Ola pessoal como vão?
Então, finalmente a Maria reencontra o Antônio então agora é hora de desvendar todos esses mistérios, Carlos, Stela, Maria, Shirley, Guilherme.
Espero que curtam os próximos capítulos.
Isaac.I., ola meu querido, é que esta difícil arranjar tempo pra escrever, e só consigo escrever totalmente relaxado, sem pressão. Então, não estou enrolando não, criei essa viagem para o casal justamente para eles terem um momento romântico, até porque a partir do próximo capitulo não sobra mais tempo para isso. Kkk. Mas fica tranquilo, a partir do próximo capitulo, os segredos começam a serem desvendados.
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Ninha M, pois é, adoro mistérios, segredos, suspense, acho que da pra conciliar isso até com um conto erótico gay. Então, adorei a viagem deles justamente por isso, eles precisavam relaxar e se curtir, até porque a partir de agora vai ser difícil eles começarem a ter esses momentos, pois será uma emoção atrás da outra. Então, sobre o Guilherme, o cerco esta se fechando e por todos os lados, já esta ficando impossível guardar todos esses segredos. Beijos.
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FlaAngel, calma, o cerco esta se fechando. Imagina quando o Guilherme voltar de viagem, ele, a Maria e o Antônio juntos, dai essa historia se resolve de vez. Esse negocio se swing seria uma bomba, imagina a Stela em uma casa de swing? Obrigado.
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Luk Bittencourt2, 1 - sim, você da ótimas ideias, só não pode querer descobrir os segredos da historia. 2 - Hummm, interessante a teoria da Stela e Carlos contra a Maria, mas fundamente mais essa historia. 3 -Então, mas era uma viagem romântica e você acha que da pra ser romântico tendo que vigiar dois capetinhas igual o Rafa e o Arthur? 4- Calma, ela vai tentar dizer, mas dai o Antônio vai soltar uma bomba em cima dela e ela vai ficar sem chão, mas dai depois ela vai fazer uma coisa que vai ser responsável pra revelar varias cosias na historia. 5 - Opa, que honra, então só o meu conto agora tem seu comentário, rsrs, adorei.
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K-elly, obrigado minha querida.
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Martines, calma, o Guilherme serve para movimentar a historia, se não ficaria tudo parado, mas quanto a ele, o cerco já esta se fechando, acho que a partir do próximo capítulo a bomba começa a explodir. Hahaha, pior que eu acho que você acertou, a Maria vai dar o presente que o Antônio queria ganhar, mas acho que ele não irá se lembrar.Calma denovo, não estou enrolando, mas o casal precisava curtir mais esses dias de romance, pois a partir de agora vai ser difícil pra poder colocar isso no conto, pois terei muitos mistérios para revelar. E que beijo é esse? Kkkk.
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marc01CL, sim, no meu conto tem que ser emoção, sexo, amor, suspense e se duvidar até umas pitadinhas de terror. Não sei, mas acho que a Cris já começou a abrir os olhos sobre o Guilherme. Bom, a Simone é muito esforçada, mas agora será que ela é capaz de tudo por dinheiro e poder? Sei não, mas convenhamos né, o Marcio ter sido expulso da empresa foi uma mão na roda pra ela. Sobre a Alice na empresa, nos próximos capítulos teremos novidades. Então, se a Alice for tudo isso que você disse, seria um choque, pois ela sempre ficou ao lado do Rodrigo, sempre defende o irmão.
Então, agora a Maria esta na casa do Antônio e o Guilherme irá voltar, imagina os três juntos? Agora a historia se resolve de vez, rsrs. Mas achei interessante sua ideia de tudo ser uma alucinação do Antônio, de nunca ter existido um Guilherme, embora isso tudo seja pouco provável. Sobre o detetive, esse detalhe foi resolvido nesse capítulo, são pontas que deixo soltas para usa-la no momento oportuno. Então, o Rodrigo conseguiu deixar o Antônio tão feliz que ele até esqueceu daquele urubu lazarento chamado Guilherme. Abração.
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Monster, haha, calma, no próximo capítulo tudo começa a ser esclarecido. Abração.
