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Um novo dia se iniciou. Um coima típico de inverno. Estava uma manhã ensolarada, porém fria. Fred adorava! Tinha acordado com um raio de sol passando pela fresta da janela de seu quarto. Se esperguiçou. Ouviu alguém batendo na porta. Era sua mãe, mais linda do que nunca.
-Bom dia meu filho! - sorriu.
-Bom dia mãe. Você está linda! Amei o tom do batom.
-Obrigada filho. Não quis te acordar, mas queria te avisar que eu e seu pai estamos indo já.
-Mas já? Não vamos nem tomar um café?
-Não da tempo filho.
-Hum. Então espere eu lavar o rosto e eu desço pra me despedir de vocês.
-Ok. Esperamos você lá embaixo.
Desirée saiu do quarto e Fred foi até o banheiro. Lavou o rosto, escovou os dentes e colocou um roupão. Desceu em direção à sala de baixo. Chegando lá viu seu pai encostado na pia da cozinha tomando café e lendo o jornal e sua mãe sentada na mesa. Típica cena de todos os dias. Os dois eram tudo para Fred. Eram o seu porto seguro. Adentrou à cozinha.
-Bom dia pai!
Gian Carlo olhou para o filho e largou o jornal e a xícara no balcão e foi na direção de Fred.
-Bom dia meu filho! - disse abraçando o loiro. -Voce está bem? Não conseguimos conversar ontem.
-Eu estou bem pai, obrigado. Aliás, esqueci de falar pra vocês. Ontem eu estava na internet e achei uma passagem de última hora para um spa na Tailândia daqui à 5 dias.
-Jura filho? Mas, você vai viajar de novo?
-Vou pai. Prexiso realmente descansar. Em Roma eu só trabalhei. Não aproveitei nada.
-Quantos dias você vai ficar lá? - disse Desirée.
-Uma semana mãe.
-Ah, pena que não vamos poder passar nosso fim de semana juntos. Que tal você ir com a gente pro Rio? Não vai encontrar seu amigo na segunda?
-Sim mãe. Eu até iria. Mas ontem o Beto me ligou. Me convidou para passar o dia junto com ele.
-Entendi. Então vai sim filho. Passe o seu dia com o Beto e conversem bastante. -disse Gian Carlo. - Voltaremos na segunda a tarde. Aí nos ficamos juntos antes de você viajar.
-Perfeito pai!
-Bem, agora nos temos que ir. Me dê um beijo e um abraço.
Os dois se abraçaram forte.
-Eu também quero! - disse Desirée sorrindo.
Os três se abraçaram. Logo em seguida, Gian Carlo e Desirée saíram de casa. Fred pegou uma xícara de café e subiu para o quarto. Abriu a porta da sacada e sentou na mesa que ficava lá. Acendeu um cigarro e ficou por ali, pensando na vida.
….
Humberto acordou com um pouco de ressaca. Tinha bebido muito na noite anterior. E também teve toda aquela história por conta do primo. Estava preocupado com ele. Não queria ter que deixar de demostrar seu afeto por ele da forma como fazia. Mas era preciso, como sua tia havia dito. Foi por isso que queria passar o dia com o primo. Queria conversar e esclarecer tudo isso. Afinal, nunca houve segredos entre os dois. Levantou da cama e foi direto para o banho.
No andar de baixo, Pillar estava sentada sozinha à mesa tomando café. Como qualquer outra pessoa, ela deveria estar envergonhada do que havia feito. Mas não. Estava sentindo-se vitoriosa. Causou uma desavença na família, irritou Desirée, da qual nunca gostou tanto do jeito que falava. Pillar tinha um segredo que a martirizava por dentro sempre que lembrava disso. Mas não se deixava abalar. Queria logo que seu plano de juntar seu filho com Alessandra desse certo. Seria um alívio. Perdida em seus macabros pensamentos, nem notou que Samantha estava sentada na mesa. Que ótimo, pensou ela. O dia começaria “bem”.
-Não vai me dar bom dia? -disse ela olhando para Samantha.
