POR AM❤R - Capítulo 29 - Eu não sou ladrão!

Um conto erótico de Vitor Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 4851 palavras
Data: 29/07/2016 22:54:35
Última revisão: 31/07/2016 16:06:56

Olá, meus pinpolhos! Tudo bem com vocês? Eu não disse que não passava de Sexta? Enfim, aqui estou eu.

GABRIEL26,

Acho que Lucas deixou isso bem claro, não é? Confesso que também tenho uma queda por esses tipos de homens, mas são esses que costumam machucar o parceiro, não falo fisicamente, mas sentimentalmente, mas são esses que também são bastante sinceros em relação a sentimentos, bom, eu acredito que seja assim. Sobre o seu conto, vou dar uma olhadinha sim, já favoritei, amo ler histórias. Beijos!

NAYARAH,

Obrigado, querida! Espero que continue acompanhando a história sempre. Beijão!

SAFADINHOGOSTOSO,

Pelo amor de Deus o quê? Calma, jovem! Tenha paciência com o autor aqui HAHAHA. Beijo!

FEFEHH,

Oi! Fico feliz por estar gostando da minha obra. Sobre o Max estar namorando com o Lucas, acho que deixei bem claro na história HAHAHAHA, mas se não deixei, me perdoe. Sim, o Max está namorando o Lucas. Beijão!

▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬

Ah, antes que eu me esqueça, eu havia dito que no capítulo 30 seria uma parte muito importante do livro, mas resolvi adiar para um pouco, só um pouquinho mais para frente.

> Por que, tio Vitor?

Eu detesto "enxugar" um capítulo, esse mesmo que estou postando está bastante enxugado e não gosto nem um pouco disso. Vocês que me acompanham sabe que eu sou muito apegado a detalhes, o que acontece antes de chegar numa cena, gosto de explicar o que acontece na obra, mas em alguns capítulos, como no de hoje, tive que me livrar deles em algumas partes. Então para não ficar muitos acontecimentos em um capítulo só e claro, deixar vocês mais ansiosos, resolvi não correr para que chegue o momento crucial da história.

Fiquem tranquilos, a história vai começar a chegar no ponto mais alto.

Gente, esse capítulo passou por uma revisão muito superficial, então qualquer erro que acharem, não se sintam acanhados, apontem que eu vou lá e conserto.

Lucas vai sofrer um pouquinho nesse capítulo, peço que tenham paciência com ele.

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— Seu... SEU LADRÃO SAFADO! – Leonardo gritou enfezado.

Kelly segurou para não gargalhar, o plano maluco tinha dado certo.

— FOI VOCÊ QUE ROUBOU! – Leonardo apontou o dedo indicador no nariz do estagiário.

— Eu não... – Lucas tentou completar.

— QUE IRONIA! – Leonardo riu ironicamente — Uns dias atrás eu tinha aconselhado a você não deixar o seu celular em cima da mesa por causa de algumas catitas – Se referia a ladrões — que estavam por aqui, mas agora estou vendo que você é a própria catita – Falou.

— Meu Deus – Kelly fingiu — Nunca esperava isso de você, Lucas! – Debochou.

— Calma Leonardo! – Luan estava surpreso — Não vamos acusar... – Tentou completar.

— Acusar? ACUSAR? O CELULAR ESTAVA NA BOLSA DELE! Quer mais provas que isso?

Lucas ainda estava em estado de choque, não sabia bem o que fazia nessas horas.

— Isso não vai ficar assim – Leonardo avançou para cima de Lucas — Eu não vou trabalhar no mesmo espaço queladrão! – Disse enfurecido, sendo segurado por Luan.

Os olhos do protagonista se encheram de lágrimas com a sessão de acusamento por um crime que não cometeu. Parecia que estava tendo um pesadelo com tudo aquilo.

— Aonde você vai? – Luan perguntou a Leonardo.

— Eu vou falar com o Max, não é? Aliás, eu vou chamar a polícia para você – apontou para o estagiário — apodrecer na cadeia, seu ladrãozinho safado!

— Eu quero falar com o Max – Falou num tom mais alto.

— Ele está com uma pessoa lá dentro – Regina informou — Quer deixar algum recado?

Leonardo ignorou a colega de trabalho e invadiu a sala do atual presidente do grupo, porém assim que abriu a porta, Max e outro rapaz estavam saindo. O empresário se assustou com a invasão.

