Me apaixonei por um cara,Puta merda (Parte 34)

Um conto erótico de Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 5566 palavras
Data: 19/06/2016 12:54:55

Terça dia 23 de abril de 2013

Acordei com o despertador do celular tocando e ele me olhava com um sorriso de lado e ainda continuava com seus braços em volta do meu corpo, eu retribui o sorriso e abracei ele mais forte ainda, coloquei minha cabeça no peito dele e por alguns segundos ele me fez lembrar do Marcos e como eu me sentia bem ao lado dele, ele não falou nada, apenas ficou curtindo o momento,(também, quem é quem vai falar alguma coisa assim que acorda? Umas 6:00 AM e sem escovar?) eu também fiquei com vergonha de falar com ele, já pensou eu falar “Bom Dia” e minha boca está porca, porque geralmente quando eu estou dormindo eu babo e fica aquela listra de saliva seca no rosca, aquilo não é legal, mas ainda bem que eu não tinha babado, se eu tivesse babado eu ia morrer de vergonha, mas mesmo assim eu criei coragem pra perguntar uma coisa que tava martelando minha cabecinha (de cima), com a cabeça no peito dele olhei pra baixo e perguntei:

-Eu: Lembra que uma vez você me disse que estava apaixonado por mim?

-Ele: Hãm? Ah sim, lembro!

-Eu: Você ainda sente alguma coisa por mim?

-Ele: Desde que te beijei não sinto mais nada, parece que a macumba foi desfeita.

-Eu: Eu não fiz macumba nenhuma tá.

-Ele: Não? E como você consegue fazer com que as pessoas fiquem caidinhas por você?

-Eu: Charme natural – falei rindo e passando a mão na barriga dele.

-Ele: Opa, olha essa mãozinha boba ai,melhor parar.

-Eu: Tá bom, eu paro!

Ficamos em silencio e por uns dois minutos.

-Ele: Tá gostando de alguém esse ano?

-Eu: Esse ano? Fala como se todo ano em me apaixonasse por alguém diferente, mas não.... não estou gostando de ninguém! Acho que relacionamentos não servem pra mim, sempre acontece alguma merda.

-Eu: Primeiro foi o Lucas que fiquei afim, me comeu e depois se tornou um idiota, ele foi o meu primeiro em tudo. Seu primo me fez esquecer o Lucas, foi contra o pai dele dizendo que me amava e sempre me traía. Depois foi o Marcos que chegou, me fez esquecer do mundo e depois teve que ir embora.

-Ele: Nossa, sua primeira vez foi com o Lucas?

-Eu: O Lucas quer sexo fácil, e ele sempre acha.

-Ele: Ah tá, Mais meu primo foi um escroto com você, ele não merecia você, até o filho dele você tá praticamente criando.

-Eu: Você ultimamente está sendo a melhor companhia do mundo, me lembra um pouco o Marcos.

-Ele: O Marcos é um cara legal, então obrigado.

-Eu: De nada seu bobo.

-Ele: Fofo.

-Eu: Você me acha fofo?

-Ele: A-acho, mais vamos mudar de assunto senão vamos acabar se pegando.

-Eu: Não seria uma má ideia –falei passando o dedo indicador nos quadradinhos da barriga dele até chegar perto do umbigo.

Foi quando fomos interrompidos por minha mãe que abriu a porta do quarto e ficou nos olhando.

-Mãe: Vocês usaram camisinha ?

-Ele: Usamos sim, segurança em primeiro lugar- falou rindo.

-Eu: Mãe, nós não transamos... e a senhora, não devia estar no trabalho?

-Mãe: Acordei tarde hoje, to um pouco atrasada mais já estou de saída, passei pra chamar vocês, pra cuidarem, não podem se atrasar pro colégio.

-Ele: Já íamos levantar.

