O Príncipe Rafael não cumpriu a promessa de emprestar roupas para seu novo irmão.
Mas, pouco antes das duas horas da tarde, bateram na porta da suíte, e Cléo foi atender.
Até aquele momento, Zane tivera um breve encontro com seu pai, e alguém do escritório tinha entregado uma grande pilha de relatórios, livros e folhetos sobre a Bahania e a família real. Zane não teve dúvida de que ia ser interrogado a esse respeito mais tarde.
— Talvez seja alguém para saber se você estudou a lição de casa.
— Cléo disse alegremente e se levantou para atender à porta.
Três mulheres francesas gesticulando e falando muito entraram na suíte seguidas de empregadas que empurravam araras cheias de roupas. Outras carregavam caixas de sapatos, e havia dúzias de sacolas de lojas cheias de lingerie e caixas de chapéus.
— Sou Marie — uma pequena ruiva disse, se aproximando sorrindo. — E você é o Príncipe. Vejo a semelhança. Não se preocupe, pode confiar em Marie. E essa beleza é sua irmã?
Depois de apertar a mão de Zane, Marie se aproximou de Cléo e a abraçou, brincando com os cabelos dela.
— A cor é linda. É natural?
Cléo concordou. Seus olhos azuis se abriram mais quando ela viu todas aquelas roupas. Marie seguiu seu olhar.
— Ah... Você notou minhas humildes ofertas. O Príncipe Raf me telefonou esta manhã e explicou que vocês precisavam de tudo. Haverá um jantar esta noite, e vocês deverão estar perfeitos.
Zane fizera o possível para esquecer o jantar. Zane preferia ignorar esse evento, mas o rei não concordaria.
Olhou para as araras de roupas. Havia camisa social, de seda e roupas mais casuais.
— Não estou entendendo. Admito que Cléo e eu precisamos de roupas, mas não de tudo isso.
Marie sorriu.
— O Príncipe insistiu que vocês deviam renovar o guarda-roupa. Disse que são de um lugar muito mais frio e que não estavam preparadas para o calor da Bahania.
Zane apertou os lábios. Pelo menos Rafael agira com tato. Jamais gastou mais do que cem dólares em uma peça de roupa, e essas que ele via deviam ser caríssimas.
Zane caminhou até uma das araras e pegou uma camisa social azul ,com detalhes brancos. O movimento da peça revelou- a etiqueta. A Camisa custava doze mil dólares. Senhor amado.
Doze mil dólares! Era o preço de um carro! Quem dá esse valor em uma camisa?
— Não podemos — Zane disse, colocando a camisa no lugar.
— Isso não é direito.
Cléo franziu as sobrancelhas.
— Zane, qual é o problema?
Zane apontou para a arara. Cléo olhou alguns vestidos, suspirando audivelmente ao pegar um vestido longo de veludo azul e olhar o preço. Olhou para o irmão.
— Prefiro gastar meu pagamento em aluguel e comida, mas cada um tem suas prioridades. Disse Cléu
— Penso do mesmo modo. Concordou Zane
Marie parecia confusa e conversou de modo sussurado com suas assistentes. Zane aprendera francês, mas elas não falavam alto suficiente para entender o que elas diziam.
— Vocês não estão satisfeitos com a qualidade das roupas? Asseguro-Te que são desenhos originais. Os estilos são contemporâneos e podemos mudar o que não gostarem — ela disse visivelmente preocupada.
— Não são as roupas — Zane disse. — Não temos condições de comprar elas e não me sinto bem em receber de presente.
Essa frase provocou outra conversa rápida em francês e, no final, Marie bateu palmas dizendo:
— Sr. Paxton, o Príncipe Raj foi muito Claro. Você e sua irmã precisam de roupas novas e a conta irá para o palácio. Se recusar, ele pensará que não ficou satisfeito e pode decidir me demitir. Sem a proteção da família real, minha butique não sobreviverá. — A francesa falou chorosa. — Como vê, tem de aceitar o presente. Por mim. Por favor
Cléo se aproximou.
— É um argumento muito bom.
— Não sei se acredito — Zane sussurrou.
— Precisamos de roupa para esta noite. E se ficássemos apenas com essas roupas e disséssemos que estamos cansados demais para experimentar outros?
Zane concordou. O plano de Cléo fazia sentido. Como filho do rei ele devia se vestir de maneira correta, mas não precisava decidir tudo de uma vez.
— Vamos começar com a roupa para esta noite — Zane disse a Marie. — Isso levará algum tempo e veremos o restante mais tarde.
