"Eu sou maior que você?"

Um conto erótico de Duh
Categoria: Heterossexual
Contém 1818 palavras
Data: 17/05/2016 23:58:22

Terça Feira, 8 de maio, 21:34 horas

Acendo um cigarro e penso no problema pela vigésima vez. Uma coisa é ver ela com a Val, Valéria tem aquela pose de malvada, mas me conhece melhor do que ninguém, é mais do que uma mediadora nisso tudo, é minha garantia que as coisas não vão sair do controle. Mas sozinho com a Ju...

O celular me tira dos meus devaneios, vejo a notificação sem abrir o WhatsApp pra não parecer desesperado.

A mensagem é breve e seguida de uma foto, "fico bem de branco?" É claro que ela fica, na pose clássica de frente pro espelho, shortinho branco e regatinha, todos os acessórios combinando, fazendo bola de chiclete e usando um daqueles bonés que fazem ela parecer uma mistura de diabinha e patricinha. Irresistível.

Decido. Vou ver ela.

Penso comigo, "acabo o cigarro e respondo, é importante que ela perceba que eu não tô na mão dela."

Mais uma notificação, "oiii, tá aí?"

Apago o cigarro na metade e entro no carro, "tô indo pra sua casa, quase chegando!" Mastigo um halls.

Ela devolve um emoji de beijinho com coração.

Estaciono na frente do edifício e aviso, "tô aqui, qual apto é?"

"Eu já tô descendo, qual é o seu carro?"

Sinto uma pontinha de decepção e alívio, sozinhos no apartamento dela é uma situação que, mesmo arriscada, deixa bastante a se imaginar, mesmo se fosse pouco tempo. Não sei pra onde vamos, me distraio pensando em lugares, enumerando opções.

"Te espero fora dele, é um citroen cinza."

"Sempre cavalheiro, Duh. Você é um doce!"

Olho a rua tentando me acalmar um pouco, controlar o nervosismo e a ansiedade. Escuto os saltos e viro, ela sorri pra mim. Com a roupa da foto, bolsa e casaquinho. Minha libido grita.

- Oi gatinho!

- Oi gatinha, você tá linda!

- Gostou? - Ela inclina a cabeça, ensaia uma pose discreta, é claro que ela sabe que eu gostei. Ela, mais do que ninguém, conhece bem o poder do próprio charme.

- Adorei! Você tá linda, gosto de você de boné.

- Não sei ser adulta! - Ela ri. Abro a porta do carona e convido,

- Vamos? - Ela segura a bolsa na frente do corpo e junta os pés, faz cara de pestinha.

- Posso dirigir? - Faz biquinho, - por favor?

- (risos) Não esperava por isso, mas ok, só tenta não maltratar meu brinquedo, ok?

- Não é o brinquedo que eu vou maltratar... - Ela pega a chave da minha mão e dá a volta no carro. Primeiro frio na barriga da noite.

Algumas cervejas e quase uma hora depois, estamos estacionados na contra mão de um quase ponto turístico. A vista é linda e uma terça feira quase fria faz com que sejamos os únicos visitantes.

- Achei que você queria entrar em algum lugar...

- Não, - Ela põe a mão no meu joelho, - saí pra ver você, você quer? podemos voltar se você quiser.

- Nada, imagina. Também prefiro ficar só contigo.

O bronze das coxas dela faz um contraste erótico com o branco do shortinho, ela solta o cinto e arruma a regata, por um momento eu consigo ver a lateral do seio, ela percebe e morde o lábio. Me sinto um adolescente, a gente tá a um passo de se pegar, mas eu não consigo arrumar um jeito de quebrar aquele último pedacinho de gelo. Ela puxa uma coxa delicosa pra cima do banco e vira pra mim,

- Que timidez Duh... - põe a mão na minha coxa, sobe com as unhas, de leve... - Você é sempre assim, quietinho?

Eu tento tomar a iniciativa, mas assim que inclino meu corpo pra ela, ela põe a mão na minha nuca e me beija. Não enfia a língua na minha boca, como eu estava quase esperando, mas desliza ela sensualmente junto com a minha, pressiona os lábios nos meus, aperta os dedos entre os meus cabelos, muito. Eu deixo escapar um gemido. Ela puxa minha cabeça pra trás e morde meu pescoço, minha orelha, minha boca...

- Gostoso...

