PS. Fatos narrados por William.
Sair da sala de reuniões e fui para a sala da presidência, o tio de Felipe ainda estava lá encaixotando alguns porta-retratos que estavam em cima da mesa e alguns papéis que estavam em umas gavetas. Ao me ver entrar não falou nada, continuou tirando seus pertences, mas seu rosto não enganava ninguém, ele estava com ódio, mas não o julgo, qualquer um em seu lugar estaria do mesmo jeito. Alguns minutos depois deixou a caixa em cima da mesa sentou na cadeira da presidência e disse:
- Você acha que eu perdi, não é William? -
- Na verdade não. Não acho que você perdeu. O que eu sei é que você está começando a perder. - Eu disse olhando em seus olhos, em frente à mesa da sala.
- Você está enganado. Logo, logo eu voltarei para a presidência, vou recorrer. E acho bom você tomar cuidado comigo. - Disse ele se levantando da cadeira, pegando suas coisas e indo para o lugar onde eu estava, ficando frente a frente comigo.
Logo que ele acabou de falar, passei ao redor da mesa e sentei na cadeira que me pertencia e disse:
- Eu devo ter mesmo, muito cuidado com você. Afinal você costuma se livrar literalmente de tudo que atravessa seu caminho. Não é à toa que você está sendo procurado fora do Brasil. -
- Do que você está falando? Acho que o acidente deve ter batido seus miolos rapaz. - Disse ele ironizando.
- De fato, bateu, e não foi pouco. Me fez ver as coisas com mais clareza. Você acha que sua vida está ruim aqui, saiba que ela não está, aqui você é livre e não vive fugindo, sem contar que tem dinheiro. - Falei tentando induzi-lo a se acalmar e não fazer bobagens.
- Fala o que você quer William. - Disse ele calmamente.
- Eu sei muita coisa de você. Tenho provas de cada uma delas. Para mim não levar a público, só peço que deixe minha família e eu em paz, e não tente nada contra ninguém próximo a mim. E principalmente, não jogue sujo comigo, pois poço ser pior que você. - Disse.
- E se decidi não fazer isso? - Disse ele.
- Bem, se você seguir desejando me prejudicar, você vai seguir sua vida fugindo da polícia ou até mesmo dentro de uma prisão por anos. Então pensa muito bem. Por que o melhor seria você levar uma vida sossegada sem que ninguém tirasse seu sono, porque viver fugindo não é vida para ninguém - Falei.
Assim que acabei de falar ouço toques na porta pedindo para entrar. Era Felipe, que logo diz:
- A tio, não sabia que estava aqui ainda. E aproveitando, eu gostaria de pedir desculpas e que entendesse meu voto. - Falou ele olhando para o tio um pouco sem graça.
- Não tem problema, Felipe. Estava me entendendo com William, acho que talvez tenhamos chego em um acordo. Não é William? - Falou Amorim.
- Sim. Isso se você realmente seguir o que foi dito. - Falei.
- Do que vocês estão falando? - Questionou Felipe.
- Não é nada demais Felipe, apenas coisas de trabalho. - Olhou para mim em seguida e prosseguiu - Então temos um acordo William. - Finalizou ele.
- Ok - Falei acenando com a cabeça, vendo ele sair pela porta.
- Bem, acho que se é assunto de trabalho. Você não tem nenhum problema em mim dizer, já que sou o vice-presidente, não é William? - Falou Felipe tentando me pôr contra a parede.
Mas rapaz, quando ele começou a fazer esse tipo de coisa. Ele sempre era o tipo que entendia e não questionava nada, a não ser quando estava com ciúmes. Então disse:
- Claro que não tenho problemas em dizer. Mas não agora, senhor vice-presidente. Por favor vai pegar os livros de contas dos últimos meses para mim ver se estar tudo certo. - Falei a ele.
Ele apenas deu um sorriso encantador e disse:
- William? -
- O que amor? - Questionei.
- Vai para o caralho. - E saiu batendo a porta.
Fiquei com a cara no chão! Onde ele aprendeu a ser tão mal-educado? Mas não podia se esperar menos, afinal, ele estava morando com o Gustavo, só podia ter aprendido essas baixarias com ele.
PS. Fatos narrados por William.
Sair da sala de reuniões e fui para a sala da presidência, o tio de Felipe ainda estava lá encaixotando alguns porta-retratos que estavam em cima da mesa e alguns papéis que estavam em umas gavetas. Ao me ver entrar não falou nada, continuou tirando seus pertences, mas seu rosto não enganava ninguém, ele estava com ódio, mas não o julgo, qualquer um em seu lugar estaria do mesmo jeito. Alguns minutos depois deixou a caixa em cima da mesa sentou na cadeira da presidência e disse:
- Você acha que eu perdi, não é William? -
- Na verdade não. Não acho que você perdeu. O que eu sei é que você está começando a perder. - Eu disse olhando em seus olhos, em frente à mesa da sala.
