Família Montegrande - Cap. 04

Um conto erótico de Familia Montegrande
Categoria: Homossexual
Contém 1876 palavras
Data: 04/06/2016 01:58:44

Fomos para a balada e uns caras deram em cima de meu irmão, ele simplesmente respondia que era hetero e todos iam embora. Eu também levei cantada, por final dançamos muito e voltamos para casa.

- Porque não ficou com ninguém? – Ele me disse com olhar de reprovação. – Só porque eu estava contigo é?

- Por um motivo sim, por que você estava comigo e porque eu não ia te deixar sozinho, outra é porque eu não fico em balada, pessoal não querem nada e você sabe que não sou qualquer.

- Mano, nem precisava se preocupar com isso comigo.

- Mas quem disse que eu estava me preocupando contigo? Olha pra mim filho, eu não vi nada de interessante se fosse um modelo dando em cima de mim com certeza te abandonava.

- Nossa você é muito trouxa.

- Sou nada!

Percorremos o caminho de volta e depois fomos dormir, logo iríamos acordar e ir embora. Não via a hora para isso acontecer mesmo que porque em breve o marido da minha mãe podia chegar e eu queria evitar esse contado.

Acordamos e almoçamos, e depois corremos para ir pro terminal de ônibus pra poder voltar para minha casa, minha mãe chorava por ver o ultimo filho ir embora, mas ao mesmo tempo estava feliz porque sabia que era o melhor para nós. Outra é como se ela tivesse numa lua de mel nova, só que mais longa. Ela poderia aproveitar e espero que aproveite o momento que tem com o marido sem se preocupar em ajudar a gente.

No final nos despedimos e ocorreu tudo bem, estávamos voltando compartilhando o mesmo fone e escutando musicas aleatórias, um momento a que eu gostava e a outra a que ele gostava. Era legal fazer isso, não tínhamos problema de relação. Lembro-me que quando criança nós brigávamos feio, mas no final nós sempre caiamos na gargalhada por que não acreditávamos brigar por aquilo. Com o Marcos era diferente, ele não implicava muito comigo, mas amava implicar com o Caio e acredito que essa sim vai ser uma discussão enorme em casa futuramente, porém por enquanto não quero pensar nisto.

Na volta tudo transcorreu bem, passou uma semana até que tudo foi ajeitado no quarto do Caio, o lado bom é que a casa é grande então cada um dos quatro tem seu espaço sem invadir o do outro. O do Marcos ficava do lado do nosso pai lá para os fundos e o meu e o do Caio próximo à sala na frente da casa.

Depois de duas semanas o Ricardo me chamou informando dizendo que já estava retornando para SP e que seria bom que eu marcasse logo um lugar para sairmos que desta vez seria por minha conta a escolha. Eu me lasquei, não sabia o que escolher, nem sabia o que fazer então to totalmente perdido.

- Carlos, pega pra mim a chave da moto ai em baixo?

- Beleza Marcos, vai pra onde?

- Vou naquele restaurante que o papai nos levou com uma mina.

Bingo! Era isso, iria com ele lá, aquele restaurante e maravilhoso e daria para nós irmos de boa daqui a alguns dias. Falei pra ele do local e ele disse que tudo bem e que não era muito longe da casa dele. Levaria uns 20 minutos de carro ele disse. O que me assustou um pouco. Talvez ele more perto de mim e eu nem sabia, neste momento eu perguntei para ele onde é que ele mora porque eu também morava mais ou menos próximo ao local. Foi quando ele disse e eu fiquei de boca aberta tipo uns 5 minutos.

- Meu eu moro no seu bairro vizinho filho e eu nem sabia.

- Serio Carlos? Caramba, não imaginava isto!

- Acho que pelo menos deveria ter visto você alguma vez por aqui porque eu costumo andar pelos bairros, justamente porque costumo passar pelo seu para poder ir para a escola.