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❌Hello❌, obrigado pela visita.
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RAQU£L*-*, sim, as férias deles foram ótimas, eu só dispensaria o pulo de paraquedas, rsrs. Bom, na verdade eu precisava dar esse momento pra eles, porque sim, virá tempestades, mas é que também virão muitas revelações, dai sobraria pouco espaço para esses romances, já esta na hora de revelar esses segredos né? Beijão.
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Ru/Ruanito,, calma, tem as dos pés tb. Kkk.
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robinhuu19-87, não conheço e nem sie o que é the original, rsrs, já esses vampire diaries já ouvi falar, acho que tem no netflix. Acredita que tenho netflix e não consigo assistir nada, estou esperando as férias no mês que vem pra isso. Não gosto de séries adolescente demais, gosto do tom um pouco mais maduro, alias detestei aquele filme crepúsculo, que tinha vampiro, lobisomem, tentei ver por dez minutos, mas é chatoooooooooooooooooo demais, não entendo como foi esses fenômeno todo, mas gosto é gosto né? Bom, na verdade não foi uma esticadinha no conto, foi uma espécie de bônus para os protagonista, deixar eles curtirem algo bem romântico, pois a partir do próximo capitulo começo a revelar esses mistérios e não terá mais tanto espaço, pelo menos por enquanto, para esses momentos de romance. Nossa, se o Rodrigo e o Antônio fossem irmãos, seria uma verdadeira bomba. Abração meu querido.
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Guigo (Hpd), então, no próximo capitulo começo a revelar esses mistérios.
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Geomateus, olha que pergunta hein, rsrs, se o pessoal fizer essa mesma pergunta será uma verdadeira bagunça. Bom o Guilherme é irmão de alguém, mas acho que isso será respondido daqui a dois capítulos, eu acho.
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SuUh16, sim, agora vem a parte mais gostosa, desvendar todos esses mistérios.
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Guilherme - Quanto luxo.
Se aproximando da janela, ficou observando a linda vista que o quarto tinha, admirando o jardim e parte da garagem, com alguns carros estacionados.
Guilherme - Isso tudo vai ser meu.
Guilherme - Tudo meu.
Olhando para um espelho, viu o reflexo de Stela, que o observava da porta.
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Capítulo 46
Guilherme notou a presença de Stela e virou-se imediatamente para trás, ficando cara a cara com a ricaça.
Stela - Gostou da vista?
Stela - É uma vista linda né?
Guilherme ficou preocupado se Stela tinha ouvido o que ele tinha dito, mas ao ver a mulher desarmada, resolveu relaxar.
Embora ainda ficasse na duvida, achou melhor não se desculpar ou inventar explicações.
Guilherme - Sim, muito linda.
Guilherme - A Alice disse que eu poderia usar esse quarto.
Stela - Claro, fique a vontade.
Stela - Esse é o quarto do Rodrigo, deixo tudo como ele deixou. Ainda tenho esperanças que ele volte a morar aqui,
Stela - Desculpe meu jeito la embaixo mas é que acordei com uma enxaqueca terrível.
Guilherme - Imagina Dona Stela, tem dias que não estamos bem mesmo.
Stela - Foi bom o banho de piscina?
Guilherme - Maravilhoso. A Alice é sempre uma companhia agradável.
Os dois ficaram nesse jogo de aparências, mas era difícil saber quem estava jogando o que, porque e por qual o objetivo.
Guilherme se aproximou da mulher, olhando em seus olhos.
Guilherme - Admiro muito a senhora.
Stela - É?
Guilherme - Sim. Acho a senhora muito elegante, fina, educada, inteligente.
Stela - Muito obrigada. Você que é muito gentil.
Guilherme - A senhora me faz lembrar um pouco minha mãe.
Stela - Sua mãe???
Guilherme - Sim, claro que um pouco diferente, mais simples, mais humilde, mas lembra ela.
Guilherme - Tenho certeza que o Rodrigo e Alice devem ser orgulhar muito em ter uma mãe como a senhora.
Stela - Bom, obrigado!!
