FIZ MEU AMIGO HETERO SE APAIXONAR POR MIM (HISTÓRIA REAL) - Parte 20.

Um conto erótico de ...
Categoria: Homossexual
Contém 1866 palavras
Data: 07/05/2016 19:30:04

Mais uma pergunta na minha vida: ele tinha mudado ou era impressão? Ou era teatro dele? A resposta dessa pergunta não foi muito boa... Mas vamos lá, vou contar esse pedaço pra vocês, até porque só me resta isso pra contar, o resto é só felicidade.

Ícaro logo voltou pro quarto, e voltou trazendo-me notícias ruins. Ele tinha ligado pro médico que tinha atendido ele, mas ele disse que não estava mais atendendo a domicílio.

– Você tem certeza disso? – falei e tossi.

– Sim, tenho, ele afirmou que não atendia mais em casa. Olha, Theo, se você quiser eu posso te levar ao hospital, tem um aqui perto...?!

– Não, não precisa. Eu tomo aqueles remédios que você tomou quando ficou doente. Ainda tem ali. Se você ficou bom, eu fico também.

– Cara, é melhor que eu te leve ao hospital... Vai que seja outra coisa.

– Não vou, não precisa!

Ele parou de insistir, calando-se. Não queria ir ao hospital. Eu podia muito bem tomar conta de mim sem a ajuda dele, mesmo depois de dizer que queria... Mas bem, eu queria mesmo era tê-lo e ficar sozinho, ao mesmo tempo... coisa de louco!

De repente, algumas coisas malucas me vieram à cabeça e eu falei “Cansei” pra mim mesmo. Foi do nada, mas, de fato, eu estava cansado demais de tudo aquilo. Cansado de sofrer e cansado de sentir aquelas dores. Quando se está com febre, suar é o melhor remédio, então “esqueci” que meu corpo estava doendo todo. Fiquei pelado ali, pus um calção esportivo – não pus uma cueca, pra poder relaxar mais – e um tênis. Saí de casa, e Ícaro me olhava sair, da sala, e não me impediu. Saí num pique bom, queria mesmo era refrescar a mim e a meu corpo. Mesmo com dores, eu fui.

Comecei a correr pelo condomínio. Eu estava quente, com um pouco de febre, mas meu suor foi aparecendo e as dores foi sumindo aos poucos, como eu tinha previsto. Meus pés não estavam mais cansados e aí eu corria dez vezes mais rápido. De vez em quando, eu alternava o olhar pro meu apê, pois Ícaro estava ali me vendo correr, e isso me deixava meio que excitado.

A noite demorou pra chegar, mas quando veio, veio linda. Eu estava bem melhor das dores e da febre. Ícaro não parava de olhar pra mim e pro meu corpo, e eu gostava disso. Eu ficava sem camisa já para provocá-lo, e ainda mais de calção, sem a cueca, marcando o pau por ali... Eu percebia que ele sempre olhava pra mim e desviava o olhar rapidamente... Tomei coragem de enfrentar essa barra. A nossa janta tinha sido apenas um suco de frutas. Ele quem tinha escolhido isso. Ele fez e eu tomei. À mesa, tomamos o suco e comíamos biscoitos. O papo foi inevitável.

– O suco ficou legal?

– Ficou! Faltou açúcar, mas tá gostoso.

– Cê foi pra onde hoje? Cê saiu, tava doente... Eu fiquei preocupado!

Ícaro sabia muito bem pra onde eu tinha ido. Ele não parava de me olhar pela varanda. Eu também não cedi.

– Ah, tem coisas que eu faço que você não gostaria de saber!

– Desculpa a pergunta... Mas cê foi pra onde?

– Só fui dar uma volta, uma caminhada. Achei que você tinha visto!

Nessa hora ele se levantou, foi à cozinha, tentando disfarçar.

– Tava vendo TV. Mas fiquei preocupado porque você tava doente... Ou ainda tá, sei lá!

– Tô ótimo! A caminhada me fez bem!

Levantei-me, levei o meu copo até a pia e fui pro sofá. Me sentei ali. Ícaro também veio, sentou-se à poltrona. Instantes se passaram. Quebramos o silêncio.

– Você quer falar do que rolou?

– O quê que rolou?

– Eu acordo e dou de cara com você no meu quarto, só de cueca... e depois você me beija...

Ele se calou. Percebi, rapidamente, que ele teve um refluxo. Seus olhos já me respondiam. Ele ficou meio nervoso.

– Pô, Théo...

