Tudo bem com vocês caros leitores?Antes de iniciar mais um capítulo, quero agradecer aos comentários e votos do capítulo anterior, vocês podem estar pensando: Nossa esse Gabriel é chato e repetitivo, sempre agradece pelos comentários e votos quando inicia um novo capítulo.Meus amigos leitores, quem é iniciante e até quem já é veterano sabe como é difícil começar um conto e até mesmo achar um tema para ser escrito.Esse capítulo que vou postar, eu reescrevi ele duas vezes, pois estava sem idéias.Como vocês estão vendo, o Fernando está evoluindo gradualmente, já estava previsto no conto para essa evolução, mas eu adiantei, pois através das dicas e críticas resolvi reestruturar uma parte do conto. Então boa leitura.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Ação e Reação – Acordo!
Geovane narrando...
Acordei um pouco cansado, pois pouco dormir na noite passada.Fui em direção ao banheiro e tomei um bom banho, enquanto me secava e ia de volta ao quarto pra me arrumar para o trabalho pensava na situação aqui em casa.
- Eu não estou numa semana boa – disse para mim mesmo.
Estou muito preocupado com o comportamento do Fernando, ele costumava ser um rapaz tão alegre, sempre demonstrando carinho e companheirismo, meu filhote, mas depois da chegada do Marcos e da confusão que ele causou no domingo,a vida aqui em casa e na empresa com ele está começando a ficar tensa, não estamos nos entendendo mais, ele está arredio, mal me cumprimenta e está tratando o primo mal, o Marcos só quer ser amigo dele de novo, mas ele não deixa o primo se aproximar.
O Fernando tem que esquecer o passado e seguir em frente, a família não pode se separar, mas eu fico numa encruzilhada entre defender meu filho ou defender meu sobrinho.Eu tenho que tentar ser justo.
Acabei de me arrumar e sai do quarto, quando passei pelo quarto do Fernando vi que ele ainda dormia, entrei no quarto e me aproximei, a minha vontade foi de dar um abraço bem apertado nele , resolvi não acorda-lo e nem chama-lo para trabalhar, pois devia estar de ressaca já que chegou de madrugada em casa.Sai do quarto e desci em direção a cozinha. Me sentei na mesa e Maria veio me trazer um omelete de vegetais e minha xícara de café.
- Obrigado Maria – disse sorrindo – ah bom dia.
- Bom dia seu Geovane – disse ela sorrindo.
Enquanto comia continuava pensativo e preocupado.Decidi que seria bom compartilhar com Maria minhas preocupações já que ela era minha confidente e poderia me ajudar com essa situação toda.
- Não sei mais o que faço com o Fernando, com essa situação – disse á Maria.
Maria estava lavando a louça do café da manhã e quando comecei a falar ela desligou a torneira da pia e se virou pra mim.
- Olha seu Geovane, com todo respeito que tenho o senhor vai me desculpar, mas ele ficou assim depois que o seu Marcos voltou a morar aqui – disse Maria me olhando nos olhos – e ele tem razão de estar assim, o Fernando perdeu o porto seguro dele.
- Eu sei Maria – disse me lamentando – mas será que eu não posso ter minha família unida novamente – disse enquanto mexia o café com a colher – será que eu não tenho esse direito?
- Seu Geovane – disse ela se aproximando – o senhor tem todo o direito de querer isso, mas será um preço muito alto a ser pago você não acha? – perguntou ela.
- Credo, por quê você diz isso Maria – disse olhando confuso pra ela – você acha que não vai dar certo?
- Seu Geovane – disse ela me secando com os olhos – estamos falando de Fernando e Marcos.
- Sim – disse a ela não entendendo onde queria chegar.
- Um quase matou o outro – disse ela me olhando – você acha certo o Fernando ter que passar por isso novamente? Se eu bem me lembro naquela noite, quem tava caído no chão ensanguentado e em pânico não era o Marcos.
- Eu seu disso Maria! – disse alterando a voz – eu estava lá, até hoje me arrepio só de lembrar no meu pequeno todo ensanguentado no chão, eu tenho raiva do Marcos, mas ai lembro que é meu filho e eu não sei o que fazer.