Stela - Preciso ir, tenho milhões de recomendações para fazer aos empregados. Fique a vontade.
Guilherme - Obrigado, espero poder conversar mais vezes com a senhora.
Stela virou-se, olhando para o rapaz, mas não disse nada.
Guilherme esperou a mulher sair e soltou um sorriso cínico.
Guilherme - Otária!!!
Stela trancou-se no quarto novamente, muito nervosa.
Stela - Meu Deus!!! Não pode ser.
Stela - Preciso fazer a lei boa vizinhança, tenho que manter a calma.
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Antônio estava quase mijando nas calças enquanto Rodrigo parecia numa sessão de yoga, de tão relaxado que estava.
Antônio não parava de se perguntar de como tinha entrado em uma situação tão absurda como aquela.
Antônio - Eu estou com medo, a gente vai morrer.
Rodrigo - Relaxa amor, você vai adorar.
Rodrigo - Larga a mão de ser bundão, você não confia em mim?
Antônio - Porque não me chamou pra andar de pedalinho no na lagoa?
Antônio - Por favor Rodrigo, prometo que não lhe peço mais nada na vida, vamos desistir.
Com a porta do avião aberta, o instrutor se aproximou de Rodrigo, prendendo seu corpo no dele, enquanto outro homem fazia o mesmo com Antônio.
Rodrigo - Nos vemos la em baixo.
Rodrigo pulou do avião, deixando Antônio apavorado.
Antônio - Deus me proteja!!!
Antônio acompanhou o outro instrutor e quando chegou na porta do avião fechou os olhos, sentindo o vento levar o seu corpo.
Antônio começou a rezar feito louco, abrindo os olhos as vezes, conseguindo ver Rodrigo mais distante.
Foram poucos segundos até caírem em uma área de vegetação, amortecendo a queda.
O instrutor se desvencilhou de Antônio, que preferiu ficar deitado no chão, colocando as ideias no lugar. Rodrigo veio correndo, sorrindo, parecendo uma criança.
Antônio - Você também morreu?
Rodrigo - Eu sei bundão, levanta dai. Gostou?
Rodrigo o puxou, sentando-se ao seu lado, o abraçando.
Antônio - Eu não acredito que você me fez pular de paraquedas.
Antônio - Meu Deus!!! Acho que não vou mais casar com você não Rodrigo.
Rodrigo - Na hora que contar para os meninos, eles vão ficar loucos de vontade.
Antônio se recompôs e mesmo que tivesse adorado, jamais iria admitir isso, pois só iria servir de estimulo para Rodrigo aprontar coisas cada vez mais absurdas.
Antônio - Você vai me pagar.
Rodrigo - Relaxa, você se saiu muito bem, nem mijou nas calças.
Rodrigo - Agora levante-se, ainda temos muito pra aproveitar nessa cidade.
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Stela passou o resto da tarde trancada no quarto e nem viu quando Guilherme foi embora. Sua cabeça estava a mil, quase a ponto de explodir.
Perdida em seus pensamentos só despertou quando seu celular começou a apitar. Ao ler a mensagem ficou ainda mais nervosa.
Stela - Que inferno, me deixe em paz!!!
A mensagem era muito clara e ao mesmo tempo apavorante.
- SEU PRAZO ESTA ACABANDO, QUERO MEU DINHEIRO.
Stela - Meu Deus, onde vou conseguir mais dinheiro?
Stela - Não estou aguentando mais...
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Depois de ter passado uma tarde regada a luxo e conforto, voltou para a casa de Antônio.
A diferença gritante entre esses dois mundos o fez ficar irritado, pois na casa de Antônio não existia luxo, era tudo muito simples.
Guilherme - Que pobreza!!!
Guilherme tomou um banho e foi direto para o quarto pegar uma camisa. Não achando nada limpo, abriu o armário do irmão, mexendo em suas roupas.
Guilherme - Nossa!!!
Guilherme - Como você é brega hein Antônio, cafona, não tem nada que presta.
Cris - Surpreendente!!!
Guilherme olhou assustado para trás. Pela segunda vez naquele dia, sua mania de pensar em voz alta o colocava em maus lençóis.