Marie suspirou aliviada.
— Sim, é claro.
Ela bateu palmas, e suas assistentes começaram a abrir caixas de sapatos e outros acessórios.
— O Príncipe Raj sugeriu alguns tamanhos e trouxemos também bolsas para noite para Cléu.
Marie selecionou algumas peças. Deu alguns para uma das assistentes e outros para a outra. Então ordenou que Cléo e Zane fossem ao quarto para experimentarem.
Zane logo percebeu que Cléo e a sua assistente não acreditavam em modéstia e se viu parada perto de sua cama vestindo apenas calcinha. Revirou os olhos
--- Eu estou aqui Cléu. Disse ironicamente
--- Mano você já me viu nua um monte de vez , deixe de ser antiquado.
— Você é muito magro — disse Marie cortou a conversa deles. — Pode usar umas camisas mais justas, que ficara muito belo.
Zane riu sem graça
— Acho que devemos cortar seus cabelos mais curtos. Agora vamos aos ternos , .
Marie trabalhava com incrível rapidez. Vestia e despia Zane experimentando vários trajes. Camisas bordados com ouro, sobretudo de veludo azul, de seda, blazer todos muito finos. Finalmente, Marie encontrou um blazer do qual gostou e permitiu que Zane se olhasse no espelho. Ele quase desmaiou.
O brazer era de alta costura, branco e tinha discretos bordado em dourado e brilhava a cada movimento, captando e refletindo a luz. Mas o que mais surpreendeu Zane foi que Marie disse que eram fios de ouro. Quem nessa terra de Deus usa roupa de ouro? Aparentemente ele
Marie riu.
— Esse está lindo. Vamos ajustá-lo um pouco.
-- Isso é uma roupa usual? Tem certeza? Perguntou Zane
Marie olhava para Zane como se ele fosse completamente estúpido.
-- Todos usam esses fios nos bordados. É lindo.
— Gosto deste , pode ser esse então— Zane disse, desejando vestir uma camiseta de algodão.
Marie concordou.
— Sim, é muito bonito. Vamos ver a calça e a camisa e claro o sapato— ela fez um sinal a uma das assessoras.
Zane se olhava no espelho de todos os ângulos.
— E um belo Blazer. Talvez eu devesse pedir a opinião de Rafael — murmurou.
— Ele adoraria. Enquanto você faz isso, vou ajudar sua irmã.
— Ótimo.
O blazer era lindo e deixou ele com um ar de homem sério, Zane seguiu Marie até a sala. A assistente segurava um par de sapatos que ela dizia ser Louis Vuitton , Feito de couro de jacaré encerado. Zane se sentiu triste pelo pobre jacaré.
Zane saiu para o corredor e então parou, ao perceber que não tinha noção de onde ir. Como as pessoas não se perdiam dentro do palácio? Haveria um funcionário para os conduzir ali dentro?
Antes que pudesse pensar no que fazer, uma porta se abriu, e ele não ficou surpresa ao ver Rafe.
— Como você faz isso? — perguntou, antes que Rafe pudesse dizer qualquer palavra. — Há uma luz no seu quarto que o avisa quando eu saio do meu?
Rafe o olhou de cima a baixo.
— Você está lindo. É para esta noite?
O elogio o deixou abalado. Ele se lembrou da conversa que os dois haviam tido na noite passada e não sabia se devia estar embaraçado ou não. Rafe parecia a única pessoa normal no furacão em que ele fora lançada.
— Uma mulher apareceu na suíte com um monte de roupas para mim e para Cléo. Estamos escolhendo roupas para o jantar. Achei que talvez devesse pedir a opinião de Rafael. Há outros que me servem, mas achei esse mais apropriado. Mas não sei se estou certo. Não tenho experiência com jantares formais na presença de autoridades e da realeza;
— Rafael saiu com o marido e ficará fora por algumas horas. Eu ficaria feliz de te dar minha opinião.
Zane olhou para ele desconfiado.
— Você entende desses jantares?
— Já estive em vários. Me mostre os outros blazer que você selecionouEsta havia sido uma ideia estúpida, Rafe disse a si mesmo, quinze minutos depois de estar no quarto de Zane, o vendo provar as camisas e as calças .Embora ele entrasse no banheiro para se trocar, ele ouvia o som das roupas quando ele as vestia e o imaginava nu. Isso o deu vontade de segui Zane até o banheiro na próxima vez que ele desaparecesse.