— Max – Leonardo o abordou — Gostaria muito de falar com você, pode ser?

— Se você esperasse terminar de acabar a reunião que eu estava tendo e não invadisse a minha sala, pode ser – Max sorriu — Então fica combinado, Eraldo! – O empresário apertou a mão do negro — Qualquer coisa pode me ligar, beleza? E você, vamos entrar e me explique o que aconteceu. – Disse para Leonardo.

Lucas estava conversando com o seu irmão dentro da pequena sala do próprio.

— Juro por Deus, Luan! Eu não sou ladrão – Lucas explicava desesperadamente.

— Claro que você não é ladrão, Lucas! – Luan passava a mão na própria cabeça — Eu te conheço, afinal eu sou o seu irmão. Agora eu não entendo como aquele celular parou na sua bolsa.

— Se você não entende, imagina a minha pessoa? – O estagiário já estava em prantos.

— Calma Lucas! – Luan abraçou o irmão — Você não é ladrão e eu acredito em você.

— Obrigado, Luan! – Choramingou — Mas e as outras pessoas? O que elas vão falar de mim? Com certeza elas vão apontar o dedo em minha direção e dizer “Lá vai o ladrãozinho”, isso se eu não for preso.

— Isso não vai acontecer. Não vou deixar isso acontecer! – Falou olhando diretamente nos olhos do irmão.

— Ladrão? – Max estranhou — Como assim?

— Isso mesmo que você ouviu! – Os olhos de Leonardo estavam repletos de ódio.

— Mas como isso aconteceu? Quem foi o autor do furto? – Max perguntou.

— O autor do furto? A pessoa que a gente menos espera. Lucas, o estagiário! – Revelou.

— LUCAS?! – Max se levantou repentinamente.

Leonardo explicou toda a situação. Explicou como tudo aconteceu.

— Isso... – Fez uma pausa — Isso é uma acusação muito grave, Leonardo!

— Todo mundo é testemunha do que aconteceu, Max! Ele tentou roubar o meu celular e eu vou chamar a polícia, não podemos conviver com um ladrão dentro do próprio ambiente de trabalho.

— Não, sem envolver a polícia nisso – Max foi categórico.

— Como não? Houve um roubo dentro da empresa que você administra, Max! – Leonardo falou.

— Calma! Eu vou resolver isso – Max garantiu — Pode voltar para a sala.

— Eu não acredito que você não vai tomar nenhuma providência em relação a isso. É um absurdo!

— Eu vou resolver isso, eu já disse – Max se irritou — Agora volte para o seu setor, por favor.

— Se não quer chamar a polícia, no mínimo uma justa causa nele.

Disse se virando e saindo da sala.

— Mais essa agora – Disse para si mesmo.

— Isso é uma zona! Aliás, pior que uma zona – Leonardo já entrou na sala cuspindo fogo.

— O que foi? – Kelly deu uma de desentendida.

— O que foi? O seu chefinho acobertando esse bandidinho aí – Apontou para Lucas.

— EU NÃO SOU BANDIDO! – Lucas finalmente se defendeu — Você está sendo injusto comigo.

— Ah, não é? Então fui eu que coloquei na sua bolsa, Luquinhas! – Disse com ironia.

— Você não se confundiu, Lucas? O celular do Léo é idêntico ao seu, você pode ter pensando que era o seu.

Kelly resolveu ser imparcial para não desconfiarem da sua armação logo de cara.

— SE CONFUNDIR? – Leonardo gargalhou — ESSA FOI BOA, KELLY!

— Eu saberia diferenciar o meu próprio celular, Kelly! Além do mais que ele está sem capa e o meu ainda não tem. Eu não sei como o celular dele foi parar ali. Eu juro por Deus, Leonardo! - Quase implorou — Não fui eu! Alguém colocou aquele aparelho dentro da minha bolsa.

— Mas Lucas, só nós estávamos na sala. Quem faria uma coisa dessas? – Kelly disse na maior cara de pau.

— Mas eu saí da sala, eu fui beber água e não tinha tempo de roubar o smartphone.

— Todo ladrãozinho dá o seu jeito, não é? – Riu ironicamente.

