Roberta não queria ir até o seu quarto e arriscar encontrar Mia ou Vick no estado em que ela se encontrava, por isso ela decidiu ir até o banheiro no corredor para se recompor. Não havia muitas garotas lá, mas Roberta pode ouvir algumas meninas novas cochichando algo e rindo enquanto tentavam não olhar pra ela. Em outros tempos Roberta teria encarado as meninas e colocado elas no lugar, mas desde que ela entrou nesse colégio, a sucessão de acontecimentos a fez mudar cada vez mais. Ela não sentia uma vergonha tão grande por tudo que estava acontecendo que ela sabia que não tinha coragem de encarar as garotas.
O que ela poderia fazer? Que moral teria ela pra falar de duas meninas fofoqueiras, quando a ela a pouco estava curvada na mesa do diretor recebendo palmadas na sua bunda nua, enquanto outras pessoas assistiam pela câmera sua degradação.
Ela apenas se dirigiu até a pia e jogou um pouco de água no seu rosto. Cada movimento que ela fazia, agora era calculado. A saia do colégio não era muito grande, e a última coisa que ela queria era que os outros percebessem que ela não estava usando calçinha.
Ela olhou no espelho, tentando reunir coragem para ir para as aulas. Ela queria se esconder, mas isso só iria piorar sua situação.
Ela desejava que o tecido da camisa da escola não fosse tão fino agora que ela não estava usando sutiã. Ela percebeu que seus seios ficavam bem marcados na camisa, mas pelo menos seus mamilos não ficavam evidentes e isso era o único conforto que ela tinha.
O fato é que se ela corresse usando aquele uniforme, seus seios saltariam de forma vulgar. Se alguém chegasse perto o suficiente dela, talvez pudesse notar que ela não estava usando nada além da blusa.
A insegurança dela aumentava e sua bunda ainda ardia das recentes palmadas que ela havia recebido. Mas não havia mais nada que ela pudesse fazer. Ela enxugou seu rosto e saiu do banheiro em direção ao seu armário de livros.
O seu coração batia acelerado enquanto ela cuidadosamente andava pelos corredores do colégio, tentando não chamar atenção. Algumas pessoas já olhavam pra ela, e entre cochichos, sorrisos e piscadelas, ela entendeu que ela era o assunto do colégio nos últimos dias.
O incidente com o sutiã, e depois o episódio da calçinha deixaram ela com uma reputação no colégio, e Roberta só conseguia baixar a cabeça e tentar não dar mais nenhum motivo para que essas pessoas pudessem continuar falando dela.
Ela foi até o seu armário e pegou seus livros, suspirando aliviada ao não encontrar nenhum envelope, foto ou instrução da seita.
Roberta seguiu pra aula e sentou-se na parte de trás da sala para não chamar muita atenção. Ela tomou cuidado ao se sentar, pois sem calçinha, ela não queria de forma alguma acabar mostrando sua intimidade pra alguém.
Ela percebeu no outro lado da sala, um grupo de algumas garotas, entre elas Mia e Vick, e elas estavam conversando e rindo, enquanto olhavam para ela.
Os cochichos e risadinhas já estavam ficando cada vez mais constantes corriqueiros desde os últimos incidentes, mas o medo de Roberta era que Vick estivesse falando algo para as garotas.
Por mais que o incidente do sutiã e da calçinha tenham sido embaraçosos, ela achava que as pessoas poderiam considerar apenas um acidente e contava que tudo fosse esquecido com o tempo. Mas Vick tinha em mãos uma foto que poderia arruinar com a vida dela, e por mais que ela quisesse acreditar que a loira não iria mostrar nada, a incerteza e o medo ainda pairavam sobre ela.
Os professores deram suas aulas durante a manhã, mas Roberta seguia sem conseguir se concentrar em qualquer que fosse o assunto. As risadinhas e fuxicos pararam enquanto as aulas seguiam, mas Roberta ainda pensava em tudo que estava acontecendo com ela.
As aulas finalmente terminaram e Roberta ficou feliz pelo fato de finalmente poder sair dali.
Ela caminhou até o seu armário e foi deixar os seus livros, e ao abrir o armário ela pode notar um envelope da seita. Seu coração bateu aceleradamente. Por um breve momento ela achou que eles iriam dar uma trégua, mas era só ilusão.
Ela guardou os livros ficando com apenas um onde ela escondeu o envelope e em seguida foi ao seu quarto.
Roberta sabia que todos os alunos estavam indo pra cantina e embora ela estivesse faminta, ela sabia que não poderia comer nada até ver o que tinha naquele envelope.
Ela entrou em seu quarto e sentou-se em sua cama. Nervosamente a ruiva abriu o envelope, mas dessa vez não havia nenhuma foto, apenas um bilhete com o que seria a sua segunda tarefa.
“Se você está recebendo esse bilhete significa que você aceitou sua punição e vai seguir com o nosso jogo. A segunda tarefa será um pouco diferente, mas tenho certeza de que você cumprirá com êxito. Embaixo da sua cama, deixamos uma sacola com o que será seu novo uniforme, a partir de agora você só deverá usar nas dependências do colégio as roupas que estão ai dentro até o fim do 15º dia, onde nosso jogo terminará. As únicas exceções serão quando você estiver dormindo, pois você poderá usar sua roupa habitual de dormir, e quando a seita determinar que você pode usar outra vestimenta.”