Ela saiu do quarto e eu fui tomar banho e me higienizar, quando sai o Gustavo entrou, me vesti peguei meu diário e desci; a Clara estava arrumada e tomando café e o Pietro sentado de frente a TV assistindo desenho no Cartoon Network. Comecei a escrever no diário sobre o dia anterior e sobre aquele começo de manhã, quando olhei no relógio da cozinha já era 6:48 AM, gritei o Gustavo e ele desceu (Ele tinha vestido uma calça de moletom que ele levava sempre na bolsa caso a Jeans sujasse e vestiu uma camisa da minha farda (eu peguei “M” porque ficava maior em mim) e serviu nele, ficou boa, nem muito grande e nem pequena), ele me disse que não precisava levar bolsa de manhã porque na terça era aula de canto e instrumentos, então não levei nada e nem a Clara, e ele levou a bolsa dele porque de lá do colégio ele ia pra casa dele e tinha que trocar os livros de segunda pelos de terça. Fomos pro ponto de ônibus e ficamos esperando até que o ônibus chegou, assim que entrei vi a Erika sentada junto com o Matheus,e o Nicolas estava se pegando com a Ester, logo de manhã cedo, eu hein (inveja eu tive kk). Sentamos no fundo do ônibus e o Gustavo ficou em pé porque ele cedeu o lugar pra mim; o Alan e o Lukas estavam mais na frente mais ele não parava de olhar pra trás e com uma cara não muito boa, assim que um senhor que estava sentado do meu lado levantou, a Erika veio de lá da frente pro fundo tão rápido que comecei a rir dela que sentou deixando o Gustavo com cara de tacho ( o bichinho ia sentar e ela foi mais rápida), começamos a conversar e o Matheus chamou o Gustavo pra sentar onde a Erika estava e ele foi; fiquei conversando com ela até chegarmos na parada, descemos e fomos pro colégio, o Lukas veio conversando comigo e com a Erika na frente e o Matheus, o Alan e o Gustavo vinham atrás conversando, o Lukas até fez uma piadinha dizendo que as namoradas estavam na frente e os namorados atrás, entramos no colégio e fomos direto pra sala de canto, só tinha nós 3, a Erika começou a cantar uma música que eu não conhecia na época (Meiga e abusada - Anitta) e eu fiquei sentado ouvindo ela cantar (eu não sabia a letra e nem a melodia da musica pra acompanhar) ela começou a se movimentar dentro da sala e quando o pessoal chegou ela se calou e sentou do meu lado e ficou a aula todinha solfejando a música e nem prestava atenção direito no que a professora falava, só parava de solfejar a música quando tava fazendo os exercícios vocais,tinha menos da metade do ensino médio na sala de canto, o resto do ensino médio preferiu ficar na aula de instrumentos porque sabiam que não tinha instrumento pra todos e iam poder ficar sem fazer nada. Assim que acabou a aula chamei a Erika pra ir lá pra casa com o Matheus e chamei o Gustavo, ele tinha que ir em casa trocar os livros e eu convenci ele a mandar a bolsa pelo Alan pra que ele trouxesse os livros pro Gustavo, fomos lá pra casa e o Matheus ficou meio envergonhado assim que entrou, mais depois se soltou, a Erika já chega em casa abrindo a geladeira, o armário e comendo tudo que vem pela frente mesmo, nem tem vergonha, nunca teve ( Tenho certeza que você vai ler, então “Miga, a senhora é sem vergonha”, te amo). Deixei o casal na cozinha e subi com o Gustavo pois ele me disse que queria conversar comigo, então subimos e eu pensei que ele ia se declarar pra mim, mas não. Ele tinha acabado de me contar que depois do São João daquele ano iria embora pois o pai tinha que se mudar para Belo Horizonte por causa do trabalho e queria a família junta, fiquei no chão com aquela noticia, ele que era única pessoa que estava me tratando como um verdadeiro príncipe iria embora e me deixar largado e morto de saudades, eu não quis mas uma lagrima escorreu do meu olho esquerdo e ele logo veio limpar e depois me abraçou e me pediu pra não ficar triste que tínhamos muito o que curtir pela frente e que ia demorar um pouco pra ele ir embora, disse que já tinha algum tempo que queria me contar aquilo mas que não conseguia e que não queria ter que ver minha cara triste, abracei ele o mais forte que eu pude e depois descemos, a Eriika ficou me olhando com aquela cara e começamos a rir, achei estranho ela está na sala (alias a comida estava na cozinha), ela me avisou que minha mãe estava a cozinha e eu fiquei tipo: “Oi? Como assim? Minha mãe nunca vêm pra casa em horário de almoço, deve ter acontecido algo”, fui conversar com ela e soube que ela foi demitida por justa causa por ter mandado o patrão dela tomar naquele lugarzinho que eu adoro (mentira gente, não gosto não) e chamado ele de babaca e mandado ele se ferrar. Fiquei boquiaberto com a atitude dela, ela se estressa fácil em casa mas pensei que no trabalho ela se controlava! Ela foi fazer o almoço e eu fui deixar a Eriika e o Matheus no ponto de ônibus, ela ia pra casa dele (como sempre), e depois fui conversar com minha mãe e o Gustavo estava comigo, ele ajudou ela a fazer o almoço por enquanto que fiquei em cima do balcão da cozinha fazendo varias perguntas a minha mãe, queria saber como seria dali pra frente já que agora ela estava desempregada.