- Seu Geovane – disse ela dobrando o pano de prato da cozinha – não se deixe levar por um sorriso e um pedido de desculpas, nem sempre o mal vem de cara fechada e é ameaçador.
- Maria! Estamos falando do Marcos – disse olhando perplexo pra ela – não estamos falando de um bandido ou psicopata – completei.
- Seu Geovane, não me leve a mal – disse ela se sentando do meu lado – eu nunca fui mãe, mas esses meninos são como se fossem meus filhos, eu os vi crescer e os criei depois que dona Claudia veio a falecer, mas por mais que eu goste e muito do Marcos eu não consigo perdoá-lo pelo que ele fez ao Fernando, naquele dia eu conheci um lado dele que até então eu sequer imaginava existir – disse ela olhando pro nada – eu não tenho raiva, mas também não consigo esquecer e estaria mentindo se dissesse que não temo que ele volte a fazer uma maldade dessas de novo com o Fernando – completou.
- Maria! – disse olhando surpreso pelo que ela acabou de dizer – você acha mesmo.
- Olha – disse ela – eu espero estar errada seu Geovane.
- Também espero – disse tenso a ela.
Terminei meu café e fui para a empresa.Cheguei e fui direto pra minha sala onde me tranquei. A conversa que havia tido com Maria não saia da minha cabeça, será que o Marcos poderia fazer algo contra o Nando, eu sinceramente espero que não.
Comecei a trabalhar pra ver se esquecia esse assunto, e então a porta da minha sala se abriu.Era Marcos que entrou todo sorridente.
- Bom dia pai – disse ele vindo me abraçar.
- Bom dia filho – disse ele sorrindo.
- Aconteceu alguma coisa pai? – perguntou Marcos percebendo meu estado preocupado.
-Não meu filho! – disse surpreso – estou só preocupado com seu primo que chegou de madrugada de porre – completei.
- Eu sei! Ele estava no mesmo bar que eu – disse ele com olhar triste – passei por ele e os amigos, ele fingiu que não me conhecia – completou.
- Nossa mas não pode fazer isso com você – disse surpreso.
- Pois é pai – disse me olhando triste – mas fez.
- Isso não vai ficar assim – disse pra ele – vou conversar com o Fernando.
- Obrigado pai – disse ele – aliás, eu havia solicitado a contratação de uma estagiária ou secretária, mas até agora ninguém apareceu pra vaga.
Quando Marcos disse aquilo foi como se tivesse me dado a solução do problema de relacionamento entre ele e Fernando, alia havia a possibilidade de aproximá-los.
- Marcos! – disse a ele – eu sei como posso lhe ajudar.
- Sabe pai! – disse ele sorrindo e surpreso – como? – perguntou.
- Ultimamente eu estou ajudando um amigo em uma consultoria – disse sorrindo – então meu estou usando todo o tempo que tenho para ajudá-lo, como o Fernando é meu secretário pessoal o trabalho dele esses dias estás se resumindo a organizar arquivos e marcar reuniões – disse pausando – o que você acha dele lhe ajudar enquanto não é contratado alguém para você? – completei.Marcos abriu um sorriso e seus olhos brilharam.
- Sério Pai! – disse ele – seria muito bom e de grande ajuda.
- Sim filho – disse a ele.
- Pai, além disso seria uma boa maneira de eu me reaproximar dele – disse meu filho com esperança e brilho nos olhos – pelo menos tentar né? – completou.
- Sim – disse entusiasmado.
- Pai – disse ele me abraçando -não sei nem como agradece-lo, vou voltar ao trabalho e começar a planejar o que ele vai fazer, aliás tenho um caso novo, não sei do que se trata a pessoa não quis falar por telefone.
- Ótimo! – disse satisfeito – o Fernando já pode começar a lhe ajudar a partir da tarde.
- Obrigado pai – disse ele – vai ser muito bom ter o meu priminho mais próximo de mim.
- Fico tão feliz que você esteja tentando se reaproximar dele – disse sorrindo ao Marcos.
