Parabéns por mais uma magnifica apresentação Ryan desse jeito logo você estará pronto para enfrentar os palcos, dizia minha melhor amiga Camila ao saímos de mais uma aula a proposito frequentávamos a academia instrumental de música, um centro para jovens talentos nas categorias instrumentos musicais, dança e canto, eu era pianista tinha a responsabilidade de chegar aos pés de minha mãe, condecorada a melhor aluna que a academia já teve por isso sempre sofria grande pressão.
Cheguei em casa depois de mais um dia cansativo e mais uma vez me encontrava sozinho, morava somente eu e minha mãe que havia se separado de meu pai que nunca ligou para mim mesmo então nem se importou em deixar a guarda com ela, já mamãe era muito atenciosa sempre pude contar com ela, mais a mesma devido a sua carreira era muito ocupada e vivia fora de casa.
Depois de um banho me olhava no espelho, como eu havia mudado em tão pouco tempo, estava em meus 16 anos, pele lisa e branca livre de sol, meus cabelos curtos lisos e negros assim como meus olhos, por onde eu passava arrancava suspiro das meninas, e já notei alguns meninos também me observando como uma fera observa sua presa, meu corpo tomava desenvolvimento de corpo adolescente distribuído mais nada exagerado, no entanto eu sempre fui muito tímido, apesar de sempre ter tudo parecia que faltava algo, depois de comer algo peguei um livro qualquer e desci até o jardim do prédio, gostava de sentar embaixo de um carvalho branco que havia no centro para ler.
Havíamos nos mudado recentemente para aquele lugar, então não conhecia quase ninguém, na verdade gostava de conversar com o porteiro, um senhor de idade muito simpático que sempre me cumprimentava, os poucos dias que eu estava ali percebi que todo dia um grupo de garotos passavam fazendo a maior bagunça em direção as quadras sempre notava eles olhando para mim e tirando sarro, talvez por eu ser franzinho enquanto eles eram bastante encorpados e também pelos meus óculos de leitura que me deixavam ainda mais com cara de nerd se é que isso era possível.Eu apenas ignorava os comentários, afinal sempre fui muito orgulhoso não era qualquer comentário que me ofendia, mais uma vez sentei em baixo do carvalho e comecei a ler.
Eduardo:
Tudo bem gata eu te ligo assim que der, beijo.
E mais uma garota no meu pé, também não as culpo afinal eu sou gostoso mesmo, nunca fui de me amarrar, até porque as últimas meninas com as quais me relacionei nunca me fizeram sentir aquela coisa sabe. Sempre fui rodeado de amigos, e aos 20 anos fazia faculdade de direito seguindo os passos de meu pai que me criou sozinho depois que minha mãe fugiu de casa, sempre tive muita atenção e ele sempre me ensinou a respeitar o próximo e eu sempre dizia que eu queria me tornar um grande home assim como ele. Sempre gostei de esportes e sempre no final de cada tarde era fiel a velha pelada com os amigos fui até o espelho da uma ajeitada em meus cabelos loiros que combinavam perfeitamente com meus olhos verdes, estava com um calção preto de jogar bola e vesti uma camiseta branca e dei aquela piscada- Cara você é o gato- e desci correndo para a quadra, no elevador encontrei um garoto um pouco mais baixo que eu e com uma expressão bem serena em seu olhar, ele estava tão concentrado que acho que nem prestou atenção em mim ao saímos do elevador ele foi para um lado e encontrei com meus amigos que estavam já fazendo aquela bagunça fui com eles em direção a quadra, mais algo martelava em minha cabeça, quem era aquele garoto e por que ele me chamou atenção?
A pelada começou e estávamos em uma disputa concentrada, por um momento me distrai ao olhar para o lado e perceber que o mesmo garoto estava embaixo do grande carvalho que havia no jardim ao qual era circundado pelas quadras e pela piscina e ao ver aquela cena algo dentro de mim pareceu querer manifestar, senti cocegas na barriga e só voltei a realidade quando o time adversário por minha distração quase marca mais um gol e peguei um cascudo de um de meus amigos.