- Você está enganado. Logo, logo eu voltarei para a presidência, vou recorrer. E acho bom você tomar cuidado comigo. - Disse ele se levantando da cadeira, pegando suas coisas e indo para o lugar onde eu estava, ficando frente a frente comigo.
Logo que ele acabou de falar, passei ao redor da mesa e sentei na cadeira que me pertencia e disse:
- Eu devo ter mesmo, muito cuidado com você. Afinal você costuma se livrar literalmente de tudo que atravessa seu caminho. Não é à toa que você está sendo procurado fora do Brasil. -
- Do que você está falando? Acho que o acidente deve ter batido seus miolos rapaz. - Disse ele ironizando.
- De fato, bateu, e não foi pouco. Me fez ver as coisas com mais clareza. Você acha que sua vida está ruim aqui, saiba que ela não está, aqui você é livre e não vive fugindo, sem contar que tem dinheiro. - Falei tentando induzi-lo a se acalmar e não fazer bobagens.
- Fala o que você quer William. - Disse ele calmamente.
- Eu sei muita coisa de você. Tenho provas de cada uma delas. Para mim não levar a público, só peço que deixe minha família e eu em paz, e não tente nada contra ninguém próximo a mim. E principalmente, não jogue sujo comigo, pois poço ser pior que você. - Disse.
- E se decidi não fazer isso? - Disse ele.
- Bem, se você seguir desejando me prejudicar, você vai seguir sua vida fugindo da polícia ou até mesmo dentro de uma prisão por anos. Então pensa muito bem. Por que o melhor seria você levar uma vida sossegada sem que ninguém tirasse seu sono, porque viver fugindo não é vida para ninguém - Falei.
Assim que acabei de falar ouço toques na porta pedindo para entrar. Era Felipe, que logo diz:
- A tio, não sabia que estava aqui ainda. E aproveitando, eu gostaria de pedir desculpas e que entendesse meu voto. - Falou ele olhando para o tio um pouco sem graça.
- Não tem problema, Felipe. Estava me entendendo com William, acho que talvez tenhamos chego em um acordo. Não é William? - Falou Amorim.
- Sim. Isso se você realmente seguir o que foi dito. - Falei.
- Do que vocês estão falando? - Questionou Felipe.
- Não é nada demais Felipe, apenas coisas de trabalho. - Olhou para mim em seguida e prosseguiu - Então temos um acordo William. - Finalizou ele.
- Ok - Falei acenando com a cabeça, vendo ele sair pela porta.
- Bem, acho que se é assunto de trabalho. Você não tem nenhum problema em mim dizer, já que sou o vice-presidente, não é William? - Falou Felipe tentando me pôr contra a parede.
Mas rapaz, quando ele começou a fazer esse tipo de coisa. Ele sempre era o tipo que entendia e não questionava nada, a não ser quando estava com ciúmes. Então disse:
- Claro que não tenho problemas em dizer. Mas não agora, senhor vice-presidente. Por favor vai pegar os livros de contas dos últimos meses para mim ver se estar tudo certo. - Falei a ele.
Ele apenas deu um sorriso encantador e disse:
- William? -
- O que amor? - Questionei.
- Vai para o caralho. - E saiu batendo a porta.
Fiquei com a cara no chão! Onde ele aprendeu a ser tão mal-educado? Mas não podia se esperar menos, afinal, ele estava morando com o Gustavo, só podia ter aprendido essas baixarias com ele.
A tarde foi corrida no escritório, pois eu estava organizando os documentos que eu iria estudar para ver se tinha irregularidades, mas isso só farei amanhã, já que estava no fim da tarde e logo teríamos que ir para o jantar na casa de Lucero.
Lá pelas 5:15 da tarde, chamei Felipe para irmos para casa, mas o indivíduo não quis ir, mas fiquei insistindo até ele perder a paciência e acabar aceitando ir. Quando chegamos em casa, as duas fofurinhas estavam mamando, coisa mais linda, a primeira coisa que Felipe fez foi pedir para a mamãe deixar ele continuar dando a mamadeira no lugar dela, eu só disse:
- Não Felipe, vamos ter que tomar banho para ir pro jantar. -
- E qual o problema em tomar banho, ou desaprendeu a tomar a banho? - Falou ele pegando o bebê no colo, que começou a chorar assim que mamãe tirou a mamadeira da boca dele.
