Gente, quis causar somente um suspensinho kkk.. espero que gostaram porque vem mais por aí.
Beijos e boa leitura!!!
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- Esse carinha é o que seu Ian? – Falou o Caio.
- Ah, este aí é o meu irmão. Por quê?
- Nada não pô, então essa é a irmã de vocês?
- Não poxa, é a namorada dele. Mó gata né?
- Entendi, é sim parca. – Falou meu irmão e depois olhando para minha cara, viu que eu estava com cara de choro e que estava difícil de eu controlar. A Ju sacou também quando olhou para a foto e viu o Cadu do lado de uma garota.
- Carlos, se ta meio pálido de mais, se não ta mau? – Continuava o Pedro.
- Acho só que deve ter sido a caminhada que deve ter afetado ele, onde fica o banheiro Ian? – Falou a Ju.
- Fica ali do lado.
- Vamos lá Carlos, meninos vão ajeitando tudo que já iremos começar.
Fomos rumo ao banheiro da casa deles e eu entrei e comecei a tremer e meus olhos começaram a sair lagrimas, lagrimas ao qual eu não conseguia controlar. Eu tinha levado um cara que tem namorada e que mentiu para mim este tempo todo para minha casa e o pior de tudo é que meu irmão sabe e esta lá fora com um ódio mortal certeza do Ricardo, mas sinceramente nada se compara ao ódio que eu estou sentindo dentro de mim por ter sido trouxa. Outra ele não me disse que tinha irmão e sim que tinha irmã, será que os dois não se dão bem?
- Carlos, calma. Tem que ter uma explicação pra isso.
- Que explicação Ju, que ele estava curtindo comigo enquanto esta mau com a namorada dele ou se é que ele esta mau, afinal tem gente que não liga para o que sente ou o que os outros sentem.
- Meu, eu entendo, mas você tem que se acalmar. Logo poderá descobrir tudo e o porquê ele fez isso contigo, mas não fica assim, não agora porque não tem desculpa para você ir embora.
- Eu sei, pior que sei. E sinceramente não sei o que faço aqui ainda. E se ele estiver aqui?
- Pode ser que ele não esteja.
- Se ele não estiver aqui quer dizer que ele esta com ela.
- Calma Carlos, caramba. Esquece, finge que nada aconteceu como você sabe fazer que eu sei que você sabe guarda para si. Mas, mantém um sorriso e depois daqui nós conversamos melhor.
- Eu sei, me da só uns segundos e eu me recupero.
- Tudo bem migo, fica assim não. Vou para a sala e dizer que você já esta saindo esta bem?
- Tudo bem Ju, obrigado.
- Depois conversamos sobre isso ok?
- Ok, obrigado!
- Nada migo.
Ela saiu e eu chorei por uns segundos, mas me lembrei do que ela disse e lavei meu rosto afinal não podia ficar com uma cara de choro logo agora. Tinha que disfarça mesmo sabendo que os únicos que não sabem de nada é o Pedro e o Ian.
Fomos para a cozinha e conhecemos a mãe dele e o pai ao qual a acompanhava no preparo das coisas, vi que eles estavam terminando e mandaram nós nos sentarmos à mesa para que já pudéssemos almoçar para que depois comecemos o trabalho. Nisso se juntou todo mundo a mesa e vi que meu irmão estava um pouco nervoso, era notável o olhar dele para mim.
- Ian vai chamar seus irmãos para descer logo se não eles irão perder o almoço.
- Ok Pai!
Agora sim o meu coração começou a disparar de uma forma acelerada descontroladamente. Vi que a Ju e o Caio me encaravam com um olhar espantado, todos quietos somente analisando.
- Pronto pai eu estou aqui. – Ele disse aparecendo e me olhando assustado ao me ver na mesa a garota ia descendo normalmente e realmente ela era bela como ele tinha dito, uma irmã muito bonita.
- Senta aí filho e vem comer conosco e com os amigos de seu irmão, Ana esta tudo bem contigo hoje filha?
- Sim papai, olá gente!
