LIÇÃO DE CASA capítulo cinco________________________________________
P
assaram-se duas semanas, Roman tinha almoçado na minha casa duas semanas atrás e ele e meu pai puderam conversar. Eu acordei naquela terça pronto para ir ao trabalho. Tomei um banho gelado e enquanto eu tomava meu banho meu pai bateu na porta do banheiro.
- estou no banho.
- vou entrar – falou ele.
- pai! eu estou no banho.
Ele entrou e se sentou na privada tampada para conversar comigo.
- ainda bem que o vidro está embasado com o vapor – falei.
- vergonha do que? Eu já vi o que tem ai desde que era pequeno.
- ok, diz o que o senhor quer.
- filho, talvez eu precise viajar nesse final de semana.
- tudo bem. Será a trabalho?
- sim, eu vou viajar para New Hampshire.
- tudo bem. O senhor vai que dia?
- vou na sexta-feira e volto na segunda a tarde.
- tudo bem. Eu vou ficar aqui.
- esse é o problema.
- eu ficar sozinho?
- sim, eu não quero que você fique sozinho todos esses dias aqui, eu ainda penso no Charley. Ele pode aparecer aqui e te causar problemas.
- pai se o Charley chegar perto de mim ele vai preso pai. Não precisa se preocupar com isso.
- mesmo assim. Quer saber? Eu vou ficar, vou dizer ao meu chefe que não vou viajar, eu fiquei de dar a resposta.
- pai pode ir, é uma chance nova de trabalho, talvez você até assine aquele contrato para um grande trabalho que você sempre sonhou.
- mas eu não vou deixar você sozinho.
- eu vou ficar muito chateado se você não for.
- ser pai me define filho, eu vou pai em primeiro, depois serei um profissional.
- quer saber? Talvez eu possa ficar com Roman. Se eu ficar com ele todo esse tempo você vai ficar tranquilo e vai na viagem?
- sim.
- tudo bem, eu não prometo nada, eu vou ver com Roman se por acaso, mas pode dizer para seu chefe que você vai.
- tudo bem – falou ele.
- deixa eu terminar meu banho pai.
- vou deixar – falou ele abrindo o box de vidro e entrando.
- pai! sai daqui – falei me virando.
- não precisa ter vergonha do pai. – falou ele vindo até mim.
Eu enchia a mão de água e jogava nele ainda de costas.
- deixa eu ver se você puxou o pai no tamanho.
- qual a possibilidade de eu puxar você no tamanho se eu sou adotado? – falei rindo.
Ele então colocou as duas mãos em mim e me puxou.
- deixa de ser vergonhoso – falou ele me puxando pra perto dele. – somos todos homens aqui.
Quando ele me puxou foi como uma pancada na minha cabeça. Eu me lembrei na noite chuvosa em que meu pai me estuprou. Minhas unhas saindo na mão quando eu arranhava o chão tentando sair de baixo dele.
- vai embora pai – falei chorando.
- filho, eu estou só brincando – falou meu pai – eu não sabia que tinha tanta vergonha assim.
- por favor, sai daqui – falei colocando as mãos no rosto ainda de costas.
- tudo bem, me desculpa por isso. – falou saindo do box e em seguida do banheiro.
Pensei que essa sensação tinha desaparecido meses atrás quando fui ao psicólogo, mas estar naquela situação me trouxe tudo de volta. Eu fiquei embaixo no chuveiro quente chorando, meu coração palpitava e eu tentava pensar em outra coisa, menos naquela noite.
Terminei de tomar meu banho e vesti minhas roupas e desci as escadas, meu pai estava sentado na cozinha.
- desculpa o pai – falou ele.
- desculpo sim – falei sentando na cadeira oposta a ele. Eu sentia que se ele encostasse a mão em mim de novo, mesmo para um abraço eu cairia em prantos outra vez então tentei disfarçar bem.
- era só uma brincadeira – falou ele.
- não foi você pai, não foi à brincadeira, algumas coisas me vieram a mente naquele momento e eu acabei chorando.
- pode desabafar comigo – falou ele – me conta que coisas são essas?
- eu quero muito te contar pai, mas não vai ser, hoje, nem aqui e nem agora.
- porque?
