Por que tem que ser assim? 16 agora eu descubro quem é você, BARÃO!

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1634 palavras
Data: 19/06/2016 00:46:36
Última revisão: 19/06/2016 11:32:51

Barão sorriu, seus lábios que antes estavam distantes, começaram a se aproximar até que encostaram nos meus. Suas mãos começaram a percorrer pelo meu corpo, meus batimentos cardíacos triplicaram, minha barriga começou a doer de ansiedade.

Arthur - aqui não. (falei, interrompendo aquele momento).

Barão - tem razão. (disse ele caindo na realidade). Vou tomar um banho e vamos dar uma volta.

Arthur - volta aonde?

barão - eu nunca fiquei com um homem, Arthur, mas você me atrai.

Como é que aquele cara conseguia me deixar ainda mais nervoso?

- Tu topa ir a um motel comigo, Arthur? Eu vou ter o maior cuidado contigo. Deixa eu ser teu dono!

Arthur - meu dono? (aquela ultima fala do barão, me deu arrepio, e ao mesmo tempo tesão).

Barão - Claro! seria uma experiencia boa pra nós dois. Eu cuido de você, e em troca, recebo prazer.

Arthur - prazer? O senhor ta pensando em sexo?

Barão - em tudo.

Arthur - não sei não.

Barão - vamos tentar.

Arthur - e se não der certo?

Barão - isso só depende de nós.

Arthur - eu quero tentar sr Nícolas, mesmo sabendo que vou quebrar minha cara, eu quero tentar.(Falei sorridente).

Barão retribuiu o sorriso.

Barão - quer ajuda no banho?

Arthur - não! Eu acho que já consigo tomar banho só.

Barão - certo. Em quanto tempo você acha que ta pronto?

Arthur - acho que em uma hora mais ou menos.

Barão - porra! Tudo isso? (disse ele fazendo carão).

Arthur - ainda não estou cem por cento.

Barão - ainda assim uma hora é tempo demais. Tem certeza que não quer ajuda nesse banho?

Arthur - tenho sim.

Barão - ok, mas tente não demorar tanto, eu to ansioso demais. (disse ele sorrindo).

Arthur - beleza, vou tentar dar uma apressada.

Barão - faça isso. Eu vou tomar banho também, mas volto logo.

Eu apenas confirmei com a cabeça.

Assim que o barão saiu do quarto, eu comecei a pensar em tudo o que havia acontecido até aquele momento.

O barão era um homem rude e, as vezes, parecia cruel. Eu não tinha uma definição una de quem era aquele homem, mas eu sentia que eu gostava muito dele. Era um misto de tesão com paixão, com amor, com ira, tudo misturado.

Com esses pensamentos, fui caminhando, lentamente, até o banheiro. Sentia dores nas costas, mas nada que me impedisse de caminhar.

Já debaixo do chuveiro, me veio à lembrança uma conversa que eu havia tido, há algum tempo atrás, com o Benjamim. Ele havia me dito que o barão era homofóbico.

- E se ele fosse mesmo? (pensei, enquanto passava o sabonete no corpo). E se ele tivesse planejando me eliminar sem deixar pistas?

Uma sensação de medo começou a me consumir. Desliguei o chuveiro; passei a toalha em meu corpo; desodorante; uma colonia qualquer; vesti uma cueca seguida de uma bermuda; calcei uma sandália; por fim, coloquei uma regata no ombro.

Sentei na cama, defronte ao aparelho telefônico.

- qual o número do Ben? ( eu tinha em meu celular, que havia sido quebrado pelo barão, e ainda não havia sido consertado).

Eu lembrava mais ou menos o número do Ben. Comecei a discar tudo o que eu conseguia lembrar, e depois de várias ligações erradas, enfim ele atendeu.

****

- Oi.

Arthur - Ben?

- é ele.

Arthur - Ben, sou eu o Arthur.

Benjamin - fala Arthur, de quem é esse número?

Arthur - aqui da casa do barão.

Benjamin - tu ainda ta por aí?

Arthur - ainda, mas não por muito tempo. Recuperei os movimentos das penas, hoje.