E todo mundo respondeu junto.
- Olá Ricardo. – Falou meu irmão com uma voz meio nervosa, mas que ao ver dos outros a não ser de mim parecia suave.
- Oi Caio.
- Vocês se conhecem? – Perguntou o Ian.
- Sim. – Falou o Caio.
- Caramba que mundo pequeno. – Completou a mãe deles.
- Bom, Ana e Ricardo o Caio é meu amigo da escola e o Carlos ali é irmão, essa é a Juliana e o Pedro que são amigos deles.
- Prazer. – Ele disse e ela também.
- O prazer é todo nosso! – Falou a Juliana com um sorrisinho falso.
Comemos todo, cada um em silencio, via que alguns trocavam olhares e conversa toda hora, mas eu e o Ricardo éramos mais os calados daquele local. O Pedro me encarava querendo saber o que eu estava guardando para mim, eu vim escondendo muita coisa dele em vista dele estar diferente comigo e com a Juliana ultimamente. Mas, ele me conhecia muito bem e sabia que eu não tinha passado mal nada e que tinha acontecido alguma coisa. Sempre fazia isso na escola enquanto eu estava chateado.
Acabamos de comer e subimos para fazer o trabalho, vi que o meu celular começou a vibrar direto e nele vi que tinha mensagens do Ricardo. Meu irmão olhou para mim e disse que era para eu guardar o celular que não era hora de mexer e que depois eu via o que tinha. Já entendi o recado dele, então simplesmente guardei e continuei a fazer o trabalho. Mas, na verdade não estava nem um pouco com a cabeça ali e simplesmente do outro lado do mundo ou talvez no quarto ao lado deste cômodo. Será que ela foi para a casa dele depois daquele dia ao qual ele foi à minha? Quanto tempo eu estou sendo feito de trouxa? Desde o dia ao qual eu o conheci? Porque ela não foi com ele para Curitiba? Geralmente, casais viajam juntos.
Acabamos que terminando o trabalho, eu meio disperso, mas a par do que deveria apresentar e fazer no dia da apresentação. Fomos para casa a Ju abraçado comigo e o Pedro conversando com o Caio.
Chegando em casa me despedi do Pedro e da Ju com um abraço e fui entrando, a Ju disse que iria para casa, mas que a noite estaria aqui de novo para falar comigo, eu simplesmente concordei com ela porque precisava dela comigo naquele momento.
Fomos eu e meu irmão entrando dentro de casa e ele virou para mim e simplesmente disse:
- Eu não quero você falando com esse cara ouviu?
- Eu sei.
- Se ele aparecer aqui eu juro que dou um soco na cara dele.
- Tudo bem.
- Você esta bem maninho?
- Estou sim mano.
- Carlos?
Comecei a chorar, a chorar descontroladamente no ombro do meu irmão, não tinha ombro melhor que aquele, ele me conhecia, ele sabia meus defeitos e sabia minhas qualidades, mas mais ainda ele sabia quando eu estava realmente mal.
Ele me abraçou e me deixou chorar.
- Calma maninho, você estava realmente gostando dele né?
Simplesmente, balancei a cabeça concordando. Não poderia negar que eu estava apaixonado e que isso estava me fazendo mal, porque eu nunca senti isso e nunca senti uma dor como essa que eu to sentindo.
- Mano, ta doendo meu coração.
- Eu sei maninho, é assim mesmo.
- Eu sou trouxa.
- Não maninho isso acontece todo dia. Fica assim não, ele só perdeu alguém que realmente estava gostando dele. Quem perdeu não foi você e sim ele.
- Dói muito e eu não sei por que meu, eu nunca senti isso.
- Você estava amando é só por isso maninho, calma que passa. Demora um pouco, mas passa.
- O que está acontecendo aqui? – Disse o Marcos que estava descendo as escadas. Eu não sabia responder, mas não queria que ele soubesse. Mas, como mentir algo? Que eu cai e estava sendo consolado? Que alguém morreu? Todos meus amigos ele conhece e ele saberia quando eu estaria mentindo. Não adiantava menti, mas que pelo menos eles não falassem na minha frente.