— PARA DE ME ACUSAR, LEONARDO! NÃO FUI EU. EU TENHO CARÁTER! – Gritou.

— EU DEVIA ENFIAR A MÃO NA SUA CARA – Leonardo avançou em cima do estagiário.

— Toque! Toque num fio de cabelo do meu irmão para você ver – Luan saiu da sua sala enfurecido.

— Irmão? – Kelly se espantou.

— Irmão? – Leonardo também se surpreendeu.

— Sim, meu irmão! – Luan confirmou — Já chega! Ele não é ladrão. Eu não sei como aquele celular foi parar ali na bolsa, mas vamos investigar. Quem for culpado, será punido devidamente.

Leonardo ficou em silêncio, assim como Kelly que voltou a mexer em alguns papéis.

— Vamos voltar ao trabalho. Lucas, Max está chamando você na sala dele – Luan avisou.

— Espero que seja demitido! – Leonardo desejou.

— Max? – Lucas abriu a porta da sala do atual presidente.

— Pode fechar a porta! – Disse Max em um tom sério.

— Max, você me conhece e sabe que não sou capaz disso, de cometer um ato tão sério – Falou.

— Lucas...

— Eu não me importo se você me demitir, eu me importo com a minha imagem diante disso. Max, eu não sou ladrão. Acredita em mim! – Os primeiros fios de lágrimas começam a descer dos olhos.

— Calma Lucas! – Max segurou os ombros do estagiário — Não vou te acusar de nada, até porque como você mesmo disse, eu não acredito que você tenha cometido um crime desses.

Lucas pareceu respirar aliviado.

— Eu não sei o que houve naquela sala, como aquele celular foi parar na sua bolsa, mas eu confio de olhos fechados em você, eu não acredito que você possa ter tentado roubar um celular, até porque você tem motivos para isso. Mas as pessoas tem motivo de sentir inveja de você.

— Inveja de mim? Eu sou apenas um estagiário, não puxei o tapete de ninguém, não ganho mais que ninguém, nunca prejudiquei uma pessoa sequer, porque sentiriam inveja de mim?

— Além de você ser bonito - Max acariciou o rosto do mais novo — Ser bonito causa inveja nas pessoas, sabia? E outra, muitas pessoas já viram você sair comigo, eu já fui algumas vezes na sala que você trabalha, já chamei várias vezes em minha sala e também já viram que você é íntimo meu, isso desperta inveja. Pensam que você é o meu queridinho, que não deixa de ser mentira, não é? - Beijou o pescoço do filho de Dona Josefa.

— Para, Max! - O jovem se desvencilhou — Eu não vou aguentar todas as acusações por uma coisa que não cometi – Disse a verdade — Eu não tenho sangue de barata para ouvir e fingir que nada aconteceu.

— Calma... – Max segurou nas mãos do mais novo — Vai ficar tudo bem! – Garantiu.

— Eu nunca passei por uma humilhação dessas, Max! – Revelou.

Lucas não imaginava que as coisas iriam piorar.

— Calma... Não fica assim, Lucas! Eu estou aqui com você – Max abraçou o namorado — Eu acredito em você, eu já lhe disse. – Disse sentindo as lágrimas do companheiro molhar a sua camisa social. — Vai passar! – Disse beijando as suas bochechas — Quer ir lá para o apartamento? Eu fecho tudo aqui e a gente vai na...

— Acho que não seria uma boa ideia, Max! – Não concordou — Mas eu gostaria de ir para casa, ficar um pouco só. Tô morrendo de dor de cabeça. – Disse a verdade vendo o olhar de decepção do seu namorado.

— Me corta o coração te ver assim, sabia? - Max suspirou.

— Só quero que esse pesadelo acabe - Lucas também suspirou.

Max deu um selinho nos lábios do namorado que o mesmo correspondeu.

Lucas adentrou na sala arrumando as suas coisas, já que o Max o liberou.

— Vo-você foi demitido, Lucas? – Kelly perguntou totalmente ansiosa.

— Não... – Lucas sorriu falsamente — Ele me liberou mais cedo.

— Eu não ouvi isso – Leonardo se irritou mais ainda — O faveladinho – Fez uma pausa — Faveladinho, não é? - É o que acontece ao dar oportunidades a esse tipo de gente. – Leonardo destilou o seu preconceito — A criatura vai, rouba na maior cara de pau, é flagrado por algumas pessoas e fica nisso mesmo. Eu vou começar a roubar os pertences dos outros, porque é inadmissível.

