E eu sou lá viado de sentir ciúmes de porra de macho – Disse ignorante.
Quando eu iria retrucar, já vi o Hugo passando por mim, descendo os degraus pisando duro.
— Idiota! – Falei para mim mesmo — Vai nessa, Lucas! Continua criando esperanças nesse ogro.
Disse voltando a colocar os fones de ouvido no próprio.
...
NO DIA SEGUINTE...
Era cedinho e já estava saindo de casa para descer o morro e esperar o coletivo que me levava ao estágio.
— TIO LUCAS!
Dois pingos de gente gritaram do outro lado da calçada vindo em minha direção.
— Cadê meus dois pimpolhos lindos que tio Lucas tanto gosta? – Sorri.
— Estamos aqui – Falaram em uníssono.
— Coisas lindas! – Apertei as bochechas de cada um.
— MARCOS E MARCELO!
— Lá vem a Vovó – Falaram em uníssono novamente.
— Lá vem o demônio – Sussurrei para mim mesmo.
— SUAS PESTES! – Gritou vindo em minha direção
— EU FALEI PARA NÃO SAÍREM SEM EU MANDAR – Disse furiosa olhando para os meninos.
— Bom dia, dona Zoraide! – Falei calmamente.
— EU FALEI PARA VOCÊS NÃO FALAREM COM SERES PECAMINOSOS.
— Pé o quê? – Marcos olhou para o seu irmão gêmeo.
— VOCÊS QUEREM IR PARA O INFERNO? – Gritou com os garotos.
— A senhora não tem vergonha na cara passando ódio para essas crianças tão pequenas?
Perguntei indignado.
— Eu as educo do jeito que eu quiser. Eles serão do exercito de Jesus para combater essas poucas vergonhas do mundo afora. Se liberte, meu filho! Liberte-se desta maldição. Um jovem tão bonito como você não pode ir para o inferno. Eu vi quando você saiu daquele carro preto como a alma do diabo. Fico com pena da Dona Josefa, uma mulher tão boa e com um filho dando desgosto desse jeito, por isso que o outro resolveu sair daqui para não ver toda essa pouca vergonha.
— AH, CALA A SUA BOCA, SUA VADIA! – Não suportei e a xinguei ali mesmo.
— VOCÊ ME RESPEITE, SEU DIABO! – Disse levantando a mão contra mim.
— Me toque! Rela apenas uma unha para ver o que te acontece, sua serva do diabo. Sua intolerante!
— Não é de esperar muita coisa de pessoas como você. O que me resta é apenas orar!
— Eu vou rezar para almas podres que nem a sua, Zoraide. Olha só para essas crianças, olha os olhares confusos e assustados delas. Você vai traumatiza-las. Pensa nisso! Vai se tratar, você é uma doente.
Para não fazer uma besteira, dei tchau para as crianças e nem olhei mais para a cara daquela velha que ainda falava sozinha apontando o dedo para mim, falando absurdos que não tinha sentido.
— Só esse demônio para fazer meu dia começar uma merda – Falei para mim mesmo.
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MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER
❖ NARRADO PELO AUTOR VITOR GABRIEL.
Lucas estava posicionado na frente do computador preenchendo alguma planilha. Ele estava entretido quando Gleyce Kelly entrou no setor de Departamento Pessoal o abordando.
— Lucas, você separou todos os documentos referente àquela empresa de limpeza terceirizada?
— Sim, Kelly! Inclusive eu coloquei em outra nova pasta todas juntas e coloquei na sua mesa.
— Ótimo! Você faz um favor? Assim quando você terminar o que está fazendo, pode levar na mesa do Max? Eu vou deixar a secretária dele avisada, é só entrar e deixar em cima da mesa.
— Eu termino isso depois. Acredito que esse é mais urgente, não é? – Disse levantando.