- Ah, mas imagino que nunca nos vimos porque eu chego tarde e saio cedo de casa e como costumo ir de carro nunca da para me ver.

- Ah, então ta explicado, mesmo que eu ande nunca veria.

- Mas que é estranho é.

- Sim, isso é verdade!

Deixamos o dia e à hora marcada e ele falou que ia passa para me pegar que não teria nenhum problema.

- Carlos eu acho realmente que ele esteja a fim de você. – Meu irmão me disse.

- Ah, meu ele nem parece ser Caio.

- Mas não quer dizer que ele não seja.

- Isso é verdade, bom não quero continua criando esperança então vou deixar para lá.

- Ta certo! As aulas começam já nesta segunda, você vai ne?

- Tem outra opção?

- Olha o animo para começar a aula, pelo amor de Deus não mudou em nada.

- Não mesmo!

Combinei com minha amiga e com meu amigo de nos encontrarmos na porta para ver se estaríamos na mesma sala e meu irmão iria comigo já para eles conhecerem.

- Nossa ninguém merece. Se não fosse pela diferença que tem o corpo eu não saberia identificar vocês. – A Juliana mostrava sua cara de espanto para com a gente e o Pedro ficava quieto no canto nos observando. O outro pessoal que era da nossa antiga sala ficava encarando eu e meu irmão.

- Parece que é novidade para eles irmãos gêmeos, será que eles nunca viram um na vida?

- Percebi. – Disse meu irmão me encarando e ficando envergonhado ao mesmo tempo por causa dos outros alunos.

- Bom o melhor que temos e ver nossa sala, espero que estejamos na mesma porque eu odeio quando eles separam a gente que nem na 8 série. – Pedro comentou.

O que foi concordado pela Juliana e por mim. Nos juntamos todos e fomos para a lista dos 3 ano, nele vimos que tinha quatro sala.

3ª1:

Ana Maria

Ana Clara

Beatriz Fonseca

Bianca Monteiro

Diego Henrique

Enzo Fontez

Fernanda Vasconcelos

Fernando Pereira

Guilherme Lima

Guilherme Souza

Hiago Santos

Iara Santos

Karen Costa

Luiz Bernado

Luiz Guilherme

Luiza Montez

Marcelo de Souza

Maria Fazio

Nayara Pereira

Nayana Ruiz

Osvaldo Silva

Paulo Costa

Patrícia Perconsez

Rodrigo Bernades

Bom, não nos encontrávamos nesta sala.

3ª2:

Amanda Souza

Ana Caroline

Bernado de Souza

Caio Pereira

Caíque Fernandes

Daniel Santana

Daniela Carvalho

Danielle Silva

Erivaldo de Jesus

Fabiola Souza

Gabrielle Lousiane

Gustavo Monteiro

Iago da Cruz

João Berlamino

John Ruan

Nando Gonçalvez

Paula de Souza

Roberta Amontinhado

Também não havia nenhum de nós nesta sala, graças a Deus.

3ª3:

Amanda Vasconcelos

Bruna Ianvic

Bruno Souza

Caio Montegrande

Carlos Montegrande

Daniel Pereira

Estella de Lima

Fabrício Nascimento

Gabriel de Nascimento

Gabriela Souza

Ian Montez

Juliana Tavares

Marcos Vinicius

Nando Ferreira

Paula Silva

Pedro Portela

Meu Deus amado! Vi que todos os nomes se encontram na mesma sala e o sorriso abriu de orelha para orelha.

- Obrigado senhora diretora linda e perfeita – foi dizendo a Juliana toda feliz.

- Nem fale, estava quase surtando. – Terminou de dizer o Pedro.

- Vamos pra sala logo. – Completei.