– Já se lembrou do que rolou agora, né?

– Sei lá o que deu em mim... É que faz tempo que...

– Mano, para de enrolar. O quê que tá acontecendo com você, em? Na verdade, o quê que tá acontecendo por aqui?! Tô percebendo muita coisa estranha esses dias, Ícaro... Me explica essas coisas!

– Eu não quero te falar coisa nenhuma. Não quero te falar nada! Nem eu sei o que tá rolando.

– Eu tenho uma suspeita. Eu acho que sei o que é. Você gosta de mim e tá com medo de assumir isso, né?

– O quê? Eu gostar de você? Cê tá louco?!

Ele se levantou descontrolado, começou a andar por ali.

– Eu sou macho, Théo! Eu sou macho! Você que é uma bicha aí... Cê tá é louco, ou tá possuído, sei lá! Eu sou homem, curto mulher!

– E por que você ficou tão nervoso? Não precisa ficar assim! Fica calmo!

– Calmo? Você me chama de viado e pede que eu fique calmo? Sabe do que você tá precisando?!

Me levantei e o encarei. No dia que ele tinha me batido, eu estava frágil, não tive a oportunidade de me defender, mas naquele dia eu o enfrentei mesmo, sem medo. Na verdade, quem teve medo foi ele.

– Quero saber do que eu tô precisando. – eu disse.

Eu me posicionei na frente dele, parado e sério. Ele começou a hesitar, mas mesmo assim não dava o braço a torcer. Eu queria ver se ele teria coragem de fazer o que ele já tinha feito comigo.

– Fala, caralho. Do que é que eu tô precisando?

– Se afasta de mim.

Ele me empurrou, devagar, virando-se pro outro lado. Eu não me entendi. Não sei o porquê, mas eu tive um tesão do caralho quando ele se virou. A bunda do Ícaro, marcada por aquele short que ele usava, estava me chamando loucamente; ela era de comer – rsrs – e sua “boca” me chamava mesmo. Eu dei dois passos, alcançando-o, e abracei-o por trás. Meus esquerdo de enrolou no pescoço dele, e meu braço direito, no peitoral. Meu pau logo ficou duro só em roçar naquela bundinha redonda e carnuda que chamava meu nome. Comecei a beijar o pescoço dele, e ele nada fazia. Pouco eu vi, mas seus olhos estavam fechados, sua boca estava aberta, soltando gemidos em forma de vento. Minhas mãos macias alisavam o peitoral dele... De repente, senti as mãos dele me abraçando nas costas, alisando-a. Minha mão foi descendo e soquei-as na cueca dele, alisando aquele pau gostoso de tamanho médio que tanto me agradava, sentindo-o endurecer na minha palma macia. O virei completamente e o abracei cheio de carinho. Ele me abraçou com força, respirando fortemente no meu ouvido. Nos olhamos por uns segundos. O meu corpo começou a suar de tesão, e ele olhava pra mim com um fogo em seus olhos. Ele fechou os olhos e me beijou, abraçando-me mais forte ainda. Os nossos pênis estavam bem duros e eles roçavam lá em baixo, onde eu fazia movimentos para que isso acontecesse. Foi um beijo sem muitas surpresas. A boca dele estava fria, bem molhada, pouco rígida e os lábios um pouquinho macios. Ele sabia perfeitamente como conduzir os meus lábios aos deles e fazia movimentos deliciosos com suas mãos, que a essas horas estava nas minhas costas, rasgando-me e apalpando o meu bumbum, que estava aclamando por uma rola.

Ele parou de me beijar, olhou nos meus olhos, e ficou sério. Eu não dei trégua e logo beijei o seu pescoço, que estava bem cheiroso. Ele gemia alto, e isso me dava um pouco de medo, porque os vizinhos do prédio podiam ouvir, mas deixei pra lá, o melhor era curtir o momento, não me preocupar com os outros. Ícaro me apertou bem forte – sendo delicado – e sussurrava coisas deliciosas ao meu ouvido, como “que delícia, em, Théo”, e mais outras... Puxei sua camisa com força, rasgando-a, e seu peitoral branquinho e quente já se encontrava colado ao meu, e ambos deslizando um ao outro.

O beijei novamente, passando a minha mão pela nuca dele, subindo pro cabelo. Ele, de repente, me empurrou, saindo da excitação.

– Cara, quê que isso? – ele perguntou, respirando forte.

– Não tá bom pra você?

– O quê que isso que tá rolando aqui? A gente pirou? Você pirou? Tá me levando pro mau caminho, seu mau caráter?!

