Cap.10
Dois homens ameaçavam o meu irmão dentro do quarto. Ele estava amarrado na cama, eles haviam tirado a roupa dele, ele apenas estava de cueca. Aquilo me deu uma raiva enorme. Parecia que estavam mexendo comigo. Senti vontade de matar aqueles dois.
-Então quer dizer que você gosta de se meter com o namorado dos outrosdeles dizia. Renan apenas gemia a mercê daqueles dois homens. Percebi que eles não haviam notado a minha chegada. De fininho fui até o meu quarto, onde escondia duas pistolas. Peguei, coloquei bala nas duas. Mas não valia a pena atirar naqueles dois. Peguei então dois tasers de choque que também guardava. Fui lentamente até o quarto, e quando eles perceberam, pus o taser pra funcionar. Resultado, caíram os dois no chão se retorcendo inteiro com a descarga elétrica.
-Renan ! Renan ! - imediatamente fui até ele, tirei as cordas que eles haviam colocado nele, a mordaça e o abraçei – meu Deus maninho, o que esses dois fizeram com você ? - imediatamente ele começou a chorar ao me ver.
-Meu Deus Flávio... Achei que eles fossem me estuprar aqui ! - não demorou muito para aqueles dois começarem a se mexer.
-Pega essa arma – falei, dando uma das pistolas a ele – você ainda lembra como atirar ?
-Lembro... Mas pra quê isso ? O que você vai fazer ?
-Quero saber o porquê eles estavam aqui. Ouvi eles falarem alguma coisa sobre namorado dos outros, alguém mandou eles aqui – falei, pegando a outra arma. Destravei e apontei para a cabeça de um, enquanto o Renan apontou para a do outro.
-O que foi isso ? - um dos dois resmungou.
-Vocês achavam realmente que iriam se dar bem ? - falei – não mexam um músculo, porque eu não vou ter pena nenhuma de matar vocês dois. E já que invadiram a minha casa, seria legítima defesa. Já pra aquela parede ! - falei, apontando para uma parede que ficava no canto da minha casa – me dá essas cordas ai Renan, E chama a policia. – ele me deu. Imediatamente eu amarrei aqueles dois, e os coloquei de costas para mim –eu vou perguntar uma vez apenas. Quem foi que mandou vocês virem aqui ? - perguntei. Eles ficaram quieto, se olharam – respondam, filhos da puta ! - falei, chutando os dois – eu não estou com muita paciência, e eu não vou perder nada atirando em vocês dois ! Se vocês responderem, ao menos saem vivos daqui. Andem, falem ! - eles se olharam de novo – falem logo, caralho ! - os dois se desesperaram, e então abriram a boca .
-Foi a Amanda ! - quando eu ouvi aquilo, um enorme ódio tomou conta de mim. Não tardou muito para a polícia chegar. E aqueles dois foram levados. Fomos até a delegacia, prestamos depoimento. E logo saímos.
-Leve o carro para casa Renan ! - falei, saindo da delegacia com ele – eu não vou demorar muito a chegar. E quando for, vou levar alguma coisa para você.
-Tá, mas o que você vai fazer ?
-Nada... Vou só resolver um problema que eu começei, mas que tem como ser resolvido – falei, rapidamente entrando num táxi que passava – me leve até o Brooklyn.
TEMPO DEPOIS
Fui andando a passos largos. Estava tomado por ódio. Eu não podia acreditar que ela havia tentado fazer algo contra o meu irmão. Eu só esperava que Deus me desse força pra eu não matá-la. Bati a porta do apartamento dela, e não demorou muito para ele ser aberto.
-Flávio ? O que está fazendo aqui ? - assim que entrei, agarrei ela pelo pescoço.
-Escuta o que eu vou dizer ! Nunca ! Nunca mais se aproxime de mim ou do meu irmão ouviu bem ? Nunca mais pense em mim, nunca mais lembre que eu existo !
-Mas porquê você está falando isso ? Eu... - acertei um tapa nela.
-Você mandou dois homens estuprarem o meu irmão ! Não se faça de idiota !
-Porquê ele está sempre entre nós, ein ?
-Porquê ele pode ! Porquê ele é mais importante pra mim do que você ! Ou melhor, você não é nada pra mim. Eu só aceitei namorar com você pra espantar alguns boatos... Por nada mais. Lembre-se sempre do que eu vou dizer, se você se aproximar de mim ou do meu irmão de novo, eu te mato ! Sem dó nem piedade ! Ouviu bem ! - eu nunca tinha ficado tão transtornado na minha vida.