Guilherme - Cris!! O que faz aqui?
Guilherme - Como entrou aqui?
Cris ficou séria, olhando o tempo todo para ele. Guilherme ficou sem graça, sem ação, literalmente com as calças nas mãos.
Guilherme - Estou procurando uma camisa...e...
Cris - Relaxa, não quis lhe assustar.
Cris - Vim pegar um pen drive que o Rodrigo esqueceu aqui.
Cris - Ele deixou as chaves daqui com o Bruno.
Guilherme - Ah sim!! É que você chegou assim de surpresa, nem bateu.
Cris - Eu bati sim, mas ninguém respondeu.
Cris - E além disso eu e o Toninho nunca tivemos essas formalidade.
Bruno apareceu logo em seguida, apressando Cris.
Bruno - Oi Guil!!!
Bruno - Achou o pen drive? Então vamos embora, já estamos atrasado.
Guilherme foi atrás deles, tentando falar qualquer bobagem mas Bruno não dava chances de conversa.
Cris- Temos mesmo que ir. Temos muita coisa pra resolver antes de abrirmos o restaurante.
Cris já estava saindo, mas deu uma alfinetada.
Cris - Acho que você não vai achar nada nas coisas do Antônio, vocês são muito diferentes.
Guilherme deu um sorriso amarelo, sem chances de se defender.
Guilherme - Como você da uma mancada dessas cara?
Guilherme - Mas que fora!!! Seu idiota, cretino, lerdo!!!!
Guilherme respirou fundo e tomou uma decisão.
Guilherme - Acho que esta na hora de tirar o time de campo por um tempo.
Sem pensar muito, pegou uma mochila e colou algumas roupas, saindo em seguida.
Antônio e Rodrigo também curtiram o resto da tarde e a noite foram passear a pé pela cidade, parando em um barzinho próximo aos arcos da Lapa.
Antônio - E ai, esta tudo bem?
Rodrigo - Sim, acabei de falar com o Bruno.
Rodrigo - Esta tudo bem no restaurante também. O Bruno é um parceirão hein!!!
Antônio - Sim, ele e a Cris são dois grandes amigos.
Antônio - Estranho, estou tentando falar com o Guil, mas só da caixa postal.
Rodrigo - Ele deve estar dormindo né, afinal trabalhou duro a semana toda.
Antônio nem percebeu a ironia de Rodrigo.
Para não perder o costume, Maria também ligou para eles e ficou em pânico ao descobrir que eles pularam de paraquedas.
Maria - Eu vou lhe dar uma surra quando você voltar Rodrigo.
Maria - E o Antônio esta bem?
Rodrigo - Fale com ele.
Maria voltou a se emocionar ao falar com o filho.
Maria - Oi meu filho, como você esta?
Antônio - Esta tudo bem, eu e o Rodrigo estamos nos divertindo muito.
Maria - Eu imagino, mas não vá na cabeça dele, ele não tem juízo as vezes.
Antônio - Pode ficar tranquila, eu dou um jeito nele.
Antônio se despediu e novamente percebeu o jeito diferente de Maria.
Antônio - A Maria esta tão diferente.
Rodrigo - Também percebi.
Antônio ficou pensativo e acabou contando sobre o encontro que teve com ela na igreja.
Antônio - Ela disse que teve um filho.
Rodrigo - Um filho? Nunca soube dessa história.
Antônio - Foi no dia do meu aniversario, ela estava muito emocionada.
Antônio - Ela disse que era aniversário dele também. Acho que devia ser aniversário de morte dele.
Rodrigo - Que estranho Antônio, eu nunca soube de nada disso.
Antônio - Por favor Rodrigo, não vai contar nada a ela.
Rodrigo - Vou ficar na minha.
Naquela noite os dois foram embora mais cedo, era a ultimo dia na cidade e resolveram ficar as sós.
Rodrigo - Pena que esta acabando. Amanhã voltamos para a realidade.
Antônio - Não acho ruim, sabe por quê? Porque temos um ao outro.
Rodrigo abraçou o namorado e começou a beija-lo.