Essa sensação o fez se senti mal.
Rafe praguejou baixinho e se sentou pesadamente em uma poltrona no canto do quarto. Com sorte, Zane perceberia que ele estava de pau duro, com uma ereção furiosa.
Zane andava na frente do espelho com as mãos rente ao corpo.
Subitamente ele parou e murmurou:
— Não sei... Acho estranho. Meu pescoço não é longo demais? Estou parecendo um passarinho magrinho.
— Você está lindo.
Zane encontrou o olhar dele no espelho.
— Acha que estar bonito faz parte da situação?
— Gostei de todos os blazeres que você experimentou até agora. Você está muito bonito. Qual é o problema?
— Não sei. Quero parecer... — Ele balançou a cabeça. —diferente, como outra pessoa.
— Por quê?
— Porque sou uma pessoa comum. Minha pele é boa, gosto dos meus olhos, mas minha boca é estranha.
Rafe achava a boca de Zane carnuda e sensual. Era uma boca feita para ser beijada. Ele começou a pensar na sensação da boca de Zane em uma parte especifica do seu corpo.
Oh, céus, novamente esse tipo de pensamento, isso não ajuda a ereção a sumir. A porta do quarto se abriu, e Cléo entrou.
— Encontrei! — ela anunciou, rindo.
Zane olhou para a irmã e se sentiu triste. O vestido de Cléo lindo, em azul-cobalto que combinava com os olhos azuis. A parte de cima aderia ao corpo de Cléo, e seus seios davam a impressão de que saltariam a cada respiração sua, porque ele não podia ficar bem assim na sua roupa.?
A saia justa marcava suas coxas grossas , e sua bunda arrebitada e Cléo andava e respirava como uma deusa do sexo..
— Você está brincando? Você está linda
Zane sorriu.
--- Manooo , que lindo você está. Menino , Rafe me empresta um lenço, porque estou babado nesse blazer de Z.
— Cléo, não seja exagerada. Zane disse rindo das palhaçadas de Cléu
-- Você que está estupenda menina, assim todos se distraíram olhando para você e ninguém me notará, o que é exatamente o que eu quero.
— Então está bem. Cléu disse rindo
Cléo olhou para Rafe e resolveu alfinetar.
— Você está levando sua função de guarda-costas a sério, não é mesmo?
— Estou aqui para dar minha opinião.
— É claro que está. Disse ela com um risinho cínico
A expressão de Cléo o fez pensar se ela teria percebido o que ele sentia em relação a Zane.
Cléo saiu, fechando a porta atrás de si. Zane cobriu o rosto com as mãos.
— Você a viu? Não posso acreditar. Porque não tenho um 1% da beleza e elegância dela?
Sem pensar, Rafe se levantou e se aproximou dele.
— Não há nada de errado com você.
Ele o virou para o espelho, e ambos se viram refletidos.
— O que você mudaria? — ele perguntou.
-— Tudo. - Zane disse chateado
— Eu não mudaria nada.
Sem pensar em mais nada, ele o virou para si, o puxou em seus braços e o beijouZane disse a si mesmo que Rafe não poderia o beijar, mas assim que sentiu seus lábios, ele o abraçou e colou seu corpo ao dele.
Seus lábios eram firmes e quentes, mas acima de tudo, ternos.
Zane Colocou as mãos sobre seus ombros, sentindo os músculos fortes, emaranhou suas mãos em seu cabelo enquanto as sensações corriam pelo seu corpo. Rafe devastava sua boca, e ele não pôde pensar em mais nada a não ser no prazer incrível que sentia, prazer de uma intensidade que nunca tinha experimentado antes.
Zane ardia por ele, então levantou o queixo e sua boca estava na sua, chupando, mordendo, beijando, tomando posse de meus lábios. Zane desejou desesperadamente que ele tirasse sua roupa e o empurrasse em uma parede e que sua boca fosse para seus mamilos, que o mordesse, o lambesse , Em vez disso, Rafe segurou seu o rosto como se tivesse receio que ele escapasse do seu beijo.
O quarto parecia girar, mas Zane não se importou. O que poderia ter importância além do beijo de Rafe?
Ele era forte e musculoso ,ele era uma montanha de músculos duros e esculpidos, e ele queria o vê sem roupa, queria o tocar em todos os lugares. Queria...