-Só dou bom dia pra quem não me faz passar vergonha.
Pillar riu.
-Ah Samantha, se você acha que me atinge com esses seus péssimos comentários, está enganada.
-Pillar, se você acha que eu ligo para o que você pensa, você está enganada também, queridinha.
Pillar deu os ombros.
-Cade o mosca morta do seu irmão?
-Foi dormir na casa da menina que ele está saindo.
-Como assim? Com ordem de quem?
-Ah, por favor mamãezinha querida. Ele não precisa pedir pra ninguém para transar! T-R-A-N-S-A-R, sabe? Conhece essa palavra ainda?
Pillar se irritou.
-Acho que não né? Afinal, como alguém conseguiria ir pra cama com você? Não sei nem como o papai fez isso durante esses anos. Deve ser tão ruim ser uma mulher mal amada como você é!
Pillar levantou da mesa no mesmo instante.
-Não fale desse jeito comigo Samantha. Não sou aquelas vadias que você chama de amiga!
Samantha sorriu.
-Mamãe, vadia você é. Só não é minha amiga. E também já me cansei de você por hoje. -disse Samantha levantando da mesa e limpando a boca. -Vou para o meu quarto. E você? O que vai fazer hoje? -disse olhando para Pillar com um sorriso cínico no rosto. - Ah, já sei. Vai ficar andando pela casa com a sua taça de Martini seco e no telefone com as suas amiguinhas fúteis, acertei?
Pillar estava a porto de ter um outro ataque de nervos.
-Tenha um bom dia, mamãe! - e saiu.
Pillar não gostava da filha também. Criou ela para ser uma Dama e se tornou uma garota chata e rebelde. Para ela o seu tesouro era Humberto. Pros outros dois ela não dava a mínima.
Rogério estava devendo as escadas e indo para a cozinha. Sentou na mesa e pegou café.
-Bom dia Pillar!
-Só se for pra você, né Rogério?! Por que sua filha já veio soltar o veneno dela pra cima de mim.
Rogério tentava não dar bola para o que a esposa dizia.
-Eu não ageuto mais essa menina. Não vejo a hora dela casar com o Franco e sumir dessa casa!
-Pillar, primeiro que você não é vítima em momento algum. Você recebe de sua filha o que dá pra ela. E segundo é que você tem que parar com essas mania de achar que você é dona das pessoas. Não pode forçar ninguém a fi ar com ninguém.
-Aaaah não. Primeiro ela, agora você! Só faltou o Dante aqui pra completar o circo todo. Eu vou sair. - disse levantando-se da mesa. Vou para o clube me encontrar com a Marina. Não me espere para o almoço. - e saiu.
Rogério já estava cansado da esposa. Não transavam à anos. Apesar de já ter certa idade, er muito amante de sexo. E com Pillar realmente não tinha condição. Era broxante. Terminou de tomar o café e foi para o quintal.
Humberto terminou seu banho e foi para o quarto se trocar. Colocou um shorts preto, uma camisa branca que contornava seus braços torneados e um tênis. Pegou seu boné, óculos escuros, carteira e a chave do carro. Antes de descer, ligou para Fred.
O loiro já tinha saído do banho também é estava se trocando quando o telefone tocou.
Beto!
“-Oi Beto, bom dia! Estou me arrumando.
“-Bom dia meu loiro! Como está? Dormiu bem?
“-Estou bem e dormi bem também.
“-Que bom. Eu já estou saindo de casa. Daqui 10 minutos vou estar aí.
“-Tudo bem, estou esperando.
“-Um beijo Fred.
“-Beijo.”
Desligaram.
Bem, esse seria um dia perfeito para os dois sentarem e Fred ser totalmente honesto sobre o que sentia sobre Beto. Mas não! Preferia sufocar seus sentimentos do que perder a intimidade que sempre teve com o primo. Ruim com ele, pior sem ele!
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Boa noite pessoal, tudo bem? Estão gostando? Comentem o que estão achando. O autor gosta, rs. Muito obrigado pela leitura. Beijão. :)