-Gustavo: Sogrinha porque a senhora não abre um restaurante? A senhora será a chefe principal e eu seu ajudante.

-Mãe: Não é má ideia não, o dinheiro que vou receber da empresa vai ser uma quantia muito alta pelos 7 anos que trabalhei lá.

-Eu: Mas mãe , a senhora não está falando serio não né?

-Mãe: Claro que estou pensando nessa possibilidade, sempre sonhei em ter meu próprio negocio e juntar o amor que eu tenho por cozinhar e meu sonho... já vou estar realizada, sem contar no lucro que vai ser uma boa pra gente.

-Gustavo: Isso ai sogrinha, sente o cheiro que tá saindo daquela panela Henrique, que maravilhoso, se minha mãe cozinhasse assim eu ia ser o filho mais feliz do mundo

-Mãe: Por isso que eu gosto desse garoto, você deveria fazer igual a seu namorado e me apoiar.

-Eu: Por favor Gustavo, não alimente essa loucura, e você vai embora ainda esse ano,como é que vai ajudar ela? E mãe, ele não é meu namorado.

-Mãe: Você vai embora bebê? E vai deixar o Henrique?

Nesse momento eu pensei “hãm? Bebê?”, sem duvidas aqueles dois dão super certo, saí da cozinha, subi e tomei um banho, quando desci o almoço já estava pronto e estavam quase todos a mesa, menos o Gustavo e a Clara,tinham ido tomar banho (não no mesmo banheiro) minha mãe cedeu o banheiro do quarto dela pra ele usar e eu fiquei puto, ela não deixava nem o Daddy usar aquele banheiro direito,depois de uns 5 minutos ele veio todo cheiroso e com a mesma roupa (pra vocês verem, até o perfume dela minha mãe emprestou a ele). Depois de esperar a Clara por um bom tempo, finalmente poderíamos almoçar, o Marcos olhou no relógio e disse “Já é 12:50, vocês estão atrasados” os dois levantaram da mesa já se despedindo e eu mandei sentar que o Marcos ia deixar a gente no colégio já que era caminho para o trabalho dele, e enfim podemos almoçar em paz, depois de comer aquela comida maravilhosa fiquei repensando sobre o restaurante, fui o caminho todo pro colégio pensando nisso, chegamos lá e o guardinha quase fecha o portão em nossas caras, mas conseguimos entrar e fomos cada um pra sua sala (o Alan tinha deixado a bolsa do Gustavo com a Eriika já que eles estudavam na mesma sala) e assim que entrei na sala o professor olhou pro relógio, pensei que ele não ia me deixar entrar porém eu estava enganado e sentei no meu lugar quietinho.