Ben - serio mano? que noticia boa, me diz como aconteceu.

Arthur - agora eu não posso mano. Tenho que ser rápido. Ta na cidade?

Benjamin - sim. To na cidade, já.

Arthur - mano, me confirma uma coisa.

Ben - diga lá.

Arthur - uma vez você me falou que o barão era homofóbico. Lembra?

Ben - claro que lembro.

Arthur - isso é verdade?

Ben - é sim Arthur.

Arthur - tu acha que ele tem coragem de fazer alguma coisa contra mim?

ben - alguma coisa tipo o que?

Arthur - tipo dar cabo da minha vida.

Benjamim soltou uma gargalhada do outro lado da linha.

Arthur - ri não mano. O papo aqui é serio.

Benjamin tentou se recompor.

- Claro que não Arthur, acho que ele não teria coragem de fazer isso. Ele não ta cuidando de você!?

Arthur - mais ou menos. (falei desanimado).

Ben - como assim mais ou menos?

Arthur - ah! as vezes ele cuida, as vezes ele humilha, as vezes ele me bate.

Ben - o barão te bate?

Arthur - tu ta surdo cara? Ta repetindo tudo o que eu falo!

Ben - é que isso é tão absurdo que eu não to acreditando. Bater é algo grave, Arthur.

Arthur - foi só uma vez.

Ben - mesmo assim. Por que ele te bateu?

Arthur - ele descobriu sobre o lance do Loupan.

ben - como ele descobriu?

Arthur - o Loupan mandou dinheiro por ele, pra mim, algumas vezes, e daí o barão me pressionou pra saber a origem.

Ben - mas não era pra você ter falado, Arthur.

Arthur - não tinha como mentir mano. Quem vacilou foi o Loupan.

Ben - mas se ele mandou grana foi pra te ajudar.

Arthur - mas o barão achou estranho.

Ben - e por causa disso ele te bateu?

Arthur - Sim, e depois saiu dizendo que ia resolver umas contas com um tal ''canalha''.

Ben - ele falou isso?

Arthur - do jeito que eu to te dizendo.

Ben - mas ele não disse quem era esse canalha?

Arthur - não.

Ben - quando foi isso?

Arthur - hoje pela manhã.

Benjamin fez um suspense do outro lado da linha.

Ben - Arthur, agora tu tem motivo pra se preocupar.

Arthur - por que diz isso?

Ben - o Loupan ta na uti, cara, ele foi vitima de espancamento.

Comecei a ficar gelado. Eu entendia perfeitamente o que aquilo poderia significar.

ben - Arthur?

Arthur - to aqui. To tentando digerir essa informação.

Ben - ta pensando o mesmo que eu?

Arthur - pode ter sido ele? (não queria acreditar que havia sido o barão).

Ben - depois do que você falou eu tenho certeza.

Arthur - mas você disse que ele não teria coragem.

Ben - eu pensava que não. Você tem que sair daí, Arthur.

Arthur - por isso to te ligando, queria saber se tu ta de carro.

Ben - to sim, mas agora eu to com um cliente.

Arthur - entendi.

Ben - já falou com tua mãe?

Arthur - não posso falar cara, se não vou ter que expor minha vida privada.

Ben - você tem razão.

Arthur - vou desligar aqui Ben. Vou ver como eu faço pra sair daqui.

Ben - Arthur?

Arthur - fala Ben.

Ben - eu vou te buscar, mas eu não vou entrar aí. Daqui há vinte minutos me espera lá na frente.

Arthur - vinte minutos é muito tempo. Eu vou caminhando no sentido do centro, e você me encontra na metade do caminho.

Ben - pode ser, fica com o celular ligado, que qualquer coisa eu te ligo.

Arthur - eu to sem celular, o barão quebrou o meu.

Benjamin - puta que pariu, as coisas tão piores do que eu imaginava.

Arthur - mas não tem erro. Eu vou pela calçada da direita, ao lado da ciclovia, você vai me ver fácil. Eu to de bermuda, e sem camisa.

Ben - beleza. To saindo daqui agora, hoje eu to de ''onix''.