— Não! – Kelly empurrou os ombros de Lucas para ele voltar a sentar — Termina o que está fazendo. Não tem problemas, querido! – Sorriu — Eu vou resolver algumas coisas e já volto – Disse saindo apressadamente.
— Tudo bem! Eu já estou terminando aqui. Daqui a pouco eu vou levar! – Disse cordialmente.
O que Lucas não suspeitava, é que tudo isso era uma armação de Gleyce Kelly para balançar a relação amorosa do estagiário com o filho do grande empresário e dono do Grupo Emmiah. A megera não aceitava a relação dos dois, queria que o Max ficasse com ela, a mesma queria ser a esposa do Max e ter um herdeiro.
— O Max vai ser meu! – Falou sozinha — Custe o que custar.
A técnica administrativa rapidamente seguiu até a sala do diretor do Grupo Emmiah, que administrava inúmeros empreendimentos na cidade, dobrou e deu de cara com outro corredor e atrás de uma parede ficou escutando Lucas se aproximar. Após alguns minutos, escutou alguns passos e a voz do mesmo, então correndo, ela seguiu até a sala de Max e entrou rapidamente.
— Olá, Regina! – Cumprimentou.
Regina que trabalhava no Departamento De Pessoal, agora trabalhava como secretária do diretor.
— Oi Kelly! – Sorriu — Algum problema?
— Eu só vim mostrar esse ofício aqui para o Max... Ah, um estagiário, Lucas, ele está vindo para entregar umas documentações para o Max. Assim que ele entrar, você o manda entrar, está certo? – Kelly falou.
— Tudo bem, Kelly! – Regina concordou.
— Perfeito! – Gleyce sorriu discretamente e entrou na sala.
A loira entrou rapidamente na sala, sendo vista por Max que acompanhou a bonitona com seus olhos azuis.
— E aí, Kelly! Fala a bronca – Sorriu.
— Na verdade não é uma bronca, Max! E sim uma dúvida. É sobre esse ofício!
Glayce Kelly fez a volta ao redor da mesa e parou de lado do corpo escultural do "amante" de Lucas.
— Essa empresa emitiu um ofício a respeito do aumento da mensalidade do plano odontológico, e...
Quando a mesma iria terminar de falar, ouviu alguém mexer na maçaneta, imediatamente a vilã se jogou no colo do milionário, e com um dos seus braços, deu uma volta no pescoço para se segurarPOUCO LONGE DALI...
Dona Josefa tinha aproveitado a ausência do seu filho naquela manhã e aproveitou para ir à mansão.
— Severina? Oh Severina? – Chamou atenção de uma das empregadas da casa pelo portão.
— Zefinha? – Surpreendeu-se — Não acredito que é você, Zefa! – Sorriu.
— Apois sou eu, minha filha! Quanto tempo – Dona Josefa também sorriu.
— Abre esse portão, Matheus! Olha Zefa, esse é o meu mais novo – Apresentou.
— Não acredito que esse é o Matheus – Disse de boca aberta — Que lapa de homem é esse?
— Pois é, Zefa! Namorador que só ele – Falou.
— Para com isso, mãe! – O segurança a repreendeu envergonhado.
Assim que o negro abriu o portão, Severina correu para a abraçar a amiga que nunca mais tinha visto.
— Às vezes eu me pego pensando naquele tempo, das nossas fofocas, das nossas conversas aqui, lembra?
— Claro que eu lembro, Seve! Bons tempos! – Disse Josefa ao lembrar.
— Eu ainda não entendi o seu sumiço, porque você foi embora? – Perguntou.
— Eu tinha que cuidar dos meus filhos, não é? – Mentiu.
— Seus filhos? Você não tinha só um? – Severina estranhou.
— Eu falei "meus filhos"? – Sorriu falsamente — Só tenho um, mulher! – Disfarçou.
— Eu me lembro do seu filho. Luan, não é? – Matheus falou.
— Isso! Ele está um homão lindo que nem você, meu filho – Josefa falou.
— E ele já trabalha, Zefa? – Severina perguntou.