- pai, ir ao psicólogo te ajudou a esquecer aquela coisa de que você era traumatizado?
- ajudou.
- pai, eu preciso esquecer uma coisa, eu pensei que tinha me esquecido, mas não me esqueci, se eu marcar uma sessão no psicólogo pra mim você vai na sessão comigo?
- claro. – falou ele.
- vou marcar para a semana que vem depois da sua viagem ok?
- ok, mas agora não sei que quero ir sabendo que você tem um problema.
- não se preocupa pai. Pode ir tranquilo, não é um problema tão grande.
- tem certeza?
- tenho sim, é só uma coisa que ficou pendente daquele passado turbulento.
- ok então – falou meu pai – mas me liga hoje quando tiver a confirmação de que vai ficar com Roman ai sim eu falo com meu chefe.
- tudo bem – falei.
Agora eu tinha outro problema. Se eu passasse três noites na casa de Roman é obvio que nós acabaríamos fazendo sexo. Eu e Roman nunca tínhamos feito, nunca tínhamos passado a noite juntos, nem transado, nem mesmo dormido na mesma cama e eu estava com medo de chorar quando ele encostasse em mim de um jeito sexual. Quer dizer, eu tranzei com Adam, mas de alguma forma eu me sentia diferente. Eu estava me apegando a outra pessoa e eu tinha voltado a ter esses horríveis pesadelos. Com Adam eu me sentia seguro, não sei como vou me sentir com Roman.
Eu queria que fosse especial a minha primeira vez com o homem que eu amo e eu nunca iria me perdoar se por acaso estragasse tudo.
Fui para o trabalho pensando nisso e cheguei à conclusão que teria que ir ao psicólogo antes do meu pai viajar. Mas uma sessão sozinho apenas eu e o psicólogo para que eu tocasse nesse assunto. A verdade é que nunca contei para o psicólogo que tinha sido estuprado, mas eu teria que dizer.
Na parte da manhã eu liguei para o consultório e marquei uma sessão com meu psicólogo, mas infelizmente ele não trabalhava mais fazia quase dois meses e havia um novo psicólogo no lugar dele, Dr. Jeffrey Audley Wolf.
A sessão tinha sido marcada para o dia seguinte, quarta-feira.
Depois que eu almocei eu liguei para Roman.
- oi amor – falou Roman atendendo o celular.
- oi. Roman, eu queria te perguntar algo.
- pode perguntar o que quiser amor. – falou ele rindo.
- meu pai vai viajar nesse fim de semana e ele não quer que eu fiquei sozinho em casa e eu estava pensando se eu poderia ficar com você durante a viagem dele.
- pode sim. Não tem problema nenhum.
- tem certeza? Se for fazer algo nesse fim de semana pode falar.
- deixa de bobeira, esse fim de semana sou todo seu – falou ele.
- ok então. Muito obrigado.
- como foi seu dia?
- está indo – falei com vontade de chorar, mas segurei o choro. Realmente a brincadeira do meu pai tinha me trazido lembranças dolorosas. – está bom e o seu? – falei limpando uma lágrima.
- ótimo, melhor agora que eu estou falando com você.
Tirei o telefone de perto de mim e limpei os olhos e depois coloquei outra vez na orelha.
- Roman, eu te amo.
- eu também te amo Mickey – falou ele.
Desliguei o telefone e voltei ao trabalho. Eu estava andando em uma estrada de amarela, eu vi um castelo ao longe eu olhei para o lado e estava no meio de uma cidade, quando olhei para frente vi o premio aonde eu trabalhava, senti uma mão na minha cintura antes que pudesse correr eu cai no chão e senti uma dor enorme do meu corpo, vários homens se aproximavam e formavam uma fila enquanto eu me debatia e gritava de dor.
Abri os olhos e me sentei na cama, meu coração palpitava, eu estava escorrendo suor na testa. Eu me sentei na cama e olhei no relógio, era 02h34min da madrugada. Eu me levantei e fui até o banheiro e tirei água do joelho e depois desci as escadas e fui até a cozinha pegar um copo de água, eu acendo a luz da cozinha e levei um susto. Meu pai estava sentado no escuro.
- fazendo o que aqui uma hora dessas pai?