Arthur - ok. To saindo também. Valeu Ben!

ben - tranquilo.

*******

Desliguei o telefone, coloquei meu celular e a carteira no bolso, caminhei ate a porta, e a abri, vagarosamente. Não havia sinal de ninguém. Desci as escadas lentamente, passei pela sala, e enfim cheguei a porta de saída. Assim que pus minha mão na maçaneta, ouvi a grossa voz do barão.

xxxxXXXX

barão - Arthur, ta pronto?

Virei-me, mas não consegui responder nada. Meu corpo travou, e apenas minha cabeça respondeu.

Barão -então vamos. Passei no teu quarto e tu não tava, pensei até que... Deixa pra lá. (disse ele mudando de assunto, e descendo as escadas).

Arthur - senhor Nícolas, e seus filhos?

Barão - estão no quarto assistindo.

Arthur - não seria melhor a gente cancelar a saída, e o senhor ficar com eles?

Barão - nós não vamos viajar Arthur, e nem eles vão morrer. (disse ele caminhando ate chegar a meu lado).

Arthur - mas pelo que eu entendi vocês quase não ficam juntos, achei que seria um bom momento.

Barão - Isso é irrelevante. Agora vamos? (disse ele abrindo a porta).

Confirmei com a cabeça e o acompanhei até o carro. Entrei no banco do carona, e pelo retrovisor vi o barão abrindo o bagageiro do carro, mas não vi o que ele colocara la dentro.

xxxXXX

- sera que é alguma arma de grande porte ou um taco de beisebol? (pensei).

Eu estava ficando neurótico.

xxxXXX

Arthur - o que o senhor colocou no bagageiro? (perguntei, assim que o barão entrou no carro).

Barão - nada demais. (foi a única coisa que ele respondeu, e deu partida no carro).

Arthur - eu vi um movimento lá atrás, e achei que o senhor tivesse guardado alguma coisa.

Barão - não, não! Mais cedo pedi para o Damião colocar sua cadeira no bagageiro, estava apenas confirmando.

Arthur - pra que minha cadeira? eu já estou conseguindo andar.

Barão - só por precaução, caso você precise. (alguma coisa estava estranha).

Barão pegou o sentido oposto do centro.

Arthur - nós vamos por aqui? (perguntei assustado).

Barão - sim.

Arthur - e o motel?

Barão - antes vou te levar em um outro lugar.

Arthur - que lugar? (me sentia apreensivo).

Barão - logo, logo você vai saber.

Um desespero estava tomando conta de mim. Meu corpo tremia, mas dessa vez não era de tesão.

xxxXXx

Depois de um bom tempo na estrada, barão estacionou o carro.

- Chegamos. (disse ele).

Aquela viagem foi tão tensa que eu não havia conseguido observar o percurso.

Barão saiu do carro, e fechou a porta. Olhei para fora e vi vários homens musculosos e tatuados.

Barão - precisa de ajuda pra sair? (disse ele vindo na porta do meu lado no carro).

- então ele vai pagar para fazerem o serviço sujo? (pensei).

Continua...

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Comentários

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Acho que é só neurose e insegurança do Arthur, ele ainda não percebeu que a atitude do Barão com ele e o Loupan foi por ciúmes.

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Bichinho do arthur vai morrer sera que o barão vai ser tão ruin a este ponto

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Aiiiiiii caramba, Berg continua logo, concordo com o Dinho26, não pare de escrever cara, tu é fera demais,

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Pqp... o conto ta muito bom, mas to tenso com o desenrolar da história...

Berg meu lindo, tu devia repensar a ideia de parar de escrever, tu é muito bom nisso, perfeito na verdade... Vou sentir muita falta de ti e dos teus contos quando tudo isso acabar

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Mano tomara que o Arthur não seja estrupado por todos esses caras... Seria o fim pro Barão, Arthur tá muito burro, tomara que Benjamin tenha visto e seguido o carro. Não to sentido coisa boa vindo disso aí!

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nossa meio tenso, será que o Barão vai fazer algum mal com o Arthur?

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