– Eu sei que tu tá curtindo, Ícaro, para com isso...

– Curtindo o quê? Isso é uma falta de vergonha da gente, sabia? Eu acho que fiquei louco... Quê que eu tô fazendo, meu Deus?!

– (me aproximei) Para com isso. Tava tão gostoso... Por que você parou?

– Se afasta de mim, serio... Eu tô pegando essa sua doença, Theo. Não quero pegar isso de ser gay...

– Doença? Cê acha mesmo que isso é uma doença?

Me aproximei dele novamente. Fiquei furioso com o que ele disse. Olhei pra ele seriamente, esperando ele repetir.

– Sei lá o que é isso! E se afasta de mim, por favor, eu não quero ser gay!

– Quero que você repita o que disse!

Me enfureci. Percebi que ele estava com um pouco de medo.

– Esquece o que eu disse!

– Cê não vai ter coragem de repetir?

– (se exaltou) Já falei pra você esquecer!

– (dei um murro no rosto dele) Fala baixo!

Com o murro, ele caiu sentado no chão. Fiquei olhando pra ele, ali, sentado com a mão no rosto, olhando pra mim. Não me arrependi do que tinha feito. Do contrario, fiquei realizado, me sentindo com um peso a menos nas costas.

– Vai repetir ou não? – desafiei-o.

– Cê enlouqueceu? Olha o que fez... Me deu um murro, seu viado.

Um segundo após o “viado”, me abaixei rapidamente e dei outro murro nele, que deitou, batendo a cabeça. O murro foi forte mesmo. Ele caiu desacordado. Daí, comecei a ficar preocupado. Fiquei parado olhando pro Ícaro. Eu não sabia o que fazer. Uma lágrima escorreu, mas não era de tristeza, era de desespero, mesmo não demonstrando-o. Me aproximei dele, me sentei no chão e coloquei sua cabeça em meu colo. Batia no seu rosto e ele não acordava.

– Ícaro... Ícaro... Acorda, mano! Acorda, caralho!

Eu chamava nomes, dizia o nome dele, pedia desculpas, chorava... Parecia que ele tinha morrido... Mas era isso o que parecia. Minha sorte era que ele ainda respirava.

Eu coloquei uma roupa meio decente, coloquei uma roupa no Ícaro também, e pedi ajuda ao cara do apê da frente. Ele me fazia perguntas do que tinha acontecido, e eu inventei que o Ícaro tinha caído no chão... Fiquei um pouco curioso porque ele deveria ter escutado, mas deixei pra lá.

O vizinho me ajudou colocando o Ícaro no carro, e eu lhe dei um obrigado. A caminho do hospital, meus olhos estavam na pista e no Ícaro, com esperança que ele acordasse. Até deixei as janelas abertas para ver se ele acordava com o vento, mas não tive sucesso.

No hospital, chamei uns enfermeiros e eles me ajudaram a tirar o Ícaro do carro. Eles levaram o Ícaro pro quarto. Podia ser exagero meu, porque nessa altura eu já sabia que ele tinha apenas desmaiado, mas meu medo e minha ânsia foram maiores.

Comecei a agir sem pensar. Não sei se ele merecia tudo aquilo.

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Comentários

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Olha vc não teve culpa, ele te provocou. Mas eu acho que esta lutando contra seu coração

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Nossa quase morreu e ainda ajuda o que o amor não faz ne 😅😅 muito bom 🙌

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Bem feito tava merecendo isso ah muito tempo... Acho bom ele pensar e repensar antes de chamar o Théo de doente pra não ser nocauteado de novo kkkk. Mais é serio esse cara é totalmente sem noção desde quando amar é doença??? Amar é uma dadiva dada por deus e aqueles q tem o privilégio de um dia conhecer o amor de verdade tem a felicidade garantida, amor é simplesmente amor o mas puro dos sentimentos deixados por deus e não em porta como ou com quem. 👦👦❤❤❤

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AGIU CERTO. ELE MERECIA SIM. E MERECE APANHAR MUITO MAIS. GOSTEI DESSE CAPÍTULO, PELA PRIMEIRA VEZ.

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Caramba, ele merecia, mas você não merece um cara como ele...

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Tu fez bem em bater nele, nisso ele aprende que tu não é fraco, só estava guardando algo melhor.

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concordo com o Lipe, a história está demais. Podia fazer o favor de descrever o Ícaro e o Théo, por favor! Eu não lembro como eles são.

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