— Trabalha! Inclusive ele trabalha na... – Josefa estancou.
— A onde, mulher? – Severina estranhou.
— No banco – Mentiu — Ele trabalha na parte administrativa do Banco Bradesco.
— Que chique amiga! – Bateu as mãos sorrindo — Fico feliz pelo seu filho está bem de vida.
— Severina, seu Maximus está em casa? – Perguntou.
— Tá não, Zefa! Ele saiu bem cedinho. Você queria falar com ele?
Quando a mãe do nosso protagonista iria falar alguma coisa, o carro luxuoso do dono da casa apontou para o grande portão de ferro, deixando Josefa decidida do que iria fazer.
...
MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER
Lucas não estava acreditando no que estava vendo. Glayce Kelly em cima do seu chefe.
— Err... Bo-bom dia! – Os olhos do jovem cresceram com a imagem que estava a sua frente.
— Ui! – A loira levantou-se dando um gritinho — Perdão!
Kelly ajeitou seu decote que abriu de propósito na hora que caiu no colo do empresário.
— Lucas? Lucas, eu... - Max levantou e clamou com os olhos arregalados.
— Eu vim... Err... Eu vim entregar esses anexos que você pediu, Max!
— Ah, Max! São aquelas cláusulas da empresa terceirizada de limpeza – Falou.
Max não escutava nada que Kelly dizia, apenas encarava desesperadamente o jovem.
— Pode deixar em cima da mesa, Lu! Obrigada.
A megera deu a volta na mesa, pegou os documentos e ficou folheando.
— Eu... Eu vou voltar para sala! – Deu um sorriso falso e saiu.
...
— Desculpa, Max! Eu me desequilibrei e caí. Maldito salto – Disse mexendo no seu calçado.
— Merda! – Max não deu atenção para a loira e correu para o telefone — Obrigado, Kelly!
Disse olhando para a mesma.
— Por nada, Max! – Sorriu.
Max ficou parado com o telefone na mão olhando para ela.
— Ah... – Sorriu sem graça ao entender — Qualquer coisa é só me chamar.
Só foi Gleyce Kelly sair que o Maximiliano discou o ramal do Departamento De Pessoal.
...
Eu sabia que ele não era lá homem de compromissos, de amor ou de mimimi — Lucas pensava.
Doce ilusão, Lucas! — Falava consigo mesmo
Só você mesmo para acreditar que o homem daqueles, milionário, bonito e viril queria compromisso com um simples estagiário que nem eu. Ainda mais com uma loira daquelas! — Balançou a cabeça.
É claro que ele não vai perder tempo comigo — Riu sozinho — Lucas e suas ilusões — Sorriu mais ainda.
Meu Deus! Será que um dia eu serei feliz no amor? — Perguntou para si mesmo.
— Falando sozinho, Lucas?
— QUE SUSTO, LUAN!
— Não sou tão feio, assim não sou? – Brincou.
— Claro que não! – Sorriu.
— Max ligou para o meu ramal e pediu para que você fosse à sala dele.
Informou com uma cara nada boa.
— Aprontasse o quê com o chefe? – Zombou.
— Nada, ué! – Engoliu em seco — Ele pediu para ir agora?
O que Lucas não queria era bater de frente com o bonitão. Ele até se surpreendeu com o "convite".
— Imediatamente! – Disse voltando para a sua pequena sala.
Lucas Suspirou. Assim que ele abriu a porta para sair, o ar quente invadiu o seu corpo, mas não era o calor que fazia em Recife, e sim Gleyce Kelly que estava na sua frente querendo entrar.
— Vai para onde, Lu? – Perguntou.
— Max me chamou em sua sala – Disse inocentemente.
— Ah... Te... Te chamou? – Olhou com desdém.
— Sim – Lucas sorriu — Eu vou lá que o Luan disse que era imediatamente.