Chutei a bola tão forte que ela saiu da quadra e acabou indo em direção ao garoto e pensei em gritar para ele tomar cuidado, meus amigos já riam da situação mais todos se surpreenderam quando ele parou a bola com a mão, corri em direção a ele para pegar a bola.
Edu: Desculpa garoto você se machucou.
Ele nem ao mesmo olhou em meus olhos apenas respondeu um não seco e me jogou a bola e se retirou, fiquei algum tempo ali parado pensando que garoto seco, quando pude perceber eu estava involuntariamente sem ar e minhas mãos suavam, retornei à quadra onde deixei a bola e avisei a galera que não estava me sentindo bem e me retirei em direção ao meu apartamento.
Ryan:
Aqueles ridículos com certeza fizeram aquilo de proposito, acho que pensam que por ser menor que eles não sei me defender, um deles veio até mim buscar a bola mais nem fiz muita questão de olhar para ele apenas arremessei a bola em sua direção e resolvi me retirar dali, estava ficando tarde e precisava estudar um pouco ainda, adentrei o elevador e alguém corria em direção pedindo para que eu o segurasse, bom como não queria ser mal educado o segurei até o garoto entrar, ele era mais alto que eu e tinha cabelos ,loiros, não reparei em seus olhos, mais pude ver que ele estava suado, com certeza era algum dos idiotas da quadra, durante os poucos segundos que ficamos dentro daquele elevador parecia mais uma eternidade, parece que alguma coisa me fazia sentir incomodado com aquilo até que o garoto resolve quebrar o gelo.
Edu: você é novo por aqui.
Apenas o respondi com um sim bem seco, e acho que ele percebeu o quanto fui rude e acabou se calando novamente, logo ele desceu de cabeça baixa em seu andar e antes que a porta fecha-se ele me olhou com um sorriso um pouco malandro no rosto e só então pude reparar naquelas duas esmeraldas que ele tinha como olhos.
- Eduardo.
Sim ele me disse seu nome mais antes que eu pudesse responder alguma coisa a porta do elevador se fechou e segui para a cobertura onde morava.
Ao chegar minha mãe já estava em casa, fui recebido com o beijo na testa de sempre e ela me perguntando como foi meu dia na escola e na academia de música, enquanto conversávamos percebi que ela estava muito afoita organizando algumas coisas em casa e logo descobri que ela daria um jantar aquela noite para um amigo e seu filho. Subi para meu quarto acabei deitando e dormindo um pouco.
Acordo por volta das 19:30 com os gritos de minha mãe mandando me preparar para o jantar, como sempre acordo um pouco de mau humor mais não a questiono, tomei meu banho e como estava em casa resolvi por algo mais formal, uma bermuda branca com uma camisa de meia azul bem clara, um nike branco, coloquei meu relógio, coloquei meu cabelo meio arrepiado para o lado e meus óculos de leitura um perfume amadeirado e desci para a sala, minha mãe estava bem arrumada para um jantar de negócios, logo pensei que ali havia coisa mais resolvi esperar ela me contar, logo a campainha tocou e minha mãe que passava algumas instruções para a cozinheira me pediu para abrir a porta.
Educadamente mais com uma expressão um pouco mau humorada fui abrir a porta e me deparo com um homem caucasiano de porte atlético, cabelos loiros e olhos verdes também que sorria gentilmente para mim, aquele homem me fazia lembrar de alguém, me cumprimentou muito educadamente ao qual respondi ao seu aperto de mão, e logo o dei espaço para que entrasse.
- Com licença vamos meu filho.
A maior surpresa foi em ver que o acompanhava e quem ele havia chamado de filho.
Gente sei que estou devendo a continuação de um conto para vocês, acontece que com o tempo fora de ativa estou meio perdido mais prometo fazer de tudo para recuperar o foco.