— PRIMEIRO – Lucas se irritou para valer — Eu não sou bandido.

— Ah, não? – Leonardo “peitou” o colega de trabalho — Então eu que sou!

— Leonardo, se realmente eu fosse esse tipo de gente que você me acusa, com certeza eu já teria furtado muitas coisas aqui da sala, já que fiquei várias vezes aqui sozinho. Qualquer um pode ter entrado aqui na sala e tentado roubar – Falou — E outra, se eu morasse numa favela? Qual seria o problema? Tenho mais que caráter do que muita gente que mora em bairro nobre. Não é onde eu moro ou deixo de morar que vai definir o que eu sou.

— Definiu – Leonardo riu — Definiu que você é um ladrãozinho.

— Quando uma pessoa é um imbecil, não é onde você mora que vai definir isso e sim já nasceu assim.

— Você está me chamando de imbecil? – Leonardo avançou no caçula de Josefa.

— Se a carapuça servir – Lucas teve coragem de enfrentar o rapaz.

— Olha aqui, seu bandido! – Leonardo agarrou sua camisa — Essa empresa de merda pode não ter tomado as providências cabíveis numa situação dessas, mas eu vou tomar as minhas e vou fazer você mesmo sair dessa empresa.

Kelly via tudo se divertindo por dentro.

Nossa! Isso vai ficar melhor do que eu pensava – Kelly pensou – Ele vai ser bem útil.

— Que isso? – Luan apareceu de repente — Parem com isso. Não quero brigas nesse setor.

— Luan, o Max me liberou mais cedo – Lucas falou — Só estou recolhendo minhas coisas.

— Recolhe e desaparece daqui – Disse se virando e desaparecendo atrás das divisórias de Eucatex.

Lucas percebeu que a notícia já tinha sido espalhada por conta dos olhares atravessados direcionados a ele. O estagiário queria logo sair daquele lugar que estava dando dor de cabeça no nosso protagonista, por conta da energia pesada que emanava daquele local.

— Já vai, Lucas? – A recepcionista perguntou.

— Si-sim – Respondeu nervosamente — Até amanhã, Luíza!

— Até amanhã, Lu! – Respondeu sorridente.

— Quando souber, vai ser mais uma que vai me olhar como se fosse um criminoso – Pensou alto.

O filho mais novo de Dona Josefa estendeu a mão, sinalizando a parada e logo subiu no veículo de quatro rodas, cumprimentou o cobrador com um sorriso forçado, passou o cartão no validador e sentou numa cadeira lá no fundo. Após sentar na cadeira do lado da janela, as primeiras lágrimas vieram com força total.

— Léo, vem cá um minutinho.

Kelly aproveitou a ausência de Luan e o silêncio na sala para envenenar ainda mais o colega de trabalho.

— Oi! – Léo se aproximou.

— Longe de mim fazer fofocas, mas há muito tempo que descobri uma coisa que me deixou pensativa.

— O que você descobriu? – Leonardo estranhou.

— Agora com essa situação toda, o que eu vi faz todo o sentido. Muito sentido!

Kelly andou até a sua mesa e de lá pegou o seu Iphone.

— Fala logo que você está me deixando curioso – Disse já sem paciência.

A loira procurava alguma coisa no smartphone e deu um sorriso sincero quando achou.

— Isso! – Disse mostrando a tela do aparelho para o jovem auxiliar administrativo.

— Eu não acredito no que estou vendo – O semblante de Leonardo ficou ainda mais sério.

✚ ATENÇÃO:

O TEXTO A SEGUIR CONTÉM LINGUAGEM PEJORATIVA QUE PODE SER DESAGRADÁVEL PARA ALGUMAS PESSOAS.

► Ainda naquela manhã...

Rosemary acordava lentamente abraçada com o peito nu do seu, como ela mesma diz, gostosão.

— Acorda dorminhoca! – Paulão beijou o pescoço da amante.

— Hum... Pau... Paulão – Murmurou cheia de dengo — Você acabou comigo, sabia?

— Ontem foi foda! – Paulão deu um sorriso sacana — Nunca comi tanto um cu como ontem.