Felipe tava todo bestão dando de mamar. Olhei para ele e disse:
- 1 x 0 pra você Felipe, - Ainda dei ênfase na segunda vez - 1 x 0. - E subir as escadas.
Enquanto eu estava no quarto fiz umas ligações para algumas empresas para ver o melhor pacote de segurança. Então marquei horário para encontrar os reesposáveis da empresa as 8 da manhã, para que entrássemos em acordo. Porque eu jamais confiaria em uma palavra que viesse da boca do Amorim. Só o que eu sei é que ele esperaria um tempo para agir, mas, agiria com toda a certeza.
Logo depois que desliguei o celular, Felipe entra e diz:
- Ainda não tomou banho, estava me esperando? - Falou ele com ironia.
- Não se dê tanta importância, Felipe. O que te deu hoje, que você está com a língua muita afiada. - Disse.
- Sinceramente, eu não sei. Mas acho que estou de bom humor. - Falou.
- Então quer dizer que quando você está de bom humor você fica assim, é? Imagine se tivesse de mal humor, estaria me jogando facas. -
- Para de ser tão dramático e vamos tomar banho. - Falou entre risos.
- Ok. Mas você não estava dando de mamar pro Lipe. - Falei indo pro banheiro.
- E tu acha que ele ia mamar a noite toda é? E ele não era o Lipe, era o Greg, o Lipe estava com a babá. Nem parece que conhece seus filhos homi. - Falou ele.
Aqueles cortes que ele estava me dando já estava me dando nos nervos que decidi falar apenas:
- Que seja, Felipe. -
☆☆☆
Chegamos na casa de Lucero já era 7:10, já estavam todos lá e pelo que pareceu eles só estavam nos esperando para que fossemos jantar. Cerca de 15 minutos depois fomos jantar. O primeiro comentário a ser dito foi de Tasso:
- Nossa! Mesa cheia, isso é realmente raro acontecer. - Falou ele, fazendo sua mãe sorrir.
E realmente tinha muita gente, estavam Lucia, Ludmila, Arthur, Osvaldo, Eric, Diana, Felipe e eu. Sem contar com Tasso e suas duas irmãs mais novas, Lucero e a esposa. Eramos 13 pela minha conta. Pelo que acho Eric e Osvaldo devem ter se entendido, ou pelo menos algo parecido com isso para estarem sentados na mesma mesa e sem discutir.
- Então William, nos fale o que aconteceu no período em que esteve fora? - Falou Lucero.
Eu realmente não esperava contar uma coisa daquelas na mesa, mas enfim, decidi contar tudo sem citar nomes e sem acusar ninguém. Contei toda a história, mas omitindo os nomes, não disse quem havia tentado me matar, embora todos já tivessem noção de quem era, menos Felipe, que pelo que acho não acredita que seus parentes teriam essa coragem, mas falei que foi tentativa de assassinato, falei como Osvaldo chegou até mim e como e como encontrei a Susan. Como saímos do país e de todo sofrimento que passei fora para me curar das lesões. Essa parte mexia muito com meu lado emocional, então eu tentei não entrar em detalhes, para evitar que eu viesse a chorar, coisa que quase acontecia em alguns momentos.
O melhor de tudo aquilo com certeza foi a sobremesa. Mas enfim, fomos para sala e rimos muito, lembrando de coisas que aconteceram antes da tragédia e coisas que aconteceram enquanto eu não estava aqui, fiquei sabendo de coisas que não sabia, mas que eram engraçadas, coisas do dia-a-dia. Depois de um tempo Lucero me chama para seu escritório, para uma conversa particular. Depois que entramos ele pergunta:
- E aí rapazinho, você está realmente bem de saúde, ou ainda está com problemas de memória, porque se caso tiver eu poço te ajudar a lembrar de alguns detalhes, pelo menos os que eu tenho conhecimento. - Falou.
- Não precisa. - Falei sorrindo - A verdade é que eu nunca tive problemas de memória. - Finalizei.
- Como isso, William? Porque pelas informações que eu tive você não voltou porque não lembrava das coisas com clareza. -
- A verdade foi que o médico que namorava a Susan que disse para mim fazer isso, ele é um neurocirurgião, e falou que já havia casos assim, e alguns haviam perdidos guerras judiciais porque suas histórias não batiam. Então ele falou que conseguia o laudo de que comprovava que eu tinha sofrido algumas lesões na cabeça e que estava com dificuldades em discernir o real do imaginário. Mas que para isso eu teria que me dedicar em saber a maneira correta de fingir isso, ele me ajudou, quando fui fazer todos aqueles testes aqui, deu tudo certo. - Finalizei.