Na hora do intervalo o Nicolas veio falar comigo pra reforçar o convite da festa de aniversario de 18 anos dele, fez questão de deixar claro que era pra mim ir a todo custo ou ele não falaria mais comigo, pareceu infantil mas eu amei a forma que ele falou. Fui pegar meu lanche e me sentar com o pessoal, no caminho fizeram o favor de derramar suco de laranja no chão e eu acabei escorregando, mas nenhum boy musculoso e bonito foi me segurar enquanto eu caia em câmera lenta, dei de corpo com o chão, escalei sem querer, minhas pernas abriram e eu fiquei morto de vergonha com todas aquelas pessoas rindo de mim, depois de levantar eu mesmo comecei a rir de mim e não percebi que o Nicolas estava do meu lado (também sorrindo) quando vi ele chega corei na hora, coisa que era difícil acontecer, fiquei morto de vergonha, queria correr até que a voz da salvação me grita e eu fui ao encontro dela, quando cheguei a mesa Eriika não parava de rir, deu vontade de decepar cara dela de tapa. Sentei na mesa com o pessoal e tentei agir normalmente como se nada tivesse acontecido mas a Eriika fazia questão de lembrar toda hora, fomos pra sala depois do intervalo e assim que entrei na sala o Alan veio perguntar se eu estava bem e mandei ele ir procurar o que fazer e fui sentar, as aulas passaram muito rápido e eu fui falar com o Rodrigo assim que a aula acabou, ele queria saber se eu tinha falado com a Clara e eu disse a ele que não e que ele tinha que fazer o papel de homem e ir chamar ela pra sair, ir a alguma lanchonete... fazer algum programa mas que ele que tinha que tomar iniciativa e ele perguntou se poderia ir com a gente pra casa, e eu concordei. Pegamos o ônibus todos juntos mas o Gustavo não podia ir lá pra casa de novo porque a mãe dele já tava brava com ele por ele não ter ido em casa e aos poucos foi chegando o ponto de cada um, e fomos pra casa. O Rodrigo ia conversando com a Clara no meio do caminho e parecia estarem se entendendo! Assim que entramos em casa a Clara foi apresentando o Pietro para o Rodrigo pra ver a reação dele e o mesmo pegou o Pietro no braço e começou a brincar com ele, depois quando ele viu minha mãe ele foi falar com ela.

-Rodrigo: Tia Margot, quanto tempo?

-Mãe: Oxente menino, o que tu tá fazendo aqui?

-Rodrigo: Vim visitar a senhora.

-Mãe: Cadê sua mãe aquela traíra? Quando foi que vocês chegaram?

-Rodrigo: Minha mãe faleceu tia, já faz 8 meses, ai vim embora pra cá morar com meu irmão - falou com uma voz tristonha.

Minha mãe começou a chorar e a abraçar ele e eu fiquei sem reação, eu não sabia daquela historia e de nada mais sobre ele.

-Rodrigo: Não precisa chorar tia!

Quem ia chorar era eu já, a Clara abraçou ele e minha mãe foi conversar com ele e disse a clara que se ela quisesse ir tomar banho ela ficava com o Pietro,eu subi porque tava com dor de cabeça e ela aproveitou que mãe tava com o Pietro e foi tomar banho,tomei um comprimido e fui deitar pra ver se a dor passava, ai do nada eu escuto a Clara me chamar, pensei que era algo grave mas não, era só pra fechar o sutiã dela que a mesma não estava conseguindo, ai olhei pras costas dela e notei que estava com um hematoma e perguntei-a se alguém tinha batido nela e ela negou e me disse que não estava sentindo nenhuma dor e que devia ter batido em algum lugar e depois voltei pro meu quarto e fui tomar um banho e trocar de roupa pra ser se a dor de cabeça diminuía mas não adiantou e desci pra pegar um dos lanches do Pietro e voltei pro quarto, comi um daqueles bolinhos que vendem em mercados e um pacote de batatinha com o ultimo toddynho e depois fiquei escrevendo no diário até que apaguei e dormi com a cara na capa do diário.