— Às vezes você é tão insensível, sabia? – Rose o repreendeu — Não se deve falar assim com uma dama.

— Dama? Você? – Paulão sorriu.

— Sim, sou uma dama da sociedade morrense... – Rose pareceu pensar — Quem mora no morro é o quê?

— Não sei, só sei que você aguentou rola ontem – Falou agarrando a bunda desnuda da transexual.

— Ontem você tava tão malvado, Paulo José! – Zombou beijando as axilas do meliante.

— Vai me dizer que não gosta quando eu monto em cima e puxo seus cabelos? – Sussurrou no ouvido.

— Você sabe que adoro o seu jeito bruto, mas custava nada me dar uns beijinhos, fazer um carinho...

— Deixa de ser injusta que eu te cobri de dengo ontem – Disse mordendo a orelha de Rose.

— Sim, só que depois da transa, porque durante você nem se quer deixou eu te beijar – Reclamou.

— Você sabe que eu adoro te maltratar quando estou metendo – Disse beijando o pescoço da trans.

— Para com isso! – Disse Rose tentando se levantar.

— Vem cá, minha gostosa! – Paulão a agarrou — Você só me dá trabalho nessa porra.

E se beijaram apaixonadamente, acompanhado de vários amassos da parte dele.

— Dou trabalho? Então vou arrumar outra pessoa que goste de cuidar de mim – Disse se fazendo de vítima.

Paulão ficou sério de repente.

— Faça isso! – Paulão agarrou a mulher — Você não é doida?! Mulé minha tem que andar na linha.

— Mulher, é? Gostei disso não! Você não me pediu em casamento – Disse com desdém.

— Que porra de casamento... Você é minha mulher e acabou – Deu um sorriso safado.

— E que animação é essa? – Disse vendo o traficante de joelhos e com o pênis ereto.

— Vai querer leitinho quente na boquinha ou na bundinha? É só escolher.

— Você não vale um dez centavos, senhor Paulo José – Rose gargalhou.

— Vai! Fica de quatro que vai levar leitinho na bunda e na boca para ficar fortinha – Gargalhou também.

— Você não me engana, Luan! – Max vociferou.

— Você realmente não tem noção das coisas, Max! – Luan rosnou — Acha que seria capaz de incriminar o meu próprio irmão? Você acha que eu seria capaz de fazer o meu irmão sofrer?

— Então como aquele celular foi parar na bolsa do seu irmão, Luan? Mágica? – Max ironizou — Eu sei muito bem que você começou a me detestar porque eu estou envolvido com ele – Falou.

— Eu já sabia disso há muito tempo, até já tentei afastar ele de você, mas só fez aproximar mais ainda.

— Olha aí! Quem garante que isso não seja mais uma armação sua? – Perguntou.

— Eu já disse – Se aproximou do empresário — Que não prestaria a um papel desses. Eu não sou canalha!

— Lucas não seria capaz de furtar um objeto, eu conheço o muito bem – Disse se gabando.

— Pois eu conheço há vinte anos e garanto, eu garanto que ele nunca seria capaz de nem arrancar uma pétala sequer de uma rosa, quanto mais um celular – Luan falou.

— Eu amo o seu irmão – Max finalmente falou — Amo muito!

— Você sabe muito bem que não tenho nada contra, só fico com um pé atrás com você, Max!

— Comigo? O que foi que eu fiz? – Max perguntou.

— Será que eu preciso mesmo dizer todas as suas fraquezas, Max? Será que eu preciso dizer que você...

Som de batida na porta.

— Seu Max? – Regina chamou.

— Oi, Regina! – Max respondeu.

— A reunião marcada para agora lá no auditório – Regina lembrou.

— Ah sim! – Max lembrou — Estou indo para lá agora.

— Tudo bem – Regina se retirou da sala.

— Luan – Max pegou em um dos ombros do amigo — Confia em mim!

— Confiar – Luan suspirou — Esse que é o problema!

O diretor de Recursos Humanos disse e logo em seguida se retirou da sala.

Kelly agradecia mentalmente por não ter apagado aquela foto que tirou a um tempo, do celular.

— Eu também não acreditei Léo! Fiquei passadíssima quando presenciei – Falou.

— Mas isso... – Fez uma pausa — Mas isso explica tudo, Kelly! – Disse agora num tom mais alto.