- eu tive um pesadelo – falou meu pai. – e você?
- também.
- eu meu foi um pesadelo, mas não foi tão assustador – falou meu pai se levantando.
- o meu pode ter certeza que foi um pesadelo horrível.
- quer me contar? – falou ele pegando um copo de leite na geladeira.
- não. Prefiro me esquecer dele, mas e o seu sonho? – perguntei indo até a geladeira.
- eu sonhei que nós dois estávamos transando – falou meu pai.
Eu gelei. Quase deixei o copo cair.
- nossa... que pesadelo horrível.
- mas, sabe o que é pior?
- o que? – perguntei colocando o leite de volta na geladeira.
- eu quero que esse pesadelo se realize – falou ele se aproximando de mim e colocando a mão na minha cintura e se esfregando em mim.
- pai me larga, pai, pai, me solta – falei.
Meu pai me empurrou no chão e tirou o pênis para fora.
- socorro! – gritei. Eu olhei para os lados e estava na cama.
Ouvi passos pesados e logo meu pai abriu a porta do meu quarto.
- Mike! O que aconteceu? – perguntou ele.
- tive um pesadelo – falei colocando a mão na testa. Ela estava suada.
- você me assustou, pensei que tinha alguém aqui.
- eu estou bem, foi só um pesadelo idiota.
- quer que eu deite com você? Ajudou quando sua mãe morreu e você sonhava com ela.
- não! – falei. – não precisa eu estou bem.
- ok – falou ele. – volte a dormir, mais tarde vai ter que levantar para ir ao trabalho.
Eu então me deitei e me virei na cama e logo peguei no sono outra vez.
Acordei naquela manhã, tomei meu banho, me arrumei e me despedi do meu pai na porta. Eu decidi ir para o trabalho de metro. Eu fui até a estação mais próxima e logo estava dentro do metro. Minha consulta é nesta tarde e meus pesadelos tinham voltado.
Logo que cheguei ao trabalho. Adam já tinha chegado, era uma hora perfeita para dizer que precisaria tirar a tarde folga. Eu bati na porta.
- sou eu – falei.
- pode entrar – falou ele. – eu abri a porta e levei um susto, todos os cinco estavam lá dentro. Eles estavam em reunião desde muito cedo.
- meu deus, eu não sabia que estavam em reunião, depois eu volto. – falei fechando a porta.
- Mike, pode dizer o que você quer. – falou Adam – talvez essa reunião dure toda a parte da manhã.
- ok – falei indo até a mesa dele.
- bom dia – falei para todos e todos responderam.
- Adam, eu queria saber se posso ir embora mais cedo, eu tenho um compromisso.
- só se for um compromisso muito importante. – falou ele.
- é sim senhor. Eu irei ao médico.
- é algo sério? – perguntou ele curioso.
- eu vou ao psicólogo.
- há... Tudo bem então. Que horas vai sair?
- ás três da tarde.
- ok – falou Adam.
- obrigado – falei saindo da sala.
Que ódio. Sempre que ia tratar um assunto particular tinha pessoas perto. Realmente nada fica em segredo dentro desse prédio. Não sei como as pessoas não descobriram ainda que eu e Adam tínhamos feito sexo.
Na parte da tarde, fiz o máximo para deixar tudo organizado e nenhuma pendencia ficasse para Adam. Ás 14h55min horas em ponto eu fui até a sala dele e abri a porta.
- Adam, eu já estou indo.
- vai pela sombra – falou Adam sorrindo.
- obrigado, te vejo amanhã.
- até – falou ele.
Eu fechei a porta e assim que sai da empresa chamei um taxi para me levar ao consultório. Logo cheguei em frente ao consultório que visitei por dois meses seguidos no passado. Cheguei na recepção.
- eu tenho uma sessão com o Dr. Jeffrey Wolf.
Assim que eu finalizei a sentença um homem saiu do elevador com duas crianças que saíram correndo do elevador.
- O que o tio Jeff falou para vocês? Nada de correr. A mãe de vocês logo virá buscar vocês.
As duas crianças de desculparam e pararam de correr.
O homem veio até recepção.
- Brittany, pode, por favor, remarcar essa sessão com Mickey? Ele está atrasado 15 minutos.