Kelly sorriu, mas quando deu as costas para o jovem estagiário, seu sorriso sumiu e deu lugar a uma expressão diabólica que começou a surgir no seu rostoPOUCO LONGE DALI...
Dona Josefa andou apressadamente em direção ao carro que já estava parado. Sem entender nada, Severina e seu filho Matheus observava tudo atentamente.
— Josefa? – Maximus saiu imediatamente do carro importado para encarar a mulher de frente.
— Eu não sei mais o que fazer, Maximus! – Sua voz embargou.
— O que foi, Josefa? – Maximus a olhou preocupado.
A mãe do Lucas e do Luan suspirou.
— Deixa meu filho em paz! Deixa a minha família em paz ou não respondo por mim – Murmurou.
— Eu não te entendo, Josefa! Você vem com essa conversa... – Maximus olhou para os empregados.
— Podem se retirar! – Olhou para Severina e Matheus — Pode deixar que eu resolvo aqui.
Após a ordem, os dois empregados acenaram para Josefa e saíram.
— Vamos fazer o seguinte, vamos para um restaurante e vamos esclarecer isso tudo.
— Restaurante merda nenhuma! Quando o Luan começou a trabalhar na sua empresa, eu fiquei na minha, já que ele estava muito necessitado e através do seu filho, ele começou a trabalhar. Mas depois eu entendi tudo, você quer me destruir depois que descobriu tudo.
— Tudo o quê? EU NÃO ESTOU ENTENDENDO! – Gritou.
— Como não está entendendo? – Sussurrou mais ainda — Você pensa que eu sou alguma otária? Eu não sou burra, Maximus! Eu sei o que você está querendo. Através do seu filho que é uma ALMA SEBOSA que nem você, eu sei que está tentando se aproximar do seu próprio filho.
— Me-meu filho? – Maximus encostou-se a lataria do seu carro.
— Me enxotou dessa casa – Apontou para a grande mansão ao estilo neogótico — E agora quer bancar o pai arrependido? Quer correr atrás do tempo perdido? NÃO, QUERIDO! – Gritou um pouco mais alto — Você não tem esse direito — Maximus absorvia tudo calado e emocionado — Meus filhos nunca tiveram um pai decente e não vai ser agora que eu preciso de um macho para educar meus filhos, porque graças a Deus eles são homens de bem. Pode ficar com essa herança todinha para você e seu filho e vá para o inferno!
— Jo-Josefa... – Maximus chorava copiosamente.
— E só te digo uma coisa, Maximus! Eu sou capaz de tudo para defender minha cria como qualquer mãe. Não brinque comigo. Você é um NADA para mim e também um NADA para o meu filho. Não precisamos de você. Se mantenha longe da minha família ou eu mesma acabo com você, seu desgraçado.
A essas alturas, Josefa se desbulhava em lágrimas, assim como Maximus.
— Passar bem!
Dona Josefa ajeitou sua bolsa de colo no ombro e saiu apressada em direção à saída da rua.
— Meu Deus! Eu tenho um filho... Eu tenho um filho! – Falou para si mesmo — Eu sabia que aquela tinha ido embora por algum motivo, e o motivo é que ela estava grávida de mim – Chorou — Por que você fez isso comigo, Zefa? Por quê? – Fungou — Mas isso não vai ficar assim, eu vou descobrir quem é o meu filho e vou te reconquistar, Zefa! Eu vou te reconquistar. — O Max precisa saber disso – Disse discando o celular.
...
MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER
♦ Na sala da diretoria...
Max tentava explicar desesperadamente o que tinha acontecido em alguns momentos atrás.
— Acredita em mim, Lucas! – Falou — Não aconteceu nada entre a gente.
— Max, o que você faz ou deixa de fazer, o problema não é meu! – Lucas falou.
— Eu sei que por dentro você está me chamando de tudo que é nome. Eu juro, acredita em mim, a Kelly só caiu em cima de mim, eu sei que pode parecer clichê, mas foi isso que aconteceu. Só isso!