— Entendeu onde eu quero chegar? – Kelly botou mais lenha na fogueira.

— Por isso que ele não foi demitido ou não foi preso, justamente porque dá a bunda para o Max – Disse.

— Exatamente, querido! – Kelly sorriu de orelha a orelha.

— Meu Deus! – Léo “roubou” o celular das mãos da megera — Temos que espalhar isso.

— Espalhar... – Kelly falou sozinha — Não, Léo! – Raciocinou — Acho que poderia pegar mal para o Max.

— Mas essa é a intenção, Kelly! Aquele filho da puta só protegeu aquele viado porque justamente come ele.

— Sim, eu entendo, mas se espalhar a foto dele com o Lucas, o Max não vai gostar nem um pouco e pode vir a descontar na gente. É um escândalo! Pelo que nós sabemos, o Max não é assumido, então já pensou o tamanho da polêmica que pode envolver a empresa e respingar nos mais fracos, que no caso somos nós?

— Mas essa foto caiu na melhor hora. Não acredito que não vamos usa-las! – Léo ficou com raiva — Mas não vai dar no mesmo, mesmo que não use a foto?

Na verdade, Kelly não queria espalhassem provas para expor o Max e atrapalhar todo o seu plano. Para ela, só o burburinho do disse e não me disse já bastava para os comentários espalhassem e provavelmente forçaria o estagiário sair da empresa, colocando todos contra ele. O que a loira não estava contando, era que a sua alma gêmea, como ela mesma diz, assumisse tudo e estragasse todo seu plano. Se isso vier acontecer, ela não estava preparada para isso.

— Claro que não! Uma foto vai provar o que aconteceu e pode ter um fim desastroso, já um falatório não irá passar apenas de um boato, mas um boato em grandes proporções que tenho certeza que o nosso estagiário vai pedir para sair, como diz o capitão nascimento – Gargalhou — Já pensou ele passando pelos corredores e as pessoas comentando e olhando atravessado? Logo aqui na empresa que existe os piores tipos de pessoas que você imaginar.

Falou dela mesma.

— Léo, o plano é o seguinte... Fofoca – Disse falando pausadamente.

— Fofoca? – Leonardo estranhou.

— Nós vamos como não quer nada, espalhar, digamos assim, essas fofocas. Você sabe como é burburinho, não é? Falamos uma coisa aqui e já falam outra coisa ali – Sorriu.

— Isso, espalhar! Espalhar que existe um ladrãozinho aqui na empresa que o chefe acoberta.

— Kelly, só me tira uma dúvida... Você nunca gostou desse Lucas, não é? – Perguntou.

— Para você estar me ajudando com tanta empolgação – Completou.

— Não é isso, querido! Estou fazendo isso para o nosso próprio bem – Falou — Como você mesmo disse, não podemos deixar um ladrãozinho à solta por aqui. Vamos pressionar tanto que ele vai embora por si só.

O rapaz ficou em silêncio.

— Pode contar comigo, Léo! – Kelly sorriu mais ainda — Eu vou ser bem útil para você.

Longe dali...

Lucas estava próximo da sua casa quando foi abordado pela melhor amiga.

— Que carinha é essa, meu amor? – A transexual fez um carinho no rosto do amigo.

— Nada! – Lucas mentiu — Só não estou muito bem.

— Eita, agora que notei que você largou cedo – Olhou preocupada — Aconteceu alguma coisa?

— Não! – Mentiu mais uma vez — Só estou com uma maldita enxaqueca e pedi para sair mais cedo.

— Mesmo? – Rose desconfiou.

— Juro! – O jovem deu um sorriso forçado.

— Você sabe que estou aqui para o que precisar! Estou aqui para o que der e vier.

Rose colocou a mão no peito do amigo que fez os olhos do jovem estagiário lacrimejarem.

— Obrigado, Rose! Eu sei disso. Eu tenho orgulho de ser seu amigo! – Disse a verdade.

Após Rose abraçar o amigo calorosamente, Lucas seguiu até a sua casa. Logo que passou pela porta da casa, sua mãe estranhou a presença do seu filho mais cedo na casa, e foi logo questionando.

— Aconteceu alguma coisa, meu filho? – Josefa perguntou preocupada.