Quarta dia 24 de abril de 2013

Acordei com a cara colada no diário e com minha mãe me acordando, eram 5:40AM e a louca acordou todo mundo pra dizer que ia viajar e que o Heitor ia ter que ficar responsável pela casa por uma semana, ou seja, ela só voltaria na próxima quarta, meu pensamento foi “Já que ela vai viajar eu vou de boa pro aniversario do Nicolas” mas ela já foi dizendo que não era pra me deixar sair no final de semana e que se eu quisesse sair era pra ligar pra ela que ela ia pensar se deixava ou não. Ela saiu junto com o Daddy pois ele ia acompanha-la nessa viagem e eu e a Clara tivemos que nos higienizar, tomar café e ir pro colégio enquanto o Pietro e o Heitor dormiam; pegamos o ônibus cedo, não tinha ninguém conhecido dentro do ônibus, sentamos no banco da frente perto do cobrador e seguimos até a escola, lá nos separamos, porque a Clara tinha escolhido a disciplina de inglês e eu a de Espanhol porque eu já tinha feito curso de inglês (passei 4 anos no curso e nos iludiram com a ideia de intercambio) então escolhi espanhol porque eu tinha uma paixão muito louca por essa língua incrível, eu já sabia um pouco do básico da língua pois me formei no básico assistindo RBD e Violetta.

Quando terminou a aula matinal formos embora e o Nicolas vinha conversando comigo no caminho de volta, vinha me dizendo o quanto legal ia ser o aniversario dele e as consequências se eu não fosse, e eu acabei jurando a ele que ia. Seguimos nossos rumos e quando cheguei em casa minha mãe veio me dizer que precisava ir pra Bahia conversar com o meu gerador dar andamento para o restaurante, fiquei incrédulo mas depois vim perceber que ela estava falando serio e ela realmente foi pela ideia louca do Gustavo. A tarde fui pra escola e quando cheguei de lá fui ajudar ela a fazer as malas pra ela ir... foi quando percebi que eu não tinha costume de ir no quarto dela, e vi um porta retrato com a foto do meu tio, nesse momento fiquei mal, quase choro lembrando dele. Ajudei minha mãe e pedi a ela pra me dar a foto do meu tio, e ela me deu. Fui para meu quarto e fiquei deitado na cama olhando pra foto e chorando, foi quando minha mãe entrou no quarto e deitou do meu lado, ficamos falando dele e do quanto sentíamos saudades dele e ela pediu para que eu não me sentisse culpado e me contou historia de quando eles eram pequenos.

- Eu: Mãe, porque a vó colocou esses nomes em vocês dois?

- Mãe: Filho, ela foi criada por uma senhora Francesa, e essa senhora não podia ter filhos. O sonho dela era ter dois filhos... um menino chamado Francis e uma Menina chamada Margot, ai sua avó gostou dos nomes e em homenagem colocou esses nomes em mim e no seu tio. – dizia ela com um sorriso no rosto.

-Eu: Isso foi bonito da parte da minha avó....

Ficamos conversando até que dormi com o porta retrato nos pertos.

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Fiz essa pausa pra contar um pouco sobre esse acidente, eu não gosto de falar sobre esse evento mas como estou expondo algumas coisas da minha vida pra vocês, nada mais justo que falar sobre essa parte e sobre o meu Tio.