— Max, eu não estou aqui para te cobrar nada – Foi firme — Nós não temos nada para eu poder te cobrar.
— Você está sendo injusto, Lucas! Eu gosto de você. EU AMO VOCÊ! Não seria louco de botar tudo a perder logo agora que nós estamos nos conhecendo. Foi isso tudo que eu te expliquei. Eu não sou um canalha.
Max saiu de trás do seu birô e ficou na frente do filho de dona Josefa.
— Eu não quero te perder, Lucas! Eu sou louco por você e faço qualquer coisa, qualquer coisa mesmo para ter você do meu lado. Não desconfia de mim – Disse vendo seu smartphone tocar.
— Não vai atender? – Lucas estranhou.
— É o meu pai! Depois eu retorno a ligação.
Então Max se aproximou do estagiário e encostou seus lábios nos lábios do mais novo que correspondeu.
— Namora comigo, Lucas! Me deixa ser seu homem? – Pediu — Eu só quero te pertencer.
...
❖ NARRADO POR LUCAS
MAIS TARDE NA FACULDADE...
— Droga! Esqueci de passar no shopping de novo. Preciso comprar outro celular!
Desde quando saiu da empresa onde estagiava, Lucas estava no "mundo da lua".
— Eita! – Bel gritou vendo Lucas abrir a porta da sala de aula — Chegou o fujão.
Surpreendi-me ao avistar Edson que estava sentado numa cadeira junto da loira.
— Eu tenho certeza que ele foi atrás de algum rabo de saia. Diz aí, Lucas! Não foi isso?
Edson perguntou cheio de liberdades.
— Boa noite! – Cumprimentei a todos.
— Eu estou tão boa com o senhor, viu? – Izabel me encarou seriamente — Mas se foi para pegar alguém, está desculpado – Voltou a sorrir.
— Eu não peguei ninguém, apenas me perdi – Expliquei.
— Porra, então nos deu um baita de um susto para nada? – Edson zombou.
— Ah, ele encontrou os outros amigos dele rico e nem quis saber mais da gente – Carol debochou.
— Não gente, eu peço desculpas a vocês – Fui sincero — Mas me perdi, e também o álcool...
— Lá vai ele botar culpa na "mardita" – Edson o interrompeu caçoando.
— Mas é sério gente, eu me perdi e encontrei essas pessoas. Ainda fiquei procurando vocês – Menti — Mas não sabia o lugar ao certo que vocês estavam. E para completar meu celular descarregou – Disse a verdade.
— A gente ficou te procurando, sempre ia alguém da nossa turma te procurar pelos arredores e nada. Até que chegou uma hora que nós fomos embora por causa da morgação – Edson contou.
— Gente, é sério, desculpa mesmo. Tô me sentindo muito m...
— Quem ficou puto, mas puto mesmo foi aquele seu amigo tarado. Ele quis até ligar para a tua mãe para ver se tinha alguma notícia, mas achamos melhor não fazer isso, só se no dia seguinte você não chegasse.
Carol se referia a Juninho.
— Ele foi lá em casa. Nós estamos meio que brigados, porque ele falou um monte de coisa para mim.
— Faz isso não, menino! O bichinho ficou cheio de preocupação – Bel digitava alguma coisa no celular.
Fiquei com remorso depois dessa. A primeira coisa que eu iria fazer quando chegasse ao morro, eu iria procurar o meu amigo e iria pedir minhas sinceras desculpas.
— Eu ainda te liguei umas três vezes, Bel me deu o teu número. Acho que está aí armazenado.
— Qual é? – Disse procurando no celular.
— 98... – Edson disse o número e eu salvei.
— Mas é sério, Lucas! Dá próxima vez, pega o celular de alguém e nos liga para avisar – Bel falou.
— Como? Eu não sabia o número de vocês de có – Disse a verdade.
— Então carrega esse celular direito para não matar a gente de preocupação.