Precisávamos segurar nosso lugar por que se não outras pessoas poderiam pegar e simplesmente não estava preparado para isto. Mas, quando chegamos na sala notamos que não tinha quase ninguém ainda, isso é bom, dávamos o direito de ir para o canto que quisermos e deste modo decidimos ficar no canto da janela no fundo. Assim ficaram separados os quatro lugares para nós. Foi entrando os demais alunos com o tempo e antes de começar a aula estavam todos na sala já. Ficou decidido que no canto da janela ficaria a Ju e o Pedro na frente dela, assim do lado da Ju ficou o Caio e eu na frente dele seguindo do lado do Pedro.

Neste plano fomos decorrendo todos os dias, passou duas semanas e acabei decidindo contar para a Ju do Ricardo, ela amou ele e disse que se for hetero ira querer para ela, eu não podia deixar de dizer que poderia ser dela, afinal se for homem mesmo não tenho porque querer prender alguém para mim. Mas no final ainda tinha uma pequena esperança dele ser homossexual.

- Mas mudando de assunto Carlos, o Ian você ficaria com ele?

- Como assim? Não sei dizer por quê?

- Não notou como ele repara em você? Às vezes o noto te olhando, mas quando o olhar dele se encontra com o do Pedro ele volta a olhar para frente.

- Caramba, nunca notei nisto na minha vida. Você acha que ele seja?

- Acho sim, não tem jeito de ser, mas sei lá sabe. Eu desconfio que ele seja e que te queira. Outra, ele é um partido e tanto viu porque ele é lindo demais e tem várias garotas afim dele, mas só vejo ele de olho em você.

- Não sei, ele realmente é bonito, porém no ano passado ele não parecia dar em cima de mim ou algo assim. Mesmo nós sendo de salas diferentes no ano passado não tinha como não reparar se ele me quisesse. Ele é do tipo que todo mundo repara, até eu.

- Se reparasse teria notado que ele te olha, até agora você não sacou nada.

- Isso é verdade, que tenso. Eu nem sei o que fazer, mas vou reparar hoje certeza.

- Isso, vê quando ele te olha, pelo menos tenta disfarça ok?

- Ta bom, vou tentar, agora disfarça porque o meu irmão ta chegando.

- Nem tinha percebido. – Ela falou olhando para trás e ele chegando próximo. – Oii Caio, que andou aprontando hoje em?

- Eae Ju, estava ali batendo papo com os moleques. O que é que vocês estavam falando em, pareciam que estavam cochichando.

Logo fui falando para acalmar a situação, não posso dar espaço para ele saber de algumas coisas minha não. – Estávamos falando do professor seu chato, aquele momento que eu e ela amamos fofocar sabe disso.

- Vocês dois não prestam e deveriam saber disto.

- Quem vê pensa né, falou o santo da escola. – Disse imitando ele quando fala de mim.

- Antigamente pensava que você era, agora to achando que eu que sou perto de você mano.

A Ju terminou dizendo que realmente ele deve ser mais santo que eu, ela que pensa isto, porque este ai não presta nem um pouco. Às vezes eu shippo os dois, parecem que poderia ser um casal interessante, mas como é minha amiga acabo achando complicado que o mesmo aconteça, outra o Caio é igual o Marcos não presta muito para relacionamento. Acho que ninguém da família presta se não estariam todos namorando com alguém.

Voltamos para sala e me lembrei de notar se o Ian me encarava mesmo, fiquei sentado prestando atenção na aula e dei umas viradas para verificar se ele realmente ficava me encarando. Acabei percebendo que realmente ele fazia isto, eu virei à cara na hora quando ele me olhou e ele reparou que eu estava olhando para ele o que acabou me deixando envergonhado, isso na realidade não deveria ter acontecido quem deveria ficar envergonhado era ele e não eu, porém notei que ele acabou foi é ficando alegre pelo acontecido.

Se ele fosse uma pessoa feia acabaria nem ligando, quem fala que não liga para aparência é mentiroso, ele se cuida e está sempre cheiroso. Reparava nisto nele desde o primeiro ano na escola quando ele se mudou para cá, mas como nunca fomos da mesma sala acabei desistindo de verificar a vida dele.

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