Rafe parou de beijar seus lábios e começou a beijar seu rosto e pescoço, sua mão deslizou até a parte de trás do seu pescoço, os dedos enterrados no seu cabelo, beijou o lado do seu pescoço, saboreando, mordendo. Ele prendeu a respiração, desejando desesperadamente que ele houvesse lido sua mente. Rafe colocou sua boca em seus ombros, em seu peito, e começou a morder seus mamilos deixando um rastro molhado.
Zane se sentia afogueado e respirava com dificuldade. Suas pernas tremiam, e ele se lembrou de que havia uma cama naquele quarto.
Rafe se afastou e praguejou baixinho, tirou sua camisa e o abraçou novamente, o beijando profundamente. Passava os dedos pelos seus cabelos enquanto sua língua não parava de acaricia-lo. Zane sentia a rigidez de seus músculos bem como sua ereção, o pau de Rafe estava tão duro que estava prestes a quebrar o zíper da sua calça jeans.
Mas, de repente, Rafe gemeu e se afastou. Havia fogo nos olhos azuis. Fogo e desejo. Ele olhou para as portas de vidro que levavam à sacada e para o horizonte.
— Isto não poderia estar acontecendo — ele murmurou.
— Mas está — Zane sussurrou.
Ele não conseguia parar de pensar no quão duro ele estava.
— Rafe... Você... ahn... estava realmente interessado no que estávamos fazendo?
— O que está tentando descobrir? — ele perguntou, arregalando os olhos.
Zane ruborizou. Não podia dizer o que estava pensando. Odiava que fosse tão ignorante.
— Você sabe... eu senti alguma coisa... dura... no meu quadril.. e..
Rafe balançou a cabeça.
— Não posso acreditar que esteja perguntando isso. Sim, eu estava tendo uma ereção. Eu o desejo muito.
Zane se encheu de felicidade, parecia flutuar. Estava certo, ele ficara excitado por ele.
Rafe colocou as mãos sobre os ombros dele.
— Não fique surpreso. Não há nada de errado com seu corpo. Na verdade, ele é perfeito. E, é claro, que quero fazer sexo com você.
Zane quase desmaiou de emoção ao pensar nos dois nus na cama. Não tinha, nenhuma experiência, mas Rafe era um homem vivido e, certamente, faria da sua primeira vez um acontecimento maravilhoso.
— Mas, mesmo que você também queira, pode esquecer.
— O quê? Zane falou chocado
Ele, abandonou os braços ao longo do corpo desanimado.
— E isso mesmo, Zane, não pode haver nada entre nós. Eu nunca deveria ter te beijado.
— Não concordo com você.
Rafe continuou a falar como se ele nada houvesse dito.
— Você é um Príncipe, e eu seu guarda-costas temporário. Meu serviço é manter você seguro, salva de qualquer ameaça. Isso inclui sexo antes do casamento, mesmo que seja comigo.
Não estava interessado em compromisso. E bom Deus como assim o proteger de ter sexo?
— Há mais um motivo para que eu não me deixe dominar pela luxúria — ele disse casualmente, como se estivesse falando do tempo. — Pretendo manter minha cabeça sobre o pescoço.
— Do que está falando? — Zane perguntou surpresa.
— Você é filho de um rei. Homens como ele não perdoam empregados que se envolvem com seus filhos. Principalmente virgens. O castigo é rigoroso.
Zane arregalou os olhos.
— Isto é loucura. Ele não cortaria sua cabeça. Que lei sem noção é essa?
Rafe encolheu os ombros.
— Se não acredita em mim, pergunte a ele.
Dito isso, se virou e caminhou em direção da porta— Eles cortariam a cabeça dele? — Cléo perguntou mais tarde, quando Zane lhe contou a conversa com Rafe. — Isto é incrível! Devemos testar Z. Disse Cléu rindo
Zane não entrara em detalhes. Na verdade omitira a parte interessante, sobre o beijo e a ereção de Rafe
— Acho que não compartilho da sua opinião — Zane resmungou.
— Já tenho problemas com namorados. O que vai acontecer quando os homens souberem que fazer sexo comigo pode levar eles à morte?
Os dois estavam no quarto de Cléo, sentados na cama. Um pequeno lanche havia sido servido por uma empregada, junto com um bilhete de Rafael, dizendo a que horas deveriam estar prontos, e que seriam escoltadas até o salão onde se daria o jantar.
—Você não tem que contar a verdade a todo rapaz que conhecer — Cléo disse, cortando um pedaço de melão e comendo.
— Se eles me encontrarem aqui, saberão que sou filho do rei.