— Não, mãe! Apenas estou morrendo de enxaqueca e pedi para me liberarem mais cedo – Mentiu.

— Seus olhos estão vermelhos. Tem certeza que não aconteceu nada? – Estranhou.

— Já disse que não, é apenas dor de cabeça forte. Eu vou me deitar!

— Vou preparar um chazinho de erva cidreira para você – Disse indo em direção à cozinha.

Lucas foi em direção ao seu quarto, jogou suas coisas e deitou na cama e ficou olhando para o teto. Após alguns minutos pensando em muitas coisas, Josefa voltou com uma xícara de vidro.

— Aqui está o chá! – Deu na mão do filho — Tem certeza que está tudo bem, meu amor?

— Tenho! – Forçou um sorriso — É só uma enxaqueca. Isso vai me ajudar a melhorar.

— Então descansa, tá? Seu semblante está tão pesado. Que dó! – Disse em tom de preocupação.

— Eu vou ficar bem – Disse se deitando.

Dona Josefa beijou o rosto do filho e saiu do quarto, deixando seu caçula sozinho com seus pensamentos.

— Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo um dia. Ser taxado de... De ladrão – Choramingou.

Então Lucas soltou o que estava guardando dentro de si essas horas todas. Chorou, chorou até soluçar lembrando-se de cada palavra duramente direcionadas a ele. Achava que alguém tinha colocado aquele celular em sua bolsa para tentar incrimina-lo, mas não sabia o motivo disso, porque não puxava o tapete de ninguém, era um mero estagiário e não tinha feito nada que prejudicasse qualquer um que fosse. Mesmo que não fosse demitido, ele nunca iria se sentir confortável dentro daquela empresa depois do acontecimento de hoje, pensava ele. Era um caminho sem volta?

— Ladrão... – Sussurrou chorando mais ainda.

O nosso protagonista fez a mocinha de novela mexicana e chorou mais ainda, chorou até seus olhos arderem por estar passando por isso. Agarrado ao travesseiro, Lucas começou a adormecer quando sentiu uma mão um pouco gelada em seu rosto, fazendo as pálpebras do jovem abrirem lentamente.

— Lu-Luan? – Murmurou sonolento.

— Oi, mano! Vim ver como você está. – Disse sentando na beirada da cama do irmão mais novo.

— Daquele jeito, não é? – Disse sentando em cima da cama também.

— Eu queria me desculpar pela grosseria minha mais cedo, você já estava tão mal e ainda agi daquela forma – Olhou nos olhos do irmão — Me desculpa, tá? Por mais que já estava estressado com tudo também, não tinha motivos de mandar você desaparecer.

— Tudo bem, Luan! – Lucas sorriu entristecido.

— Vem cá – Luan puxou o caçula para o seu colo — Como nos velhos tempos, lembra?

As lágrimas caíam abundantemente dos olhos do jovem.

— Que menino cheiroso – Luan zombou o irmão — Eu vou roubar para mim! – Sorriu.

— Para!

Lucas sorriu verdadeiramente pela primeira vez e sentiu cócegas quando Luan beijou o seu pescoço.

— Pode contar comigo sempre, ouviu? – Disse beijando o rosto do mais novo.

Os dois ficaram abraçados por algum tempo, até que Lucas pegou no sono nos braços do irmão.

https://www.youtube.com/watch?v=3rn2N0ZbLEQ

► NO DIA SEGUINTE...

Lucas caminhava até o elevador no térreo do Empresarial Maximus Albuquerque, quando notou os primeiros falatórios, porque já não bastava os olhares atravessados.

— Eita que o elevador ficou pesado, Marcos! – Um rapaz murmurou para o outro com a presença de Lucas.

— O ambiente ficou mais pesado aqui – Uma funcionária disse olhando diretamente para o estagiário.

— Só tendo um caso com o Maximiliano para aturarem um ladrão aqui na empresa.

Outro funcionário comentava com um colega de trabalho no corredor quando Lucas passava.

— Ei, Gilberto! – Sussurrou um homem — Olha o viadinho aí! – Riu bem baixinho.

— Essa empresa já foi melhor! Como que mantêm uma pessoa que estava roubando?

Disse uma funcionária que fazia parte do setor de contabilidade.

— Ah minha filha, quem tem peixe grande dentro da empresa, pode tudo. – A outra também comentou.