Antônio - Eu te amo.
Os dois estavam em pé e começaram a se agarrar ali mesmo na sala. Antônio foi abrindo os botes da camisa de Rodrigo, que o beijavam sem parar, fazendo questão de esfregar sua barba no rosto dele.
Antônio ria o tempo todo, misturando sua felicidade, com desejo, tesão. Minutos depois já estavam nus, transando de todas as formas, fazendo amor, não deixando de se curtirem por nenhum minuto se quer.
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Bruno - Acorda Cris!!!
Cris - O que?
Bruno - Você esta lerda hoje hein.
Cris - Só meio pensativa.
Cris saiu do caixa do restaurante e foi até a porta de entrada falar com Romeu.
Romeu - Porque quer saber disso agora princesa?
Cris - Curiosidade. Me diga como você encontrou o Guilherme.
Romeu - Achei que você já soubesse. Consegui encontra-lo com a ajuda de um ex-funcionário de um orfanato que ele ficou.
Romeu - Aquele orfanato que pegou fogo.
Cris - E você tem o nome desse homem? O endereço?
Romeu - Se não me engano, acho que ele se chama Anselmo e o endereço dele devo ter no meu escritório.
Cris - Você arranja pra mim? Pra amanhã isso.
Romeu - Pra que você quer isso? O que esta tramando?
Cris - Nada demais, só preciso tirar uma historia a limpo.
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Antônio estava deitado nu, com o corpo parcialmente coberto por uma manta de seda.
Rodrigo foi beijando seus pés, subindo pelas costas até chegar em seu pescoço.
Rodrigo - Bom dia!!!
Rodrigo - Vamos levantar dorminhoco.
Antônio - Estou cansado.
Rodrigo - Vamos, temos que descer, tomar café e depois ir para o aeroporto.
Parecia que um caminhão tinha passado por cima de Antônio e com muito custo ele levantou-se e foi tomar um banho.
Rodrigo - Já arrumei as malas.
Antônio - Nossa, estou muito cansado.
Rodrigo - Você tirar um cochilo no avião.
Antônio estava diferente e ficou o tempo todo calado até o aeroporto.
Rodrigo - Chegando em São Paulo só vou dar uma corrida até o restaurante e depois vou pegar os meninos na casa do Sidney.
Rodrigo - Eu tenho aquela viagem técnica da faculdade, lembra?
Antônio - Lembro sim, você me contou.
Rodrigo - Esta tudo bem mesmo?
Antônio - Sim, só estou com um pouco de dor nas costas.
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Maria - Bom dia Seu Carlos.
Carlos - Bom dia. Você tem falado com Rodrigo?
Maria - Sim, ele deve estar chegando de viagem hoje.
Carlos - Que bom, preciso muito falar com ele.
Maria - Dona Stela não vai tomar café?
Carlos - Deixe ela, agora deu pra ter crises de enxaqueca.
Maria - Realmente a Dona Stela anda muito nervosa.
Stela esperou que o marido saísse do quarto e abrindo o cofre pegou um colar muito valioso e enrolou em um pano, colocando em sua bolsa.
Stela - Bom dia!!!
Maria - O seu Carlos acabou de sair.
Stela - Também estou de saída.
Stela pegou seu carro e saiu apressada, nem se dando conta que Carlos a seguia.
Dirigiu por um tempo até parar em uma joalheria.
Stela - E Então, quando consegue pagar por ele?
- Realmente é uma peça muito valiosa, vou pegar o dinheiro.
Enquanto isso Carlos a esperava do outro lado da rua, tomando cuidado para não ser visto.
Carlos - Mas o que você esta aprontando hein Stela?
Carlos ficou um tempo aguardando, mas como tinha um compromisso inadiável no escritório, teve que ir embora.
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A viagem do Rio para São Paulo era muito rápida e notando o jeito diferente do namorado, Rodrigo o tocou e só então se deu conta que seu corpo estava fervendo.
Rodrigo - Meu Deus, você esta quente.
Antônio - Só estou me sentindo muito cansado, com muita dor no corpo.