Zane pegou um sanduiche, mas não conseguiu comer. O que acontecera entre ele e Rafe, o nervosismo de conhecer o restante da família, o jantar formal e a frieza de Rafael o faziam preferir voltar aos Estados Unidos e esquecer que tudo isso havia acontecido.
— Talvez sua má sorte em relação aos homens esteja terminando — Cléo disse alegremente. — Não pode ficar pior.
— Não provoque a sorte dizendo isso — Zane mordeu o sanduiche.
— Nem quero pensar em como tudo isso é complicado. Rafe também me disse que os homens ficarão interessados em mim devido a minha posição.
— Bem... — Cléo murmurou. — Você não está preparado para enfrentar isso.
— Terei de ser cuidadoso — Zane afirmou. — Vai ser estranho não saber se um homem está interessado por mim mesmo ou em minha posição. — Ele sorriu. — Na verdade, eu já tenho a resposta. Sei exatamente no que eles estarão interessados.
Cléo se aproximou e espancou o braço do irmão.
— Zane, você é duro demais consigo mesmo. Só porque escolheu homens estúpidos no passado não quer dizer que não haja homens maravilhosos que o achariam incrível. Algum dia vai encontrar o homem certo que não temerá ter sua cabeça arrancada.
Zane riu.
— Quem arriscaria a vida para dormir comigo?
— Acontecerá. Você vai ver. Seja otimista homem. Que mania de ser pessimista.
Zane apreciou o otimismo de Cléo, mas não acreditava nisso. Conseguira muito de Rafe, até uma ereção, mas mesmo assim ele havia fugido deleAlguém bateu na porta.
Zane alisou o blazer, e olhou mais uma vez seu look Marie optou por uma calça e camisa branca e como assessório um anel de rubi que o rei o dera, e foi atender. Abriu a porta e viu Rafe parado no corredor. Vestia um smoking preto que se ajustava ao seu corpo com perfeição. Uau, Zane teve que lembrar de fechar a boca e não babar.
Zane olhou para o seu rosto lindo, especialmente para sua boca. Se Lembrou imediatamente do sabor do seu beijo e de como tremera em seus braços.
Rafe sorriu.
— Você está muito bem.
— Obrigada. Você também.
Rafe entrou na sala da suíte e olhou para seu relógio de pulso.
— Devemos estar na antessala do salão de recepção em dez minutos.
— Se esse é um comentário para evitar atrasos, esqueça Querido— Cléo disse rapidamente. — Eu jamais me atrasaria para um encontro com o rei e a família real. Vamos logo homens.
Cléo atravessou a sala com os olhos brilhantes e alegre. O vestido azul-cobalto de Cléo ressaltava todas as suas curvas. A parte de cima do vestido aderia bem ao corpo, e ela teria que manter uma boa postura para que seus seios não escapassem do decote.
O cabeleireiro Eric ajeitara seus cabelos curtos em suaves cachos ao redor do rosto redondo. Brincos de safiras e diamantes enfeitavam suas orelhas perfeitas e combinavam com a pulseira.
Zane esperou que Rafe ficasse aturdido ao ver Cléo, mas ele apenas a cumprimentou com educação e voltou a olhar para ele.
— Então, Vamos Sr e Srt Paxton?
Poderia ele não estar atraído por Cléo? Zane se lembrou da ereção dele e ficou excitado. Teria, finalmente, encontrado um homem que se interessara por ele?
Rafe deu o braço par Cléu. Cléo deu o braço para Zane, Ela ficou no meio dos dois. Cléo se pôs a rir de repente.
— Rafe, você está armado! Meu Deus, você espera problemas?
— Apenas por precaução.
— Zane, este homem leva o serviço muito a sério. A segurança permitirá que você dance com outros homens?
— Zane é livre para fazer o que quiser — Rafe disse com calma.
— Oh, entendo. Desde que o faça sob seus cuidados. — Cléo ergueu as sobrancelhas. — Mas você parece um homem que gosta de estar em ação e não apenas em um posto, de observação. – Disse Cléu cinicamente
Zane sabia que Cléo não estava insinuando nada. Ela não sabia sobre o beijo e por isso não percebeu como seu comentário fora embaraçoso. Tentou mudar de assunto, mas logo viraram o corredor e entraram na ante-sala.
Cerca de uma dúzia de pessoas se dispunham em pequenos grupos, conversando animadamente. No momento em que os três passaram pelo arco da porta, todos ficaram em completo silêncio, e Zane se sentiu o centro das atenções. Ele ia desmaiar tinha certeza disso.
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