Após e nossa conversa eu acompanhei ele até a saída da sala e vi que Fernando já havia chegado.Eles se encararam e vi que a cara que Fernando fez não foi nada boa. Chamei ele pra vim conversar comigo na minha sala.Enquanto ele esperava eu respondi um email e voltei minha atenção pra ele. Nós estávamos nos tratando de maneira fria,eu não gostava de fazer isso me sentia impotente, mas era preciso, pois ele estava tratando mal o Marcos. Conversamos de forma tensa, ele achou que eu havia chamado ele pra conversar sobre seu comportamento mas não foi por isso, falei que havia um novo caso e que Marcos tinha se responsabilizado por ele.
- Te chamei aqui por outro motivo – disse ele.
- Qual? – ele me perguntou.
- Como o Marcos não conseguiu uma secretária ou estagiário, eu vou abrir mão de você pra ele, pois pegamos um caso essa manhã e quem vai cuidar é ele, então preciso que você ajude ele a se organizar...
- Espera um momento tio- disse ele me cortando – você ta me dizendo que eu vou ter que trabalhar com o Marcos ? – perguntou ele revoltado.
- Sim – disse a ele – eu cedi você pra trabalhar nesse caso com ele depois você volta a trabalhar comigo.
- Não! – disse ele – eu não vou trabalhar pro Marcos!
- O quê! – disse surpreso.
- Não vou trabalhar pra ele – disse ele batendo com a mão na mesa.
Fernando narrando...
- Não vou trabalhar pra ele – disse ao meu tio que me olhou surpreso.
- Vai sim – disse ele afirmando.
- Não vou – disse – aliás, estou pedindo demissão – disse tirando meu crachá e jogando em cima da mesa.
- O quê! – disse meu tio se levantando, ele não esperava por esse resposta – você não pode se demitir, não pode fazer isso.
- Ah é tio! – disse olhando pra ele e saindo da sala – acabei de fazer – completei.
Eu estava puto, eu não sou um objeto pra ser cedido ou emprestado e por que o meu tio não me consultou antes de fazer isso, claro que eu diria não , mas ele devia ter me avisado e não decidido por mim mesmo, isso foi muita sacanagem da parte dele.
- Fernando! – disse ele – volta aqui, vamos conversar melhor.
- Pra quê! – disse me exaltando, algumas pessoas que estavam próximas começaram a nos olhar -você já não decidiu por mim tio então não temos mais nada pra conversar, me da só um tempo de ajeitar as coisas e deixar o meu serviço em dia pra você que vou sair do escritório.
- Não! – disse ele me pegando pelo meu braço – vamos conversar agora!– disse me puxando pra sala dele de novo – não é assim que se resolve.
- Me solta – disse puxando meu braço – eu sei o caminho pra sua sala – completei.
De repente aparece Luiz curioso com o grupo de pessoas que se formou para olhar a minha discussão com meu tio. Ele se aproxima, primeiro olha pro meu tio com uma cara de surpresa e depois olha pra mim com um sorriso leve.
- Seu Geovane! – disse ele para meu tio – o que está acontecendo aqui?
- Nada Luiz – disse meu tio apressadamente – estamos resolvendo um problema eu e o Fernando.
- Está tudo bem Fernando – disse me olhando.
- Eu pedi demissão Luiz – disse olhando pra ele sério – e meu tio não gostou da ideia.
Luiz me olhou surpreso, acalmou o pessoal e pediu pra voltarem pros seus afazeres, tive a impressão de ver Marcos me espiando da sala dele, Luiz virou e veio até mim.
- É sério – disse ele olhando nos meus olhos – você quer sair daqui.
- Olha Luiz é difícil de explicar agora – disse olhando pra ele.
- Ok – disse ele – vou deixar vocês conversando, mas por favor resolvam isso em outro lugar – disse ele se virando e indo pra sua sala.
Entrei na sala do meu tio e ele entrou logo atrás batendo a porta, pela primeira vez vi meu tio com raiva por minha causa e pela primeira vez eu tinha enfrentado ele e pior na frente de praticamente todo o escritório.
- Fernando – disse ele apoiando as mãos na mesa e me encarando– nunca mais fale comigo dessa maneira ouviu!
- Por quê tio? – perguntei de forma sarcástica – você vai me bater? Vai me espancar que nem o Marcos fez? – completei.
Me arrependi de falar na mesma hora, eu consegui com palavras fortes desarmar meu tio, a feição dele passou de raivosa para culpada.Seus olhos começaram a marejar.