- Alguém machucou os sentimentos do Carlos, somente isso Marcos. Depois falamos sobre isso.
- Como assim? Quem fez isso com o Carlos?
- Nada mano. – Disse falando. – Não quero falar sobre isso e não quero que vocês falem disto, só me deixem quieto no meu quarto, quando a Ju chegar pede para ela ir pra cima.
- Tudo bem. – Disse os dois.
Entrei no meu quarto e voltei a chorar, nunca pensei quanta dor poderia sentir por causa de uma pessoa. Cara ele tem uma namorada, ele tem foto com ela espalhada por toda a casa e simplesmente deita na minha cama meu. Afinal quão trouxa eu posso ser de trazer alguém na minha casa que conheci há pouco tempo? Por que eu sou tão besta? Se não fosse pelo Ian nunca saberia, seria até agora um otário. Isso ou é ironia ou simplesmente é coisa do destino fazer com que dois irmãos queiram ficar comigo e que eu pare na casa deles. Eu deveria escrever um livro pra marcar todos meus papeis de trouxa nesta vida.
Dormi em meio aos meus pensamentos e acordei com o Marcos me avisando que a Ju estava lá em baixo. Falei que eu iria descer logo que somente precisava tomar um banho, nem peguei meu celular deste que estava na casa deles e agora vi que estava com varias chamadas perdidas. Não quis saber de abrir, entrei no banheiro e fui me cuidar.
Sai do quarto e vi meu telefone tocando de novo e era ele, mas não tive vontade de tocar no celular, somente desci as escadas para falar com a Ju deixando de lado o celular lá em cima.
- Oi Ju.
- Oi migo, como esta?
- Normal.
- Vim aqui com umas comidinhas para nós e uns filmes. Vamos ver?
- Sim, sim.
- Posso assistir com vocês? – Falou o Caio.
- Pode sim mano.
- Então ou todo mundo vai para o seu quarto ou tu coloca as coisas aqui na sala e nós quatro assisti porque eu quero esta junto nesta também. – Falou o Marcos.
- Por mim pode todo mundo ir lá para cima, se não o pai briga conosco por causa da bagunça.
- Beleza maninho, vão vocês na frente e aprontem tudo lá que eu e o Caio vamos fazer as comidas e deixa tudo ajeitado para o pai não implica conosco.
- Beleza mano! Vamos lá para cima Ju.
- Ok migo.
Eles me deram um tempo de liberdade com ela que eu sei, cheguei e vi que meu celular continuava tocando e ela percebeu logo de cara quem era.
- Você não vai atender?
- Pra que?
- Sei lá. Não falou com ele até agora?
- Não e sinceramente nem quero falar.
- Entendi.
- Vou desligar o celular, pêra aê.
- Tudo bem.
Conversamos sobre o acontecido, ela disse que não entendeu esta atitude dele, mas que eu precisaria falar com ele para saber o que aconteceu na realidade. Mesmo que seja mentira dele eu preciso falar com ele. Falei que não queria falar agora e que na realidade não queria falar tão cedo. Mas, ela meio que falou que preciso realmente fazer isso se não eu vou ficar com algo na cabeça que não sei se é verdade ou não. Isso eu precisava concordar com ela, precisava da verdade da boca dele. Logo depois disso chorei um pouquinho mais e depois parei porque meus irmãos estavam para subir ao quarto.
A noite fluiu bem, todos demos risadas e curtimos um pouco, eu meio que voava de vez em quando nos meus pensamentos mesmo que eu tentasse afastar eles de mim, era notável quando eu ia para outro mundo porque meu sorriso saia do rosto e meus irmãos e minha amiga percebia, mas voltava o foco para eles e deixava isso quieto. Não queria que nada me decepcionasse, não que um cara me decepcionasse. Tanta coisa no mundo para me decepcionar porque um cara me decepcionaria? Tudo bem, essa frase não me convenceu muito, mas preciso me esforçar para esquecer.