-Sim... Eu ouvi !
-Ótimo... - falei, a soltando. Em seguida virei de costas e me fui.
TEMPO DEPOIS
Em meio a toda aquela confusão, eu até esqueci de que tinha que dar uma notícia triste a ele. Parei em uma pizzaria, e comprei uma pizza para nós. No táxi, de volta para casa, começei a pensar em muitas coisas. Em como o meu pai havia sido importante para mim, em como ele havia me ensinado muitas coisas, e principalmente, que sem ele eu possivelmente não havia tido essa família, e não teria conhecido o Renan. Quando pensei nisso, imediatamente aquela noite voltou a minha mente. Cada gemido, cada toque, cada suspiro regressarem a minha cabeça.
-Como aquela noite foi boa... - começei a pensar no quanto ele me fazia bem. No quanto nós eramos felizes, e não precisávamos de mais ninguém. E que sempre que ele não estava por perto, eu ficava triste. Parecia que a minha vida perdia cor, perdia sentido. Começei a pensar que não adiantava eu tentar ficar fazendo o que os outros querem, para que os outros pensem tal coisa de mim, sendo que eu não estaria feliz – como eu fui idiota... - dizia... Se ele me fazia feliz, se ele me fazia bem... Então era com ele que eu ia ficar... E os outros, danem-se.
TEMPO DEPOIS
Quando eu cheguei, ele estava olhando pela janela, a paisagem de Nova York.
-Porquê você ainda não me falou ? – ele se pronunciou.
-Não falei o quê ?
-Que o papai morreu... - alguém já tinha dito antes de mim.
-Eu não tive tempo... - falei, me aproximando dele – como você está ?
-Mal – falou, com a voz ficando embargada. De repente então ele me abraçou – primeiro, esses dois homens quase me tiram a dignidade. E agora, eu perco o meu pai....
-Vamos ter calma Renan...
-Calma... Como ter calma Flávio ? Me explica ? Apesar de tudo, ele era o meu pai... Ele me ensinou muita coisa... Ele era importante pra mim...
-Pra mim também Renan... Mas agora... Nós só podemos... Ficar calmos e dar forças a mamãe, que deve estar arrasada lá no Brasil.
-Como ela vai fazer ?
-Ela me falou que vai colocar o corpo dele no formol para que nós possamos ir no enterro. Vou procurar já já a passagem mais próxima que eu encontrar no site da Moura.
-Eu não acredito nisso ainda...
-Nem eu – falei, olhando para longe e o abraçando ainda mais forte. Começei a olhar o corpo dele, para ver se aqueles dois não haviam feito nada com ele, e foi então quando notei alguns cortes e hematomas – espera, aqueles dois bateram em você ?
-Sim... Eles bateram um pouco... - novamente aquela sensação de ódio voltou.
-Eu deveria ter matado aquela vadia ! - dizia eu, olhando o corpo dele
-Do que está falando ?
-Não... De nada... Você quer tomar um banho ? Eu trouxe pizza para a gente comer...
-Quero... - então ele se soltou de mim, mas eu não me soltei dele
-Espera !
-O que foi ?
-Ninguém mais vai ficar entre nós...
-O que você quer dizer com isso ?
-Que se... Bem... Você quiser que exista algo entre nós... Vai existir... - ele sorriu.
-Isso é um pedido de namoro ? - eu não disse nada... Por algum motivo fiquei envergonhado e senti o meu rosto corar... - não precisa dizer nada... - falou, voltando a me abraçar – já entendi que é... - falou, me beijando novamente... - mas porquê isso agora ?
-Porquê... Só você me faz feliz e... O medo que eu senti, e a raiva que eu senti quando aqueles dois estavam aqui, me fizeram entender que... Não adianta fazer o que os outros querem, se eu não estiver feliz. E você me faz feliz...
Continua
E ai ??? Gostaram ??? Comentem e votem por favor.
Marcos Costa: Não... Gostou da surpresa kkkk ? Abraços <3
Bene''zinho: Que ótimo... Continue Lendo :)
paiper trovao: Acho que isso ninguém vai saber ;) Beijos :)
Quelsilva: Preciso de um gancho kkkk Abraços <3
Hello: Flávio é uma pessoa insegura... Mas eu acho que daqui pra frente ele vai ser mais firme.
Beijos :)