Tarefa 2 – Usar a partir de agora as roupas determinadas pela seita até o final do 15º dia. Roupas intimas seguem proibidas.
Roberta estava perplexa. Que tipo de roupas eles queria que ela usasse. Aquilo era um colégio, ela não poderia usar outra coisa que não fosse o uniforme.
Com o coração na mão, ela se abaixou para procurar a sacola que de fato estava embaixo de sua cama.
Ela abriu a sacola de papelão e nele haviam 3 conjuntos de roupas. Eram dois uniformes do colégio (saia azul e camisa branca) e um uniforme de educação física (short azul, uma saia azul e uma blusa branca).
Até ai tudo bem, mas Roberta logo notou que haviam diferenças naqueles uniformes para aquele que ela estava usando.
A saia era pelo menos 3 centímetros mais curta do que a que ela estava usando. Se Roberta usasse essa saia sem a calçinha ela teria que andar e sentar de forma bastante cautelosa, pois a qualquer momento ela poderia expor sua bunda ou acabar mostrando sua intimidade por acidente.
Ela ficou perplexa e em seguida olhou para a camisa pra descobrir que a audácia da seita não tinha limites. A camisa era um número menor do que a que Roberta estava usando no momento, e ela só imaginava o quão constrangedor seria andar com algo assim pelo colégio. Seus seios grandes provavelmente ficariam em destaque naquelas roupas.
Ela levou as mãos à cabeça imaginando o quão longe a seita estava disposta a ir com todo aquele jogo. Os ajustes nessas roupas, eles não poderiam ter feito sem a ajuda de alguma menina ou de uma pessoa que conhecesse bem de tamanho de roupas. Ela sabia que eles provavelmente eram filhinhos de papai, ricos e que com isso conseguiriam facilidades na vida, mas isso já estava ficando algo fora dos limites.
Eles não conseguiriam produzir essas roupas em apenas uma manhã. Será que eles sabiam que ela aceitaria aquela punição com o diretor e já foram planejando o próximo passou, ou eles simplesmente já teriam esse jogo totalmente planejado. Ela quase enlouquecia ao pensar em todas as possibilidades que cercavam aquela tenebrosa seita, que agora estava decidindo até o tipo de roupa que ela vestiria nas dependências do colégio.
Roberta então levou a mão até o conjunto de educação física e ele era muito pior do que o uniforme tradicional e diário da escola. O uniforme de educação física era algo escandaloso.
O uniforme tinha uma blusa branca sem mangas, mas essa diferente do uniforme do colégio não era um número menor e sim um número maior e Roberta logo pode perceber o porquê disso.
Sem as mangas do uniforme e sem poder usar sutiã Roberta teria uma constante luta para manter seus seios escondidos dentro daquela blusa, e quem estivesse ao lado dela conseguiria com certeza obter uma boa visão da lateral dos seus grandes melões.
Em seguida havia o short e a saia. Os meninos na educação física usavam apenas o short, mas para preservar mais as garotas, o colégio criou uma saia para ser colocada por cima do short.
Só que a seita tinha uma perversidade singular. O short era dois tamanhos menor e quando Roberta usasse ele sem calçinha, ela sabia que os lábios de sua vagina ficariam marcados contra o tecido.
A saia era 3 ou 4 centímetros menor do que a habitual e Roberta se desesperou só em pensar no quão vadia ela iria parecer ao usar aqueles trajes no dia a dia.
Agora ela não tinha nenhuma esperança de que sua reputação dentro daquele colégio fosse ser reparada. A partir do momento que ela começasse a usar essas roupas, ela sabia que as os cochichos, as risadas, os olhares de desaprovação das meninas e olhar de desejo dos garotos só aumentaria, e que de uma vez por toda ela teria uma fama naquele colégio.
Ela levou as mãos até o rosto. Ela queria chorar, mas já não tinha forças pra fazer isso. Pra completar a situação, ela estava morrendo de fome e a instrução no bilhete era clara “a partir de agora”. O que significa que eles queriam que no momento que ela recebesse aquela tarefa, ela trocasse de roupas.
Se ela quisesse ir à cantina do colégio para fazer uma refeição, ela teria que vestir aquele uniforme.
OBS: Eu postei um conto mais curto apenas pra dizer que estou escrevendo muito Rebeldia nesses dias e que pelo menos os 2 próximos contos que postarei serão da saga Rebeldia (espero postar os dois ainda essa semana). Os próximos contos serão mais focados na Roberta, e alguns outros personagens ficarão um pouco de lado, mas isso será necessário pois apesar do meu desejo de fazer uma história com mais personagens, o meu tempo tem estado curto e Rebeldia (como a história da Avril) são histórias diferentes das demais, com uma linguagem e uma abordagem diferente de algumas outras histórias. Então vou focar bastante nos personagens que mais apareceram até agora (Roberta, Sol e Bianca, Vick). Ou seja, os próximos contos serão provavelmente sobre a chantagem da seita sobre Roberta e o controle de Sol sobre Bianca.
PS: Se vocês gostaram, por favor comentem, pois isso incentiva demais a pessoa que escreve.