Rodrigo ficou todo preocupado, abraçando o namorado.
Rodrigo - A gente pousando eu já te levo a um médico.
Antônio - Esta tudo bem, acho que só preciso dormir.
Antônio virou a cabeça para baixo, tentando descansar, mas Rodrigo já estava nervoso demais.
Quando o avião pousou, ele fez o check-out rapidamente e foi até o estacionamento pegar seu carro, enquanto Antônio o aguardava sentado em um banco.
Rodrigo - Pronto, agora vamos para a casa.
Rodrigo colocou as malas no carro, mas já era tarde. Antônio estava se sentindo tão fraco que ao levantar-se, acabou desmaiando.
Rodrigo - Antônio!!!!!
Rodrigo ajoelhou-se diante dele, tentando acudi-lo, chamando por seu nome. Ao sentir a temperatura do corpo de Antônio Rodrigo ficou ainda mais apavorado.
Logo apareceram outras pessoas e minutos depois Antônio já estava no ambulatório do aeroporto, onde foi reanimado por um médico.
Rodrigo - Como você esta?
Antônio - Só estou cansado.
Rodrigo esperou que ele recuperasse os sentidos e o botou no carro, indo direto para uma clinica.
Antônio - Não precisa de nada disso!!!
Nessas horas o dinheiro, status e posição social falava mais alto. Imediatamente Antônio foi atendido e Rodrigo conversou com um médico que conhecia.
Antônio foi levado para uma sala para fazer alguns exames e Rodrigo ficou o tempo todo ao seu lado.
Em seguida foi levado para um quarto pois ainda estava ardendo em febre, com o corpo todo dolorido.
Antônio acabou pegando no sono e Rodrigo sentou-se em uma cadeira, ficando o tempo todo ao seu lado, fazendo carinho em seu cabelo.
Maria ligou o tempo todo no celular deles mas com a correria havia deixado no carro.
Valdir - O que foi?
Maria - Ninguém atende no celular deles, já estou ficando nervosa.
Valdir - Se acalme Maria, não deve ter acontecido nada.
Maria - Ah Valdir, eu queria ficar calma, mas quando se tem filhos é difícil.
Maria - Estou sentindo que esta acontecendo alguma coisa.
Rodrigo ficou a tarde toda velando o sono do seu amado, acariciando seu cabelo e só parou quando escutou a porta se abrir.
O médico entrou no quarto e com o resultado dos exames nas mãos, chamou Rodrigo num canto.
Rodrigo - E então doutor, o que ele tem???
O médico começou a explicar, falando alguns termos técnicos, mas Rodrigo já tinha entendido tudo.
Rodrigo - Dengue? Ele esta com dengue?
Médico - Sim, fizemos todos os exames. Alias foi muito bom você ter vindo direto pra ca, a febre dele estava altíssima.
Rodrigo - Mas e agora? O que fazemos?
Médico - já receitei alguns antibióticos, mas acho prudente ele passar a noite aqui. Amanha ele pode ir para a casa e se tratar lá.
Rodrigo - Esta tudo bem mesmo doutor?
Rodrigo estava preocupado demais, mas o médico o tranquilizou.
- Você se quiser pode ir para a casa.
Rodrigo - Não, vou passar a noite aqui com ele.
Rodrigo não queria sair de perto do seu amor por nada, mas tinha alguns assuntos para resolver. Aproveitando que Antônio dormia, deu uma saída.
Rafael e Arthur estavam brincando, mas ao verem o pai correram, pulando em seu colo.
Rafael - A gente estava com saudade.
Arthur - A gente vai pra casa?
Rodrigo beijou os filhos e depois que os garotos se acalmaram ele pode conversar melhor com Telma.
Telma - Claro que eles podem ficar aqui mais alguns dias.
Telma - Alias, até fico surpresa com um pedido desses.
Rodrigo - Um amigo meu esta no hospital, preciso ficar la com ele, não teria com quem deixar as crianças.
Telma - Seu amigo Antônio?
Rodrigo - Sim, esta com dengue.
Rodrigo - E ainda tenho algumas coisas do restaurante para resolver.