- Eu nunca faria isso com você – falou ele se sentando em sua cadeira – eu não seria capaz, nem teria essa coragem – completou.
- Tio desculpa – falei arrependido – falei no calor do momento, eu sei que o senhor não faria isso.
- Mas falou – disse ele virando cadeira pra parede, certamente estava lacrimejando e não queria que eu visse.
- Olha tio – disse perdendo a calma – vamos parar com isso.
Ele limpou os olhos e se virou, eles estavam vermelhos ainda.
- Vou fazer um trato com você – disse ele – se você trabalhar só nesse caso pro Marcos você pode fazer o que quiser – completou.
Pensei muito, trabalhar com meu primo seria um inferno, o fato de nos odiarmos e ele não me respeitar e ainda o fato de tentar me agredido nos últimos dias pesava, mas seria minha chance de acabar de vez com essa confusão.Pensei muito depois de 5 minutos decidi.
- Eu aceito! – disse olhando pro meu tio – mas depois desse caso eu saio de casa e daqui!
- O quê! – disse meu tio se levantando da cadeira – você está louco, por que você vai sair de casa?eu proíbo.
- Não Proíbe não – disse sorrindo pro meu tio – eu estou tomando as rédias da minha vida!
- Eu não acredito nisso – dizia meu tio mais pra ele do que pra mim – o que aconteceu com você Fernando, cadê aquele menino de semana passada, aquele menino que era bom, carinhoso? – disse ele me olhando com julgamento.
- Vai ver tio – disse enchendo meus olhos de água – aquele menino fugiu, foi embora quando viu seu algoz voltar – disse a ele– ele ficou mudo.
- Agora me da licença – disse saindo da sala – que se eu for já a tarde trabalhar pro Marcos eu tenho que me preparar.
Marcos narrando...
- Eu não to acreditando! – disse pra mim mesmo – está mais fácil que eu imaginava...- disse rindo – eu vou infernizar o Fernando... – completei.
Estava pulando de alegria por dentro. Fernando iria trabalhar pra mim, pelo menos provisoriamente seria meu funcionário e eu iria fazer a vida dele no escritório ficar bem complicada, ele vai entender que comigo não se brinca.
Após sair do sala do meu pai, ele chamou Fernando pra conversar e alguns minutos depois os dois saíram alterados la de dentro fazendo com que praticamente todo o escritório parasse pra ver a confusão.
Quando o Luiz apareceu ele tentou apaziguar e dispersar o número de pessoas que havia ali e fez com que eles dois voltassem a conversar no escritório.
Passados alguns minutos Fernando aparece na minha porta e fica me encarando por alguns segundos.
- Marcos – disse ele sério – posso entrar?
- Pode – falei sorrindo cinicamente – quem diria hein, você cheio de marra vindo trabalhar pra mim!
Ele entrou, fechou a porta e se virou pra mim.
- Na verdade – disse ele rindo cinicamente – isso vai ser melhor pra mim do que pra você, pode ter certeza – ele sorriu.
Não gostei do que ele disse, aliás tive a impressão que ele poderia aprontar pra mim e tentar me prejudicar.
- Por quê você diz isso? – perguntei a ele sem paciência – me responde? – completei.
- Nossa! – diz ele debochado – cuidado pra não pirar hein chefinho... – completou
- Seu filha da .. – travei, por mais que eu não gostasse dele não iria terminar a frase.
- Termina! – disse ele me encarando – filha da puta você ia dizer não é? – completou.
- Não – disse confuso – desculpa, eu não iria falar isso – completei.
- Por que não Marcos? – disse ele de forma sarcástica – eu já não sou o viadinho sujo,ser filho da puta é ter lucro não é?
- Para! – disse batendo a mão na mesa – cala boca! Eu não quis dizer isso, e agora vá me buscar um café anda! – completei.
- Pegue você seu café – disse me dando as costas.
Eu perdi a calma e me levantei, peguei ele pelo braço e o prensei na parede.
- Você não entendeu não é? – disse falando em seu ouvido – eu mando em você agora! Eu sou seu patrão e tudo o que eu quiser você vai fazer – completei.
- A é! – disse ele em tom de deboche, de repente senti um golpe na barriga, ele tinha me dado uma cotovelada – não manda não, e se você fazer isso de novo eu lhe processo por assédio entendeu “priminho” – disse essa ultima palavra com aspas.