Eu tinha 9 anos quando isso aconteceu, minha mãe e o Pai do Guga sempre brigavam por minha causa e ele chegava até agredi-la, eu quase sempre era o pivô dessas brigas. O meu tio Francis, sempre me levava pra casa dele quando isso acontecia (ele era o único filho do gênero masculino que minha avó teve) ele sempre cuidou de mim, me chamava de “meu garoto” ou de “baixinho”. Ele sempre foi um amor de pessoa comigo, eu estudava de manhã e minha casa era um pouco longe da escola, e o Pai do Guga não ia me pegar na escola, e minha mãe trabalhava pela manhã e ele trabalhava pela noite... então eu tinha que ir de pé pra casa, e quando chegava, ele, o Guga que tinha uns 4 anos e a filha dele Thais já tinham almoçado e eu tinha que esquentar meu almoço e colocar no prato caso eu quisesse comer... isso quando sobrava comida, sempre era assim a não ser quando o Tio ia me pegar em casa ou na saída da escola, eu amava quando isso acontecia; a namorada dele era uma pessoa muito legal (até hoje tenho contato com ela, ela que está me ajudando ultimamente) e sempre que eu chegava lá ela me abraçava me enchia de beijos, me oferecia comida e doces, ela era professora de inglês e foi ela e o meu tio quem conseguiram me colocar em um ótimo curso que era onde ela dava aula! No dia 23 de Novembro (uma sexta) ele foi me buscar na escola com um sorriso enorme, ele ia viajar no dia seguinte pra apresentar um seminário em uma faculdade no Pernambuco e não ia poder passar meu aniversario comigo (26 de novembro) ai ele foi me buscar, assim que passei do portão da escola e vi a moto dele ali estacionada fiquei olhando pros lados pra ver se era realmente dele, e quando olhei para o lado que vi ele vindo com um sorriso enorme eu fiquei super feliz.

-Tio Francis: E ai baixinho, vim te buscar pra irmos tomar um sorvete e depois vamos buscar a Andreia pra irmos almoçar em algum lugar.

-Eu: Tá bom, vamos naquela que tem as jujubas no sorvete – falei abraçando ele.

Ele me deu o capacete e mandou eu segurar firme a cintura dele, eu estava super feliz de não ter que ir pra casa e ficar ouvindo reclamações ou ser posto de castigo ou até mesmo apanhar. Eu amava ficar com meu tio e a Andreia.

Estávamos a caminho da sorveteria quando um carro atravessou a pista contrario que era a qual estávamos e bateu em cheio com a moto, depois disso me lembro de acordar no hospital com minha mãe chorando ao lado da cama e quando consegui assimilar as coisas comecei a perguntar pelo meu tio e minha mãe não parava de chorar e eu fiquei um pouco nervoso e inquieto e o medico colocou alguma coisa na mangueirinha do negocio que tinha uma agulha que estava no meu braço e eu acabei apagando. Depois de passar 2 semanas no hospital eu tive alta e ainda estava ferido e tendo que usar um negocio por causa da minha clavícula e assim que chegamos em casa minha mãe me contou que eu e o Tio tínhamos sofrido um acidente e que o papai do céu tinha levado ele pro céu pra morar com ele, foi quando caiu a ficha caiu e percebi que ele tinha morrido e eu comecei a chorar e passei vários anos da minha adolescência me culpando, nem no enterro eu pude ir me despedi dele pois estava no hospital e minha avó me fazia questão de todo ano que passava me lembrar e me culpar por aquilo. A Andreia ficou muito abalada e chegou a entrar em depressão (assim como eu, precisei fazer terapia) e ela foi embora do país grávida do meu tio e sem saber. Eu tive varias sequelas,por causa do acidente eu ganhei um problema de visão (por isso uso lentes e óculos quando perco as lentes de contato), tenho essas dores de cabeça que passam de uma dorzinha leve até uma pequena amostra da morte, que tem vezes que são diárias e tem vezes que passam-se meses e eu não sinto nada, sem contar que as vezes troco letras, números e até mesmo esqueço. Minha avó costuma dizer que eu fiquei deficiente mental depois do acidente e as vezes eu penso que sim.

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Voltando ao conto...