Depois algumas pessoas que estavam no grupo do Edson vieram falar comigo, fiquei morto de vergonha e ao mesmo tempo feliz por que eles se importaram comigo, afinal eu não sou imperceptível.
...
DE VOLTA PARA CASA...
Tinha descido do ônibus que para variar, ele estava lotado.
— Será que o Juninho está por aqui? – O procurei pelo Largo Dom Luiz.
Até que o avisto aos beijos com a Rosinha, a menina que tanto ele fala.
— Danadinho! – Falei para mim mesmo.
Fui em direção ao meu amigo que agora estava apenas abraçado com a garota.
— Juninho? – Toquei em seu ombro.
— Diz!
O sujeito nem fez questão de virar a cabeça, só me olhou de esguelha.
— Oi, Lucas! – Rosinha sorriu — Vou ali falar com as minhas amigas.
— Não! Fica aqui – Juninho a abraçou pela cintura.
— É sobre aquele dia do show... – Falei.
— E...
— Err... – Eu estava sem jeito — Me desculpa! Eu errei, eu sei. Eu não pensei direito na sua preocupação, só pensei mais em mim. Desculpa mesmo, isso não vai mais acontecer. Eu sou humano e tenho meus defeitos, mas estou reconhecendo um deles – Dei um sorriso sincero.
— Tá! Esquenta com isso não – Disse beijando o pescoço da sua ficante e esquecendo que eu estava ali.
— Enfim, é isso. Foi mal mesmo, Brother! – Dei um sorriso amigável.
O meu amigo não me deu atenção. Ele simplesmente me deixou falando sozinho enquanto sorria e beijava o "cangote" da Rosinha. Era como se eu não estivesse ali na frente dele.
— Então... Err... Tchau gente! Vou dormir que estou super cansado.
— Tchau, Lucas! – Disse sorrindo enquanto Juninho fazia cócegas com os lábios em seu pescoço.
Me afastei querendo chorar. Sempre quando alguém que eu gosto me despreza, me bate uma tristeza. Sim, eu errei, mas não é motivo para se fazer uma tempestade em um copo de água. Tantas vezes eu já saí com o Juninho para shows e até nas festas do morro e o mesmo sumia. Nos shows mesmo, tinha alguns que ele me deixava sozinho e só voltava no finalzinho, mesmo quando só iria eu e ele. Eu fazia alguma coisa? Eu cobrava alguma coisa? Nunca! E agora ele faz essa palhaçada comigo?
— Pra mim já deu! Nossa amizade está acabada – Disse revoltado comigo mesmo.
— A partir de hoje, nunca mais eu olho na cara daquele filho da puta. Não sou idiota! – Falei.
...
❖ NARRADO PELO AUTOR VITOR GABRIEL.
ATENÇÃO: CONTÉM CENAS DE ATOS SEXUAIS. (+18)
Um pouco afastado dali...
— Ai, Paulão! – Rose gemia.
— Minha gostosa! – Paulão pressionava a transexual na parede e relava a pouca barba no seu pescoço.
— Assim você acaba comigo! – Rose choramingava.
— Essa é a minha intensão – Gargalhou.
Rose e o chefe das "bocas de fumo" estavam tendo um caso há pouco mais de um mês.
— Ai Paulão! Vão pegar a gente aqui.
— Não vão! Ninguém passa aqui há essa hora, e se vier, dar para ver a silhueta daqui e nos esconder.
— Você gosta de um perigo, não é? – Rose perguntou.
— Eu sou o perigo em pessoa.
Para a surpresa da transexual, Paulão a beijou deliciosamente e a mesma gemeu.
— Para quem não gostava de dar beijo na boca de viado, até que você está bem viciado.
— Mas você é minha mulherzinha! Minha namoradinha. E um macho tem que cuidar da sua mulher, não é?
— Muito! – Rose concordou.
— Minha mulher quer beber leitinho quente? – Perguntou de um jeito safado no seu ouvido.
