- Ah, meu Deus! Assim você me mata! É isso aí, a gente tem que ser amigos. Não aceito não como resposta.
- Não me encomodo em sermos amigos, mas isso não quer dizer que você tenha que tentar transar comigo a cada cinco segundos.
- Você não vai pra cama comigo. Ok, já entendi.
Tentei não sorrir, mas falhei. Os olhos dele ficaram brilhantes.
- Eu dou minha palavra. Não vou nem pensar em transar com você... a menos que você queira.
Descansei os cotovelos na mesa para me apoiar.
- Como isso não vai acontecer, então podemos ser amigos.
Um sorriso travesso ressaltou ainda mais suas feições quando ele se inclinou um pouquinho mais perto de mim.
- Nunca diga nunca.
Então, qual é sua história? - foi minha vez de perguntar. - Você sempre foi Travis "Cachorro Louco" Maddox, ou isso é só desde que você veio pra cá?
Usei dois dedos de cada mão para fazer sinal de aspas no ar quando mencionei o apelido dele, e pela primeira vez sua autoconfiança diminuiu.
Travis parecia um pouco invergonhado.
- Não. foi Adam que começou com esse lance do apelido depois da minha primeira luta.
Suas respostas curtas estavam começando a me incomodar.
- É isso? Você não vai me dizer nada sobre você?
- O que você quer saber?
- O de sempre. De onde você veio, o que quer ser quando crescer... coisas do tipo.
- Sou daqui, nascido e criado, e estudo direito penal.
Com um suspiro, ele desembrulhou os talheres e os indireitou ao lado do prato. Olhou por cima do ombro com um olhar tenso. Duas mesas adiante, o time de futebol da Eastern irrompeu em uma gargalhada. Travis pareceu incomodado pelo fato deles estarem rindo.
- Você está de brincadeira - eu disse, sem acrediatr.
- Não, sou daqui mesmo - ele confirmou, distraido.
- Não, eu quis dizer sobre o seu curso. Você não parece o tipo de pessoa que estuda direito penal.
Ele juntou as sombrancelhas, repentinamente focado em nossa conversa.
- Por que não?
Passei os olhos pelas tatuagens que cobriam seus braços.
- Eu diria que você parece mais do tipo criminoso.
- Não me meto em confusão... na maior parte do tempo. Meu pai era muito rígido.
- Minha mãe morreu quando eu ra criança - ele disse sem rodeios.
- Eu... eu sinto muito - falei balançando a cabeça. A resposta dele me pegou de surpresa.
Ele dispensou minha soliedariedade.
- Não me lembro dela. Meus quatro irmãos sim, mas eu só tina 3 anos quando ela morreu.
- Quatro irmãos, hein? Como você os mantinha na linha? - brinquei
- Com base em quem batia com mais força, que era do mais velho para o mais novo. Thomas, os gêmeos... Taylor e Tyler, depois o Trenton. Nunca, nunca mesmo fique numa sala sozinho com o Taylo e o Ty. Aprendi com eles metade do que faço no Cículo. O Trenton era o menor, mas ele é rápido. É o único que hoje em dia consegue me acerta um soco.
Balancei a cabeça, chocado só de pensar em cinco versões do Travis em uma única casa.
- Todos eles tem tauagens?
- Quase todos, menos Thomas. Ele é um executivo na área de publicidade da Califórnia.
- E o seu pai? Por onde ele anda?
- Por aí - disse Travis.
Seu maxilar estava tenso de novo, e sua irritação com o time de futebol aumentava.
- Do que eles estão rindo? - perguntei, fazendo um gesto com a cabeça para indicar a mesa ruidosa.
Ele balançou a cabeça, claramente não querendo me contar do que se tratava. Cruzei os braços e fiquei me contorcendo, nervoso de pensar no que eles poderiam estar dizendo para deixa-lo tão irritado.
- Me conta.
- Eles estão rindo de eu ter trazido você para jantar primeiro. Não é geralmente... meu lance.
- primeiro? - Não havia entendido
Quando me dei conta do que se passava e isso ficou claro na expressão do meu rosto, Travis se encolheu, mas eu falei sem pensar:
- Eu aqui, com medo de eles estarem rindo por você ser visto comigo vestido assim, e eles acharem que eu vou transar com você - resmunguei.
- Qual é o problema de eu ser visto com você?
- Do que estávamos falando? - perguntei, afastando o calor que subia pelomeu rosto. Tentando fugir do assunto, e ainda bem que ele entendeu.
- De você. Está estudando o que? - ele me perguntou.
- Ah, hum... estudos gerais, por enquanto. Ainda estou indecisa, mas estou pensando em fazer contabilidade.
- Mas você não é daqui. De onde você veio?
- De Wichita. Que nem a América.
- Como você veio do Kansas parar aqui?
Comecei a puxar o rótulo da cerveja.
- Só queriamos fugir.
- Do que?
- Dos meus pais.
- Ah. E a América? Ela tem problemas com os pais também?
- Não, o Mark e a Pam são o máximo. Eles praticamente me criaram. Ela meio que me acompanhou, não queria que eu viesse pra cá sozinho.
Travis assentiu.
Qual é a do interrogatório?
As perguntava estavam passando de uma conversa sobre assuntos gerais e partindo para o lado pessoal, e eu estava começando a me sentir descontortável.
Diversas cadeirass bateram uma nas outras quando o time de futebol levantou. Eles fizeram mais uma piada antes de ir andando lentamente até a porta e aceleraram o passo quando Travis se levantou. Os que estavam atás empurraram os da frente para fugir antes que Travis conseguisse alcança-los. Ele se sentou, fazendo força para espantar a frustação e a raiava.
Ergui uma sombrancelha.
- Você ia me dizer por que optou pela Eastern - Travis continuou.
- É difícil explicar - respodi, dando de ombros. - Só parecia certo.
Ele sorriu e abriu o cardápio.
- Sei o que você quer dizer.
*
*
*
Rostos familiares preendiam os assentos da nossa mesa predileta do almoço. Eu me sentei entre América e Finch. Os outros lugares foram ocupados por Shepley e seus companheiros da Sigma Tau. Era difíciu ouvir alguma coisa com o barulho que fazia no refeitório, e o ar-condicionado parecia ter pifado de novo. O ar estava denso com o cheiro de comida frita e peles suadas, mas, de alguma forma, todo mundo parecia mais elétrico do que de costume.
- Oi, Brazil - disse Shepley, cumprimentando o cara sentado á minha frente. A pele bronzeada e os olhos cor de chocolate contratavam com o boné branco do time de futebol americano da Eartern enterrado na testa.
- Senti sua falta depois do jogo na sábado, Shep. Bebi uma cerveja ou seis por você - disse ele, com um sorriso amplo e branco no rosto.
- Valeu. Levei a Mare para jantar - ele respondeu, inclinando-se para beijar o topo dos longos cabelos loiros de América.
- Você está na minha cadeira, Brazil.
Brazil se virou, viu Travis parado atrás dele, depois olhou surpreso para mim.
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CONTIUA...
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CINTIA C: Fiz maior esse, acho que tá bom. Não tenho muita nossão do tamanha que fica quando tô escrevendo. ♡
FLAANGEL: São mesmo rsrs ♡
ZE CARLOS: Vou fazer o possivel para postar de segunda, quarta e sexta.
LIPM: Que bom que está gostando ♡
LOBO AZUL: Quanto drama, adoro kkkkk As vezes eu termino de passar o capitulo pro note no dia mesmo, ai nem da pra postar outro logo em seguida, mas esse aqui já ficou maiorsinho rsrs ♡
PRIREIS822: Q bom que está gostando ♡