- Nossa! Por essa nem eu esperava, William. Mas já que você está bem, então por que ainda não denunciou o Amorim? Porque foi ele que fez isso, não foi? - Finalizou ele.
- Sim, foi. Mas ele tem algo que eu quero. - Falei.
- E o que seria isso? Que pode colocar sua vida mais em risco. -
- É em torno de 300 milhões de reais em propina e em negócios escusos que ele conseguiu no período que esteve em frente da empresa. - Falei.
- Isso é muito dinheiro, mas esse dinheiro não fez rombo nenhum na empresa. Por que se houvesse acontecido eu teria percebido. - Falou ele.
- Eu sei que não. Mas ele conseguiu esse dinheiro com o nome da empresa, e receber propina é crime, se alguém soube isso, poderia nos levar a falência de tanto processo judicial que iriamos ter que responder. -
- Você está certo, mas agora você está à frente e vai limpar o nome da empresa e impedir que isso aconteça, não é? Então porque não denuncia-lo agora? Por que ele solto é um perigo desnecessário para você e sua família. - Finalizou Lucero com um ar de preocupado.
- Eu sei disso. Eu já estou tomando algumas precauções para que eles fiquem em segurança. Mas o que eu realmente quero é que quando o Amorim vá preso ele não tenha dinheiro nenhum para que possa fugir ou fazer o que quer que seja. Até porque não Brasil, quem tem dinheiro está acima das leis. - Disse.
- Só espero que você saiba o que faz. Porque Deus não te dará uma terceira chance. - Disse Lucero.
Depois disso a conversa foi fluindo para todos os lados, quando saímos, estavam todos brincando de Karaokê na sala, o mais lindo quando sair foi vê Felipe cantando a música "Fools" do Troye Sivan, assim que eu sair da sala ele estava cantando o refrão e olhou pra mim, fingindo não se importar e dando pequenos swings com o corpo que me fez ficar louco. Assim que todos perceberam que ele estava cantando para mim, começaram a zoar ele, mas ele nem se importou. Mas eu fiquei como um bobo e não tive como não sorri, e aquele swing dele não saia da minha cabeça, parecia que ele estava me jogando charme, mas a verdade é que ele estava me encantando. O refrão da musica ficava batucando na minha cabeça, dizendo:
Só tolos caem por você.
Assim que a música acabou puxei ele pelo braço e disse para todos que eu precisava dar um beijo nesse rapaz lá fora. Aí, uma das irmãs do Tasso disse:
- E por que tem que ser lá fora. Até parece que nunca vimos um beijo assim, né Tasso. - Finalizou ela
Tasso não tinha onde esconder a cara, aí eu saquei tudo. E a outra irmã dele falou:
- É isso aí maninha. -
Depois disso foi uma bagunça só, até o horário de ir para casa. No caminho para casa eu tive que segurar a mão de Felipe até a chegada.
☆☆☆
Essa noite foi demais, após chegarmos em casa, tomamos banho e fomo dormir com nossos filhos, foi tão gostoso dormi daquele jeito, foi um clima tão família, foi perfeito.
Pela manhã, os guris não estavam mais na cama, desci para ver se eles estavam na cozinha com Felipe, cheguei lá perguntei da mamãe se ela tinha visto os guris com Felipe. Ela responde:
- Eles estão lá em cima com a babá. Mas Felipe saiu e falou que se você perguntasse onde ele tinha ido, era para te dizer que não te interessa.
Meu Deus, eu estava com uma má impressão disso, tomara que ele não faça nenhuma bobagem, caso contrário, não eu não me perdoaria.
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Gostaria de agradecer a todos pelos comentários positivos. Gatinhoo2, venha mesmo, vou fazer um contrato para que você continue lendo até o fim; marc01CL, isso! só que não sei não, ainda acho que o Felipe pode fazer bobagem, vai saber né; K-elly, obrigado por continuar lendo, fique conosco até o fim, que não vai demora, I promess; Carlos0202, que bom que você acha perfeito, e que bom que é do tamanho que você gosta (Você me fez pensar barbaridades rs); prireis822, que bom que eu esclareci pra você, vc sempre comentando, não é? linda; Dinho49, Dinho, me desculpa a demora, prometo que até quarta terá outro capitulo postado pra você.
Obrigado a todos!Para os quem quer ouvir a musica que citei a cima, o link segue em anexo https://www.youtube.com/watch?v=uxg222-hWWc
e a sequência dele https://www.youtube.com/watch?v=Lo3lxS-6joY