Telma - Bom, espero que fique tudo bem.
Rodrigo se despediu dos filhos e passou no restaurante, encontrando Bruno e Cris.
Cris - Tadinho do Toninho.
Rodrigo - Vocês podem ficar mais essa noite aqui? Vou dormir lá no hospital.
Bruno - Claro que sim cara, não se preocupe com isso.
Cris - Você deve estar cansado também, porque não pede para o Guil ficar com o Antônio?
Rodrigo - Prefiro eu ficar e, além disso, acabei de vir da casa do Antônio e tinha um bilhete na geladeira, ele foi viajar.
Cris - Viajar? Mas como? Ele começou a trabalhar não faz nem um mês.
Rodrigo - Sinceramente, nem quero saber.
Cris achou estranhíssimo toda aquela situação e deixou Bruno e Rodrigo a sós.
Bruno - Mas e ai, conseguiram aproveitar a viagem?
Rodrigo - Demais cara.
Bruno - Mas e agora? E aquele assunto?
Rodrigo - Eu resolvi o assunto Guilherme, matando dois coelhos com uma cajadada só.
Bruno - Como assim?
Rodrigo - Eu pedi o Antônio em casamento. Nós vamos morar juntos.
Bruno - Nossa cara, que noticia boa.
Rodrigo - Pois é, dessa maneira eu consigo afasta-lo daquele cara esquisito.
Bruno - Por falar em esquisito, tem muita coisa que estou achando esquisita.
Rodrigo - Como assim?
Bruno - Sei la, mas esse Guilherme não me desse.
Bruno - Rodrigo, sabe aquele detetive que você contratou para encontrar o Guilherme?
Rodrigo - O que tem?
Bruno - Se ele estava investigando o paradeiro do Guilherme, acredito que ele possa nos dar algumas informações.
Rodrigo - Você falando agora, estou me lembrando...
Rodrigo - Lembro que quando o Guilherme foi encontrado, o detetive queria me falar algumas coisas, mas eu disse que era desnecessário, pois o Guil já tinha sido encontrado.
Bruno - E você nem quis saber o que era?
Rodrigo - deixei pra la.
Rodrigo - Mas cara, eu nem estou com cabeça pra isso, só estou preocupado com o Antônio.
Bruno - Você tem o telefone desse cara?
Rodrigo - Sim.
Rodrigo pegou o celular e passou os contatos do detetive Claudio para Bruno.
Bruno - Deixa comigo cara, vai la cuidar do seu grande amor.
Rodrigo voltou para o hospital e Antônio ainda dormia. Ele falou com o médico de plantão que disse que a febre estava baixando e que o estado dele era bom.
Já mais calmo viu um monte de ligações de Maria.
Maria ficou muito nervosa quando soube que Antônio estava internado, queria ir de qualquer maneira para o hospital, mas como já era muito tarde Rodrigo não deixou, pois ela nem iria conseguir entrar.
Valdir - Ele esta certo.
Maria - Eu sabia que estava acontecendo algo..
Valdir - Se acalme Maria, você já esperou tanto, umas horas a mais não ira lhe matar.
Maria - Eu não vejo a hora de poder abraçar o meu Antônio.
Rodrigo passou a noite em claro. Conseguiu cochilar em uma confortável poltrona que estava no quarto, mas despertava por qualquer coisa.
Puxando uma cadeira, sentou-se ao lado da cama de Antônio e ficou o resto da noite daquele jeito, próximo ao rosto do seu amor.
Antônio acordou muito cedo, com o braço de Rodrigo estendido próximo ao seu rosto, enquanto ele dormia.
Rodrigo despertou logo em seguida, se recompondo.
Rodrigo - Bom dia, como você esta? Acabei pegando no sono.
Antônio - Estou bem!!! Ainda com o corpo moído.
Antônio - Você dormiu ai sentado? Porque não foi pra casa?
Rodrigo - E te deixar aqui sozinho?
Rodrigo - Antônio, nunca pensei que um dia fosse dizer isso há alguém mas...
Rodrigo - Não consigo mais viver sem você.