O melhor amigo de Juninho não aguentava mais ouvir os comentários sobre ele, mesmo com a sua presença.

— Não acredito que eu estou vendo isso!

O coração do estudante de administração quase parou ao ver um pedaço de folha de papel pregado no quadro de aviso, próximo a sala que estagia escrito;

CUIDADO COM O LADRÃO SAFADO! ATENDE POR NOME DE LUCAS GABRIEL DA SILVA.

Na mesma hora o jovem estagiário arrancou o pedaço de folha com os percevejos ainda pregados sob o papel e levou diretamente para a sala da diretoria, ou melhor, para a sala do seu namorado, Max.

— Tenho que convocar todos os funcionários para o auditório.

Max se irritou depois que Lucas contou tudo que aconteceu agora pouco.

— Convocar? Para quê? – Lucas se assustou.

— Todos vão receber uma intimação – Max estava decidido.

— Você não vai fazer isso, Max! – Lucas ordenou.

— Mas porque não, Lucas? Eles extrapolaram os limites, você precisa parar de ser passivo com tudo isso e reagir, não pode ficar aceitando tudo enquanto eles praticamente te humilham de graça. – Falou.

— Eu vou fazer o quê, Max? Tudo que eu fizer vai ser pior ainda – Disse.

— Lucas, você é um ladrão? – Max perguntou.

— Agora você também...

— VOCÊ É UM LADRÃO OU NÃO? – Perguntou num tom mais alto.

— CLARO QUE NÃO! – Lucas gritou.

— Então não tem o porquê de ficar calado, de aceitar tudo numa boa. Você ficando na sua, vão achar mais ainda que você sai roubando as coisas por aí. Deixa eu te ajudar!

— Vai adiantar isso tudo? Não vai, Max!

— Mas você... – Tentou falar.

Lucas interrompeu.

— Acharam um celular dentro da minha bolsa, ou seja, vão me acusar até o meu ultimo dia aqui da empresa. Existe alguma prova que eu não coloquei aquele celular na bolsa? Não! Muito pelo contrário. Eu fico muito feliz por você e o Luan confiarem e acreditarem em mim, mas e os outros? Precisa ver os olhares, como se eu fosse um criminoso dos piores, nunca pensei que iria passar por isso, nunca pensei – Disse já chorando.

— Alguém colocou aquele celular na sua bolsa, isso é fato! Mas ainda não entendo a motivação disso.

Max pensou.

— Eu não sei o que eu fiz para essas pessoas, mas estão querendo acabar comigo – Disse chorando.

Max se sensibilizou com o seu namorado e lhe deu um abraço apertado.

— Eu não vou deixar isso acontecer! – Lucas chorou — Não vou deixar eles acabarem comigo.

— Eles não vão acabar com você, Lucas! – Max garantiu.

— Eu vou sair! Eu quero pedir demissão.

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Cara, minha vontade é de bater na cara da Kelly até aparecer um osso... Coitado do Lucas! Cadê as câmeras de segurança dessa empresa? Eu ia adorar que tivesse câmeras e todos olhassem que foi a maldita da Kelly! E iria adorar também que o Max convocasse todos os funcionários e distribuisse intimações!

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Como sempre pobre tem que passar a vida toda sofrendo para no último capitulo ser feliz...mas estou muito triste pelo o que o Lucas esta passando.....mas amei o conto......

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Não aguento mas ver o Lucas sofrer,poxa kd as câmeras de monitoramento dessa empresa,estou odiando a Kelly ....

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Cara o capítulo foi perfeito, vamos lá, há alguns dias reli todo o conto pra entender realmente o que o Lucas sente pelo Max, você pode me chamar de louco, mas não é amor Lucas pelo jeito tem mais tesão no Hugo do que no Max, isso eu percebi no último capítulo,Max vacilou demais com ele e com certeza Max se droga, Luan deixou um pontinha no ar, agora estou triste cara pois tudo indica que Lucas e Max não ficarão juntos, não costumo me expressar assim mas me da vontade de dar na cara da Kelly, acho que Max pra não se prejudicar vai dar as costas a Lucas o que deixara o caminho livre pro Hugo ou Luan, aliás esse que tem muito mais do que amor de irmãos...mas enfim muito bom, espero que você saiba o que está fazendo rsrsrs.

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