- sou eu – falei olhando para ele – Mickey sou eu.
- sinto muito vamos ter que remarcar. – falou o Dr. Rodriguez sem nem olhar pra mim.
- por favor, eu preciso dessa sessão. Eu estava no trabalho e sai o mais rápido que eu pude.
- sinto muito, mas vai atrapalhar os próximos pacientes – ele dizia isso sem nem olhar pra mim.
- pelo menos olhe pra mim enquanto estiver falando comigo. Que tipo de médico é você? Está simplesmente mandando eu ir embora e ignorando meus problema – falei nervoso – quer saber? Foi até bom, porque diabos vou a um psicólogo que nem olha na minha cara. Como vai compreender os meus problemas se não consegue nem compreender que tive um contratempo que me atrasou? Quer saber, está me fazendo um favor. Vou procurar alguém que não tenha comprado o diploma.
Falei isso me virando.
- espera – falou ele – Brittany, vou ficar uma hora a mais hoje, pode remarcar os próximos pacientes para uma hora depois.
- sim senhor – falou ela.
- leva meus sobrinhos para a creche do 3º andar, por favor?
- levo sim – falou ela.
- vem comigo – falou ele.
Estava envergonhado pelo mico que eu tinha pagado e fui com o rabo entre as pernas o seguindo. Ele virou em um corredor e entrou na segunda porta.
Eu entrei e ele fechou a porta.
- sente-se, por favor. – falou ele.
Eu então me sentei e ele se sentou na minha frente. Ele pegou um aparelho pequeno e colocou gravando no meio da mesa.
- Mickey, pode começar. – falou ele.
- bom quero começar me desculpando... me desculpa ter dito que comprou seu diploma.
- sem problemas – falou ele. – e aqui dentro dessa sala somos só nós dois, pode me chamar pelo meu primeiro nome. Jeffrey.
- Tudo bem Jeffrey, é que eu ando muito nervoso esses últimos dias.
- eu percebi. Toda a tensão, você precisa desabafar, precisa ser ouvido.
- obrigado por me receber mesmo estando atrasado.
- sem problemas. – falou ele abrindo uma pasta. – diz aqui no seu prontuário que você perdeu sua mãe em um acidente? Seu namorado tentou te matar, seu outro namorado te traiu com um amigo e diz que você levou um tiro. Tudo isso no passado.
- sou eu – falei rindo.
- você deve ter muita coisa passando em sua cabeça.
- sim, mas não tem nada haver com isso.
- seu pai não te aceita sexualmente?
- o que? Não... quer dizer sim.
- então o que te incomoda?
- é uma coisa que eu não tive coragem de contar para o outro psicólogo.
- antes de você dizer, quero deixar bem claro que nada sai daqui. Você pode confiar em mim eu não estou aqui para julga-lo. Existe a confidencialidade médico-paciente.
- tudo bem – falei respirando fundo – alguns meses atrás, o meu pai estava bebendo muito. Ele bebia todos os dias e eu é que sofria com isso porque às vezes ele era agressivo comigo ou então destruía tudo em casa – falei e ele apenas confirmou com a cabeça.
- pode continuar – falou ele.
- bom, em um desses ataques de bebedeira... – eu não conseguia dizer.
- pode dizer, respire fundo, não precisa pensar que eu vou te jugar.
- bom... em um desses ataques depois de beber o dia inteiro ele me estuprou. – falei sentindo um alivio. Agora que isso finalmente saia da minha boca para outra pessoa eu me sentia leve. Meu coração bateu forte.
- ele te estuprou? – perguntou Jeffrey.
- sim.
- ele se lembra?
- não.
- como você sabe?
- porque se ele se lembrasse ele teria se matado. Meu velho é um homem muito orgulhoso.
- como você se sente em relação a isso?
- eu não sei – falei começando a chorar – quer dizer, ele é meu pai eu amo ele e estava indo tudo bem, eu tinha conseguido me esquecer disso, mas essa semana depois de uma brincadeira que ele fez foi como se um teto fino tivesse desabado e tudo no segundo andar tivesse caído em cima de mim. Eu nem consigo olhar nos olhos dele, não posso abraça-lo quando saio de casa porque tenho medo de fazer algo fora de mim.