Quinta dia 25 de abril de 2013

Acordei e fiz a mesma rotina de sempre, já a tarde na escola o Alan veio falar comigo perguntando sobre o Pietro e ficamos conversando, depois o Lukas chegou e fez companhia ao Alan e eu aproveitei pra procurar o Gustavo, e vi ele se agarrando com Angela (uma garota que estudava no 1° ano) então resolvi não atrapalhar e fui ao banheiro, no caminho ao banheiro vi o Lucas e ele veio falar comigo na maior cara de pau dizendo que já sabia que minha mãe ia viajar e perguntando se podia passar lá em casa a noite pra dar uma aliviada, mandei ir se ferrar e saí morto de raiva até no banheiro esqueci de ir... resolvi procurar a Eriika mas lembrei que ela estaria com o Matheus então desistir e fui chamar a Clara pra ir embora porque já tinha tocado o sinal pra ir embora. Quando estávamos indo embora o Rodrigo chamou a Clara e ela me pediu pra ficar com o Pietro pois ia demorar e eu já me liguei que eles iam ficar... eu tava tão nem ai nesse dia que fui pro ponto de ônibus só e quando entrei estava lotado, ai pensei “ótimo, hoje não é meu dia”. Quando estava indo para o fundo do ônibus percebi que a Ana estava me olhando e ela disse “Me Ajude”, mas só mexendo a boca sem sair nenhum som, olhei pro cara que estava do lado dela e percebi que ele estava com a mão na coxa dela, pensei “tem algo errado”, então resolvi chamar ela pra ir lá pro fundo comigo pois os 3 meninos do 3° ano iam sair no próximo ponto.

-Eu: Oi Ana, vamos lá pro fundo, os meninos vão descer nestante e vamos conversando!

- Ana: Sim, Vamos! – falou levantando...

Mas o homem segurou no braço dela e puxou ela pra se sentar novamente, achei estranho aquilo e ela ficou com cara de medo encarando ele então perguntei se ele era parente dela e ele disse que era tio e quando olhei bem nos olhos dele enquanto ele falava mas também desviei o olhar para ela que balançava a cabeça negando, então cheguei perto dele e falei....

-Eu: Moço se você não deixar ela ir eu vou gritar dentro desse ônibus, porque eu sei que você não é nada dela.

-Ele: Menina, próximo ponto você desce comigo e ai desse frutinha se impedir, eu meto bala nos dois... – falou apontando pra cintura.

Eu fiquei sem saber o que fazer...

-Eu: Aqueles três garotos do fundo descem no próximo ponto e sabem onde ela mora, vão achar estranho se ela descer com você ali... é melhor você parar no quinto próximo ponto porque ela sempre desce lá e o cobrador pode estranhar se ela descer antes, eu não gosto dela mesmo!

-Ele: É verdade, mas se você estiver de gracinha você morre.

Fiquei calado e continuei lá perto deles, eu não conseguia pensar em outro plano a não ser correr quando descermos porque eu ia descer junto com eles... fiquei com medo, morto de medo principalmente quando foi chegando o ponto que ela sempre descia, ela foi na frente e ele foi atrás, eu fui atrás dele junto com uma senhora e assim que ele desceu o degrau do ônibus eu o empurrei com todas as minhas forças e gritei pra ela correr, eu pulei por cima dele e corri também.

-Ela: Aí meu Deus, você é maluco, vamos morrer.

-Eu: cala a boca e corre... – falei olhando pra trás.