Eu fiquei parado, enquanto eu gemia de dor pelo golpe ele ria.
- Isso vai ter volta – disse olhando com raiva pra ele – você pode achar isso engraçado mas eu vou acabar com você – completei.
- Não se de ao trabalho – disse ele debochado – depois de finalizar esse caso eu caio fora do escritório e sumo da sua vida e a da do meu tio – disse ele abrindo a porta e saindo.
Então era isso, meu pai fez um acordo com ele com certeza, pois se bem conheço o coroa ele não iria deixar o Fernando sair assim desse jeito.
Estava perdido nos meus pensamentos quando ouço alguém bater na porta.
- E aí cara? – era o Luiz – fiquei sabendo que o Fernando agora é seu funcionário.
- É – disse – parece que sim.
- Então quando ele começa? – perguntou ele sério.
- Hoje na parte da tarde – disse.
- Que bom! – disse ele sorrindo – ele é muito competente, eu tenho certeza que você não vai ficar na mão – completou.
- Luiz – disse a ele sério – é impressão minha ou você e o Fernando ficaram próximos – completei. Percebi essa proximidade ontem a noite no bar onde estávamos que ele sorria pro lado da mesa do Fernando e seus amigos e Fernando acenava levemente com a cabeça.
- Sim – disse ele sorrindo – estamos, na verdade depois de muito insistir consegui me aproximar dele novamente. – completou.
- Cuidado meu amigo – alertei ele – daqui a pouco ele vai querer dar pra você – completei.
- Cala boca Marcos! – me disse ele, eu fiquei surpreso com a sua reação – olha como você fala do seu primo cara – completou ele surpreso.
- É verdade Luiz – disse a ele -e que reação foi essa? – completei.
- Marcos, ele é sua família – disse ele com a mão no meu braço – bota a mão na consciência cara e para de implicar com ele – completou.
- Luiz! – disse surpreso – desde quando você defende meu primo, aliás por que essa reação comigo? – disse.
- Marcos – disse ele me olhando nos olhos – eu nunca tive nada contra o Fernando, você tem problemas com ele, eu não! – ele baixou a cabeça e me olhou novamente – essa reação é de quem sabe que você não é santo nessa história.
- Luiz – disse surpreso, eu não esperava isso dele – você está contra mim? – perguntei.
- Não – disse me olhando – sou seu melhor amigo, estou te avisando que se você continuar fazendo o que faz com seu primo, você vai acabar com a sua família! – disse ele.
- Aquele imundo, deixou de ser da minha família quando ele revelou ser gay – disse me virando pra não encara-lo – e ainda me escolheu pra se abrir – disse lembrando da noite em que ocorreu o fato.
- Marcos – disse Luiz – você não se arrepende de ter feito o que fez?
- Sim – disse virando pro Luis – me arrependo de não te-lo matado! – exclamei.
- Não fala isso cara – disse ele perplexo – nem brincando – completou.
- Sabe Luiz – disse olhando pra ele – só me arrependo de ter sido expulso de casa, mas só. – completei.
- Cara vocês tem que resolver isso – disse ele se virando – qualquer coisa que você precisar eu vou estar na minha sala – completou.
- Valeu – respondi.
Luiz é meu melhor amigo, mas eu não acredito que ele está do lado de Fernando e não do meu, tudo bem ele sempre teve esse negócio de defensor de minorias, mas chegar e dizer que eu tenho que me resolver com o meu primo nunca.
Luiz narrando...
Depois de ter uma conversa tensa com o Marcos na sala dele eu voltei para minha sala e fiquei pensando no que ele falou. Eu não sei por que o Marcos está agindo dessa maneira, de onde vem tanto ódio assim pelo Fernando?Tudo bem que aconteceu o que aconteceu, mas ele devia perdoar e se reaproximar. Eu posso estar enganado mas acho que não vai sair coisa boa dessa parceria deles não.
Eu vou ficar de olho, não vou deixar ele fazer nada com o primo, por mais que seja meu melhor amigo e quase um irmão, se ele encostar um dedo no meu ursinho carinhoso, nós vamos sair no braço com certeza.
Não vou deixar ninguém machucar o Fernando, não mais...
Continua...