- Ouch!

- Tá doendo, gatinho? - Ela aperta mais meu cabelo, morde mais forte, me puxa pra ela e lambe minha orelha - Mas eu ainda nem comecei a meter...

Segundo frio na barriga da noite.

Eu congelo. Lembro da cena no apartamento, é tudo tão novo e tão estranho, demora um tempo pro sentido daquelas palavras entrar realmente na minha mente, começo a compreender o porque de ela pedir pra dirigir e então ela me beija de novo. Por um momento eu esqueço de tudo.

Minhas mãos acordam, descubro a cintura dela, aperto as coxas, danço com os dedos nos seios dela e ela geme, roço a palma da mão nos mamilos, provoco... Ela geme alto, num tom erótico.

- Isso, assim... - Se empina toda e geme no meu ouvido, eu mordo a nuca dela e aperto os seios, fluindo os movimentos de acordo com os gemidos, até que ela me afasta com uma mão, ofegante, e me diz sorrindo: - Abre meu shortinho...

As coxas dela tem um tom lindo na meia luz do carro, eu hesito um segundo, ela pega minha mão e põe na perna... - Abre, Duh...

Com o coração na boca eu abro o botão, puxo o zíper, ela levanta o quadril do banco e abaixa o shortinho até o joelho, sorri pra mim seu melhor sorriso-diabinha e tira uma perna de dentro dele, morde os lábios enquanto abre as pernas e puxa a calcinha, branca também...

Eu lembrava que o pau dela era grande, mas ali, sozinho com ela, dentro do meu carro, marcas de dente no pescoço, parecia ainda maior...

- Olha como você me deixou, - mexe nele devagar, aperta e desce até a base, põe a cabeça toda pra fora. - Gostou?

Eu percebo que ainda não parei de olhar, engulo em seco e balbucio um elogio, - bonito...

- Eu sou maior que você? - ela pergunta numa voz sensual. Ensaio um riso nervoso e desconverso... - Abusadinha (risos).

- Pega nele...

- Ju! (risos)

- Pega, só um pouquinho...

Olho pros lados pra conferir se estamos mesmo sozinhos e estendo a mão até o pau dela, encosto nele e ela geme.

- Hmmmmmnnnnnn gatinho, assim

- Tarada...

- Mexe pra mim...

Ensaio um vai e vem de leve, ela pulsa na minha mão, é muito quente, assim de perto percebo que além de maior ela é mais grossa do que eu, imagino que devo estar um pouco vermelho e então ela fala com tom de ordem:

- Chupa.

- Ju, não... A gente acabou de se conhecer

- Chupa, Duh, eu sei que vc quer

- Eu... Olha, é tudo muito novo pra mim, me dá um tempinho, ok?

- Fica com a mão no meu pau enquanto a gente conversa...

- Ju, (risos) vc é muito tarada!

- Me chupa, vai, só um pouquinho - Morde os lábios e empina o corpo, ela é linda. Eu penso na ideia um tempinho e decido que, bem, já que as coisas estão nesse ponto... Me ajeito no banco e ela geme por antecipação, aquele som deixa tudo tão mais erótico. Coloco uma mão na coxa dela e debruço perto do seu colo, tento não pensar muito pra não desistir, abro a boca e, sem saber muito como fazer, passo a língua pela cabeça do pau dela, tento imaginar um pirulito, um pirulito realmente grande.

- Hmmnnnnnnnn, isso

Ela põe as mãos na minha cabeça e me guia, mexendo um pouco pros lados, puxa meu cabelo, o pau escapa entre os meus dentes e estica a bochecha. Ela tira da minha boca e não me deixa levantar, bate com o pau no meu rosto

- Gostoso...

Empurra dele de volta pra minha boca e força minha cabeça pra baixo, sinto ele deslizar pelo céu da boca e tocar na garganta, empurro as coxas dela instintivamente, tentando sair, ela me deixa escapar um pouquinho e força de novo, eu engasgo um pouco, ela me solta. Faço cara de indignado.

- É muito grande!

Ela ri.

- Você consegue, vamos devagar...

De alguma forma eu não consigo negar, mas coloco a mão na base pra evitar constrangimentos, ela deixa. Começo de novo, devagar, uso todo o espaço da boca pra não chegar na garganta mas o pau dela é muito grande, em pouco tempo a rola dela tá toda babada porque, admito, tenho um pouco de nojinho em sugar. Ela pega meus dedos e tira minha mão.