Antônio estava muito fraco, mas sorriu, apertando a mão de Rodrigo.
Rodrigo - Você tem ideia do susto que me deu?
Antônio - Fica bravo comigo não. Não pretendo morrer tão cedo.
Antônio - Vamos nos casar, esqueceu?
Antônio - Você ainda vai ter que me aguentar por muito tempo.
Rodrigo - Bobo mesmo.
Rodrigo - Você trate de levantar logo dessa cama.
O dia foi amanhecendo, Antônio cochilou mais algumas vezes mas acordava em seguida. Rodrigo ficou o tempo todo ao seu lado, segurando sua mão, fazendo carinho.
O médico apareceu no primeiro horário e deu alta a ele, mas passando alguns medicamentos para tomar e mais uma lista de recomendações.
Rodrigo quis pega-lo no colo, mas Antônio fez questão de ir andando, não queria pagar um mico daquele, embora estivesse adorando ser paparicado por Rodrigo.
Rodrigo - Você devia ir la pra casa.
Antônio - Eu quero ficar aqui, dai o Guil....
Rodrigo - falar no seu irmão, ele esta viajando, tem um bilhete dele na porta da geladeira.
Antônio - Viajando?
Antônio ficou meio triste, mas deixou pra la.
Rodrigo o ajudou a deitar, não parando de paparica-lo.
Maria acordou bem cedo e foi para o hospital, ficando frustrada ao ser informada que Antônio já havia tido alta.
Sem pensar duas vezes pegou o primeiro taxi na rua e foi para a casa do filho.
Quem também acordou bem cedo foi Bruno e Cris, mas com objetivos diferentes, embora o resultado levasse a mesma pessoa, Guilherme.
Pegando os dados do detetive, Bruno foi até seu escritório e se dirigiu até a secretaria.
Bruno - Bom dia, por favor, gostaria de falar com o detetive Claudio.
Cris também saiu bem cedo e foi até a periferia da cidade com o endereço que Romeu havia lhe passado.
Andando devagar por aquelas duas logo viu o número da casa que procurava. O lugar parecia ser uma espécie de marcenaria, com algumas maquinas.
Como não tinha campainha, Cris começou a bater palmas até que um homem de meia idade apareceu.
- Bom dia, posso ajudar?
Cris - Bom dia, por favor, estou procurando o Sr. Anselmo.
Cris - É o senhor?
Antônio pegou no sono novamente e enquanto isso Rodrigo foi preparar algo para comer.
Estava na cozinha quando a campainha começou a tocar sem parar.
Rodrigo - Maria!!!
Maria - Oi, fui ao hospital mas disseram que ele já teve alta.
Rodrigo - Sim, ele esta bem, só precisa descansar.
Maria - Esta tudo bem mesmo Rodrigo?
Rodrigo - Claro minha gostosa, você acha que eu iria mentir pra você?
Rodrigo abraçou Maria, lhe beijando a cabeça.
Maria - Posso vê-lo?
Rodrigo - Claro!!!
Rodrigo - Maria, você pode ficar aqui com ele? Preciso ir a farmácia comprar os remédios que o médico receitou.
Maria - Claro que sim, não vou sair de perto dele.
Rodrigo pegou a chave do carro e saiu.
Sozinha na casa, Maria sentiu o coração acelerar e as pernas tremerem, conforme se aproximava do quarto do filho.
Ao abrir a porta, viu Antônio deitado, dormindo.
Maria ficou paralisada e imediatamente lembrou-se do passado, de quando o filho ainda era uma criança.
Maria - Antônio!!!
Maria foi até a cama e sentou-se ao lado de Antônio, segurando em sua mão, enquanto a primeira lágrima caia.
Com a respiração cada vez mais forte e coração disparado, Maria tocou de leve no rosto de Antônio, passando a mão em seu cabelo.
Mas felicidade maior foi quando Antônio começou a se mexer, despertando diante de seus olhos.
Antônio - Maria!!!
Com os olhos debulhados em lágrimas, Maria não segurou a emoção e abraçou Antônio.
Maria - Antônio, Meu filho!!!
Continua...