Quando vi que ele tinha se levantado eu só pensei “FUDEU VAMOS MORRER”, foi ai que tive a brilhante ideia de entramos em uma casa que estava com o portão aberto mais na frente, gritei ela... entra naquela casa pelo amor de Deus, e assim ela fez... entramos lá e o pessoal da casa ficaram assustados e eu expliquei a o cara o que tinha acontecido e ele disse que poderíamos ficar ali até o homem ir embora, pedi o celular do cara emprestado pra poder ligar pra alguém ir me buscar mas meu celular tava descarregado e não pude ver os números, a Ana só chorava e agradecia ao moço da casa e pedia desculpas a família e o moço disse que ia nos acompanhar até em casa a pé mesmo, pois ele não tinha carro e nem moto. Fomos até a casa da Ana e a deixamos em casa, depois eu falei ao homem que eu morava em outro bairro e o cara se desculpou por não poder ir me deixar por ser muito longe pra ele. Eram 6:20 quando chegamos a casa dele que ficava perto da Avenida central do bairro e depois de eu perguntar a hora eu disse que ia andando pra casa, e segui meu rumo... foi ai que fiquei pensando “Porra como eu fui burro, agora vou a pé pra casa e o cara do ônibus pode aparecer a qualquer momento e me matar e a Ana já está de boa em casa e eu vou me ferrar sozinho”. Fui fazendo o mesmo percurso que o ônibus fazia pra chegar em casa e não fui de ônibus porque eu gastei o dinheiro de colocar o passe no cartão com lanche na cantina do colégio, quando passei de frente a um barzinho eu vi o cara do ônibus e gelei fiquei com medo dele me ver então entrei em uma rua e fui sair em outra mais estranha do que a que eu entrei, fiquei andando perdido por us 40 minutos até que pensei em pegar um moto taxi e quando chegar em casa pagar... mas não achei o moto taxi e o que eu achei disse que já estava indo pegar uma moça em um bairro que era oposto do caminho do meu, eu já não sabia mais onde estava, meu celular estava descarregado e continuei andando por onde tinha pessoas pelas ruas, até que saí no murro de trás da casa do Nicolas, só reconheci o local porque lembrei que a casa dele ficava perto do condomínio onde dois amigos do Heitor moravam e eu já tinha ido lá com o Heitor pra esperar esses meninos pra sairmos... ai pensei “Tô perto 9 quarteirões até minha casa”, ai fui andando mais e mais até que cheguei em casa e o Heitor foi logo me abraçando dizendo que estava preocupado e a Clara também, disseram que a Ana tinha falado com a Eriika pelo Facebook e a louca tinha chegado lá em casa gritando desesperada e impaciente até que acabou dormindo no sofá e quando fui ver as horas eram 8:52, acordei alouca da Eriika que me abraçou gritando e dizendo que nunca mais era pra mim sair do colégio sem ela e disse que o Gustavo ligava a cada 30 minutos pra saber se eu já tinha chegado, e que o Daddy tinha saído pra mim procurar. Ligamos pro Daddy pra dizer que eu já tinha chegado, liguei pro Gustavo e acalmei ele que dizia que ia até lá em casa e eu o convenci a não ir, subi pra ir tomar um banho e comer e fiquei rindo do que tinha acontecido e pensando “Ainda bem que minha mãe viajou pela tarde senão estaria louca nesse momento”. Quando desci pra comer a campainha toca e quando o Heitor abriu era o Alan, ele entrou, pegou o Pietro no colo, cumprimentou a Clara e veio falar comigo.

-Ele: Oi, você está bem, pequeno? Eu fiquei sabendo do que aconteceu, a Ana me contou!

-Eu: Estou ótimo, mas você tinha que se preocupar era com essa pessoa que está no seu colo – falei terminando de comer e me levantando da mesa.

-Ele: Eu sei... mas tenho que me preocupar com você também, quando eu soube que tinha um maníaco atrás de vocês eu quase surto.

-Eriika: Surtou porque? Porque sua ex-amante estava correndo perigo de ser comida por outro pau a não ser o seu?

-Ele: Eriika tu é intrometida viu, to tentando falar aqui com ele e tu fica atrapalhando, eu fiquei assim por causa dele não por causa dela.

-Eriika: Lindo pra sua cara não tá nem ai pra menina que te satisfazia, tratando ela como um nada agora ne? Parabéns Alan, se superou...

-Eu: Eu não quero saber por quem foi ou deixou de ser, brigado pela preocupação e quando for leva a Eriika por favor já que é caminho e também pra ela não ir sozinha, estou cansado e só quero dormir agora... Boa Noite pros dois – falei indo pra meu quarto e deixando os dois na cozinha.

Quando estou subindo a escada a porta abre e era o Daddy, desci e o abracei e ele ficou falando que estava preocupado e tals... e eu achei super lindo da parte dele, dei boa noite mais um abraço e fui pro quarto, o Alan ficou um pouco ainda lá em casa brincando com o Pietro e a Eriika foi no meu quarto se despedir e ficamos conversando... depois que ela saiu eu fui escrever no meu diário coisas do dia anterior e sobre esse dia louco e depois fui deitar de fiquei pensando até que dormi.

Voltei.....

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Comentários

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Vc ten que continuar logo, to amando to lendo seu conto desde ontem virei a madrugada lendo n consegui parar ate ler tudo,

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