- Mãos pra trás, mocinho, vc tem que chupar direito, Duh...

- Mas eu nunca fiz!

- Aprende, vou ser sua profe, põe as mãos pra trás.

Relutante, eu obedeço.

- Agora abre a boquinha, - Ela invade minha boca, segura minha cabeça, faz um vai e vem mais lento e mais fundo, eu tento com todas as forças não engasgar e acabo babando muito, melo ela toda.

- Hmmnnnn, isso, que boquinha gostosa...

Ela continua assim por um tempo, quando estou quase acostumado ela para.

- Vamos deixar isso mais interessante. - Tira a faixa que prende o casaquinho na cintura e encosta meu rosto na coxa, me manda colocar as mãos pra trás. Mais relutante do que nunca, obedeço, ela prende meus pulsos com a faixa e amarra, não é um nó de marinheiro mas me obriga a ficar assim ou ter que fazer um escândalo pra me soltar a força.

- Agora abre a boquinha e põe a língua pra fora...

Desliza a rola dentro da minha boca devagar, retoma aquele vai e vem enquanto me segura. Me sinto a mercê dela. Cada vez mais ela vai forçando, sinto meus olhos lacrimejarem, ela geme e empurra o quadril, o pau força a minha garganta. Engasgo e tento sair, ela me segura pelo cabelo.

- Não não, tem que aprender a chupar direitinho, relaxa... deixa eu comer essa boquinha...

Ela me mantém assim e, talvez pela dominação mental que começou no apartamento da Valéria, eu aceito. Tenho mini espasmos enquanto o pau dela entra mais e mais na minha garganta, babo horrores, ela acha graça e geme muito, alterna entre segurar meus pulsos, puxar meu cabelo e dar tapas na minha bunda. Fica assim durante minutos que parecem uma eternidade, os gemidos seguem um crescendo, ela acelera um pouco o ritmo e, pra mim, abusa da minha boca. Mesmo sem querer acabo ficando com o rosto molhado, lágrimas por forçar algo enorme na garganta e saliva pelo mesmo motivo. Os gemidos viram gritinhos e ela avisa, ofegante:

- Oh meu deus, oh meu deus, Duuhhhh, eu vou... hmmmmmnnnnnnnnnnn

Tento não pensar, me agarro na ideia de que aquilo tá acabando.

- Eu vou... hmmmmmmnnnnnnnnnnnnnnnnnn

Ela goza na minha boca. Muito. O gosto é estranho, não dá pra dizer que é amargo. Esfrega o pau no meu rosto, ofegante, parece uma criança no natal.

- Gostosooooooooo, vc é muito gostosinho, Duh! Adorei você desde a primeira vez que te vi!

Eu deixo o rosto na coxa dela, minha mandíbula dói um pouquinho, acho que de tanto ficar tão aberta. Sinto um misto de vergonha e tesão, mas o tesão acaba ganhando, de leve. Faço um agrado pra ela:

- Você também é gostosa, literalmente...

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Comentários

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Amo a maneira como escreve, cada palavra é um prazer ....

Tão sensível, erótico e sutil... Uma clara demonstração de que não é necessário ser vulgar para ser erótico....

Perfeito

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Top demais, que gata sádica é essa. Tá feito meu irmão, tirou a sorte grande.

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Ki delícia.....Duh, manda email da Ju meu amigo tenho que experimentar essa coisa gostosa.....

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Gostei bastante do conto. Apesar de ser apenas uma cena de boquete, foi muito bem descrito.

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Adoraria ler mais. Você escreve muuuito bem, e o conto está óótimo!

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Obrigado, Guido! Muito gentil da sua parte, fico feliz que tenha gostado, mesmo sendo fora da sua orientação, vou escrever mais, sim ;)

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Rapaz, parabéns! Entrei no seu conto absolutamente por curiosidade, por causa do título, sem muita expectativa: eu transo com homens. Mas que texto bem escrito, que sensualidade, que capacidade de fazer nos sentir na cena, na alma do(s) personagem(ns)! Muito bom mesmo, bem acima da média aqui na CdC. Certamente não lerei seus outros contos, porque não estarão no escopo da minha sexualidade, mas faço fé que vc venha a escrevê-los. Vc é muito bom!!!!

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