— Não, Paulão! É melhor a gente não...
— Vai querer ou não? – Paulão pressionou seu pênis ereto contra a cabeleireira.
Rose gemeu.
— Vou fazer o que minha mulherzinha adora fazer. Vou dar leitinho para você lamber!
Paulão se afastou, levantou a sua camisa fazendo como se fosse tira-la, mas a mesma ainda ficou presa no seu corpo, só que totalmente levantada até acima do peitoral, deixando seu corpo escultural visível.
— Ai meu Deus, Paulão! Como você é gostoso. Lindo e gostoso! – Suspirou.
— Você que é, minha deusa! – Paulão a puxou para si e deu mais um beijo.
Então Paulão se afastou mais uma vez, desabotoou a sua bermuda, abriu o zíper e abaixou a bermuda.
— Pega, vai! – O bonitão musculoso convidou.
Sem rodeios, Rose segurou o dote do rapaz que enchia a sua mão e sentiu que estava fervendo de tão quente. A transexual continuava acariciando o membro que estava muito duro pendendo para o lado.
— Gostoso do picão – Rose elogiou.
— Agora me deixa eu te dar o leitinho que você tanto quer.
Sem cerimônia, Paulão tirou o seu pênis da cueca e começou a se masturbar na frente da prima de Hugo, seu pênis que media aproximadamente 22 centímetros, com veias bem visíveis, soltava um líquido transparente que fazia uma espécie de fio de baba que ia até o chão.
— Huuum – Paulão dava gemidos mais intensos e mais roucos — Eu vou gozar, Rose!
Os olhos de Rose brilhavam pelo que estava vindo.
— Vai lamber tudinho, não é? – Perguntava ofegante desesperadamente.
Em pé, o corpo escultural de Paulão deu alguns espasmos anunciando o gozo, então Paulão afastou bem as suas pernas, começou a passar a mão pelo seu abdômen, peitoral e gritou como um animal anunciando que chegou no clímax.
— Toma leitinho!
Com as pernas afastadas e joelhos flexionados, Paulão apontou o seu membro ereto para o abdômen, onde saíram três jatos espessos de sêmen. Um atingiu até um pouco abaixo do seu peitoral e os outros dois bateram nos gominhos do seu tanquinho. Um mais para a esquerda e outro mais para a direita.
— Agora é com você, gatinha! – Sorriu.
Rose logo se agachou e ficou com a sua boca bem próxima do abdômen melado de esperma, três fios grossos de esperma consistente. Sem cerimônia alguma, ela passou a língua ingerindo todos eles, fazendo Paulão gemer mais e mais.
— Assim eu me apaixono! – Disse Paulão gargalhando.
...
NO DIA SEGUINTE...
— Alô? – Lucas atendeu o seu celular.
— Como é? Calma, Max! – Disse se levantando da cama.
Eram exatamente sete horas da manhã da Terça-feira e Lucas tinha acordado com uma notícia nada boa.
— Calma, Max! Como foi isso? – Perguntou.
— No quarto? Minha nossa senhora. Calma, Max! Eu vou até onde você está.
— Beleza, eu estou indo para aí.
Lucas desligou o celular colocando uma das mãos na boca.
— Gente, coitado do Max!
— O que foi, filho? – Josefa perguntou um pouco nervosa.
— A senhora não sabe, mãe! – Disse a olhando — Não tem o Maximus Albuquerque? Pai do Max?
— Ma-Maximus? – Gaguejou nervosamente — O que é... O que é que tem? – Perguntou.
— Ele foi encontrado morto dentro do próprio quarto na própria casa.
Dona Josefa abriu a boca e de repente ficou branca como papel.
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Gente, perdão pelo capítulo longo e cansativo. Mas eu fiz para poder compensar os dias que fiquei ausente.
Ah, perdoem alguns erros, é que fiz uma rápida revisão antes de postar agora.
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Amo vocês!
Até breve.