Ele pegou um lenço e me entregou.
- obrigado – falei limpando os olhos.
- eu penso que o primeiro passo você já tomou que foi vir até aqui.
- sim.
- o que te motivou vir aqui. Apenas seu pai? Ou teve outra pessoa ou outro motivo?
- foi meu pai e outra pessoa.
- essa pessoa é?
- meu namorado.
- e você namora com ele a quanto tempo?
- a quase um mês e o problema é que eu gosto muito desse cara e eu quero demonstrar isso indo para a cama com ele. Eu sei que dormi com muitos homens no ano passado. Não me arrependo sabe? Eu gosto de sexo e apesar de todos me dizerem que eu sou um tipo de “puto e promiscuo” eu não me arrependo. Eu apenas gosto de sexo. Gosto MUITO. Sei que geralmente as minhas tranzas não tenha muito sentido a não ser o prazer, mas dessa vez quero fazer diferente. Quero que nossa primeira vez seja inesquecível. Eu tenho o desejo e a vontade, mas eu não sei se vou conseguir ir em frente com isso. Estou muito indeciso.
- posso te contar uma coisa?
- pode.
- não é costume meu falar sobre minha vida pessoal com os pacientes, mas sinto que no seu caso minha história vai te ajudar um pouco.
- ok – falei.
- eu fui casado por um bom tempo. Com um homem. Esse homem me tratava mal. Ele me traia com todos e me desprezava, mas eu não conseguia tirar ele da minha cabeça. Eu continuava com ele. Nós morávamos juntos e tudo. Meus amigos diziam que ele abusava de mim sabe? Financeiramente falando.
- entendo – falei prestando bastante atenção.
- foi quando eu conheci esse outro homem que fazia eu me sentir bem. ele me tratava completamente diferente. Ele fazia eu me sentir querido. Ele me seduzia, me levava a lugares caros… me tratava como um verdadeiro rei.
- você deixou seu marido para ficar com esse cara?
- não. Eu sabia do meu compromisso, eu era apaixonado pelo meu marido e eu fiz de tudo para que nosso casamento melhorasse. Decidimos fazer terapia e durante meses passamos por vários problemas em nosso casamento, mas no fim das contas nós ficamos juntos. Acontece que todos temos nossos erros. Alguns tem mais outros menos.
- que bom que vocês ficaram bem.
- o que eu quero dizer é. Você precisa se acertar com seu pai. Eu sei que você ama ele e eu tenho certeza que ele te ama. Existe problemas em todos os relacionamentos, seja entre namorados. Um pai e um filho ou entre irmãos. Você precisa se acertar com seu pai para que isso não atrapalhe seus relacionamento futuros, especialmente o relacionamento com…
- Roman.
- você não ia gostar de fazer sexo com ele? Você disse que quer demonstrar o quanto o ama.
- quero muito.
- pois então, se você não se curar você pode nunca mais querer tocar em um homem outra vez. Você entende o que eu digo?
- sim.
- o que eu quero dizer com isso é o seguinte: você vai ter que contar para seu pai do abuso.
- mas, eu quero trazê-lo aqui e contar para ele junto com você.
- ótimo, melhor ainda. Você me disse que ele se mataria se soubesse?
- sim, é por isso que fico meio receoso de contar, mas se eu trouxer ele aqui e você conversar com ele talvez ele não passe pelo o que passou no passado...
- como assim?
- quase me esqueço de contar algo, meu pai foi estuprado pelo meu ex-namorado e eu contei para ele. Foi por isso que ele começou a beber.
- entendo – falou Jeffrey – se você achar que deve, traz ele semana que vem, ai você pode contar o que aconteceu e contar também como se sente.
- tudo bem – falei. – estou mais tranquilo depois de conversar com você.
- tenho uma tarefa de casa para você. – falou Jeffrey.
- qual?
- fazer sexo com seu namorado – falou ele sorrindo.
Eu fiquei um pouco envergonhado.
- vou tentar.
- vejo você e seu pai semana que vem então?
- sim. – falei me levantando e ele me levou até a porta.
Dei um sorriso e me despedi dele e logo fui para casa.